Escalando as paredes



(A musica abaixo faz parte de um trecho da Fic. Caso nao queira ouvi-la, clique no Player abaixo.)

 










                                                                          *Capitulo Quatorze: Escalando as paredes*


 “Você tem a maior paciência do mundo em aumentar a minha loucura.”




Patsy sentia seu coração batendo descompassado dentro do peito, estava vivendo seu mais precioso sonho, o mais impossível, era quase impossível acreditar que aquilo realmente acontecia com ela.


Ela viu Remo se levantar, colocando o violão em cima do banquinho, ainda com a caixinha nas mãos, ele segurou a mão delicada de Patsy e retirando um anel prata de dentro da caixinha ele o deslizou pelo dedo anular de Patsy, que se sentia pisando nas nuvens literalmente.


Ela abriu os lábios para dizer algo, mas Remo levou o dedo indicador até os lábios dela e sorriu, então uma musica começou a soar suavemente pela sala e Remo sorriu pelo ar espantado de Patsy.


            -- Dança comigo?


Patsy olhou surpresa para Remo que agora estava a sua frente com a mão estendida a ela, esperando-a segura-la. Ela segurou a mão de Remo sentindo-se tremula, ela podia ouvir um toque suave da musica, parecia piano, ela tentou pensar se reconhecia a musica, mas naquele momento ela não conseguia ter muita certeza.


            -- Achou que as surpresas tinham acabado? – Ele sussurrou no ouvido dela docemente, enquanto se abraçavam e começavam a dançar.


Ele riu fraco e Patsy sorriu começando a pensar se aquilo realmente era um sonho.




Find me here
Me encontre aqui


And speak to me
e fale comigo


I want to feel you
Eu quero te sentir
You are the light
Você é a luz


That's leading me to the place
que está me guiando para o lugar


Where I'll find peace... Again
onde encontrarei paz... novamente




 


Ela ouvia aquela musica como se fossem as palavras de Remo e não conseguia se sentir mais feliz do que estava. Agora tinha certeza: ele a amava. Será que estava sonhando? Deus, eu não posso estar sonhando.  Ela sorriu enquanto encostava-se no peito de Remo lentamente, enquanto ele acariciava seus cabelos.




 
 


You are the strength
Você é a força


That keeps me walking
que me faz andar


You are the hope
Você é a esperança


That keeps me trusting
que me faz confiar


You are the life
Você é a vida


To my soul
pra minha alma


You're everything
Você é tudo


 


 Remo sentia como se aquela musica saísse de seus pensamentos, exatamente como se sentiu quando a escutou pela primeira vez, ele desejava que Patsy entendesse aquelas palavras mais do que ele entendia, ele desejava que ela sentisse aquilo tudo por ele também, mas tudo tinha seu tempo, e como ele havia esperado anos por aquele momento, esperaria a vida inteira se fosse preciso para que ela o amasse também.


 


You calm the storms
Você acalma as tempestades


And you give me rest
E você me dá repouso




Os dois dançavam lentamente, pela janela envidraçada podiam ver a luz do luar e ao som daquela linda musica, nada poderia atrapalhar aquele momento único, ninguém poderia imaginar a felicidade que invadia aqueles dois corações, nem mesmo o universo poderia emanar tanto amor, nem as estrelas poderiam entender aqueles sentimentos. Aquilo tudo era mágico, aquela noite era perfeita e aqueles dois eram os únicos. Naquele momento, eram únicos. Eram um só.


 
 


Cause you're all I want
Pois você é tudo que eu quero


You're all I need
Você é tudo que eu preciso


You're everything, everything
Você é tudo, tudo




 


A música continuava lentamente e romanticamente soando pela sala. Patsy sentia-se feliz, amada, realizada, aquelas palavras eram as mais doces, as mais belas e as mais sinceras que ela já ouvira em toda sua vida. Nunca imaginou que Remo a amasse daquela maneira, jamais imaginou que ele faria aquilo a ela, que ele se declararia daquela forma, a forma mais linda, mais romântica, mais perfeita que um garoto poderia fazer. E mais do que nunca, ela teve certeza, ela amava Remo Lupin com todas as forças do seu coração.


Ele acariciava os cabelos dela levemente, sentindo aquele doce cheiro, seu coração batia acelerado, talvez pelo momento, pelos sentimentos ou talvez por tê-la ali nos seus braços. O quanto ele amava Patsy, nem aquela musica e nem mil musicas poderiam traduzir, mas era o sentimento mais forte e mais bonito que poderia sentir, e não sentia vergonha disso, nem medo.


Ele segurou o queixo dela que estava quase encostado em seu peito e levantou docemente, enquanto ainda dançavam lentamente, ela o fitou por segundos, ele viu que havia pequenas lagrimas nos olhos dela. Ele acariciou o rosto de Patsy ternamente, desejava que aquele momento durasse a vida toda, ele a viu aproximar-se dele, fechando os olhos levemente, Remo a acariciou o rosto, e tocou seus lábios com os dedos carinhosamente, se aquilo era um sonho, eles não queriam acordar.


Remo a beijou lentamente, a trazendo mais junto a si, um sentimento de alegria, amor e desejo percorreu todo o seu corpo. Aprofundou o beijo sentindo que as mãos de Patsy passeavam pelos seus cabelos e costas, era um toque suave, carinhoso, terno, um toque que nenhuma outra garota poderia ter, o toque que ele sonhara a vida toda.


Patsy sentia seu coração disparado, enquanto Remo a beijava docemente. Sentia-se num sonho, sentia-se flutuando, ela já não sabia se a musica ainda tocava, ela não sentia o chão, nem sequer o leve vento que lhe batia nos cabelos, ela só sentia o calor daquele corpo junto ao seu, aquele toque em sua cintura, em seu corpo, aquele beijo maravilhoso, aquele cheiro. Ela podia tocar as nuvens com os dedos, e pegar uma estrela se quisesse, ela flutuava pelo céu, na melhor sensação que já tivera, no melhor sonho que já sonhara, não existia mais nada, só ela e Remo. Só ela e seu amor, o seu verdadeiro amor.


Remo separou seus lábios dos dela lentamente, como se não desejasse fazer isso. Patsy o fitava com um brilho nos olhos que Remo nunca vira antes, um olhar carinhoso penetrava sua alma e ele sentia-se aquecido por dentro. Acariciou os cabelos de Patsy levemente, enquanto ela passava a mão pelo rosto dele num toque suave, doce. Ele segurou a mão dela e a beijou ternamente.


-- Pat... – Remo precisava falar, por mais que aquela musica dissesse tudo que ele sentia, ele precisava dizer com suas próprias palavras, precisava dizer o que estava no seu coração. – ouça, por favor...


Patsy sentiu que as surpresas daquela noite ainda não tinham terminado. Então o fitou carinhosamente.


-- Uma musica não é capaz de te dizer tudo que eu sinto...


-- Você não precisa dizer, Remo...


-- Eu preciso sim, Pat. – ele acariciava o rosto dela suavemente, sentia-se o homem mais feliz de todo o universo. – Eu te amo, mais que tudo, de verdade... Eu te amo, Pat!


Ele olhou fundo nos olhos dela que se encheram de mais lagrimas, misturado com um sorriso leve que brotava em seus lábios, ela acariciou a face de Remo com carinho, e sussurrou docemente.


--Ah, Remo, eu também te amo tanto!


Ele sentiu uma alegria brotar dentro do seu ser, uma alegria indescritível, inabalável, o sentimento mais completo que podia sentir no fundo de sua alma. Ele sorriu e apertou-a em seus braços, beijando-a amorosamente.




                                                                                                 ***






“Pula, pula filha da puta, pula, pula filha da pu’la”


Sirius remexeu-se na cama ouvindo um som alto demais perto do seu ouvido.


― Fedaputa! – ele sibilou baixinho se esticando na cama, sentindo uma mão macia descansando sobre seu peitoral.


Ainda sonolento e com os olhos fechados, ele esticou a mão na direção da mesinha de cabeceira onde ele ouvia o celular tocando e vibrando, apertando qualquer tecla do celular, ainda de olhos fechados, ele resmungou sonolento, colocando o celular ao ouvido.


― Que?


Ele não precisava abrir os olhos pra ver no celular quem era, pelo toque do celular, ele já sabia.


― Ué seu viadinho achei que você ia dormir aqui em casa, suas porcarias tão aqui. Onde você ta?


Sirius abriu um dos olhos pra saber pela decoração da parede que estava no seu quarto.


― Merda. – ele sibilou baixo mais uma vez. – Em casa.


― Ué Almofadinhas, você não disse que sua casa ia ta cheia e que você não queria...


― É, eu sei porra, não me pergunte como eu vim parar aqui por que agora eu não me lembro.


Sirius ouviu Thiago rir do outro lado da linha e sentiu a mão em seu peito deslizar levemente, acariciando-o de leve enquanto ouvia o tecido dos lençóis se mexendo.


Ele abriu um dos olhos, mais uma vez, apenas pra espiar a morena deitada ao seu lado, adormecida na cama.


― Droga. - ele sibilou pela terceira vez. – Ta na sua casa?


― É, to. Você não dormiu sozinho, né Almofadinhas?


Thiago riu e pelo som que Sirius ouvia não estava sozinho, provavelmente Remo estava lá também.


― É. – ele resmungou, tentando tirar a mão de cima do seu peito sem acordar a dona da mão. – Que horas são?


Ele tentou sair da cama e escorregou pro lado, caindo num baque surdo no chão, acordando de repente mais do que gostaria.


Erguendo a cabeça ele espiou em cima da cama pra ver que Bella remexeu-se na cama, porem continuou adormecida.


Pegando o celular que caíra no chão, ele levou ao ouvido a tempo de ouvir a resposta de Thiago.


― Quase duas. Vem pra casa e almoça aqui, a não ser que queira ter um almoço romântico com a “Bellinha”.


Thiago riu e Sirius reprimiu uma careta.


― Vai à merda. Guenta’e.


― Beleza.         


Sirius desligou o celular e pegou a calça jogada no chão, vestindo-a rapidamente, queria sair do quarto antes que Bellatrix acordasse.


Pegou a camisa e vestiu-a rapidamente enquanto se lembrava vagamente da noite passada, pelo jeito e pela cabeça levemente dolorida, ele tinha bebido muito e a noite tinha sido bem estilo Bella de ser.


Ele calçou o all star rapidamente e saiu sorrateiramente do quarto, era melhor sair dali o mais rápido possível, do quarto, da casa, antes que o inferno recomeçasse.






                                                                                                 ***


― Mel!


Uma cachorrinha branca peluda, poodle, pulou alegremente em cima da cama, subindo rapidamente no colo da ruiva, que a abraçou, acariciando-a.


― Você é muito fofa sabia?! – Exclamou Lilian, acariciando a cachorrinha.


― E muito folgada, né?


Lia riu achando graça da cachorrinha que agora deitava no colo de Lilian toda dengosa, enquanto ela se arrumava em frente ao espelho.


― Lia eu não acredito que você ficou com o Malfoy. Achei que você ia ficar com o Sirius.


Lia balançou a cabeça quase imperceptivelmente enquanto passava o delineador nos olhos.


― Ele estava ocupado demais com as menininhas dele.


― Ah Lia, qual é, eu não vi ele com ninguém.


Lia deu de ombros.


― Me disseram que viram ele saindo da festa agarrado naquela Bellatrix.


― Sério?!


― Foi o que disseram.


― E você acredita? – Lilian agora acariciava a cachorrinha observando Lia passar um pouco de base no rosto.


Lia deu de ombros mais uma vez, terminando de se maquiar quando o celular de Lilian tocou.


Lia viu Lilian sorrir antes de atender, não precisava nem perguntar quem era.


― Oii! – Lilian disse alegremente atendendo o celular. – Ahan, to na Lia e você?


Lia fingiu que não prestava atenção a conversa, enquanto se olhava mais de longe no espelho pra ver se estava bonita.


― Ahn, não sei, quer que eu pergunte a ela? Ok, espera ai.


Lia olhou pra Lilian através do espelho vendo a ruiva lhe encarando com um sorriso exageradamente grande no rosto e então ergueu a sobrancelha esperando.


― O Thiago disse que ainda esta com a casa livre e que vão fazer um churrasco lá, ta afim?


Lia observou a amiga ainda pelo espelho então deu de ombros, estava planejando ir comer alguma coisa em algum lugar com a amiga, mas provavelmente Lilian estava louca pra ir ver Thiago e não seria ela que iria tirar isso da amiga, ainda mais agora que  a ruiva parecia estar se dando tão bem com o maroto.


― Tudo bem.


― Lia, se você não quiser...


― Ta tudo bem, Lilly, eu quero sim.


A loira sorriu pra ruiva que assentiu e dizendo a Thiago que logo estariam lá, desligou o celular.


― Ele disse que a “Bellinha” não vai estar lá, então você pode ir sossegada.


Lilian riu e Lia revirou os olhos.


― Não estou preocupada com isso.


― É claro que esta, Lia, eu te conheço.


― Aham. – Disse Lia, simplesmente e se afastando do espelho, sentou-se na cama, vendo sua cachorrinha dar um pulo em sua direção, saindo do colo de Lilian e indo pro colo da dona. – E você e o Thiago?


Lilian riu, sentindo o rosto corar.


― Ele é um fofo, não é?!


Lia sabia que não era exatamente uma pergunta.


― Então estão ficando pra valer?


― Ah, não sei, mas eu... Eu acho que estou gostando mesmo dele!


Os olhos da ruiva brilharam e Lia sorriu.


― Sério?


Lilian riu, corando mais ainda e acenando com a cabeça.


― Mas não tenho certeza se ele...


― Ah Lilly, é claro que ele também esta sentindo a mesma coisa, dá pra ver pela carinha dele.


Lilian riu, sentindo-se estranhamente quente e feliz, quando seu celular tocou mais uma vez e ela olhou pro aparelho, sorrindo mais ainda.


― Não disse?!


E Lilian riu animadamente.


                                                                                            ***




Sirius abriu a porta da casa rapidamente, por sorte não trombara com ninguém da sua família, por isso ninguém vira ele, o que ele ficava feliz, a última coisa que queria era alguém da família ver ele daquele jeito saindo às escondidas de casa, ainda mais com uma Bellatrix nua na sua cama.


Quando Sirius fechou a porta e virou-se pra sair correndo pelo jardim da frente em direção ao portão, ele trombou com alguém e ergueu o rosto rapidamente, assustado.


― Si!


Sirius respirou aliviado.


― Andy! Caralho que susto.


Uma mulher bonita riu achando graça do garoto, ela tinha cabelos longos, levemente encaracolados e claros com enormes e gentis olhos pretos levemente acastanhados.


― Fugindo da família?


Sirius riu, segurando delicadamente o braço da prima e caminhando apressado em direção ao portão.


― É. Se minha mãe me ver assim, já sabe né...


Ela riu, um riso angelical que Sirius amava mais que tudo.


Alcançaram rapidamente o portão e assim que passaram por ele, alcançaram a sossegada calçada da Rua Estados Unidos, a aquele horário mais calma que o normal.


― Então as coisas ai não melhoraram?


Sirius ergueu a sobrancelha observando a prima e riu.


― Andy você é incrível! Só você pra esperar que alguma coisa melhore nessa casa. Você sabe como eles são, não acho que mude.


Andrômeda passou a mão em volta do ombro do primo, abraçando-o carinhosamente.


― É, você tem razão, mas nunca é demais esperar alguma coisa boa deles. Eles não são tão horríveis assim, Si.


― Ahan, você diz isso porque passa mais tempo fora de casa e não tem que agüentar minha mãe.


Ela riu, dando um beijo suave no rosto de Sirius que sorriu carinhosamente.


― Estava indo pra casa do seu amigo Thiago?


― É, mas posso aproveitar os momentos raros com minha prima rara.


Ele piscou e ela riu.


― Ok, que tal comermos alguma coisa, aposto como você não comeu nada.


― Não tem como um fugitivo parar para um adorável almoço antes de fugir né?!


Eles riram e seguiram pra um restaurante próximo, depois de Sirius ligar pra Thiago pra avisar que almoçaria com Andrômeda.


Sirius preferiria ter parado em qualquer lanchonete, mas a prima cuidadosa disse que não poderia jamais dar uma alimentação daquelas pra ele depois dele ter gasto tantas energias no jogo do dia anterior. Sirius riu, ele tinha gasto muito mais energia do que imaginava, talvez.


― Eu não acredito que você ainda tem esses romances com a Bella, Sirius.


Reprimiu-o Andrômeda quando Sirius contou um dos principais motivos de ter saído fugindo de casa.


― Andy, sinceramente eu nem sei como eu fui parar no meu quarto...


― Pelado ainda por cima né? Da pra imaginar como, Sr. Black.


Sirius riu levando a mão ao rosto, sem jeito.


― Eu tava bêbado, a Bella sempre se aproveita de mim nessas condições.


― Claro.


Os dois riram e Sirius comeu mais uma garfada do delicioso almoço que almoçavam em um restaurante da Augusta.


― Estranho isso, porque, ontem à noite, eu ouvi o Régulo comentando que você estava namorando alguém, não imaginei que você namoraria a Bella.


― Ta louca, Andy? Nem se me internassem num hospício, eu namoraria a Bella. – Sirius riu e se apressou a explicar. – É sua irmã, mas você sabe, ela não bate bem.


Andrômeda riu.


― É imaginei que não fosse mesmo, e quem é a azarada que você já traiu.


Sirius gargalhou sendo observado por Andrômeda que sorria, mas ao mesmo tempo lhe lançava um olhar que se lança a uma criança travessa que aprontou.


― Não, Andy, não trai ninguém. Não to namorando ninguém, eu tava... er, sei lá, ficando eu acho, com uma garota ai.


Andrômeda sorriu vendo os olhos de Sirius brilhando.


― Uma garota ai?


Sirius sorriu abaixando os olhos, tomando um gole da sua Coca- Cola.


― É, a Lia, você não conhece. – Ele colocou a coca na mesa e ergueu os olhos pra encarar os olhos curiosos de Andrômeda. – E você e o Ted, como estão?


― E você gosta dela? – Andrômeda tentou parecer casual, tomando um gole do seu suco. – Ah estamos bem, mas acho que teremos alguns probleminhas pela frente.


Sirius observou a prima, já tinha notado que havia algo errado, mas queria que ela lhe dissesse. Andrômeda era como uma irmã mais velha pra Sirius, a irmã que ele não tinha, a única pessoa na família que ele realmente amava, confiava e que sabia que isso era recíproco, nunca em toda sua vida mentira pra ela ou escondera qualquer coisa de Andrômeda e por isso, ele não conseguiu mentir quando encarou aqueles olhos acastanhados e amorosos.


― É. – Foi tudo que ele conseguiu dizer, engolindo em seco. – Que tipo de probleminhas você e o Ted terão? Nossa família?


Andrômeda sorriu, segurando a mão de Sirius carinhosamente, mas sem dizer nada mais sobre Lia, conhecia Sirius o suficiente pra saber que um “é” já dizia muito.


― É, mamãe não aceita que o Ted seja um simples funcionário. Ela acha que eu deveria me casar com o filho do sócio como ela e papai planejaram, mas eu não vou me casar com alguém que mal conheço e que sinceramente não gosto nenhum pouco.


Sirius balançou a cabeça, indignado.


― Ah qual é, não existe isso mais, essa coisa de casar com gente que não se conhece porque os pais planejaram é coisa antiga, pow. Hoje em dia a gente escolhe o que a gente quer.


― É e mamãe acha que estou traindo a família fazendo isso pra ficar com o Ted.


― Traindo a família? Mas que baboseira do caralho é essa?


― Você não estava no jantar ontem à noite, ela trouxe o tal do Junior.


― Junior? – Sirius fez cara de ânsia e Andrômeda riu. – E aposto como minha mãe esta mancomunada nessa, não é?


Andrômeda assentiu levemente.


― Eu não vou deixar o Ted, eu o amo.


Ela sorriu levemente pensando no atual namorado e Sirius apertou a mão dela carinhosamente.


― Deixa eles pensarem o que quiserem Andy, a opinião deles não importa. Eu sempre vou te apoiar.


Andrômeda sorriu e se levantou da mesa, pra ir abraçar Sirius, que a abraçou apertado, falando baixo no ouvido dela.


― Eu te amo, Andy, somos os únicos Black’s que presta nessa porra dessa família.


E Andrômeda riu, bagunçando o cabelo de Sirius, com certeza, ele era um dos únicos que realmente ela se importava na família.




                                                                                                     ***




--Por que será que as pessoas ficam tão bobas quando estão apaixonadas? – indagou Sirius irônico, rindo da cara de Remo.


Sirius estava esparramado numa cadeira de piscina próximo a mesma observando Thiago colocando as carnes pra assar e Remo no telefone falando com Patsy super carinhoso.


--Ah, cala essa boca, Almofadinhas. Eu quero só ver a sua carinha de cãozinho apaixonado quando finalmente cair de quatro pela Lia. - disse Remo rindo assim que desligara o celular e o colocava no bolso da calça.


Sirius reprimiu uma careta olhando a loira com a ruiva do outro lado da piscina na sala de estar de Thiago, escolhendo um cd para ouvirem.


-- Alias, não vai ser muito difícil ficar de quatro, não é? Você já é um cachorro mesmo. – Thiago completou rindo da cara emburrada que Sirius fingia que fazia.


-- Olha só quem fala, já ta de quatro pela ruivinha.


--  E ficarei eternamente se ela quiser.


Sirius revirou os olhos fazendo uma careta.


--Ah, Deus o que eu fiz pra merecer esses amigos apaixonados, hein?


Os três marotos riram.


-- O que vocês estão aprontando? – Lilian e Lia voltavam enquanto Thiago enlaçava a ruiva pela cintura ouvindo que uma musica começava a tocar num volume moderado.


-- Nada não, só o Sirius reclamando de estar encalhado.


-- Eu não estou encalhado!! – Disse Sirius indignado. – Eu sou o cara mais foda de Hogwarts! – Sirius esboçou um sorriso maroto passando as mãos pelos cabelos, no que Thiago, Lilian, Remo e Lia reviraram os olhos, rindo.


-- Ah, Fala sério, eu é que pergunto o que fiz pra ter um convencido desse como amigo?


-- Nem reclama Pontas. Afinal o que seria de você sem mim, hã?!


-- Um cara de muita sorte!


Sirius fez uma careta no que todos riram enquanto a campainha tocava e Remo saia apressado pra atender.




                                                                       *




 Remo achou-a extremamente linda quando segurou Patsy pela mão a puxando pra um abraço, antes de entrarem pra casa de Thiago.


― Você esta linda!


Patsy sorriu, sentindo o namorado a abraçando carinhosamente. Ele segurou-a pela mão e a puxou em direção ao fundo da casa de Thiago onde os amigos já estavam conversando e rindo, enquanto Thiago servia as carnes que acabava de retirar da churrasqueira.


― PAT! – as amigas exclamaram felizes e foram abraçar a garota. – Parabéns, amiga! 


Lia pegou a mão de Patsy pra ver o anel de namoro que brilhava lindamente na mão direita de Patsy.


― Que lindo!


― Parabéns pombinhos! – Lilian abraçou a amiga, depois Remo que a essa altura do campeonato e com Sirius imitando uma cena romântica ao fundo, corara furiosamente, causando risos em todos.


― To falando que nosso grupo esta ficando novela mexicana demais, agora até romance tem.


― E você é a parte dramaqueen da novela, né, Sirius.


Todo mundo riu.


― Queen¹ o caralho, eu sou King²! – ele deu um sorriso colgate, mostrando todos os dentes da boca, passando a mão falsamente pelos cabelos, no que todo mundo riu e Thiago revirou os olhos.


― King... King Kong só se for.


Thiago desviou a tempo de uma latinha de cerveja vazia que voara em sua direção, causando mais risos ainda.




                                                                                                   *




 Todos estavam próximos a piscina conversando e rindo e uma musica legal agitava o ambiente, dessa vez mais calmos que na noite passada.


Lia disse que entraria para pegar mais uma bebida e quando voltou da cozinha parou na sala de estar observando pela porta envidraçada da sala os amigos conversando, rindo e se divertindo, então seus olhos caíram sobre ele.


Deus como ele conseguia mexer tanto com ela? Queria poder ser capaz de controlar os sentimentos que saltitavam dentro do seu coração loucamente, mas ela perdera o controle disso e não sabia como recuperá-lo. Realmente não o tinha visto com ninguém na noite passada, mas ouvira dizerem que ele saíra da festa com Bellatrix, talvez tivessem tido a tal da noite quente que ela dissera, será que ele e todo aquele carinho, aquela atenção, tudo que vinham tendo aos poucos, não era nada? Porque pra ela era muito. Era absolutamente muito.


Ela observou que Sirius vinha caminhando até a sala e não teve tempo de disfarçar e voltar em direção ao pessoal do lado de fora, então ela sorriu simplesmente quando Sirius se aproximou, olhando-a curiosamente.


― O que esta fazendo perdida aqui?


Lia riu fracamente.


― Pensando na vida.


Sirius se aproximou parando em frente a ela e observando-a. Estava linda naquela noite, linda como sempre.


Ele estendeu a mão e segurou a mão dela.


― Vem cá, quero te mostrar uma coisa.


Ela olhou-o estranhamente confusa e curiosa, e sentiu ele a puxando em direção as escadas. Ela viu que ele subiu passando pelo segundo andar e subiu mais um andar seguindo em direção ao sótão da casa, ela nunca tinha estado lá, mas quando chegaram lá em cima, ainda sentindo a mão dele segurando a sua, ela viu que ele seguiu adiante, passando por todo o sótão que continha várias almofadas, pequenos sofás, um aparelho de som e vários instrumentos musicais, entre estantes com livros, mas Sirius passou pelo sótão indo em direção ao que ela imaginou ser uma janela, que se aproximando, ele abriu e ela viu que dava pra uma pequena sacadinha, no alto da casa, pra qual ele se encaminhou e a puxou pra perto.


Ela parou estática observando a paisagem a sua frente, lá em baixo seus amigos conversavam e riam e mais ao longe ela podia ver as luzes da cidade, das casas e até mesmo da Avenida Paulista e acima de tudo, as estrelas brilhando lindamente no céu.


― Nossa! – ela deixou escapar e Sirius sorriu, observando-a.


Ela desviou os olhos da paisagem para vê-lo próximo a ela sorrindo, então ela sorriu e abaixou os olhos.


― É lindo!


― O que achou mais lindo? – ele indagou simplesmente e ela sorriu voltando os olhos pra paisagem.


― Acho linda a vista da cidade adormecida, sabe. As luzes ao longe, o silencio. – ela suspirou, ainda observando a paisagem da cidade.


― Sabe o que eu acho mais lindo daqui?


Ela desviou os olhos para olhá-lo sem precisar perguntar “o que”.


― As estrelas.


Lia exclamou voltando os olhos pras estrelas brilhando lindamente no céu e sorriu.


― Realmente são muito lindas. Olha aquela, que linda! – Ela exclamou apontando pra uma estrela que brilhava mais que todas as outras.


― Mas ainda assim, nenhuma delas é mais linda que você




                                                                       *




 Remo sorriu observando os amigos, depois de puxar uma cadeira pra Patsy sentar-se perto dele. Ele desviou os olhos dos amigos pra linda garota ao seu lado que sorriu-lhe extremamente feliz, ele acariciou-lhe a mão que segurava entre a sua e disse baixinho:


― Estive pensando... – Ele parou meio indeciso e temeroso.


Ela sorriu, percebendo o jeito embaraçado dele, e aproximou o rosto dando um selinho carinhoso em Remo.


― Pensando o que amor?


Ele sorriu, acariciando-lhe o rosto com a outra mão livre, e prosseguiu.


― O que você diria, se eu quisesse pedir você em namoro para os seus pais?


Patsy parou um segundo extasiada e levemente surpresa, então sorriu, levemente sem acreditar no que ouvira.


― Esta falando sério, Remo?


― É, bom, não gosto da idéia de namorarmos sem o consentimento dos seus pais, quer dizer, eu adoraria poder conhecê-los e não ter de me esconder toda vez que eles possam aparecer.


Patsy riu, não achando graça, mas achando extremamente fofo o jeito de ser dele, sabia que Remo era bem diferente dos demais garotos, mas ele era definitivamente, muito melhor que qualquer outro garoto.


― Remo você é mesmo incrível, sabia?! – Patsy acariciou o rosto dele, sentindo-se ainda nas nuvens, não descera de lá nem um segundo sequer desde a noite passada, e duvidava que enquanto estivesse com ele, isso aconteceria.


Ele sorriu sem jeito, acariciando levemente o rosto dela.


― Então, o que acha?


― Acho ótimo! Eu vou adorar!


― Que bom, então quando você acha que eles me atenderiam?


― Bom, eles passam a semana muitos ocupados, acho que fim de semana seria mais fácil.


― Hoje?


Patsy olhou-o mais surpresa ainda.


― Bom, estou ansioso pra conhecer meu sogro.


Justificou-se Remo e Patsy riu, segurando o rosto de Remo entre as mãos e beijou-o carinhosamente. Definitivamente, ele era o cara mais incrível que ela já tivera o imenso e maravilhoso prazer de conhecer e apaixonar-se.




                                                                                                    *






― Parece que o Aluado se deu bem.


Lilian viu Thiago indicar Remo e Patsy se beijando ao canto e sorriu, sentindo seu rosto esquentar estranhamente e voltou os olhos, sem jeito pra Thiago. Tinha a leve sensação que na noite passada ela havia dito mais do que deveria. Porem achou melhor fingir que não se lembrava dessa parte.


Lilian viu Thiago a olhando e sentiu um frio perpassar pela espinha.


― E porque vocês chamam ele de Aluado? Eu acho ele bem centrado, na verdade.


Lilian disse rapidamente tentando não entrarem em assuntos comprometedores naquele momento. Thiago riu.


― Se eu te contar isso, vou estar contando o segredo dos marotos e quebrando um pacto de sangue.


Lia fez uma carinha de “foi mal” e Thiago gargalhou.


― To brincando, pow. – Lilian riu enquanto Thiago ainda gargalhava. – É porque, bom, quando éramos crianças o Remo era um CDF daqueles bem fedaputinhas sabe?


― CDF Fedaputinha? – Thiago gargalhou e Lilian riu, vendo que Remo agora estava próximo a eles, de mãos dadas com Patsy que também ria.


Thiago passou a mão em volta do ombro de Remo.


― É Aluado, você era insuportavelmente CDF, mas mesmo assim nós ficamos felizes de ceder um lugar a você nos marotos.


Remo revirou os olhos e as meninas riram.


― Então foi por isso que te apelidaram de Aluado, Remo? – Indagou Lilian ainda risonha.


― É porque ele se esquecia da gente se enfornando nos livros. Nem de gatinhas ele queria saber, chegamos seriamente a pensar por um momento se ele era meio boiolinha – Respondeu Thiago no lugar de Remo e as meninas riram, no momento em que a campainha tocava e Thiago saia correndo de um Remo que tentava lhe acertar a cabeça com um tapa.


― Eu atendo! – Gritou Thiago correndo pra atender a porta, enquanto Remo e as meninas riam.




                                                                                                 *




 ― Mas ainda assim, nenhuma delas é mais linda que você.


Lia abaixou os olhos de repente, observando que Sirius a olhava, agora parecia mais perto do que estivera antes. Ela sorriu sem jeito, porque ele era tão misterioso? Tão impossível de saber o que se passava dentro daquela cabeça, daquele coração?


Lia abriu a boca pra dizer algo, mas Sirius disse rapidamente.


― Você ficou me devendo uma musica, lembra?


― Te devendo uma musica? Como assim?


Ele riu, assentindo com a cabeça.


― Sim, senhorita Andrews, eu cantei pra você na praia. Agora é sua vez de cantar pra mim.


― Cantar o que? – Ela olhou-o confusa e ele riu.


― O que você quiser.


Ele riu, aquele riso rouco que mais parecia um latido.


― Vai, tenta. – ele piscou e ela riu.


Como ia cantar uma musica pra ele? Ela se lembrava claramente que há exata uma semana atrás ele lhe cantara uma musica, uma musica linda, e agora ele estava ali, lindo, com aquele sorriso que derretia tudo dentro dela, pedindo pra ela cantar-lhe uma musica, será que ela conseguiria cantar uma musica que não falasse exatamente tudo que sentia? Bom, era apenas uma musica, ela pensou, antes de pigarrear e dizer num tom de voz levemente falho.


― Uma dica. – Ela sorriu. – É dos Beattles.


Ele sorriu acenando, ainda parado muito próximo a ela, observando-a.


Lia desviou os olhos pra paisagem tentando não encarar aqueles lindos olhos azuis acinzentados pra não correr o risco de se denunciar.




♪  If I fell in love with you
Se eu me apaixonar por você


Would you promise to be true
Você promete que será verdadeiro


And help me understand?
E que me ajudará a entender?




 Ela molhou os lábios levemente, desviando os olhos da paisagem pra ver que Sirius não desgrudara os olhos estranhamente azuis dela.




 ♪  Cause I've been in love before
Pois já estive apaixonada antes


And I found that love was more
E eu descobri que o amor é mais


Than just holdin' hands
Do que andar de mãos dadas




 Lia sentiu seu coração batendo mais forte dentro do peito, quando sentiu a mão de Sirius no seu rosto, acariciando-o levemente, enquanto ela fechava os olhos e continuava a cantar.




♪  If I give my heart to you
Se eu der meu coração a você


I must be sure
Preciso ter certeza


From the very start
Desde o princípio


That you
Que você


Would love me more than her
Me amará mais do que ela




 Sirius não pôde resistir a imensa vontade de acariciar aquele rosto e ao vê-la fechar os olhos, ele sentiu alguma coisa viva revirar-se dentro de si e seu coração disparar loucamente sem ele entender o porquê. Ela continuou a cantar e Sirius não soube dizer por quanto tempo mais resistiria à imensa vontade de beijar aqueles lábios que ele sentia naquele momento.




♪  If I trust in you
Se eu confiar em você


Oh, please
Oh, por favor


Don't run and hide.
Não corra e se esconda.


If I love you tôo
Se eu te amar também


Oh, please


Don't hurt my pride like her


Não machuque o meu orgulho como você fez com o dela




Lia com os olhos fechados sentiu as mãos de Sirius abraçá-la, fazendo com que ela sentisse o corpo quente dele encostando ao seu e sentiu-se levemente tremula. Podia sentir o coração dele batendo forte dentro do peito ou era o dela? Já não sabia mais.




♪  'Cause I couldn't stand the pain And I
Pois eu não agüentaria a dor e eu


Would be sad if our new Love
Ficaria triste se seu novo amor


Was in vain
Fosse em vão


 


 Sirius a abraçou, observando-a ainda com os olhos fechados, os lábios brilhando a luz das estrelas e aquela voz suave cantando suavemente baixo.


Sirius acariciou o rosto de Lia com a palma da mão, sem conseguir desviar os olhos dela.


 


So I hope you see
Então espero que veja


That I


Que eu


Would love to love you


Amaria amar você




Lia sentindo a mão carinhosamente de Sirius em seu rosto, sentiu os lábios dele tocarem os seus e então ela beijou-o intensamente, sentindo tudo que pulsava fortemente em seu coração transbordar completamente.




                                                                                                      *




 Thiago abriu o portão ainda risonho quando seus olhos caíram sobre uma garota, fazendo seu sorriso se desfazer e suas sobrancelhas se unirem, mostrando-o confuso. O que aquela garota estava fazendo ali?


― Oi Thi! – exclamou a garota.


― Mayara?


― Má! Você sempre se esquece, né?


A garota deu um passo à frente, acariciando rapidamente o rosto de Thiago e entrando, enquanto o garoto a olhava ainda completamente confuso.


― O que você...?


― Ah me disseram que você estava fazendo um churrasquinho aqui hoje, como eu não pude vir na festa ontem... Ah menino, depois do jogo foi uma loucura né? Roubaram minha bolsa acredita?


Thiago ainda franzindo a testa, continuou parado ao portão, ainda segurando o mesmo, olhando pra garota agora com a boca levemente aberta. Como aquela garota sabia que ele estava fazendo um churrasco se ele só chamara os marotos e as meninas?


― Então, mas o churrasco é só pros...


― Eu sei, Thi, foi por isso que eu vim.


A garota colocou a mão sobre a dele no portão, sorrindo estranhamente e fechou o portão, enquanto Thiago ainda continuava estático olhando pra garota sem entender nada.


― Quem é Thiago?


Thiago olhou pra trás pra ver que Lilian estava parada à porta da sala olhando-o, foi então que ele notou que a menina ainda segurava sua mão e que estava muito próxima à ele.




                                                                                                 *




 Sirius a puxou mais pra si beijando Lia intensamente, sentindo as mãos dela em volta do seu corpo, o abraçando e o beijando na mesma intensidade. Ele sentia o coração pulsando freneticamente e o sangue correndo quente pelas veias, ela era capaz de despertar sensações e sentimentos nele que o deixavam confusos, porque nem mesmo a Bellatrix ou qualquer outra garota o fazia se sentir daquele jeito? O que Lia Andrews tinha de tão diferente?


Ele não sabia dizer, não conseguia achar respostas certas e razoáveis para aquelas perguntas, a única coisa que ele conseguia fazer naquele momento era seguir o que seu coração queria, e seu coração, seu corpo, ele, queria mais que tudo, a doce e suave Lia.


Sirius segurou Lia delicadamente a puxando, ainda abraçado a ela, pra dentro do sótão, onde ele caminhou meio trôpego, com ela abraçada a si, até o sofá mais próximo, fazendo-a deitar e deitando-se sobre ela.




“Olhos que se cruzam, beijos que explodem em um momento único”




 Sentia seu corpo tremendo levemente ou era o dela? Era impossível definir. Tinha tanto desejo de tocá-la que seus dedos chegavam a doer, mas tinha tanto medo de machucá-la, como se a tocasse pudesse quebrá-la como uma bonequinha de cristal, tanto que não conseguia saber o que fazer, nunca em toda sua vida, vivera um momento como aquele, sem saber exatamente o que fazer com uma mulher.


Ele deslizou os lábios pelo pescoço de Lia e ela suspirou sentindo o corpo se arrepiando enquanto deslizava a mão pelos cabelos macios dele, segurando-o e puxando-o levemente. Sentia seu corpo tremendo, seu coração disparado dentro do peito, seu sangue correndo pelas veias mais quentes do que o normal, ou talvez fossem apenas sensações, sensações que nunca sentira na vida.


Sirius beijava-lhe o pescoço sentindo o delicioso perfume dela invadindo todos seus sentidos enquanto ele deslizava a mão de maneira mais carinhosa pelo corpo de Lia, parando a mão na cintura e deslizando-a por baixo do tecido da blusa, sentindo a pele macia e quente dela, e sentindo o corpo dela tremer levemente ao toque da mão dele em sua pele.




 “Peles que se roçam, mãos que percorrem
Sentidos confusos, toques ansiados”




 Sirius parou por um segundo pra apreciar esse momento antes de subir a mão pela barriga de Lia, fazendo a blusa que ela usava ir subindo gradativamente junto.


Lia sabia o que Sirius faria a seguir quando o sentiu puxando sua blusa pra cima, tirando-a em seguida, mas não pareceu se importar, naquele momento nada mais importava pra ela, a não ser ele, só e apenas ele: Sirius Black.


Ela não sabia se era o certo ou não, se estava preparada pra aquilo ou não, ela só sabia que seu coração desejava ele desesperadamente e ela também, ela tal como seu coração, tudo que queria era Sirius e ela não conseguia mais negar isso pra si mesma, desejava tocá-lo, beijá-lo, tê-lo pra si como jamais tivera outro homem na vida, como jamais fora para outro homem em toda sua vida, porque sim, ninguém jamais a tocara daquela forma ou tanto quanto ele naquele momento.


Aproveitando o embalo, Sirius sentiu Lia segurar sua camisa e puxar pra cima, fazendo-o tira-la, assim que ele jogou a blusinha dela no chão ao lado do sofá. Então ele voltou os lábios até os lábios dela, beijando-a intensamente, sentindo o toque das pontas dos dedos dela deslizarem por suas costas, até mesmo o toque dela era diferente, era suave, o fazia se arrepiar ainda mais, o atiçar ainda mais.


Ele sabia que não resistiria por mais tempo, enquanto sentia sua respiração já acelerada e seus lábios no pescoço dela. A mão dele agora apertava a cintura dela com uma certa força a mais do que deveria, ele podia sentir o calor do corpo dela emanando no dele, o desejo dela emanando em seu próprio corpo, em sua própria pele e aquilo estava o deixando louco.


Sirius desceu os lábios pelo colo de Lia, deslizando a mão pela barriga macia e quente da garota, sentindo seus lábios tocar o alto de um dos seios dela e o corpo dela estremecer levemente sob o dele e aquilo o atiçou mais ainda.


 “Bocas que se amam
Corpos que se entregam”




 Lia sentiu Sirius abrir o fecho do seu sutiã e sua respiração falhar por segundos, abrindo os olhos pra ver que ele a olhava, vendo-a agora quase seminua, nunca em sua vida garoto algum a vira daquele jeito e agora Sirius Black a olhava como se estivesse apreciando uma obra de arte. Lia riu sem jeito e Sirius voltou seus lábios aos dela, beijando-a dessa vez com mais delicadeza.




                                                                                                      *




 Thiago tirou a mão rapidamente da mão da menina e se afastou rapidamente, vendo que Lilian o olhava estranhamente.


― Então Thi, vamos entrar?


Thiago sentiu uma pedra caindo no seu estomago, era tudo que faltava pra estragar o fim de semana perfeito dele. Thiago fingiu não ouvir a garota e sorriu pra ruiva, mas Lilian virou-se, fechando a porta e voltando pra piscina.


Thiago respirou fundo e caminhou em direção a porta da sala, sendo acompanhado da tal garota que não parava de falar coisas que Thiago não prestava a menor atenção, seus pensamentos estavam fervilhando dentro da cabeça pensando no ultimo olhar da ruiva pra ele antes de fechar a porta.


Quando Thiago chegou aos fundos, Lilian estava conversando animadamente com Patsy e Remo.


Ele se aproximou fingindo não ter acontecido nada.


― Cadê o Almofadinhas, heim Aluado?


Remo riu dando de ombros.


― Some dois mais dois, ele não foi o único a sumir.


Thiago riu, pegando a latinha de cerveja que deixara sobre a mesa e virando um gole, constatando que ela já estava quente.


Ele jogou a latinha no lixo e observou que Lilian conversava com Patsy evitando olhá-lo e passou a mão pelos cabelos, nervoso.


― Ah quer que eu pegue outra latinha pra você, Thi?


Remo encarou Thiago erguendo a sobrancelha e Thiago deu de ombros.


― Ahn... Claro, lá na cozinha, por favor.


A menina sorriu e saiu caminhando elegantemente em direção a casa.


― Eu e a Pat vamos a casa dela.


― Que?! – Thiago olhou exasperado pra Remo. – Aluado, você não pode deixar eu e a Lilian com essa garota.


― Bom, podemos falar que o churrasco acabou e que eu e a Pat estamos indo embora, quem sabe assim ela não vai?


Thiago despenteou mais os cabelos.


― Duvido muito, nem sei como essa louca soube do churrasco.


― Vai ver ela ficou espiando sua casa de longe e viu fumaçinha saindo da churrasqueira.


Remo riu e Thiago riu fazendo uma careta.


― Belo maroto você é, Remo.


Remo sorriu, dando de ombros, sentindo Patsy passar a mão pela mão dele.


― Não podemos demorar, Remo.


Remo assentiu e fez uma cara de “foi mal” pra Thiago.


― Vou ver o que consigo, ok?


Patsy olhou indagadora pra Remo que a puxou pela mão rapidamente em direção a casa, deixando Thiago e Lilian sozinhos.


Lilian estava sentada agora numa das cadeiras e olhava com mais atenção do que necessário uma capinha de CD.


― Lilly... – Thiago disse num tom mais baixo e a ruiva ergueu os olhos para olhá-lo fingindo que nada acontecera.


― Legal esse CD do Linkin Park, você me empresta depois?


Ele se aproximou de onde ela se encontrava, sorrindo calmamente.


― Claro. Olha o que você viu lá no portão, não tem...


― Acho que vou lá dentro pegar um suco, você quer alguma coisa? Ah a Mayara já foi buscar né. Bom, então eu já volto.


Thiago parou estático, vendo Lilian se levantar, sorrir estranhamente e seguir em direção a cozinha de onde a garota que Thiago mais odiava no momento, voltava.




                                                                                                 *




 Sirius sentiu os seios de Lia tocando seu peitoral e sentiu seu corpo se arrepiando, Deus como ela era linda, como ela era suave, doce, gentil! Como mulher nenhuma jamais tivera um toque como o dela, ou o corpo tão suave e macio e cheiroso como o dela?!


Sirius deslizou os lábios pelo rosto dela, passando pelo pescoço até chegar aos seios de Lia e ela sentiu seu corpo tremendo mais que o normal quando sentiu o calor dos lábios de Sirius em seus seios.


“Um calor tomando conta de poros, cantos, curvas”




 Definitivamente nunca sentira nada igual na vida, o fogo em suas veias se incendiava ainda mais e ela apertou uma das mãos nas costas de Sirius e a outra em seus cabelos, puxando-o com mais força do que deveria, mas Sirius não pareceu se importar com aquilo.


Agora beijando com mais vontade os seios de Lia, ele deslizava a mão cheio de vontade pelas pernas dela, tentando se livrar da calça jeans e não demorou muito pra Sirius estar puxando a calça de Lia pra baixo e em seguida ela estar completamente nua.


Sirius parou então, um segundo a observando, ele não queria que aquele momento acabasse, ele queria ficar com ela pro resto da vida, mas o toque da mão dela em seu rosto o despertou, então Sirius levou a mão ao rosto de Lia enquanto se deitava sobre ela, se contendo para ainda não iniciar o ato que pela primeira vez em sua vida ele poderia chamar de “amor”.




“Pulsar cada vez mais acelerado
Lábios que ora se comprimem
Mãos que se enlaçam”




Sirius a beijou intensamente e apaixonadamente como jamais beijara outra mulher na vida e ele sabia disso, tinha absoluta certeza daquilo naquele momento, ele ouviu-a sussurrar seu nome baixinho entre o beijo enquanto ele sentia seu órgão masculino tocando-a cheio de vontade e ele percebeu que era por isso que ela sussurrara seu nome, então Sirius afastou o rosto do dela, olhando-a carinhosamente.


Lia sentia a respiração completamente ofegante, o coração batendo descompassado dentro do peito, estava prestes a fazer uma coisa que ela nunca havia feito na vida e aquilo era ao mesmo tempo assustador e maravilhoso.


Ela viu-o olhar pra ela carinhosamente, acariciando seu rosto e ela sorriu fracamente, quando ele sussurrou baixinho.


― Se você não quiser...


Lia levou o dedo indicador ao lábio dele e riu fracamente, era um pouco tarde pra ele dizer isso, agora que estavam completamente nus.


― Eu quero... – ela sussurrou baixinho e Sirius beijou seus lábios cheio de amor, selando-os em seguida, encostando a testa na dela e falando ainda baixo.


― Se você quiser parar, é só falar, não quero machucá-la, não quero fazer nada que não seja bom pra você...


Lia sorriu fracamente, assentindo e acariciou o rosto dele, beijando-o em seguida, sentindo-se pisar nas nuvens antes de sentir uma dor levemente aguda enquanto sentia Sirius deslizando dentro dela. Era uma sensação indescritível, boa e estranha ao mesmo tempo, ela não saberia dizer com exatidão, só sabia que não queria que ele parasse.


Lia sentiu Sirius abraçá-la fazendo seu corpo colar ao dele, enquanto ele erguia seu corpo pra cima, sentando-se no sofá e fazendo com que ela ficasse sentada de frente pra ele, cruzando as pernas nas costas dele, seus corpos unidos, envolvidos num amor, num desejo, num fogo que Lia jamais poderia imaginar, e que Sirius jamais experimentara com tanta intensidade antes.




“Corpos novamente dançando uma dança de movimentos frenéticos
Olhos que já se fecham em um momento de êxtase enfim...”


 




Ela sentiu os lábios dele beijando seu pescoço e em seguida seus seios e ela fechou os olhos inclinando levemente o corpo pra trás, sentindo deliciosamente os lábios quentes nos seus seios, enquanto ela sentia Sirius cada vez mais dentro dela, num movimento que a fazia desejá-lo cada vez mais.


Seu corpo estava extasiado, sua mente, ela inteira, encontrava-se em outro mundo, em outra dimensão, uma dimensão onde tudo que ela conseguia pensar era nele e nas sensações que ele causava em seu corpo, em sua pele, que agora suava, quente, levemente corada pelo calor, pelo desejo, pela vontade que se espalhava por cada poro do seu corpo. Deus se aquilo era errado, se aquilo era pecado, era o erro e o pecado mais maravilhoso que ela já cometera na vida.






                                                                                                  *




 Lilian foi até a cozinha, mas resolveu ir ao banheiro, onde ela entrou e se trancou, respirando fundo. Não conseguia acreditar que o Thiago tivesse convidado aquela garota ou o que quer que fosse. A cena da menina perto dele, segurando a mão dele fazia seu estomago revirar-se tanto que parecia haver milhares de seres vivos dentro dela, numa convulsão sinistra.


            Ela respirou fundo se olhando no espelho e pensando firmemente: Acalme-se, Lilian, acalme-se.


Abriu a torneira deixando as mãos embaixo da mesma por um tempo então fechou a torneira levando a mão até a nuca, observando seu rosto no espelho. Estava linda, se arrumara o mais linda que pôde pra ele, pra chegar aqui e outra garota ficar de graça com ele?


Ah não, mas eu não vou deixar essa’zinha, dando em cima dele, não vou mesmo.


Lilian abriu a porta do banheiro decidida, seguindo em direção a piscina, mas quando estava na porta que dava acesso a saída da sala de estar pra área da piscina, sentiu os seres invisíveis dentro dela revirarem-se loucamente, novamente.


Thiago estava sentado na mesa, bebendo a cerveja e folheando o encarte do CD que ela deixara sobre a mesa e a tal da garota estava atrás de Thiago, acariciando-lhes o cabelo.


Lilian fechou os olhos por segundos, engolindo seco e respirando fundo, pensando no quanto Thiago estava à vontade com aquela cena.


Sem pensar em mais nada, Lilian voltou até a cozinha, pegou um copo enchendo-o de água, abriu o freezer e colocou varias pedras de gelo dentro, voltando em seguida, em passos firmes em direção a piscina, seguindo firmemente até onde a tal garota estava com Thiago.


Thiago estava folheando o encarte do CD pensando no que poderia dizer pra tal garota ir embora, já dissera que o churrasco tinha acabado, já dissera que ele ia ter que se arrumar pra sair, já dissera que seus pais chegariam e não queria ninguém ali, já dissera até que estava com dor de barriga pra ver se a garota se tocava, mas nada fazia ela ir embora, ela estava se achando muito feliz, muito em casa, muito tendo alguma coisa com ele pra se tocar que era um incomodo e estava atrapalhando seu domingo, que era pra ser perfeito com a ruiva, mas que ao contrario estava sendo um completo desastre graças a essa mulher-cebola, ou vai ver, pensou Thiago, talvez fosse essa a intenção da garota, afastar Lilian dele.


Quando Thiago pensou em se levantar e enxotar a menina a força de sua casa, ele levou um susto.




                                                                                                   *


 


  “If I fell in love with you
Se eu me apaixonar por você”


 


Sirius apertou a cintura de Lia com mais vontade fazendo o corpo dela subir e descer sobre o seu com mais vontade, sentindo seu corpo latejando de desejo, queimando cada vez mais, então ele fechou os olhos inclinando a cabeça pra trás, sentindo o corpo todo em chamas enquanto o corpo macio, suave, doce, quente, maravilhoso de Lia se movia sobre o dele de forma que o fazia perder a nação de tudo, ele já não sabia onde estava, como ou porque, ele só sabia que Lia estava ali, com ele, sobre ele, quente, suave, doce, ah como ele queria provar aquela doçura, como ele desejava, como ele a amava, Deus, ele a amava como nunca poderia amar uma mulher em toda sua vida.


Sirius voltou o rosto levando a mão a nuca de Lia, a puxando pra ele e a beijando intensamente, completamente e loucamente apaixonado no instante em que ele sentia o desejo, a vontade, o prazer explodir dentro de si fazendo-o gemer baixo entre o beijo, ouvindo o próprio gemido agudo dela sendo reprimido pelo beijo intenso que ele não conseguia desfazer mais. Tudo que ele queria era ficar com Lia, sentindo o corpo dela contra o dele, pelo resto da vida, ele não poderia pedir nada mais perfeito na vida do que aquilo.




                                                                                                      *




Thiago sentiu que alguém trombava contra sua cadeira, derrubando algo gelado nele e viu que Lilian acabara de trombar com a garota derramando um copo com alguma coisa bem gelada que caiu inclusive em cima dele. Dando um pulo da cadeira, Thiago se levantou.


― Que isso garota, ta louca? Olha o que você fez.


Lilian olhou pra Mayara com uma fingida expressão de desculpas no rosto.


― Ah te molhei, desculpa querida.


Lilian sorriu falsamente arrependida e a menina tacou seu copo preso em sua mão com força no chão.


― Eu sei muito bem que você fez isso de propósito.


— Ah foi? E o que você vai fazer? Vai chamar a mamãe? Ou quem sabe... o Thiaguinho pra te proteger?


Thiago ficou estático olhando de Lilian pra tal garota, estava no meio do fogo cruzado.


A garota riu histericamente.


― Você é ridícula.


Lilian não pensou nem uma vez e levou a mão à face da menina, dando-lhe um tapa no rosto. Thiago teve que ser rápido pra segurar a falsa ruiva e afastá-la de Lilian, que agora tentava acertar a menina mesmo sendo afastada dificilmente por Thiago, que a arrastou em direção ao portão, a fazendo sair a força da casa dele.


― Chega! Anda, Mayara, vai embora.


Ele se afastou da menina na calçada da casa, enquanto a menina gritava e xingava sem parar.


Thiago fechou o portão na cara da menina com mais força que o necessário e voltou até a sala onde Lilian estava parada, completamente nervosa.


― Você viu o que você fez, Potter?


― Porque você sempre fala isso, Lilian? Porque sou sempre eu que faço as coisas?


― Mas você viu o que sua namoradinha fez!


― Minha namoradinha? Você é louca, Lilian?


― Eu sou louca? Ela que é! Ela me chamou de ridícula...


― Você começou ou acha que eu não vi?


― Vai defender aquela oferecida? Você tem coragem de trazer ela aqui, esfregar na minha cara e ainda vai defender ela? Aquela garota não vale nem uma moedinha de cinco centavos, Thiago!


― Perai. Você esta com ciúmes dela, Lilian?




                                                                                               *




 Sirius sentia-se sonhando, não estava na Terra, estava em alguma nuvem, com a luz do universo refletindo nos seus olhos fechados e uma anja estava deitada ao seu lado na nuvem, recostando a cabeça sobre seu peito, enquanto ele acariciava aqueles fios de ouro carinhosamente. Sentia-se estranhamente em paz, por isso acreditava estar sonhando, afinal, nunca em toda sua vida se sentira desse jeito.


Ele sentiu os lábios quentes e macios da anja tocar seu tórax e abriu, relutantemente, os olhos desejando ver o rosto da anja que ele sonhava.


Lia sorriu sentindo os carinhos de Sirius em seus cabelos e vendo-o abrir os olhos, no momento em que alguma coisa os despertaram.


― Tem algum celular tocando.


Ela falou baixinho, beijando mais uma vez o peitoral de Sirius, parecia estar vivendo algum sonho ou estava dentro de algum filme de romance no momento mais lindo e perfeito.


Ele ergueu levemente o corpo esticando a mão no chão sentindo sua mão apalpando o chão, Lia riu.


― Deixa que eu pego, amor!


Sirius sorriu, segurando o rosto dela carinhosamente e a beijando. Caramba, como ele poderia se sentir assim? Ouvir a voz dela o chamando de amor pareceu enchê-lo de alguma coisa muito boa que o fazia desejar grudar nela e não desgrudar nunca mais.


Ela sorriu entre o beijo ouvindo a musica do celular aumentando junto com o som do celular vibrando ao chão.


Ele soltou o rosto dela e rindo, ela se esticou pegando o celular no chão e entregando a ele.


Sirius olhou pro celular franzindo o cenho.


― Que foi? – Ela indagou.


― O Remo. Ué, ele não ta lá embaixo?


Lia deu de ombros levemente vendo Sirius atender o celular.


― Fala Aluado!... Ah oi, Pat, que manda?


Lia viu Sirius erguer as sobrancelhas e olhar pra ela levemente assustado.


            ― Ah Meu Deus. Pra onde?


Lia viu Sirius aguardar com o celular ainda no ouvido, antes de dizer:


― Estamos indo.


Sirius desligou o celular e Lia perguntou rapidamente.


― O que houve?




                                                                                                  *




― Você esta com ciúmes dela, Lilian?


Lilian olhou pra Thiago como se tivesse sido ofendida.


― É claro que não! Mas você não tem o direito de defender aquela garota na minha cara!


― E por que não? Você também não tinha nenhum direito de derrubar sei lá o que em cima da gente.


― Ah eu atrapalhei os pombinhos? Oh, desculpe.


― Pára com isso, Lilian! Você não precisa fazer isso, porra.


― Gente o que...?


Thiago parou nervoso, virando-se pra ver Sirius e Lia, parados no meio das escadas, olhando-os assustados e receosos.


— Pontas o que ta acontecendo? Tão brigando?


Thiago abriu a boca pra dizer algo, mas Lilian respirou tão fundo que ele desviou o olhar pra ela, vendo que ela estava vermelha e aparentando bem nervosa do que ele tinha realmente reparado.


Na verdade ele também estava muito nervoso, não por ela ter brigado com a garota, mas por ela ser tão lerda de não perceber que ele estava tentando se livrar da garota e não ter algo com ela.


― Você não entendeu, Lilian... – Thiago começou, mas foi interrompido por Sirius.


― Pontas...


Sirius tinha terminado de descer as escadas e colocava a mão no ombro de Thiago que o olhou, percebendo, só agora, que havia um desespero nos olhos do amigo.


― Que...?


― O Aluado.


Thiago respirou fundo levando as duas mãos ao rosto e afundando o rosto nelas. Erguendo em seguida, Lilian olhou confusa pra Thiago e Sirius, vendo Lia parada ainda no meio da escada, estranhamente estranha.


― O que aconteceu? – Lilian perguntou sem entender nada.


― Temos que ir pro hospital.


Foi só o que Thiago conseguiu dizer, sem encarar a ruiva, sentindo seus olhos queimarem fortemente, cheios de lagrimas.








*N/A:
Presente de natalllllll *-*
Espero que gostem, ate porque, eu vou demorar um cadim pra postar o proximo pessoal
nao me ameaçem \z please
é que fim de ano né, sabem como é, eu viajarei, e só volto em janeiro
foi mal mesmo pessoal, mas ferias são ferias né, e eu ando necessitando delas \z



Bom, o Cap ta meio grandinho né "p


E que cena foi aquela do Si com a Lia??? *O* OMG q inveja dela, meu deus \z
Cap ta grande demais pra fazer mtos coments aqui, mas desde já agradeço a todos comentarios
obrigada mesmo pelo carinho *-*

Bom, Deixando apenas os significados de Queen¹ e King² pra quem não sabe neh:
Queen: Rainha /  King: Rei

E dois P.s.


P.s¹: Nome da musica que toca na cena da Pat com o Remo: “Everything” Lifehouse
P.s²: da cena da Lia com o Sirius: A musica é “If I Fell” Beattles (e a musica tocada neste cap, é do filme "Across the universe", acho essa versão perfeita demais *-*)
e o poema é de autoria desconhecida.

Bom, então comente o que você achou desse capitulo

e nos encontramos no próximo pra saber o que aconteceu com o Remo ;p

Até o próximo capitulo


Feliz natal e ano novoo ^^

Beijo
Lanah Black

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