O maior segredo do Departament



Durante a janta, todos os sonserinos que tentaram atacar Harry entraram no salão, e foram recebidos por vaias das outras casas. Estavam extremamente vermelhos. Dumbledore comentou que foi muito vergonhoso o que eles fizeram, e já perderam cem pontos para a sonserina de inicio de ano, e ficaram duas semanas fazendo detenções com Filch. Harry imaginou eles espumando de ódio e se perguntou se tentariam mais uma vez. Infelizmente Dumbledore cancelou todos os passeios para Hogsmead e pediu para que não insistissem, era por causa da guerra, claro.

Com Gina namorando Dino, Rony namorando Mione, Harry não gostava de ficar segurando castiçal. Na primeira semana ele e Neville, ajudaram Sthef e Agatha a explorar o castelo. Neville parecia ter adquirido uma afeição muito grande por Agatha, que parecia estar gostando da idéia. Longbotton já não era um garoto gordinho, ele disse que fez um regime não muito forçado, acompanhado de exercícios e agora ele tem um físico forte. Passavam longas horas fazendo as tarefas no salão comunal em grupos.

Harry estava tentando criar coragem para convidar Sthefany para sair. Mas todas as vezes ele se lembrava o que poderia acontecer a ela, se um dia chegasse a amá-la realmente. Seria certamente um alvo de Voldemort, então resolveu primeiro acabar com o patife. Harry sentia o ódio explodir em seu peito ao lembrar-se daqueles olhos vermelhos.

Os N.I.E.Ms seriam importantíssimos para os seus futuros e estavam empenhando-se como nunca. O Profeta Diário mostrava mortes e mais mortes, e já era normal ver alguém chorando pelos corredores, isso sempre levava Harry a outra onda de raiva. Infelizmente Dumbledore insistiu para que Harry continuasse a fazer adivinhação, para que se a professora Sibila, tivesse outro surto profético, ele estaria lá para ouvir as suas palavras.

Quando chegou o primeiro fim de semana, Harry deu uma desculpa qualquer para os amigos e foi para a sala de testes, acompanhado de Dumbledore. Tinha que se preparar. Da última vez em que lutou com Voldemort, resistiu por muita sorte, os feitiços de defesa gastam muita energia, a maldição Avada Kedavra de Voldemort é realmente muito mais forte que as dos demais comensais.

A chamada Sala de Testes, era onde se faziam os testes de N.I.E.Ms, que poderiam ser perigosos. Era uma sala ampla, com uma parede onde se podia mirar e destruir os alvos, que se recompunham automaticamente.

- Prof Dumbledore o que tem naquela sala do departamento de mistérios... aquela sala que tem aquele poder? – perguntou curioso, essa dúvida o cutucou durante toda as férias.

- Ah Harry, aquilo lá é complicado. Ninguém consegue chegar muito perto... simplesmente não consegue, acho que dez metros foi o máximo... Sem falar que é ofuscante, para falar a verdade estou esperando Sibila falar alguma coisa sobre aquele “Orbe”.

- Então é esférico... e brilhante... – imaginou.

- Do tamanho de um balaço. Provavelmente também é um dos motivos pelos quais Voldemort anda movimentando seus exércitos de criaturas, para atacar o ministério. Se ele chegar naquele artefato, provavelmente vai tentar destruí-lo. Ele sabe da existência, só não sabe que tem uma certa ligação com você – disse folheando o livro das Antigas Magias, procurando o que iriam estudar. – Ele teme qualquer um ou qualquer coisa que possa ser mais poderosa que ele... Enfim.

- E o que lhe faz pensar que aquilo tem alguma ligação comigo? – Harry estava se perguntando porque Dumbledore nunca havia lhe dito essas coisas.

Dumbledore depositou o livro ao lado e se levantou, postou-se em frente a Harry. Com os olhos fixos nos de Harry, ele pegou a sua varinha e encostou no peito do garoto e murmurou algumas palavras. Tirou a varinha de perto e apontou para o lado, murmurou outras palavras e uma esfera, aparentemente sólida, esbranquiçada surgiu da ponta de sua varinha. Era um pouco menor que um balaço, mas não chegava a ser ofuscante, talvez porque fosse apenas uma projeção.

- Isso Harry, é uma projeção de seu poder. Eu os vi em seus olhos no dia em que Voldemort tentou lhe possuir, no ministério, no seu quinto ano. É isso que me faz pensar que o poder a que a Profa. Sibila se referiu na profecia, relaciona-se com o mesmo poder que existe no Departamento de Mistérios – Harry estava tendo arrepios. Estava um pouco espantado, mas próximo de maravilhado, pois era lindo. – Ninguém possuiu esse poder antes Harry, desde Godric Grynffindor e sua mãe é claro. Não estou dizendo que você seja descendente dele, até porque a sua mãe que era uma trouxa e o possuía também, menos que você, mas também possuía. É realmente estranho como essas coisas acontecem Harry... Gostaria de entender o porquê... – suspirou.

“Essa não é uma batalha entre bem e mal, como você já deve ter notado. É uma batalha, para ver se o poder ou o amor, reinará. Mas as coisas são todas entrelaçadas Harry: As “Trevas” adoram o poder, assim como os sentimentos de ambição, raiva, etc. Enquanto a “Luz” é aliada dos sentimentos puros, da paz. Por isso não é bom que alimente sentimentos vingativos Harry, quanto mais fizer isso, mais difícil será desenvolver o seu poder.

“Pense nas pessoas que ama, isso ajuda sabe. Não se esqueça que mesmo que tenha esse difícil destino, você continua a ser humano. Precisa da paz de espírito. Não adianta que venha treinar essas artes aqui, com seu coração carregado de ódio. Estou lhe avisando agora, antes que seja tarde. Não tenha medo de amar novamente, para não ter que perder outra pessoa amada, a vida é assim.

“Não sei se você percebeu, mas na última vez em que enfrentou Voldemort, você não estava querendo vingança. Estava tentando proteger seus amigos, isso é um pensamento nobre, vingança não. O ”Herdeiro da Luz”, deve ser merecedor, de tal fardo. Você mostrou muitas vezes que não havia pessoa melhor para possuí-lo, continue a mostrar isso. Apaixone-se sem medo Harry, não há coisa melhor em um momento como esse.

Harry sabia que Dumbledore o observava. Era uma pessoa extremamente compreensiva. Aquelas palavras foram como se um grande peso fosse tirado de seu peito. Harry não soube da onde decidiu que iria convidar Sthefany para sair. Nunca pensou como seria um alívio ter alguém que pudesse se apaixonar.

Dumbledore ainda o fitava pensativo. Então disse:

- Volte para seu dormitório Harry, semana que vem quero lhe ver mais preparado para treinar.




Nesse mesmo momento, na sala comunal da Sonserina, uma garota chamada Susan Marchinson, recebia uma coruja de seu pai, Teodor Marchinson. Um sorriso maquiavélico surgiu em seu rosto, perante a curiosidade das informações. Havia lhe dito que se tornara amiga de Harry Potter, o que poderia ser muito útil.




Quando Harry chegou no salão comunal, encontrou apenas Sthefany estudando. Era o momento da verdade. Sabia que Sthefany era diferente, fazia seus pés voarem. Quando ela viu a aproximação de Harry, se confundiu totalmente com o que estava fazendo e deixou escapar um sorriso que ele retribuiu.

- Boa noite, Sthef – disse ainda sorrindo.

- Já terminou a sua pesquisa noturna na biblioteca? – perguntou em tom de descrença.

- Bom... sinceramente não vou mentir para você – Sthefany teve um aperto no coração, ela imaginara que ele tinha alguma namorada ou coisa do tipo. – Estava fazendo um treinamento especial e secreto com Dumbledore, bom: era secreto – disse aliviando o peso no peito. – Entende né?... tem um monte de comensal atrás do “menino-que-sobreviveu-muitas-vezes” – Sthefany sentiu um alívio correr pelo corpo, ele não parecia estar mentindo, então sorriu.

- Que bom... Podia me levar com você da próxima vez – disse calmamente, esperando que ele entendesse a mensagem.

- Sthef... é... um... Quer sair comigo, então? hmm... amanhã? – disse com cara de cachorrinho sem dono. Sthefany sorriu.

- Claro Harry.

- Ótimo! – Harry sentiu o peito arfar de felicidade – Hmm... então amanhã às 8? Tem um lugar que eu ainda não te mostrei, é bem legal e bem seguro. Pena que não podemos ir para Hogsmead...

- Combinado então “menino-que-sobreviveu-muitas-vezes” – disse sorrindo – mas agora eu preciso dormir – deu um beijo na bochecha de Harry e foi com seus materiais para o dormitório.

Harry não cabia em si. Sentou-se na sua cama, os outros garotos já estavam quase se deitando, quando Harry viu que Neville estava sorrindo.

- O que está lhe deixando feliz Neville? – perguntou também feliz.

- Uma garota... e você? – perguntou sorrindo.

- Outra garota! – todos riram – Acho que é amiga da sua garota. – Mais risos.

- Harry e Sthef, Neville e Agatha... certo? – perguntou Rony sorrindo.

- Ela aceitou sair comigo cara! – disse Harry – Amanhã! Nem sei da onde eu tirei coragem para falar com ela tão cedo.

- Você tava babando por ela desde aquele dia no Beco Diagonal – disse Rony.

- E você Neville? - perguntou Dino. – Já convidou a sua?

- Não... – disse corando.

- Nós o ajudaremos, eu percebi que ela tem afinidade por você! – disse Harry.

- Obrigado, mas eu quero esperar um pouco mais... só a conheço a uma semana! – disse com veemência.

- Parece que eu conheço a mais tempo a Sthef... A gente se dá tão bem... – disse Harry estranhando. – O que importa é que não vou mais segurar velas. – todos riram.




- Mione! Mione! Aconteceu! – disse Sthefany ao entrar no dormitório.

- Ah! Eu não disse que ele ia fazer isso! Mas até que ele foi mais rápido do que eu esperava... – disse pensativa.

- Hem, Hem... O que aconteceu? – perguntou Agatha, Parvati e Lilá concordaram com a cabeça.

- Harry me convidou para sair – disse corando.

- Harry? O Harry Potter? – estranhou Parvati – Ele nunca faz isso! Sempre tão quietão, acho que a primeira relação amorosa dele deve ter traumatizado, aquela Cho bocó. Enfim... ele deve gostar de você.

- Ele gosta! – disse Mione firme.

- E porque essa cara Agatha? – perguntou Sthefany.

- Nada não – disse fazendo um sorriso. – Estou com sono, boa noite – disse deitando-se.




No café da manhã o grupo da Grifinória em si estava bastante feliz. Apenas a mesa da Lufa-Lufa estava num silêncio profundo, grande parte dos nascidos trouxas estavam naquela mesa, eram os alvos favoritos dos comensais. Era praticamente um ritual. Para se tornar um comensal, era necessário mostrar ser fiel e não medir escrúpulos para ter poder, por isso, os iniciantes invadiam as casas de trouxas pais de “sangues-ruins” e os matavam sem piedade, usando as maldições de Voldemort. Harry pensou que foi provavelmente numa dessas provações que a escola de Sthefany foi invadida.

Enquanto Harry calmamente passava geléia de morango na sua torrada, ele sentiu um arrepio subindo o pescoço. Susan estava cheirando o seu pescoço e deixou um bilhetinho cair no seu colo, dizendo “te espero lá”. Harry largou a faca que estava usando que caiu com um estrépito no seu prato. Todos os próximos olharam para a cena. Harry ficou revoltado, mas antes que pudesse reagir a garota já havia se afastado.

Sthefany que vira isso, não gostou. Mas percebeu que Harry também não havia gostado nem um pouco e ficou feliz com isso. Não podia reclamar muito com a sua amiga, afinal ela não sabia que Harry gostava dela.

Também se lembrou de alguns meses atrás quando graças a ela, hoje ainda podia respirar. Tudo bem que foi por acaso, mas infelizmente ainda lhe deve a vida. Sempre foi uma figurinha difícil. Foi sorte aquele dia Sthefany, Agatha e Marry, resolverem segui-la para ver o que estava tramando, mesmo que isso significasse cabular a aula. Pena que seus pais não as seguiram também.

- O que tem no bilhete Harry? – perguntou Mione.

- Ela quer que eu a encontre hoje as 8 na torre norte... Felizmente eu já tenho um compromisso com alguém mais interessante – disse olhando para os olhos verdes de Sthefany, que sorriu.

Sthefany estava impressionada com o caráter de Harry. Ele não era metido, como imaginou ser alguém tão famoso. Pelo contrário odiava a sua fama. Além disso fazia jus ao seu nome, era realmente habilidoso. Nas aulas de DCAT, seguia a risca e facilmente tudo que o professor dizia, sempre ajudando os seus amigos que tinham um pouco de dificuldade. Neville sempre pedia socorro a ele, que o ajudava com paciência. Depois de ouvir os relatos da AD, entendeu o porquê.

- Hoje iremos treinar quadribol – disse Harry para Rony. – Você avisou os outros, não avisou?

- Sim senhor! – disse batendo continência – às 3:00, todos em campo. Armados de vassouras, prontos para defender a honra da Grifinória! A taça de quadribol que é nossa desde que Harry Potter se tornou apanhador!

- Não exagere Rony, a taça só veio para nós no 3º ano e no 5º eu só joguei o primeiro jogo... – disse Harry.

- Não importa – disse Neville. – No primeiro ano, nós só perdemos a última partida porque você estava na ala hospitalar, depois de enfrentar Voldemort, no segundo ano foi cancelado o torneio porque você estava matando o Basilisco e no terceiro ano, mesmo com dementadores correndo atrás de você louquinhos para te dar um beijo, você finalmente ganhou! E desde então não teve quem nos segurasse – Harry estava meio vermelho. Todos riram.

- Não seja tão modesto Harry – disse Mione. Ele abriu um lindo sorriso. – Vou terminar aquelas tarefas e depois bom vou... vocês sabem.

- Ah! É... – disse Rony, a acompanhando.

- Tchau Harry – disse Sthefany dando-lhe um beijo na bochecha. Ele ficou avoado (aluado). – Estou atrasada com meus deveres de Adivinhação.

- Tchau... – falou lentamente passando a mão onde ela o beijou. Sthefany sorriu, estava realmente gostando daquele garoto. Harry olhou para a mesa dos professores e Dumbledore o fitava com um sorriso e os olhos brilhando, retribuiu.

O dia transcorreu normalmente. O treino foi forçado, mas estavam precisos, os batedores melhoraram muito desde o quinto ano. Gina era uma artilheira imbatível, Rony como goleiro, já havia superado a fase de “Não me olhem quando eu vou fazer uma defesa” e agora se mostrava eficaz. Harry já imaginava que tudo iria transcorrer normalmente, quanto à copa, a não ser que a guerra interferisse.

Os sonserinos que haviam tentado atacar Harry estavam limpando o gramado do campo, das ervas daninhas enquanto eles jogavam em cima. Estavam quietos, pois Filch os observava. Harry não conseguiu segurar o sorriso.

Harry estava se ajeitando como nunca, na frente do espelho, enquanto Rony o observava sorrindo. Se não fosse a guerra, tudo estaria perfeito. Mione estava apreensiva, pois era “Sangue-ruim” e seus pais poderiam ser alvo de algum comensal idiota a qualquer momento. Nenhum lugar na Terra era muito seguro agora. Harry imaginou o que aconteceria se o ministério fosse invadido. Isso não seria uma coisa muito fácil de se fazer: dominar um prédio subterrâneo repleto de aurores, bruxos e bruxas, armados de varinhas. Harry se confortou em saber que Dumbledore cuidara disso, e pela primeira vez estava olhando de canto para a professora Sibila, esperando que os olhos dela virassem e sua voz engrossasse.

- Francamente... você demorou hein – disse Rony. – Parece mulher se ajeitando.

- Ok. São quinze para as oito... vou esperar ela no salão comunal – disse se dirigindo ao local.

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