Festa de Aniversário



N/A: aqui vai um episódio decisivo, com alguns fatos importantes. Espero que gostem.


*****


No dia do natal, a festa mais esperada, não era a comemoração no Salão Principal, e sim a festa de David, um popular aluno. A festa ia ser em uma das salas vazias, e só alunos com convites entravam.


- Então você tem o convite do aniversário dele? – Perguntou Harry, quando eles voltavam da detenção.


- É, eu tenho, mas não sei se eu vou, ele é um playboy tonto, que anda com o Malfoy...


- E porque ele te chamou? Ele sabe que a sua família é “traidora”?


- Acho que ele não liga pra isso, como eu disse, ele é tonto... deve ter se apaixonado pelo meus olhos castanhos. – Falou Gina, rindo.


Harry olhou pra ela sério, erguendo a sobrancelha.


- Vamos Harry, dê um sorrisinho. – Falou ela, empurrando ele com o ombro.


- Mudando de assunto, você pode levar quantas pessoas quiser com esse convite?


- Posso sim – respondeu Gina, desconfiada. – To pensando em levar o Dino, se eu for né... Mas porque você quer saber?


- Acho que você devia levar a Mione, ela anda meio pra baixo...


- Ah, isso é verdade... Rony idiota... Enfim, acho uma boa ideia. – Disse pensativa, mas depois olhou para Harry. – E você? Vem também?


- Não.


*****


- Eu só vou se você for Harry. – Falou Hermione, olhando para Gina.


- Mas não tem nada a ver eu lá... – Tentou desconversar Harry.


- E eu? É justo eu ser a vela da Gina e do Dino?


Gina olhou pra baixo, vermelha como um pimentão.


- Parem com isso vocês dois. Eu vou chamar o Dino, e encontro vocês em dois minutos.


Falando isso ela foi embora, deixando Harry e Hermione sozinhos.


- Então é isso, vou me arrumar. – Falou Hermione, indo se levantar, mas Harry a segurou.


- Só uma pergunta, você e o Rony fizeram as pazes?


- Sim. – Falou Hermione, seca, subindo em seguida para o seu dormitório.


*****


Harry terminou de se arrumar e desceu para o Salão Principal. Lá embaixo uma confusão parecia estar acontecendo. Então ele ouviu alguém gritando:


- Idiota! – A não, pensou Harry.


- Sabe-tudo. – Retrucou Rony para Hermione.


- Harry! – Gritou Gina, correndo ao encontro dele. – Eles começaram a brigar, eu nem sei por que, eu não consegui fazer nada.


- Calma Gina. – Falou ele pra ruiva, que estava mais vermelha do que nunca.


Harry tentou se aproximar da multidão, mas nem precisou ir muito longe, Hermione o avistou e correu até ele, agarrando o braço dele e de Gina.


- Vamos embora. – Falou ela, também vermelha.


Assim que eles saíram do salão Harry perguntou:


- O que...


- Não é da sua conta Harry. – Interrompeu Hermione. – Não venham defender o Rony para mim.


- E desde quando eu faço isso? – Riu Gina. – Pode contar comigo pra botar a culpa nele.


- Ei! – Eles se viraram e viram Dino correndo atrás deles. – Pensei que iam sem mim...


- Já estávamos indo. – Falou Hermione baixo, fazendo Gina e Harry rirem. – Vamos Harry. – Falou ela, puxando ele.


Eles seguiram na frente, mas Harry ainda conseguia ouvir Gina e Dino conversando atrás.


 


 


- É aqui. – Falou Gina, batendo na porá de uma sala.


- Convite? – Pediu Goyle, olhando desconfiado para eles.


Gina mostrou o convite, o garoto olhou, mas depois fechou a porta.


- Ei! – Gritou Gina, esmurrando a porta.


Dessa vez a porta foi aberta pelo próprio David.


- Ginna! – Ele falou, depois olhando para os outros. – Quem são esses?


- Meus amigos. Por quê? Não podem entrar? Se for assim, já estou de saída. – Falou Gina, com descaso, fazendo Harry sorrir, e ser olhado feio por Dino.


- É uma pena, ma por mim tudo bem. – Falou ele, abrindo a porta.


- Potter, Weasley e Granger, o que vocês estão fazendo aqui? – Perguntou Malfoy.


- O mesmo que você, imagino. – Falou Harry.


- Esses são traidores e sangues-ruins. – Avisou Malfoy para David.


- Sério que você liga pra isso? – Perguntou David. – Por mim fiquem a vontade, principalmente você Ginna.


Gina deu um sorriso tonto e seguiu para um lado bem afastado.


- Nem sei o que viemos fazer aqui.


- Concordo. – Falou Hermione, pegando uma garrafa de cerveja amanteigada.


- Dizem que vão vir as Esquisitonas aqui. – Falou Dino.


Dito e feito, pouco tempo depois chegaram as Esquisitonas. Hermione, que parecia feliz demais, resolveu dançar sozinha na pista. E depois de muito insistir, Dino conseguiu fazer Gina ir dançar com ele, deixando Harry sozinho na mesa.


Bem na hora começou a tocar uma música mais lenta. Gina não parecia muito feliz, mas Dino sorria e brincava. Harry começou a ficar mal-humorado.


Então, Dino deu um beijo em Gina. No início ela pareceu não gostar, mas logo depois ela retribuiu o beijo. Sem se dar conta, Harry levantou da mesa e foi embora.


 


 


No dia seguinte o castelo ficou ainda mais vazio. As pessoas que tinham passado o dia de natal no castelo, agora estavam indo passar o resto do feriado com a família.


Rony acordou cedo e arrumou o malão para voltar para A Toca. Quando a mala já estava pronta, Harry acordou.


- Você ta atrasado Harry, temos que arrumar as coisas pra ir pra Toca.


- Não sei se eu vou. – Falou Harry, levantando da cama e olhando pela janela.


- Como não vai? E vai ficar aqui com quem? Até ela não vai ficar aqui...


Harry entendeu o ela por Hermione.


- Mesmo assim, cansei de atrapalhar a sua família.


- Você ta brincando? – Perguntou Rony. – Se eu chegar em casa sem você minha mãe me manda voltar para buscá-lo.


Harry ficou mais um tempo olhando a janela, por fim resolveu ir. Eles estavam em guerra, era importante ele ficar próximo de quem amava. Todos mesmo.


*****


Gina estava sentada no sofá esperando Rony e Harry descerem. Depois diziam que as garotas que eram lerdas. Ela estava preocupada com Harry, afinal ontem ele tinha sumido sem avisar nada a ninguém.


- Estamos prontos. – Falou Rony, descendo com Harry. – Demoramos porque o senhor Potter resolveu que não ia, imagine só. – Debochou Rony.


Gina olhou para Harry. Ele sustentou o olhar dela por alguns segundos, mas depois desviou. Só um tapado como Rony não percebia que tinha alguma coisa errada.


Como eles não tinham ido de trem, agora só restava a rede de Pó de Flu, o que era muito mais rápido. Rony foi o primeiro a ir. Gina aproveitou o espaço para perguntar para Harry.


- Porque você foi embora sem nos avisar nada?


- Eu tava com dor de cabeça. – Falou Harry sem olhar para ela, e ainda em voz baixa. Mas antes que ela pudesse contestar, ele foi embora.


A Sra. Weasley recebeu eles animada. Obrigou-os a comerem dois pratos no almoço e também no jantar, e depois os mandou cedo para a cama. Depois de muito tempo, Gina conseguiu dormir.


 


 


Gina acordou com um pulo. O mesmo pesadelo de sempre a assombrava. Ela levantou da cama e resolveu beber um pouco de água. Estava tão nervosa que sem querer derrubou um copo no chão.


- Gina?


- Harry? – Perguntou ela.


Então Harry entrou na cozinha.


- Como você sabia que era eu? – Perguntou ela.


- Ah, sei lá... – Falou ele, rindo nervoso. – O que você está fazendo aqui?


- Bebendo água né... e você? Teve algum pesadelo? – Perguntou ela, tentando se fazer de desinteressada.


- Que tal assim, você me conta seu pesadelo, e eu te conto o meu?


Gina olhou pra ele. Ela queria do fundo do coração não contar nada pra ele. Mas ela não conseguia esconder nada dele, quase nada, era mais forte do que ela.


*****


Antes que Gina contasse o pesadelo para Harry, ela subiu para o próprio quarto, voltando pouco depois.


- Pode começar. – Falou Harry, sentando no sofá próximo a lareira.


- Bom, o meu pesadelo tem a ver com isso. – Falou ela, mostrando para Harry um pequeno embrulho.


Ele pegou o embrulho e abriu, encontrando várias pedras pequenas dentro.


- O que é isso?


- No meu primeiro ano Harry, você sabe que eu estava sendo possuída por Voldemort. Não é uma coisa que eu goste de lembrar, mas eu lembro toda noite.


Harry olhou firme para ela, mas ela desviou o olhar para o fogo.


- Depois de muito tempo sendo possuída, eu comecei a desconfiar que tinha alguma coisa errada, sabe. Eu acordava nos lugares sem lembrar de como tinha ido parar lá.


“Mas eu acho que com a minha desconfiança, eu comecei a ter uma certa resistência a Voldemort, e as vezes eu acordava antes dele fazer alguma coisa errada. Então uma vez eu acordei com esse saquinho na mão.”


- Você acha que isso tem alguma coisa com Voldemort? – Perguntou Harry interessado.


- Claro Harry. No início eu fiquei assustada, mas aí eu resolvi tentar descobri o que isso fazia.


- Você o quê? – Interrompeu Harry.


- Eu tentei usar ela pra várias coisas, mas nada funcionava. Então eu fiquei com raiva, joguei as pedras no chão e gritei “eu queria saber pra que servem essas drogas de pedras” então uma das pedras sumiu, e foi trocada por um pedaço de papel. –Falou Gina, meio rindo.


Então ela tirou um papel do bolso e deu para Harry.


Chega de pedras no seu sapato,


faça um desejo e ele se realizará


- Nossa. – Falou Harry. – E você tem usado essas pedras?


- No início eu usei, mas depois eu percebi que quando eu usava ela, alguma coisa de ruim acontecia a minha volta, então eu parei. – Falou ela, dando de ombros.


- Mas isso é uma coisa muito importante Gina, Voldemort quer isso, precisamos falar com Dumbledore.


- Não! – Gritou Gina, tirando as pedras de Harry. – Elas sempre andam comigo, Voldemort nunca vai descobri-las.


- Porque você não quer mostrar para Dumbledore? – Perguntou Harry, sem entender.


- Eu não quero as pessoas me julgando e me dando sermão. – Falou Gina com lágrimas nos olhos. – Isso é passado, ta enterrado, Voldemort nem lembra mais disso.


Harry olhou para Gina, ela realmente não queria contar isso para ninguém. Ele não queria fazê-la sofrer mais desenterrando essa história. Afinal ela tinha confiado nele.


- Bom, mas o que isso tem a ver com seu pesadelo? – Continuou Harry, fazendo Gina suspirar aliviada.


- Todo dia ás 4h, desde aquela primeira noite, eu acordo com o mesmo pesadelo. A câmara, as pedras, Riddle, o diário, tudo no sonho sabe.


Harry assentiu com a cabeça e abraçou Gina pelos ombros.


- Um dia isso vai passar. Eu prometo. – Falou ele, oferecendo para Gina o dedo mindinho.


Gina riu e pegou o dedo dele.


- Você é um homem de promessas Harry.


Então ela encostou a cabeça no ombro dele, ainda segurando fortemente o dedo. E eles ficaram assim durante algum tempo.


Naquela noite quando Harry estava indo dormir ele lembrou do sonho que tinha tido na noite anterior, e agora ele entendia o que significava.


No sonho, Voldemort falava com um servo, pedindo para ele olhar no castelo direito, e esse servo dizia que já tinha olhado o castelo inteiro, mas que as pedras tinham sumido. Com isso Voldemort dizia que ela tinha pegado. Mas que ela ia sofrer as consequências de se meter no caminho dele.


Antes ele não tinha entendido, mas com a história de Gina, tudo parecia fazer sentido. Voldemort estava procurando as pedras que iriam dar pra ele poder absoluto.


Mas Snape não tinha achado a pedra em lugar nenhum, então ele ia procurar Gina. Harry precisava fazer alguma coisa, mas ele tinha prometido que não ia contar nada pra Dumbledore.


E ele também não tinha prova de que o servo era Snape, apesar de ter certeza que era ele. E pensando nisso Harry dormiu.


*****


As férias logo terminaram e os alunos voltaram para Hogwarts. Harry e Gina tinham passado as férias inteiras juntos, tão grudados que até no castelo não se separaram mais.


- Harry – chamou Hermione. – Você e Gina andam bem próximos né?


- Nós conversamos bastante nas férias. – Falou Harry, distraído.


- Sei... Bom, eu só quero dizer pra você ter cuidado viu. Antigas feridas já cicatrizadas podem se abrir por nada. Eu sei que você não quer isso.


Harry olhou para Hermione. Ele gostaria de dizer que não sabia do que ela estava falando, mas na verdade ele não sabia o estava pensando, nem o que estava fazendo.


- Mas Mione, eu estou perdido, eu... Ta, eu vou dar um tempo.


- Não é isso Harry, eu só...


- Não, ta tudo bem. – Falou Harry infeliz, indo para a aula de Snape.


- Harry. – Ele virou e viu Gina correndo ao seu encontro, com um enorme sorriso, isso fez seu coração parar por um segundo. – Você está indo pra aula? – Harry acenou com a cabeça. – Tenha um bom dia. – Desejou ela, dando um beijo na bochecha dele.


Harry ficou parado durante um tempo, vendo ela se afastar. Ele realmente precisava tomar uma atitude. Quando ele chegou na sala de Snape, Hermione já estava lá, com uma cara emburrada.


Bastou Harry olhar para frente e ver Rony sentado com PO, para entender o porquê. Snape começou a aula falando que eles iam começar a estudar uma nova poção.


- Alguém conhece a poção Gemelli braciare?


Hermione levantou a mão, ainda com os lábios cerrados. Harry pensou por um momento. Essa não era a poção que Dumbledore falou que ele teria que dar para Voldemort?


- Sim senhorita Granger. – Falou Snape. Harry não podia acreditar, desde quando Snape deixava Hermione responder alguma coisa? Tinha algo errado.


- É-a-poção-que-cria-um-laço-perpétuo-entre-dois-bruxos-fazendo-com-que-morram-juntos. – Respondeu ela mecanicamente.


- Muito bem. – Falou Snape, olhando rapidamente parar Harry. – Para que isso aconteça, basta que um fio de cabelo das duas pessoas seja colocado no frasco da poção. O lado bom dela...


Mas Harry não estava mais ouvindo, quer dizer que para que Voldemort morresse mais alguém tinha que morrer? E se ele não se enganasse, essa outra pessoa era Dumbledore.


Ele não podia deixar que isso acontecesse.


*****


N/A: Então aqui está, espero que gostem e comentem. Próximos cap de ação o/


N/A: aqui vai um episódio decisivo, com alguns fatos importantes. Espero que gostem.


*****


No dia do natal, a festa mais esperada, não era a comemoração no Salão Principal, e sim a festa de David, um popular aluno. A festa ia ser em uma das salas vazias, e só alunos com convites entravam.


- Então você tem o convite do aniversário dele? – Perguntou Harry, quando eles voltavam da detenção.


- É, eu tenho, mas não sei se eu vou, ele é um playboy tonto, que anda com o Malfoy...


- E porque ele te chamou? Ele sabe que a sua família é “traidora”?


- Acho que ele não liga pra isso, como eu disse, ele é tonto... deve ter se apaixonado pelo meus olhos castanhos. – Falou Gina, rindo.


Harry olhou pra ela sério, erguendo a sobrancelha.


- Vamos Harry, dê um sorrisinho. – Falou ela, empurrando ele com o ombro.


- Mudando de assunto, você pode levar quantas pessoas quiser com esse convite?


- Posso sim – respondeu Gina, desconfiada. – To pensando em levar o Dino, se eu for né... Mas porque você quer saber?


- Acho que você devia levar a Mione, ela anda meio pra baixo...


- Ah, isso é verdade... Rony idiota... Enfim, acho uma boa ideia. – Disse pensativa, mas depois olhou para Harry. – E você? Vem também?


- Não.


*****


- Eu só vou se você for Harry. – Falou Hermione, olhando para Gina.


- Mas não tem nada a ver eu lá... – Tentou desconversar Harry.


- E eu? É justo eu ser a vela da Gina e do Dino?


Gina olhou pra baixo, vermelha como um pimentão.


- Parem com isso vocês dois. Eu vou chamar o Dino, e encontro vocês em dois minutos.


Falando isso ela foi embora, deixando Harry e Hermione sozinhos.


- Então é isso, vou me arrumar. – Falou Hermione, indo se levantar, mas Harry a segurou.


- Só uma pergunta, você e o Rony fizeram as pazes?


- Sim. – Falou Hermione, seca, subindo em seguida para o seu dormitório.


*****


Harry terminou de se arrumar e desceu para o Salão Principal. Lá embaixo uma confusão parecia estar acontecendo. Então ele ouviu alguém gritando:


- Idiota! – A não, pensou Harry.


- Sabe-tudo. – Retrucou Rony para Hermione.


- Harry! – Gritou Gina, correndo ao encontro dele. – Eles começaram a brigar, eu nem sei por que, eu não consegui fazer nada.


- Calma Gina. – Falou ele pra ruiva, que estava mais vermelha do que nunca.


Harry tentou se aproximar da multidão, mas nem precisou ir muito longe, Hermione o avistou e correu até ele, agarrando o braço dele e de Gina.


- Vamos embora. – Falou ela, também vermelha.


Assim que eles saíram do salão Harry perguntou:


- O que...


- Não é da sua conta Harry. – Interrompeu Hermione. – Não venham defender o Rony para mim.


- E desde quando eu faço isso? – Riu Gina. – Pode contar comigo pra botar a culpa nele.


- Ei! – Eles se viraram e viram Dino correndo atrás deles. – Pensei que iam sem mim...


- Já estávamos indo. – Falou Hermione baixo, fazendo Gina e Harry rirem. – Vamos Harry. – Falou ela, puxando ele.


Eles seguiram na frente, mas Harry ainda conseguia ouvir Gina e Dino conversando atrás.


 


 


- É aqui. – Falou Gina, batendo na porá de uma sala.


- Convite? – Pediu Goyle, olhando desconfiado para eles.


Gina mostrou o convite, o garoto olhou, mas depois fechou a porta.


- Ei! – Gritou Gina, esmurrando a porta.


Dessa vez a porta foi aberta pelo próprio David.


- Ginna! – Ele falou, depois olhando para os outros. – Quem são esses?


- Meus amigos. Por quê? Não podem entrar? Se for assim, já estou de saída. – Falou Gina, com descaso, fazendo Harry sorrir, e ser olhado feio por Dino.


- É uma pena, ma por mim tudo bem. – Falou ele, abrindo a porta.


- Potter, Weasley e Granger, o que vocês estão fazendo aqui? – Perguntou Malfoy.


- O mesmo que você, imagino. – Falou Harry.


- Esses são traidores e sangues-ruins. – Avisou Malfoy para David.


- Sério que você liga pra isso? – Perguntou David. – Por mim fiquem a vontade, principalmente você Ginna.


Gina deu um sorriso tonto e seguiu para um lado bem afastado.


- Nem sei o que viemos fazer aqui.


- Concordo. – Falou Hermione, pegando uma garrafa de cerveja amanteigada.


- Dizem que vão vir as Esquisitonas aqui. – Falou Dino.


Dito e feito, pouco tempo depois chegaram as Esquisitonas. Hermione, que parecia feliz demais, resolveu dançar sozinha na pista. E depois de muito insistir, Dino conseguiu fazer Gina ir dançar com ele, deixando Harry sozinho na mesa.


Bem na hora começou a tocar uma música mais lenta. Gina não parecia muito feliz, mas Dino sorria e brincava. Harry começou a ficar mal-humorado.


Então, Dino deu um beijo em Gina. No início ela pareceu não gostar, mas logo depois ela retribuiu o beijo. Sem se dar conta, Harry levantou da mesa e foi embora.


 


 


No dia seguinte o castelo ficou ainda mais vazio. As pessoas que tinham passado o dia de natal no castelo, agora estavam indo passar o resto do feriado com a família.


Rony acordou cedo e arrumou o malão para voltar para A Toca. Quando a mala já estava pronta, Harry acordou.


- Você ta atrasado Harry, temos que arrumar as coisas pra ir pra Toca.


- Não sei se eu vou. – Falou Harry, levantando da cama e olhando pela janela.


- Como não vai? E vai ficar aqui com quem? Até ela não vai ficar aqui...


Harry entendeu o ela por Hermione.


- Mesmo assim, cansei de atrapalhar a sua família.


- Você ta brincando? – Perguntou Rony. – Se eu chegar em casa sem você minha mãe me manda voltar para buscá-lo.


Harry ficou mais um tempo olhando a janela, por fim resolveu ir. Eles estavam em guerra, era importante ele ficar próximo de quem amava. Todos mesmo.


*****


Gina estava sentada no sofá esperando Rony e Harry descerem. Depois diziam que as garotas que eram lerdas. Ela estava preocupada com Harry, afinal ontem ele tinha sumido sem avisar nada a ninguém.


- Estamos prontos. – Falou Rony, descendo com Harry. – Demoramos porque o senhor Potter resolveu que não ia, imagine só. – Debochou Rony.


Gina olhou para Harry. Ele sustentou o olhar dela por alguns segundos, mas depois desviou. Só um tapado como Rony não percebia que tinha alguma coisa errada.


Como eles não tinham ido de trem, agora só restava a rede de Pó de Flu, o que era muito mais rápido. Rony foi o primeiro a ir. Gina aproveitou o espaço para perguntar para Harry.


- Porque você foi embora sem nos avisar nada?


- Eu tava com dor de cabeça. – Falou Harry sem olhar para ela, e ainda em voz baixa. Mas antes que ela pudesse contestar, ele foi embora.


A Sra. Weasley recebeu eles animada. Obrigou-os a comerem dois pratos no almoço e também no jantar, e depois os mandou cedo para a cama. Depois de muito tempo, Gina conseguiu dormir.


 


 


Gina acordou com um pulo. O mesmo pesadelo de sempre a assombrava. Ela levantou da cama e resolveu beber um pouco de água. Estava tão nervosa que sem querer derrubou um copo no chão.


- Gina?


- Harry? – Perguntou ela.


Então Harry entrou na cozinha.


- Como você sabia que era eu? – Perguntou ela.


- Ah, sei lá... – Falou ele, rindo nervoso. – O que você está fazendo aqui?


- Bebendo água né... e você? Teve algum pesadelo? – Perguntou ela, tentando se fazer de desinteressada.


- Que tal assim, você me conta seu pesadelo, e eu te conto o meu?


Gina olhou pra ele. Ela queria do fundo do coração não contar nada pra ele. Mas ela não conseguia esconder nada dele, quase nada, era mais forte do que ela.


*****


Antes que Gina contasse o pesadelo para Harry, ela subiu para o próprio quarto, voltando pouco depois.


- Pode começar. – Falou Harry, sentando no sofá próximo a lareira.


- Bom, o meu pesadelo tem a ver com isso. – Falou ela, mostrando para Harry um pequeno embrulho.


Ele pegou o embrulho e abriu, encontrando várias pedras pequenas dentro.


- O que é isso?


- No meu primeiro ano Harry, você sabe que eu estava sendo possuída por Voldemort. Não é uma coisa que eu goste de lembrar, mas eu lembro toda noite.


Harry olhou firme para ela, mas ela desviou o olhar para o fogo.


- Depois de muito tempo sendo possuída, eu comecei a desconfiar que tinha alguma coisa errada, sabe. Eu acordava nos lugares sem lembrar de como tinha ido parar lá.


“Mas eu acho que com a minha desconfiança, eu comecei a ter uma certa resistência a Voldemort, e as vezes eu acordava antes dele fazer alguma coisa errada. Então uma vez eu acordei com esse saquinho na mão.”


- Você acha que isso tem alguma coisa com Voldemort? – Perguntou Harry interessado.


- Claro Harry. No início eu fiquei assustada, mas aí eu resolvi tentar descobri o que isso fazia.


- Você o quê? – Interrompeu Harry.


- Eu tentei usar ela pra várias coisas, mas nada funcionava. Então eu fiquei com raiva, joguei as pedras no chão e gritei “eu queria saber pra que servem essas drogas de pedras” então uma das pedras sumiu, e foi trocada por um pedaço de papel. –Falou Gina, meio rindo.


Então ela tirou um papel do bolso e deu para Harry.


Chega de pedras no seu sapato,


faça um desejo e ele se realizará


- Nossa. – Falou Harry. – E você tem usado essas pedras?


- No início eu usei, mas depois eu percebi que quando eu usava ela, alguma coisa de ruim acontecia a minha volta, então eu parei. – Falou ela, dando de ombros.


- Mas isso é uma coisa muito importante Gina, Voldemort quer isso, precisamos falar com Dumbledore.


- Não! – Gritou Gina, tirando as pedras de Harry. – Elas sempre andam comigo, Voldemort nunca vai descobri-las.


- Porque você não quer mostrar para Dumbledore? – Perguntou Harry, sem entender.


- Eu não quero as pessoas me julgando e me dando sermão. – Falou Gina com lágrimas nos olhos. – Isso é passado, ta enterrado, Voldemort nem lembra mais disso.


Harry olhou para Gina, ela realmente não queria contar isso para ninguém. Ele não queria fazê-la sofrer mais desenterrando essa história. Afinal ela tinha confiado nele.


- Bom, mas o que isso tem a ver com seu pesadelo? – Continuou Harry, fazendo Gina suspirar aliviada.


- Todo dia ás 4h, desde aquela primeira noite, eu acordo com o mesmo pesadelo. A câmara, as pedras, Riddle, o diário, tudo no sonho sabe.


Harry assentiu com a cabeça e abraçou Gina pelos ombros.


- Um dia isso vai passar. Eu prometo. – Falou ele, oferecendo para Gina o dedo mindinho.


Gina riu e pegou o dedo dele.


- Você é um homem de promessas Harry.


Então ela encostou a cabeça no ombro dele, ainda segurando fortemente o dedo. E eles ficaram assim durante algum tempo.


Naquela noite quando Harry estava indo dormir ele lembrou do sonho que tinha tido na noite anterior, e agora ele entendia o que significava.


No sonho, Voldemort falava com um servo, pedindo para ele olhar no castelo direito, e esse servo dizia que já tinha olhado o castelo inteiro, mas que as pedras tinham sumido. Com isso Voldemort dizia que ela tinha pegado. Mas que ela ia sofrer as consequências de se meter no caminho dele.


Antes ele não tinha entendido, mas com a história de Gina, tudo parecia fazer sentido. Voldemort estava procurando as pedras que iriam dar pra ele poder absoluto.


Mas Snape não tinha achado a pedra em lugar nenhum, então ele ia procurar Gina. Harry precisava fazer alguma coisa, mas ele tinha prometido que não ia contar nada pra Dumbledore.


E ele também não tinha prova de que o servo era Snape, apesar de ter certeza que era ele. E pensando nisso Harry dormiu.


*****


As férias logo terminaram e os alunos voltaram para Hogwarts. Harry e Gina tinham passado as férias inteiras juntos, tão grudados que até no castelo não se separaram mais.


- Harry – chamou Hermione. – Você e Gina andam bem próximos né?


- Nós conversamos bastante nas férias. – Falou Harry, distraído.


- Sei... Bom, eu só quero dizer pra você ter cuidado viu. Antigas feridas já cicatrizadas podem se abrir por nada. Eu sei que você não quer isso.


Harry olhou para Hermione. Ele gostaria de dizer que não sabia do que ela estava falando, mas na verdade ele não sabia o estava pensando, nem o que estava fazendo.


- Mas Mione, eu estou perdido, eu... Ta, eu vou dar um tempo.


- Não é isso Harry, eu só...


- Não, ta tudo bem. – Falou Harry infeliz, indo para a aula de Snape.


- Harry. – Ele virou e viu Gina correndo ao seu encontro, com um enorme sorriso, isso fez seu coração parar por um segundo. – Você está indo pra aula? – Harry acenou com a cabeça. – Tenha um bom dia. – Desejou ela, dando um beijo na bochecha dele.


Harry ficou parado durante um tempo, vendo ela se afastar. Ele realmente precisava tomar uma atitude. Quando ele chegou na sala de Snape, Hermione já estava lá, com uma cara emburrada.


Bastou Harry olhar para frente e ver Rony sentado com PO, para entender o porquê. Snape começou a aula falando que eles iam começar a estudar uma nova poção.


- Alguém conhece a poção Gemelli braciare?


Hermione levantou a mão, ainda com os lábios cerrados. Harry pensou por um momento. Essa não era a poção que Dumbledore falou que ele teria que dar para Voldemort?


- Sim senhorita Granger. – Falou Snape. Harry não podia acreditar, desde quando Snape deixava Hermione responder alguma coisa? Tinha algo errado.


- É-a-poção-que-cria-um-laço-perpétuo-entre-dois-bruxos-fazendo-com-que-morram-juntos. – Respondeu ela mecanicamente.


- Muito bem. – Falou Snape, olhando rapidamente parar Harry. – Para que isso aconteça, basta que um fio de cabelo das duas pessoas seja colocado no frasco da poção. O lado bom dela...


Mas Harry não estava mais ouvindo, quer dizer que para que Voldemort morresse mais alguém tinha que morrer? E se ele não se enganasse, essa outra pessoa era Dumbledore.


Ele não podia deixar que isso acontecesse.


*****


N/A: Então aqui está, espero que gostem e comentem. Próximos cap de ação o/

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