O futuro



Capítulo 15: O futuro


Assim que o delicado pingente tocou a pele de Helena foi como se a força em suas pernas se anulasse e por pouco ela não despencou no chão, parecia que sua mente havia sido apagada repentinamente, tão rápido quanto havia caído se levantou com a ajuda de Arthur que segurava seu braço atônito.


-Lena, você está bem? – Arthur perguntou assim que ela estava de pé, sacudindo a cabeça de forma atordoada.


-E-Estou... Não sei o que foi isso, mas não deve ter sido nada demais – respondeu depois de algumas sacudidelas como se tentasse recobrar o juízo.


-Tem certeza? – perguntou Arthur visivelmente preocupado.


-Tenho sim... – a corvina já estava de pé e limpava um pouco de terra que manchava o seu vestido azul-marinho mais ou menos na altura dos joelhos.


***


- Achas que dará certo, Henry? – perguntou Jhon com uma voz sibilada e baixa a seu irmão que era mestre em encantar objetos.


- Não tenho absoluta certeza, mas nunca errei um feitiço em um objeto, se bem que vocês foram bastante específicos... – respondeu Henry.


Henry era um pouco mais robusto que Jhon, tinha uns olhos verde-escuro e os cabelos negros bagunçados e mal-cortados de propósito; andava sempre com classe, mas diferente de seu irmão mais novo e seu pai zelava por sua aparência de bom moço, mesmo que para isso necessitasse fazer algo que fosse contra seus pensamentos, era um dissimulado com uma aparência leve e descontraída e um coração frio e impenetrável, já havia se casado, mas sua esposa morrera pouco depois de anunciar uma suposta gravidez, a família da moça o acusava de homicídio, mas nada foi comprovado.


- Meus filhos, vamos olhar o trabalho que está sendo feito em nossa sala comunal em Hogwarts – Salazar falou com uma gentileza que não se ouvia normalmente parecendo estranhamente de bom humor.


***


Depois de algum tempo Arthur se afastou de Helena a pedido de Godric, a garota começou a sentir uma estranha e insistente dor-de-cabeça, aproximou-se da mãe e da irmã que iam visitar os primeiro pilares do quarto andar e isso incluía a sala comunal da Corvinal que começava a tomar forma. Elas iam opinar para possíveis melhoras e ver o trabalho que estava sendo feito.


No meio do caminho um senhor estranho, com roupas sujas e esfarrapadas, parecendo um mendigo, agarrou o braço da garota obrigando-a a olhar em seus olhos totalmente brancos.


-Cuidado garota! Cuidado – o senhor falou com sua voz morrendo aos poucos, parecia louco era calvo e magro, como se não comesse a muito tempo.


Helena tentou se desvencilhar do aperto do homem, mas não conseguiu até que em poucos segundos ele pareceu entrar em transe e sua mãe se aproximou com um olhar curioso pousando sobre o louco senhor.


O cego desmaiou depois de tremer freneticamente e balbuciar algumas palavras que soavam estranhas e familiares aos ouvidos das duas que o ouviam.


-Curioso... Muito curioso – falou serenamente Rowena ainda olhando para o senhor desmaiado.


- O quê? – Helena perguntou finalmente recuperando a fala, mas ainda em estado de choque pelo que acontecia, os olhos brancos do senhor haviam sido gravados em sua mente como se fosse a ferro, ela não conseguia parar de vê-los a todo instante, mesmo que eles estivessem fechados.


-O que houve aqui? – Godric perguntou desconfiado olhando toda aquela cena, o mendigo derrubado no chão, Helena perplexa a observá-lo acariciando levemente o braço e Rowena com um vinco de curiosidade em sua expressão.


O silencio instaurou-se ali pela falta de respostas, como explicar que em poucos minutos um desconhecido havia agarrado o braço de Helena e dito palavras aparentemente sem sentido, depois disso tudo tido algo como se expulsasse um demônio de dentro de si e caído em um sono profundo.


-Godric, se não for pedir demais queria que esse senhor fosse levado a sua casa e tratado de uma forma gentil e cuidadosa... – Rowena havia quebrado o silencio com uma fala fluente.


-Claro, claro... – respondeu Godric encarando o velho mendigo cego – mas minha cara Rowena se não for muito incomodo eu saber, mas por quê isso?


-Godric, creio que este senhor é algo que eu não acreditava que existiam... – Rowena era categórica e não havia dito tudo devido a interrupção do fundador grifinoro quando este disse apressado e impaciente:


- O que este senhor é?


- Alguém que pode ver relances do futuro, declarar profecias e outras coisas, prever o distino... Em suma: um vidente.

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