Bem Vindo Ao Paraiso



(A musica abaixo faz parte de um trecho da fic. Para ouvi-la, Clique no player abaixo)









                                            


                                                                      * Capitulo Treze: Bem vindo ao paraíso*


                                    “Se eu já não fosse desesperadamente apaixonada por você, eu me apaixonaria agora.”


 


 Sirius acordou animado, a semana tinha passado voando e finalmente era sábado, o dia do final do campeonato, só de pensar naquilo ele sentia seu estomago revirar-se de ansiedade e nervosismo.


Ele tomou um banho e desceu pro café da manha, quando chegou à cozinha reparou que não tinha nada de anormal, ninguém parecia saber que aquele era um dia importante pra ele. Ele puxou uma das cadeiras e se sentou, pegando um copo e se servindo de suco de laranja, pelo menos o café aos dias de sábado eram mais reforçados, ele ia precisar mesmo estar com total energia para o jogo mais à tarde.


― Sirius eu quero que você arrume seu quarto porque hoje vamos receber sua tia Druella.


― Manda alguém, sei lá a Marta ou o monstro arrumar, eu tenho jogo hoje.


― A Marta está ocupada e o Monstro vai ajudar a arrumar o jardim. Você limpa seu quarto e do Régulo.


Sirius colocou o copo de suco com um pouco de força extra em cima da mesa encarando a mãe sentada do outro lado da mesa.


― O Régulo que arrume o lixo do quarto dele, eu não vou arrumar porra nenhuma.


― Olha a boca, Sirius Black!


Mas Sirius não deu à mínima, pegou o copo de suco e virou num gole, depositando o copo vazio em cima da mesa e se levantando, saindo logo em seguida em direção as escadas que dariam pro seu quarto.


Ótimo, sem café da manha, era melhor ele pegar as coisas do jogo e ir pra casa de Thiago, lá provavelmente ele teria um café da manha decente e melhor, sendo paparicado e bajulado pro jogo, o que deveria acontecer na casa dele e não na casa do seu melhor amigo. Mas Sirius já estava acostumado com isso, seus pais não tinham a menor noção de como tratar um filho, não com Sirius pelo menos.


Sem prestar a menor atenção no caminho já decorado há anos que ia até seu quarto, Sirius sentiu-se esbarrar em alguém.


― Bom dia pra você também irmão.


Sirius ergueu os olhos pra ver Régulo, seu irmão mais novo.


― Dia!


― A mamãe disse pra você que é pra você...


― Eu não vou arrumar porra nenhuma, principalmente o lixo onde você dorme, você que arrume ou manda seu escravinho do Monstro arrumar.


― O Monstro vai ajudar o papai no jardim e a limpar a piscina.


Monstro nada mais era que o apelido do filho da empregada que cuidava da casa, um garotinho que Sirius achava particularmente chato, irritante, pestinha e que puxava o saco demais da mãe dele e do seu irmão.


― Problema de vocês, eu não vou estar aqui pra essa festinha adorável mesmo.


Sirius continuou andando em direção ao seu quarto, mas reparou que seu irmão o seguiu.


― E vai estar onde? Você tem que estar aqui, Sirius, é o noivado da Cisa.


Cisa era, nada mais nada menos que, Narcisa Black, irmã de Bellatrix. E Sirius não se importava a mínima de perder o noivado dela, gostava tanto de Narcisa quanto gostava da mãe dela, ou de sua própria mãe, a única na família que Sirius realmente amava era sua prima Andrômeda, aquela que ele sabia, provavelmente também perderia o noivado da irmã só pra vê-lo jogar, e aquilo sim, lhe enchia o coração de alegria.


― Que bom pra ela, né, vai finalmente desencalhar.


― Você não devia falar assim da Cisa.


Sirius pegou sua mochila extra no guarda roupa a jogando em cima da cama, enquanto abria o armário e pegava seu uniforme limpo.


― Eu falo como quiser, Régulo, eu não sou o puxa-saco da família.


Régulo se sentou na beira da cama de Sirius observando o irmão mais velho que agora pegava a chuteira e alguns pares de meia no guarda roupa, voltando até a cama pra guardar tudo dentro da mochila.


― Mas deveria, somos sua família, você não terá outra.


― Que pena. – Ironizou Sirius, voltando-se ao guarda roupa onde agora ele pegava algumas peças de roupa pra poder passar o fim de semana na casa de Thiago, sabia que provavelmente seus tios e primas passariam o fim de semana inteiro por ali.


― Você não vai vir no jantar por quê? Ah é, tem aquele joguinho idiota né?


― Agora é idiota né? Depois que seu time não conseguiu passar da segunda fase, o jogo é idiota.


Sirius riu voltando-se até a cama, guardando as roupas na mochila.


― A Andy vai vir pro noivado?


Sirius fechou a mochila e pegou sua outra mochila, a do colégio, jogando em cima da cama.


― Creio que sim.


Creio que sim. – Siriú sibilou baixinho imitando o jeito certinho do irmão dizer aquilo que ele teria respondido com um “é”.


Sirius pegou as duas mochilas e encarou o irmão.


― Vamo indo então, que eu vou trancar meu quarto.


― Vai trancar por quê?


― Pelo menos assim a mãe acha que está arrumado e a Bella não fica fuçando no que não deve.


Mas Régulo não se moveu, continuava sentado na beira da cama.


― Você continua iludindo a Bella, Sirius?


― Eu não iludo aquela louca! Não tenho culpa se ela tem vários parafusos a menos.


― Ela gosta de você, você deveria namorar ela e não aquela Andrews.


― Eu não namoro ninguém e não vai ser a Bella que vai conseguir esse feito. Muito menos ela.


Sirius jogou as duas mochilas nas costas, uma de cada lado e caminhou até o irmão segurando-o pelo braço.


― Vai, vai, estou com pressa, Régulo, tenho que tomar café na casa do Pontas e ir pra concentração.


Regulo se levantou e saiu do quarto, deixando com que Sirius fechasse a porta e a trancasse, enfiando a chave no bolso da calça antes de sair apressado.


Graças a Deus tem jogo, pelo menos me livro de um fim de semana enjoativo demais nessa casa.


                                                            ***


  Faltava pouco pro jogo começar e Lia estava andando apressada de volta ao estádio onde seria o jogo de futebol, tinha ido buscar três garrafinhas de água pra ela e pras amigas, já que o dia estava ensolarado e quente, mais quente que o normal.


Varias pessoas iam e vinham pra todo lado, por isso Lia nem reparou que tinha trombado com alguém, só notou isso quando ouviu uma voz irritante lhe chamar a atenção.


― Esta cega, garota?


Lia virou-se pra ver que Bella estava parada olhando pra ela.


Lia riu balançando a cabeça.


― Me erra garota, tenho mais o que fazer.


― Está indo assistir o meu príncipe jogar bola? – Lia não ligou a mínima pra Bella e virou-se pra seguir seu caminho. – Ele já te contou qual vai ser o premio dele se ganhar o jogo?


― Ah mesmo que ele tenha contado, você fará questão de me dizer não é?


Lia parou pra encarar a morena novamente.


― Ah ele te contou? Ele te contou que vamos ter uma noite de amor bem quente?


Lia ergueu a sobrancelha antes de gargalhar.


― Então é assim que você pretende prender ele?


― Ele não vai querer uma garotinha idiota e pura, ele é homem, ele quer coisa melhor.


Lia riu, achando a garota patética.


― Você é ridícula. Então dê pra ele, pelo menos eu não preciso fazer isso pra alguém ficar comigo.


Lia virou-se e seguiu andando de volta pra arquibancada. Era o cumulo ter que ouvir aquela garota dizendo que ia ter uma noite de amor quente com o Sirius.


Aff, menina ridícula.


Ela pensou agora passando por varias pessoas em direção onde Lilian, Patsy e Remo estavam sentados pra assistir o jogo, vendo que lá em baixo, no campo de futebol o time de Sirius entrava em campo sob um grande urro da torcida do seu colégio.


Ela parou pra o ver entrando em campo e suspirou, será que ele ia mesmo ter essa noite quente com a Bellatrix?


                  


 
― Estamos ganhando de dois à zero, mas eu não quero moleza quando voltarmos, entenderam?


Estavam no vestiário, no intervalo do primeiro tempo e estavam ganhando de dois à zero, um gol de Thiago e um de Sirius. Sirius sabia que não teriam dificuldade de fazer o que quer que o treinador quisesse, aquele jogo estava no papo.


Quando saíram pra voltar ao campo ele ouviu o urro da torcida e ergueu a mão no alto, fazendo a arquibancada tremer mais ainda, risonho ele deu um tapinha nas costas de Thiago e voltou ao seu lugar, enquanto o juiz caminhava até o centro do campo pra apitar o inicio do segundo tempo.


Já devia ter se passado uns vinte minutos quando Sirius correu em direção ao meio campista do time adversário e roubou a bola, driblando um, depois outro jogador e seguindo em direção a grande área do time adversário, onde ele ou Thiago estariam marcando o quarto gol daqui a pouco.


Ele sorriu vendo que Thiago saia da marcação e driblou mais um cara da defesa que vinha pra cima dele, mas não dava pra passar a bola ainda, mais dois cercaram Thiago, não tinha jeito, Sirius ia ter que se arriscar, ele passou a bola pra um colega do time que correra em sua direção pra ajudar, enquanto Sirius correu mais rapidamente em direção a Thiago tirando a concentração dos caras que o marcavam, deixando-os confusos, então ele viu o colega do time chutar a bola pra Thiago. Thiago sabia que agora estava no papo, a jogada de Sirius fora infalível, conseguira confundir a defesa e agora a bola vinha alta em sua direção, ele ia pegar aquela bola e marcar o golaço pra acabar de vez com aquele timinho de merda.


Ele sorriu pegando a bola no peito e ajeitando ela, ele ia chutar, ia marcar um golaço quando sentiu uma pontada forte um pouco abaixo da barriga, e alguma coisa bater com força em seu rosto, escurecendo toda sua visão e mais uma dor aguda percorrer por seu rosto e sua cabeça, sentindo a bola escorregar em direção ao chão sem ele conseguir chutá-la, enquanto seu corpo caia agachado no campo, sentindo a dor penetrando-lhe fundo.


Um urro de indignação ecoou pela arquibancada e pelo campo. Thiago ouviu um apito ao longe e sentiu as mãos batendo no gramado do campo, levando em seguida a outra mão à cabeça.


Sentia-se tonto e levemente enjoado, com uma dor crucial na cabeça e na barriga devido às pancadas sofridas.


Ele ouviu uma voz aflita perto dele quando sentiu o corpo cair deitado no campo.


― Pontas! C’ta bem? C’ta bem, cara?


Thiago abriu os olhos pra ver a luz forte do sol batendo no seu rosto e Sirius com vários jogadores, olhando-o de cima ao seu redor.


― Foi pênalti, juiz.


―Pênalti.


Ele ouvia varias pessoas gritando e levou a mão à cabeça sentindo-se levemente tonto, então sentiu alguma coisa quente em sua mão quando tocou a testa com as pontas dos dedos.


― Droga. - Ele sibilou baixo.


Sirius reparou que Thiago também sangrava.


― Genta’e Pontas.


― To bem, to bem. – Thiago sentou-se no gramado do campo, sentindo a cabeça levemente tonta.


O medico do time veio correndo atender Thiago, passando algum medicamento que Thiago sentiu arder o machucado da testa e enfaixou a cabeça, alegando sem parar que Thiago deveria sair do jogo, mas ele não queria sair, ele queria ficar até o fim.


― Eu to bem, eu to legal, pow, dá pra continuar.


Ele estava na lateral do campo esperando o medico terminar o curativo, o técnico ao seu lado o olhava preocupado, enquanto o jogo recomeçava dentro do campo com a cobrança de Pênalti que Sirius marcava facilmente.


― Deixa eu continuar, pow, ta acabando, só eu marcar mais um.


O técnico riu e colocou a mão no ombro de Thiago.


― Se você cair duro ai, que fique claro que não tenho nada a ver com isso.


Thiago acenou rindo e voltou ao campo. Faltavam menos de dez minutos pro jogo acabar.


 


 ― Passa porra, passa logo caralho!


Os gritos do treinador eram misturados aos muitos gritos que Sirius ouvia lá de dentro do campo de futebol. De onde ele estava, depois de ter roubado a bola do jogador adversário e agora correndo com a bola em direção a grande área, ele via Thiago se aproximando do gol, se ele conseguisse passar a bola do jeito que queria pra Thiago...


― BLACK SE VOCÊ PERDER ESSA PORRA DESSA BOLA EU JURO QUE...


Mas Sirius nunca ouviu o que o treinador o ameaçara porque naquele momento ele chutava a bola por cima de toda a defesa do time adversário fazendo a bola cair quase nos pés de Thiago que ajeitara a bola, driblando o goleiro e chutava em direção ao gol, marcando um golaço.


― AAAAAAAAAAAAHH CARALHO!


A arquibancada tremeu e gritos espalharam-se por ela e pelo campo.


Sirius correu em direção a Thiago e pulou em cima das costas do maroto que comemorava o gol perto do gol adversário.


― CONSEGUIMOCARALHO, CONSEGUIMO PONTAS!


Era o ultimo gol da vitoria.


 


                                                           ***


  


A casa de Thiago tinha mais gente que ela talvez fosse capaz de suportar, mas ninguém parecia se importar com isso.


A enorme piscina que ficava atrás da casa, perto da churrasqueira, onde alguém cuidava das carnes assadas, estava lotada de meninos de calção e meninas de biquíni, algumas até mesmo de roupa, pulando e se divertindo na piscina.


O interior da casa também estava cheio, sendo que os únicos lugares vazios eram o quarto de Thiago, dos seus pais e o escritório do pai de Thiago, e isso porque eles haviam trancado-os, pois caso contrario, provavelmente também estariam cheio de pessoas, bebendo, se divertindo ou se agarrando.


Thiago não podia reclamar dos pais, eles não só tinham ido assistir ao jogo, como ofereceram a casa pra festa e fizeram questão de ir dormir num hotel, pra que Thiago e os amigos tivessem liberdade.


Vários garçons, contratados, andavam pela casa, servindo varias bebidas, e foi de um desses que Thiago pegou um copo de tequila, virando um enorme gole, antes de colocar o copo em cima da mesa da cozinha e sair em direção a sala de estar, depois de pegar mais um copo dessa vez do que ele percebeu ser Bacardi.


Ele estivera nos últimos dez ou quinze minutos procurando à ruiva, depois de, com grande dificuldade se livrar de algumas garotas que insistiam em ficar em cima dele, claro que, ele já tinha beijado algumas delas, mas a que ele queria mesmo, ele não havia visto desde que chegara à casa e ela havia lhe dado um beijo no rosto dizendo que ele estivera ótimo no jogo.


Thiago parou próximo a janela da sala, observando os vários alunos da escola, muitos que ele nem sabe como chegaram ali, claro que a noticia da festa se espalhara e por isso havia naquele momento quase o colégio inteiro dentro de sua casa, comemorando o campeonato, talvez até jogadores e torcedores do time adversário também estavam ali, o que Thiago nem duvidava muito.


Ele virou um grande gole do seu copo e depositou-o na beira da janela vendo uma linda imagem surgir diante de seus olhos.


Lílian estava parada no ultimo degrau da escada que vinha do segundo andar da casa, e Thiago não teria palavras para explicar o que sentira quando a viu daquele jeito.


Agora ele conseguia ver com nitidez como ela estava e aquilo fez alguma coisa revirar-se dentro de seu estomago.


Ela estava deslumbrante, usava uma linda blusa preta com um leve decote em vê nas costas, um lenço vermelho envolto no pescoço, uma calça jeans justa no corpo e um belo sapatinho de salto preto com detalhes vermelhos a deixavam ainda mais bela e sensual, seus lindos cabelos ruivos agora estavam com alguns cachos caindo ao lado do rosto perfeito de Lílian, que usava uma maquiagem bem delicada.


Thiago sentiu o coração disparar no peito, ela parecia um sonho e Thiago ficou momentaneamente abobalhado vendo-a sorrindo e vindo em sua direção.


 
 


Remo e Sirius talvez fossem os únicos depois dos pais de Thiago a saberem onde Thiago escondera as chaves dos lugares trancados mais cedo, antes dele sair pro jogo. E Remo se aproveitara disso pra se esconder com Patsy no sótão da casa, onde Thiago também trancara por conter muitas coisas das quais ele apreciava muito, como seus primeiros instrumentos entre outras coisas.


O lugar era bem amplo, contendo alguns sofás e pufes, estantes repletas de livros, CDs, DVD’s, e vários quadros preciosíssimos espalhados pelo cômodo.


Patsy estava parada próxima a janela observando as pessoas pulando na piscina e riu, tomando um gole da sua taça de vinho, Remo aproximou-se dela, abraçando-a por trás e ela sorriu.


― Os pais do Thiago são muito legais de deixarem ele fazer essa festa. Meus pais morreriam com a idéia de terem a casa deles invadida por um monte de adolescentes...


― Bêbados e trogloditas. É, meus pais também.


Remo riu.


― Os pais do Thiago são bem legais mesmo. Uma segunda família pra mim.


Patsy sorriu virando o corpo levemente de lado pra observar Remo.


― Imagino, vocês cresceram juntos, não é?


Remo sorriu, assentindo com a cabeça, então levou a mão ao rosto de Patsy acariciando-o levemente.


― Bom, mas não foi pra isso que eu te trouxe aqui?


― Não? Achei que era pra abusar de minha pureza. – Ela disse num tom brincalhão, rindo e Remo riu.


― E você queria isso?


Patsy riu mais ainda observando que Remo corava levemente. Ela acariciou o rosto dele beijando seus lábios levemente e Remo deixou-se levar pelo beijo, esquecendo-se momentaneamente de todo o resto.


Quando ele selou o beijo carinhosamente, ela sorriu-lhe enquanto ele acariciava seu rosto carinhosamente e falava num tom mais baixinho e carinhoso.


― Na verdade, eu tenho uma surpresa pra você.


 
 


Sirius já não fazia idéia de quantos copos de quantas variadas bebidas ele já tinha tomado, mas ele sabia que já estava bem legal, mas não bêbado, ah não, ainda faltava talvez uns bons copos daquele que ele bebia que descia rasgando por sua garganta, pra chegar ao grau que ele se considerasse bêbado.


Ele estava perto da piscina sem camisa, sentindo que varias gotas de água da piscina espirravam contra ele, de onde ele estava, por causa das pessoas que pulavam dentro da piscina, talvez com a intenção de fazer toda a água cair pra fora da mesma.


Vários colegas do time estavam a sua volta, rindo e comentando varias cenas do jogo, cada um contando do seu ponto de vista, porque afinal, não se dava pra ter um ângulo completo do jogo quando se estava dentro do campo, jogando.


Sirius virou o resto da sua bebida e colocou o copo em cima de uma mesa próxima, pegando outro copo e já dando um grande gole.


― E você viu a bolada que o lerdão do cara da defesa deles tomou do Chicão?


― Porra, sério? – Sirius e os demais colegas riram.


― Aquele loiro molengão, lá? – Indagou Sirius e um dos colegas acenou, causando mais risos.


― Ele é muito lerdo, Sirius, você tinha que ver cara, perdeu altas bolas fáceis pra mim e pro Zeca.


― Eu roubei mais bola dele do que beijo no carnaval.


Os meninos riram e Sirius levou o copo aos lábios para virar, mais uma vez, um grande gole. Ainda estava com o copo nos lábios quando ouviu as conversas diminuírem e os meninos rirem.


― Essa mina é muito gostosa, fala sério.


― Nem me fale, Zecão, acho que vou chegar nela.


Os meninos riram.


― E você acha que tem chance com uma gata dessa, Wood? Ouvi dizer que ela não é fácil não.


― O Black é que sabe, ele pegou ela, não foi?


― Quem? – Sirius colocou o copo, agora vazio, em cima da mesa, procurando algum outro cheio e achou uma latinha de cerveja, abrindo ela, antes de erguer os olhos pra ver a tal da menina que os garotos falavam.


Ele virou um grande gole da cerveja, constatando que estava quente, mas a sensação da cerveja quente descendo por sua garganta não era tão estranha quanto ver seus amigos falando daquele jeito daquela garota.


― E ai, ela é boa, Sirius?


Sirius riu de má vontade, observando que Lia dava a volta na piscina indo até onde um garçom fazia algumas batidas em cima de uma mesinha próxima à churrasqueira.


Sirius reparou que ela estava muito linda, usava uma saía um pouco acima do joelho e uma regata preta bem coladinha ao corpo, com uma sandália de salto não muito alta, os cabelos louros estavam soltos, brilhantes e balançando pelas costas.


― É, ela é... – Foi o que Sirius conseguiu dizer, virando mais um grande gole da cerveja e ouvindo os amigos continuarem falando.


― Ah se liga, uma gata dessa não é pra qualquer um não.


― Você comeu, Sirius?


Sirius virou o rosto desviando o olhar da loira, pra ver o colega próximo a ele com um sorriso curioso no rosto.


― Nem. A Lia não é dessas não.


― Caralho, o Black não comeu?


Os caras riram e Sirius deu um tapa de leve na cabeça do colega.


― Se liga, Zecão, a Lia não é essas minas, não.


Os colegas do time riram.


― A primeira mina que eu vejo o Black dizer que não comeu.


Eles riram e Sirius fez uma careta, tomando um gole da cerveja, era mais uma bebida que se aproximava do fim.


― Vai comer? – Indagou um.


― Ah duvido que ele consiga.


― É, se não conseguiu até agora.


― Se liga, eu consigo o que eu quiser, se eu quiser.


Sirius virou o restante da cerveja, começando a se sentir irritado, enquanto observava pelo canto dos olhos um cara loiro se aproximar de Lia.


― Ah aposto o que quiserem que o Sirius não come.


Os garotos riram e Sirius tacou a latinha de cerveja em cima do colega, que gargalhou.


― Quer apostar, Black?


― É, Black, vamos apostar, cem reais se você comer ela.


― Oloco, cem conto? Ta louco?


― É porra, a mina é difícil, então a aposta tem que ser boa.


― Cinqüenta.


Sirius riu, vendo os caras discutindo preço da aposta.


― Porra ele alem de comer a mina ainda vai ganhar cinqüenta conto de cada um?


― Se liga, Zecão, ele não vai comer, e a gente vai ganhar cinqüenta conto na bucha.


Os meninos riram gostando da idéia.


― Não vai nessa que você vai perder.


Sirius disse antes de pegar mais uma bebida, aquele papo estava o deixando com vontade de beber até esquecer quem ele era.


― Então vinte conto, Se o Sirius comer a gente da vinte conto pra ele, se ele não comer ele da vinte conto pra gente.


Sirius riu desgostoso e virou mais um gole do seu copo terminando com o liquido que havia dentro antes de colocar o copo em cima de alguma coisa que ele nem fazia idéia mais do que era, então antes que ele pudesse dizer qualquer coisa pros colegas, ele sentiu alguém lhe puxar e beijá-lo inesperadamente.


  


Lílian já perdera a conta de quantas bebidas já tinha tomado, mas naquela noite ela não parecia se importar muito com aquilo.


Ela viu Thiago próximo a janela e caminhou até ele, segurando-lhe pela mão e o arrastando em direção ao jardim da frente da casa.


Estava com vontade de ver o céu, as estrelas e sentir o ar fresco da noite, e Thiago também achava melhor.


Lilian parou no jardim olhando as estrelas, estavam maravilhosas naquela noite. Alguém parou ao seu lado, mas este não olhava as estrelas, ele observava a linda e doce Lílian Evans.


Lílian baixou os olhos e viu Thiago parado ao seu lado, lindo e sob a luz das estrelas mais lindo ainda.


— Parece que você esta me vigiando – Ela riu fraco exibindo seu lindo sorriso.


— Eu nem tenho porque, eu sou um maroto, esqueceu? Você que devia me vigiar.


Ele riu e Lilian riu animadamente.


Lílian começou a caminhar pelos gramados do jardim alegremente, estava bêbada, mas ela nem percebera isso, alias isso era só um detalhe naquela noite. Mesmo sentindo-se tonta, ela caminhava lentamente em direção a um pequenino lago onde havia uma pequena ponte que passava por cima dele, e Thiago seguiu ao seu lado.


— Você esta maravilhosa!


Ele disse observando-a e ela riu gostosamente.


— Você acha? Isso é bom, não é? Pelo menos você nunca me disse isso antes. – Lílian disse risonha, e quando deu mais um passo, um de seus saltos afundou na grama, e Lílian desequilibrou-se quase caindo, o que não aconteceu porque Thiago a amparou em seus braços rapidamente.


— Não se preocupe, mesmo maravilhosa como esta, esta mais segura comigo.


Lílian riu.


— Claro que é seguro, tem uma linda lua no céu, e eu estou linda que nem ela! Então nada melhor do que nós dois ficarmos juntos esta noite.


Thiago sentiu seu coração disparar dentro do peito, será que aquilo era por causa da bebida?


Thiago a levou até a beira do lago onde Lílian queria ir, e a ajudou a sentar na grama macia, fez menção de se levantar, porem Lílian puxou-o o agarrando pelo pescoço.


—Não vai me deixar aqui sozinha, não é?


—Não, é claro que não.


Lílian sorriu lindamente, tão lindamente que Thiago até sentiu seu coração derreter-se por dentro. Ela tirou os sapatinhos, colocando-as do lado, levantou-se num pulo e correu até a beirada do lago, chutando a água animadamente, parecia uma criança.


Sorridente ela virou-se para olhar Thiago, que continuava sentado a admirando.


— Vou dizer agora o que não estamos dizendo... – ela disse em tom alto e sorridente. – eu posso ficar com vergonha, mas eu vou dizer... – ela sorriu, encarando Thiago carinhosamente. E gritou. – EU GOSTO DE VOCÊ!


 


 Ele sentiu lábios quentes nos dele e sorriu ironicamente, ele não precisou vê-la pra saber quem era.


― Bella, por favor...


A garota deslizava com as mãos pelas costas de Sirius arranhando-o e ele afastou o rosto do dela, sentindo que ela agora mordia seu queixo com mais força que o necessário, ele riu.


― Bella...


― Eu te disse que ia te dar um presentão se ganhasse, lembra?!


Sirius riu, sentindo as unhas dela cravando suas costas. Ele sabia o que aconteceria depois se ficasse com ela, mas quando seus olhos caíram sobre a loira do outro lado da piscina que caminhava de volta pra casa acompanhada de um loiro, ele não conseguiu pensar em mais nada. Se ela podia ficar com outro garoto, porque ele não podia ficar com outra também?


Sem pensar em nada, Sirius segurou o rosto de Bella e puxou pra si, beijando-a intensamente.


Ele sentiu as mãos dela apertarem suas costas, arranhando-lhe e ele nem quis saber onde estavam ou se havia ou não pessoas à volta, ele agarrou-a, prensando-a contra a parede e a beijou vorazmente, deslizando a mão por todas as partes do corpo dela.


Quando Sirius sentiu a mão dela deslizando por sua calça e os lábios dela no seu ouvido gemendo baixinho, enquanto ele mordia-lhe o pescoço e deslizava a mão por dentro da calcinha dela, por baixo da saia que ela usava, ele percebeu que era hora dele ir com ela pra outro lugar.


 


 
Thiago olhou pasmo, ela não podia estar dizendo a verdade. Claro que não, ela estava bêbada e naquele estado falaria um monte de coisas sem sentido.


Thiago levantou-se e seguiu até ela.


—Lílian por favor, é melhor não fazer isso.  – ele a segurou pela cintura a levando para longe do lago. Lílian passou os braços por volta do pescoço de Thiago e o encarou sorridente.


— Vamos deixar as coisas acontecerem...


Thiago não entendeu o que estava acontecendo com Lílian, ele nunca a vira daquele jeito. Porem ele não teve tempo de pensar em mais nada, pois Lílian o puxou pela nuca e o beijou ardentemente.


Thiago a agarrou pela cintura e esqueceu-se completamente que Lílian estava bêbada, então ele a beijou cheio de paixão. Um beijo que fazia seu coração ora parar, ora disparar, sentia as mãos de Lílian percorrendo suas costas, sua nuca e agarrando-lhe os cabelos, e Thiago a puxava mais pra si, a acariciava, a beijava ardentemente.


Lílian não tinha mais medo de nada, nem de dizer o que sentia, como fizera a pouco, nem de beijá-lo, de querê-lo.


Thiago a beijava com urgência, ele precisava dela mais do que imaginava naquele momento.


 



Patsy olhou surpresa pra Remo, sentindo-o segurar-lhe a mão e faze-la caminhar até um dos sofás, onde ela se sentou e viu Remo sair, caminhando até uma das estantes, de onde ele voltou, segundos depois, com um violão nas mãos. Patsy olhou-o confusa.


― Remo o que...?


Ele sorriu, puxando um banquinho e colocando-o em frente à Patsy.


― Eu queria... – Ele parou brevemente. - Só escuta.


Ele sorriu e Patsy retribuiu, vendo-o sentar-se e ajeitar o violão nos braços.


― Eu não sou tão bom quanto o Sirius e o Thiago, mas... Bom, espero poder fazer direito.


Ele riu, sem jeito e Patsy sorriu, curiosa e ansiosa. Ele iria cantar pra ela?


Ela sentiu o coração acelerar dentro do peito quando ele começou a tocar leves acordes no violão.


                                                      Quando a gente conversa



Ela sorriu. A voz dele era mais grave que a do Thiago e a do Sirius, mas ainda sim, tinha uma melodia que deixava ainda mais linda a voz dele.



Contando casos, besteiras



Sem duvida, a voz dele cantando era mais lindo do que tudo que ela já tinha ouvido na vida.



Tanta coisa em comum
Deixando escapar segredos.
E eu não sei que hora dizer
Me dá um medo, que medo


 Ele sorriu, meio nervoso, enquanto tocava os acordes no violão e cantava pra ela. Ele esperava que ela sentisse o que ele sentia em cantar-lhe aquelas palavras.


 


♪  É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano


 Patsy sentiu o coração parar de repente, alguma coisa muito grande estacionou em cima do seu coração e do seu pulmão que ela quase achava difícil respirar e até mesmo ouvir o coração bater dentro do peito. Deus, ela estava sonhando?



É, eu preciso dizer que eu te amo tanto



Remo sorriu observando as reações de Patsy. Deus que ela sinta o mesmo por mim.


 


♪  E até o tempo passa arrastado
Só pra eu ficar do teu lado


 Patsy sentiu lagrimas se formarem nos seus olhos, nunca em toda sua vida alguém dissera coisas pra ela tão intensa, tão daquela forma, tão maravilhosamente o que ela sentia também dentro do peito.
Estava sonhando, não tinha duvidas disso.



♪  Você me chora dores de outro amor
Se abre e acaba comigo
E nessa novela eu não quero
Ser teu amigo


 
Remo sorriu antes de continuar a musica, não olhava nem para o violão, seus olhos estavam fixos nela, nas reações, naquele rosto que ele amava mais que tudo, ele queria tornar aquele momento inesquecível, era só o que ele queria. Era tudo que ele queria. 


É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
É, eu preciso dizer que eu te amo tanto


 


 Ele parou os acordes e Patsy piscou como se despertasse de um sonho, vendo-o sorrindo lindamente pra ela, ela o observou colocar a mão no bolso e tirar uma caixinha, que ele abriu e mostrou a ela.


Definitivamente, o coração de Patsy havia parado.


 ― Patsy Kensit, quer namorar comigo?


 


  


*N/A:


Ownnnn *-*
Gente o Remo é MUITO³³ fofo, fala serio *-*
Pat, mana, você se deu bem viu, esse Remo, vou te contar, vai ser fofo assim lá na casa da Pat, porque se eu falar outra coisa eu apanho ;p
asuhuhasuhahushuasa
apanho de dois né, da Pat e do Sirius =P
ok, ok
Pra quem gosta do Sirius: Odiaram ele pegando a Bella? É, o Sirius não tem jeito, gente, desculpem, mas eu não tenho controle nenhum sobre ele \z
por incrível que pareça, isso é verdade, eu, a escritora dessa fic, não tenho controle nenhum sobre esses três marotos, pra ser mais especifica, apesar do Remo ser o mais bonzinho, mas o Sirius e o Thiago, vou te contar, eles fazem o que querem dessa fic, então podem xingar o Sirius porque ele foi um fedaputa pegando a Bella ¬¬
odiei, é, espero que a Lia não tenha visto né, senão... \z
Enfim
próximo cap esta bem legal também
e só neles vocês vão saber o que mais esses marotos aprontaram porque né, aprontar é com eles mesmo, vou te contar \z
ashashuahushuashuauhsa

Enfim, antes de terminar, dois P.s:


Ps¹.: A frase inicial do cap, é uma fala de alguma fic que eu não sei qual \z
Eu vi ela numa assinatura de alguém no fórum da All about fics, mas não sei de que Fic é, se alguém souber, me fala por favor, deve ser mto linda, pq eu amei a frase (viciadaemfrases.com sou msm)
P.s ²: A música que o Remo canta pra Patsy é “Eu preciso dizer que te amo” Cazuza e Bebel. Muito linda né? *-*


Enfim, é isso.
Comentem se gostaram do capitulo ‘-‘
Encontro vocês no próximo cap

Beijooooo
Lanah Black

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