O Ataque



N/A: O cap ficou muito grande, então eu tive que dividir... Boa leitura.


*****


Janeiro chegou com muita alegria. Até mesmo a guerra parecia ter dado uma trégua, e o número de mortes diminuiu drasticamente.


- Vocês viram isso. – Falou Hermione a mesa do café. – Os atentados no mundo trouxa, considerados causados por bruxos voltaram ao número antes de Voldemort se assumiu, assim como os do mundo bruxo.


- Deixa eu ver. – Pediu Harry, pegando o jornal de Mione e lendo a matéria, depois de terminar ele comentou. – Que estranho, porque será isso?


- As pessoas estão falando que Voldemort foi derrotado. – Comentou Neville, nervoso. – Será?


- Duvido muito. – Disse Rony, dando de ombros.


- Ele deve ta aprontando alguma coisa. – Falou uma voz que fez o coração parar de bater. Então Gina fez um carinho na cabeça dele. – Bom dia gente!


- Do jeito que você chega, parece até que o dia está maravilhoso. – Reclamou Rony.


- Ai Roniquinho, seu mal-humor é inspirador.


Harry sorriu, chegando para o lado para Gina sentar.


- Mas isso deve ser verdade. – Falou Hermione. - Ele só pode estar aprontando alguma coisa.


Harry ficou quieto lembrando-se de tudo que sabia. Snape e a professora Emma eram comensais da morte, apesar de Dumbledore achar que eles estavam do lado dele.


Fora isso, tinham as pedras de Gina, que ele sabia que Voldemort estava atrás, e por fim tinha a poção que Dumbledore achava que ia tomar, mas que Harry sabia que teria que fazer isso no lugar dele.


A certeza disso fez Harry olhar para os amigos, Gina, Mione, Rony, Neville, as pessoas que ele amava e que iria fazer de tudo para que fossem felizes.


Nesse momento Rony foi pegar a jarra de suco de abóbora, mas ela acabou caindo na mesa, derrubando suco no jornal de Hermione.


- Ronald! Como você pode ser tão estúpido? – Gritou Hermione.


- Desculpa ok, não precisa ser grossa.


- Se você olhasse o que faz...


- Se você fosse ler jornal no lugar certo...


- Parem! – Falou Harry, se levantando da mesa. – Vocês são bruxos, dêem um jeito nisso por mágica, e parem de brigar, estamos em guerra, e pelo que eu sei, estamos do mesmo lado.


Rony e Hermione ficaram calados e Harry saiu da mesa, procurando um lugar onde ele tivesse paz e pudesse pensar. Afinal não eram só Rony e Mione que não paravam de brigar.


O desespero de uma guerra iminente estava acabando com as relações de todos os estudantes, até os pacíficos da Lufa-lufa andavam perdendo a paciência.


Isso o desesperava, fora isso uma dor na cicatriz dele anunciava que Voldemort não estava mais em silêncio.


*****


Quando Harry saiu da mesa, Hermione ficou muito sem-graça. Ele estava certo, ok que ela estava morrendo de raiva do Rony, mas era hora deles unirem forças.


- Se vocês me dão licença. – Falou ela, se levantando da mesa.


- Eu também estou indo. – Ela ouviu Gina falar.


Sem prestar muita atenção, Hermione caminhou até o Salão Comunal da Grifinória. Chegando lá ela sentou em uma das poltronas e pegou o pedaço de pergaminho em que ela tinha escrito uma carta para o Krum.


- Mione? – Ela se virou e viu Rony na frente dela. – Eu sei que você me odeia, mas o que o Harry disse me fez pensar, estamos do mesmo lado, poderíamos pelo menos tentar conviver bem.


Era impressão de Hermione, ou Rony parecia estar sentindo dor ao dizer tudo aquilo? Ela fechou os olhos e respirou fundo.


- Você e a Pâmela estão namorando?


Rony respirou fundo e respondeu:


- Não.


- Estão ficando então. – Debochou Hermione.


Rony parecia prestes a dizer uma coisa, quando a professora McGonagal entrou na sala, parecendo aflita.


*****


Luna viu de longe uma movimentação acontecendo na mesa da Grifinória. Primeiro Harry levantou, depois Gina e Hermione foram embora, por fim Rony saiu, deixando Neville sozinho.


Sem dizer uma palavra aos amigos que estavam sentados próximos a ela, ela caminhou até Neville.


- Aconteceu alguma coisa? – Perguntou ela.


- O de sempre. Rony e Hermione estavam brigando, só que dessa vez Harry mandou eles pararem de fazer isso porque estamos em guerra.


- Harry, estou preocupada com ele, sinto que ele está se fechando em uma grande dor, isso não é legal.


- Como assim? – Perguntou Neville.


- Ele quer proteger a todos nós, mas ele precisa confiar na gente, não é bom ficar guardando segredos sozinho.


Neville pareceu pensativo, fazendo Luna rir.


- Mas afinal, o sermão que Harry deu serviu para alguma coisa? – Perguntou ela.


- Rony e Hermione parece que se sentiram afetados, espero que eles parem de brigar logo, são tão amigos.


- Amigos, sim... – Falou Luna, distraída olhando Neville. – Gosto muito de você Neville.


E dizendo isso ela deu um beijo nele, se afastando depois.


*****


Gina saiu da mesa da Grifinória procurando por Harry, onde será que ele tinha ido parar? Se ela bem conhecia ele, só podia estar em um lugar.


Dizendo isso ela correu até o campo de Quadribol, o lugar mais provável onde Harry poderia estar. Chagando lá, ela viu uma figura solitária andando pelo gramado.


- Sabia que você estaria aqui. – Falou ela, assustando Harry.


- Estou me tornando previsível então. – Falou ele, dando um sorriso fraco.


- O que aconteceu Harry? Você pode me contar tudo!


- É só que eu estou cansado dessas brigas por nada. – Desabafou ele, respirando fundo. – E também... – Começou ele, ficando em silêncio depois.


- O que foi Harry? – Perguntou Gina, curiosa.


- Eu... não posso contar.


Gina pareceu magoada com isso, mas entendeu.


- Sabe. – Continuou Harry. – Eu só queria poder ter um pouco de paz.


Gina pegou a mão, e passou no rosto dele.


- Se eu pudesse, te dava toda a paz do mundo Harry.


- Gina... – Começou Harry.


- Shh. – Fez ela, se inclinando para mais perto dele.


Mas antes que qualquer coisa pudesse acontecer, Hermione chegou correndo.


- Gina! Harry! Eu tenho uma má notícia pra dar.


- O que foi? – Perguntou Gina, preocupada. – Cadê o Rony?


- Ele ta bem... ou tão bem quanto pode ficar... – Falou ela, triste. – O problema não é com ele.


- Como assim? – Perguntou Gina.


- Acho melhor vocês dois virem comigo. – Falou ela.


Os três saíram correndo de volta para o salão comunal. Chegando lá encontraram Rony sentado em uma poltrona, parecendo que ia vomitar.


- Rony? O que aconteceu? – Gritou Gina.


- Fique calma Gina, Voldemort atacou novamente... eh, dessa vez ele foi até a sua casa... pessoalmente. – Ela falou, com a voz fraca.


Gina ficou mais pálida ainda, se é que isso era possível.


- Na hora só a sua mãe e o Jorge estavam. Os comensais vasculharam a casa inteira, e depois... torturaram o Jorge. – Disse Mione, com a voz falhando. – Mas ele está vivo e já no hospital.


- O quê? – gritou Gina assustada.


- Calma Gina. – Falou Hermione, tentando segurar a mão dela.


- Calma – falou ela, espantando Hermione. – Como você quer que eu fique calma sabendo que meus irmãos... a minha casa... Voldemort. Ah! Eu não aguento mais, alguém tem que parar esse mostro, eu odeio ele! – Gritou Gina, visivelmente transtornada.


Harry mirou o tapete, sentindo-se mal. Ele sabia que não tinha nada a ver com isso, por outro lado, só ele podia acabar com isso.


- Vamos, eu quero vê-lo agora. – Afirmou convicta.


- O quê? – Surpreendeu-se Hermione. – Você não pode, ele está no St. Mungus e só recebe visita dos pais.


- Ótimo, então eu quero ficar lá, mesmo que não possa vê-lo.


- Gina, você sabe que não pode. – Disse Hermione, se aproximando.


- Eu sei. – Gina abaixou a guarda, se jogando na cadeira mais próxima. – Mas da última vez...


- Da última vez Voldemort não tinha assumido. – Hermione comentou enquanto fazia carinho na cabeça de Gina. – Hoje é perigoso você sair, mas você sabe que seus pais vão ficar mandando notícias, não sabe?


- Sei, mas... – Tentou Gina, derrotada. – Tudo bem, acho que vou tentar dormir, mas qualquer notícia...


- Não se preocupe – afirmou Hermione. – Nós te avisaremos. Agora é melhor mesmo você descansar, teve um dia ruim.


- Não tão ruim quanto o do Jorge. – Falou Gina, mais para si do que para os outros. – Rony? Vai ficar aí?


- Hum? – Perguntou ele aéreo. – Ah! Acho que vou...


- Então tá, tchau gente. – Gina acenou e se retirou.


*****


- Aahh! – Gritou Harry depois de sonhar com Voldemort.


Olhando para os lados viu que não tinha acordado ninguém, então resolveu descer para se aquecer na lareira, com medo de voltar a ter o pesadelo.


Um pesadelo que nunca tinha sido tão real, parecia inacreditável que Jorge tivesse sido atacado pelos capangas de Voldemort. E ao que tudo indicava, eles procuravam algo que não acharam.


Mas Harry não podia se preocupar com isso agora, pois a família Weasley toda tinha ido morar no Largo Grimmald e ele tinha que torcer para Jorge melhorar e todos ficarem em segurança.


Foi pensando nisso que Harry desceu e avistou Gina encolhida no sofá, hipnotizada pelo fogo.


- Hum, o que você está fazendo aqui às – Harry consultou o relógio. – 4:30 da manhã?


- Ah, oi Harry. – Cumprimentou Gina, ainda sem olhar para ele. – Beleza?


- É Você dormiu pelo menos? – Perguntou Harry, olhando para o estado abatido de Gina.


- Um pouco, era 3:30 quando eu peguei no sono, mas você sabe que eu sempre acordo às 4h, então... – Harry balançou a cabeça afirmativamente, lembrando do problema de Gina. – E você?


- Pesadelo. – Disse ele ao sentar ao lado de Gina. – Mas não importa agora. Você gostaria de desabafar?


Ainda sem olhar para Harry, Gina prendeu o cabelo naquele coque frouxo que Harry já conhecia tanto e começou a contar.


*****


N/A: E aí? Gostaram. Adorei escrever a parte de Luna u.u No próximo cap Gina conta a história dela.


Enfim, espero que tenham gostado, comentem!! Só pra constar, já escrevi o 1º beijo H/G!!

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