Se conhecendo



    Faltava apenas uma semana para o aniversário de Harry, quando este foi levado para a sede da Ordem da Fênix. Harry Potter, um garoto não muito alto, de cabelos negros e olhos vivamente verdes, agora quase completando o seu décimo sétimo aniversário, estava sentado na beirada da janela se perguntando do “porquê” de tudo.


    Ele vem causando suspiros e exclamações de admiração de seus amigos e amigas (que são muitos), com uma excepcional habilidade em combate. Este garoto tem uma vida super tumultuada, e é considerado uma lenda-viva. No ano passado, conseguiu duelar por um bom tempo com o bruxo mais temido de todos os tempos, saindo apenas inconsciente e com algumas escoriações, mas deixando o Lorde das Trevas esgotado, o obrigando a fugir depois da chegada de alguns aurores. Rony e Mione levaram Harry para o St. Mungus onde passou o fim do ano letivo fazendo os exames, sendo observado por Minerva McGonagall, e permanecendo internado a pedido dos medi-bruxos. Harry duelou com Voldemort na tentativa de defender seus amigos, Rony ficou o ajudando com Rabicho, enquanto Mione foi chamar os Aurores, que chegaram a tempo de ver Harry ainda de pé.

    Este último e fatídico encontro, somente resultou na apreensão de Rabicho, que foi devidamente estuporado por Rony. Com Rabicho preso, Harry exigiu que ele fosse posto sobre controle de
Veritasserum, para mostrar a inocência de Sirius. Harry recebeu a Ordem de Merlin primeira classe, em nome de Sirius Black, como pedido de desculpas do ministério.


    Após o treinamento intensivo que teve no 6º ano de Hogwarts, para poder controlar os poderes que agora sabe que possui, Harry está irreconhecível. Está diferente na verdade desde que seu padrinho morreu. O fardo de sua responsabilidade ainda pesa em seus ombros. É o único capaz de eliminar Voldemort para sempre, e tomou esse destino como modo de se vingar por tudo o que ele o fez passar. Primeiro a perda de seus pais, que morreram tentando o defender. Depois a morte de Sirius, que Harry já considerava como um parente que nunca teve. Harry se sentia na obrigação de fazê-lo pagar pelos que fez sofrer. Após um relato detalhado da vida de seus pais, contada por Remo Lupin, Harry ficou extremamente furioso com o que Voldemort é capaz de fazer para conseguir poder. Destruiu um amor verdadeiro, um amor que demorou tanto tempo para ser compreendido e aceito, mas que foi intenso depois de se ultrapassar certas barreiras.


    A história de seus pais, ajudou Harry a entender que sua mãe não era uma simples bruxa nascida trouxa. Ela era portadora do mesmo poder que Harry. Ela aprendeu a controlar menos magias que seu filho, mas ainda assim foi eficiente na noite que sacrificou sua vida para salvar a dele, que acabou por herdar essa força, vinda dos dois pais.


    Não se preocupava muito mais em ser feliz por hora, enquanto o Tio Voldie continuasse vivo, Harry não descansara, estudou com afinco as artes das Antigas e Puras Magias, se mostrou empenhado em aprender oclumência que foi ensinado por Alvo Dumbledore no ano passado, pois para Harry seria mais fácil tirar o seu cérebro pelo nariz, do que esvaziar a sua mente de outro jeito na frente de Severo Snape.


    Mais uma revelação ocorreu ano passado, Harry já estava cansado de que Dumbledore continuasse a guardar segredos sobre ele e o mandou desembuchar o que é aquele poder e como poderia ser útil contra Voldie. Dumbledore disse que se tratava de um poder extremamente misterioso, que não possuiu uma nomenclatura, mas que era extremamente puro e que Harry deveria aprender a controlá-lo durante o 6º ano, através de antigos livros, numa sala especial do castelo de Hogwarts. Sendo assim Harry ia toda a semana com Dumbledore para um salão que nunca havia entrado antes, que diziam ser para testes mágicos. Ao longo dos meses Harry ficou impressionado com o que era capaz de fazer, feitiços de defesa e ataque devastadores, mas havia um feitiço extremamente perigoso no final do livro mais grosso e velho. Tratava-se de unir todas as forças, todas mesmo, e concentrar em um ataque fulminante que não deixava nada de inteiro na vítima, nem a alma. Dumbledore disse que era melhor deixar essa para depois. Sendo assim Harry estava louco para o testar em Belatrix.


    Dumbledore o alertou que alimentar tanto ódio, não era saudável, mas era também inevitável. Sentia saudades dos parentes e agora procurava apoio nos seus amigos. Rony disse que Harry precisava de uma namorada, já que começou a namorar Hermione no fim do sexto ano e os dois acabaram se afastando um pouco mais de Harry.


    – Rony não enche o Harry – disse Mione, que estava sentada na mesa da cosinha do Largo Grimmauld 12º, que Harry herdara junto com outra pequena fortuna de Sirius, mas que foi distribuída entre os Weasley, a Ordem e ele. – Essas coisas acontecem naturalmente, além do que o Harry bem que tentou.


    – Pretendentes não faltam – disse Rony com um sorriso maroto.


    – Rony cala a boca, senão você terá o mesmo destino que o Monstro – disse Harry em tom de brincadeira (Monstro havia sido nocauteado por Harry após xingar Sirius e foi retirado do Largo por Dumbledore).


    – Tudo bem Harry – disse Rony rindo para a cara amarrada que Mione fez. – Daqui a uma semana você já vai poder aparatar Harry! – disse tentando mudar de assunto.


    – Realmente... Mas vamos com o Expresso, não vamos?

    – Claro! Nossa última viagem para Hogwarts – disse Mione enquanto enrolava os cabelos de Rony.


    – Não sei se será minha última viagem Mione – disse Harry. – Depois de eu terminar os meus assuntos com Voldemort, acho que vou deixar de ser auror para lecionar DCAT...


    – Deixar de ser auror... – disse Rony olhando de canto – Eu prefiro ser auror do que ficar aturando pirralhos a vida inteira.


    – Mas se eu for Rony, vai ser só por um ano! – respondeu Harry sorrindo – Lembre-se de que aquele cargo de DCAT é azarado – seguiu-se um silêncio.


    – Você realmente precisa de uma namorada – agora foi Mione quem disse, olhando para os olhos um pouco tristes de Harry – Mas uma que não seja interesseira, como você já deve ter notado, ta cheio.


    – Ah, ah... – riu com cinismo. – Se existir! Vai ser difícil eu conhecer!


    Assim a semana transcorreu, e o aniversário de Harry chegou numa celebração calorosa, onde até Dumbledore compareceu. “O Trio” tornou-se um Membro Honorário da Ordem da Fênix, pois já haviam mostrado serem capazes de assumir esse cargo há muito tempo. Os testes de aparatação transcorreram bem, Harry, Rony e Mione passaram com louvor.


    O ministério estava realmente um terror... Pessoas morrendo para todo o lado, muitos sendo controlados por imperius. Mas a situação ainda não estava totalmente caótica. Os aurores estavam tendo algum sucesso em capturar os Comensais, mas nenhum sucesso em mantê-los presos. Ocorreu uma fuga em massa, onde a maioria dos guardas foi para o lado das trevas, tentados pelo poder de Voldemort, na mesma semana em que Harry ficou aguardando o Expresso de Hogwarts.


    Harry lembrou-se dos comentários de Sirius das reuniões da Ordem, não serem algo muito interessante. Agora sabia porque, Snape era muito chato, ele foi totalmente contra a entrada do “O Trio” na Ordem, mas quem disse que ele manda?

“O Trio” terá uma missão especial para executar em Hogwarts: manter a cabeça de Harry fria e observar movimentação estranha na escola, (mas nós sempre fizemos isso, indignou-se Rony). Também seriam informados da movimentação da Ordem, não seriam mais poupados segredos e também haveriam reuniões onde eles teriam que comparecer.


    – Só isso? – retrucou Rony na mesa de reuniões na sede da Ordem.


    – Vocês tem os seus N.I.E.Ms – disse Dumbledore calmamente. – Lembrem-se que as profissões que escolheram exigem notas altas, Rony e Harry como Aurores e Hermione principalmente como Medi-Bruxa.


    – Nisso eu vou ter que concordar – disse Harry. – E ainda tenho uma porção de coisas para aperfeiçoar na sala de testes. Sem falar nos treinos de quadribol...


    – Estarei sempre lá para lhe ajudar, não se preocupe. – disse Dumbledore brandamente.


    – Então? O que o senhor acha que Voldemort vai tentar fazer este ano?


    – Creio, que irá organizar um ataque massivo ao ministério, para causar a desordem geral – disse Dumbledore preocupado – estamos nos preparando para tal, mas não se preocupe Harry, a hora que você vai enfrentar Voldemort pela última vez, chegará. Sabemos que não podemos lhe proteger eternamente, você infelizmente tem uma difícil sina – disse todos os membros da ordem silenciaram, pois sabiam da profecia.


    – Já superei essa fase... – todos os membros da Ordem o olhavam com um certo interesse, Harry mirou um ponto no infinito.


    – Calma Harry querido – disse a Sra. Weasley em tom maternal. – Vai dar tudo certo.


    – Estamos trabalhando para isso! – disse Lupin tentando animar as coisas. – Dessa vez não temos traidores e covardes ratos na ordem.


    – Mas também não temos entre os comensais – disse Mione.

    – A Mione é tão animadora – disse Rony dando um beijo na namorada.


    – Também já superei isso... – disse Harry fitando o namorico e todos riram.

No mesmo dia da festa Dumbledore entregou pessoalmente a lista de materiais para “O Trio” e para Gina, que iria cursar o 6º ano. Hermione e Rony tornaram-se Monitores-Chefe. No Beco Diagonal, foi um tumulto para comprar os materiais, “Me lembrem de trazer poção de polissuco com cabelo do Duda da próxima vez, pediu Harry”. Todos o fitavam com grande interesse, queriam conhecer o garoto que com 16 anos duelou de igual-para-igual com o Lorde das Trevas. Os vendedores sempre o recebiam como um velho cliente.


    – Bom dia Sr. Potter! – disse o vendedor da loja de livros – Presumo que são os seus livros do 7º ano, e de seus amigos também...


    – Sim Senhor aqui está a lista de livros... – interrompeu Harry.


    Encontraram fazendo compras também Neville que eles cumprimentaram com animação, Simas e Malfoy que desviou o olhar quando pegou Harry o encarando. Simas seguiu com Gina.


    – Acho que esse ano ele não enche o nosso saco – disse Rony rindo.


    – Não sei, acho que ele ainda quer vingança, principalmente de você Rony – disse Harry erguendo as sobrancelhas para Rony pois ele havia derrotado o pai de Malfoy num simples duelo (Rony também estava tendo boas aulas de combate). – Por isso “Vigilância Constante”.


    – Estou ansioso para que Malfoy tente me azarar...

    – Rony! – exclamou Hermione.

    – Que foi? – perguntou sorrindo.

    – Quem são aquelas garotas Harry? – indagou Hermione que olhava Harry fitando um grupo de garotas um pouco a frente conversando e olhando uma vitrine da loja de animais. Aparentemente tinham a mesma idade, mas Hermione nunca as tinha visto em Hogwarts então achou que eram turistas. – Harry?!


    – Ah? Que foi Mione? – disse erguendo a sobrancelha.

    – Você conhece aquelas garotas que você estava “secando”? – disse com um sorriso maroto. – Nunca as vi na escola.


    – N-não... – disse olhando uma garota de cabelos negros e olhos verdes como os seus, além de uma pele bela e morena (com um corpinho que deu arrepios na espinha do Harry) – Mas bem que gostaria de conhecer. – Rony e Hermione riram com gosto depois dessa frase, mas foram censurados por um olhar indignado de Harry. – Hey! A missão de vocês é me deixar de cabeça fria, não quente!


    – D-desculpe Harry – disse Rony segurando a barriga das dores que as fortes risadas o causavam. – Mas a sua cara de cachorro sem dono é ótima! Só faltou a língua de fora! Hahaha!


    – Vocês são impossíveis! – e saiu andando rápido, iria comprar o restante dos seus materiais sozinho, ou pelo menos até esfriar a cabeça.


    Devido a guerra, o Beco Diagonal poderia ser um alvo muito bom para atentados, por isso estava fortemente guardado. Aurores em todas as esquinas, esperando um chamado, agentes disfarçados em todos os bares. Todos esperando algum acontecimento para agir. Harry sabia que hoje em especial tinham mais, graças ao senso de proteção de Alvo Dumbledore tinha por ele. Ficou agradecido de pelo menos poder sair da sede.


    Chegando na mal-cheirosa loja de itens para poções, Harry como sempre foi recebido calorosamente pelo vendedor. Ainda estava nervoso de todas as risadas que os amigos lhe deram.


    – Senhor Potter! – disse o vendedor com sua voz asmática. – A que devo a honra de sua visita?


    – A Hogwarts! – disse alto, mas depois percebeu sua grosseria – Me desculpe senhor, mas me enraiveceram.


    – Tudo bem – disse calmamente. – O Senhor deve ser bastante importunado.


    – Eh... tome preciso desses ingredientes.

    Enquanto o vendedor pegava todos os itens da lista e empacotava com pacotinhos como os de padaria, Harry ficou observando a loja e se lembrando de quanto maravilhado estava quando chegou na mesma loja no seu primeiro ano. Nem ao menos sabia a casa que iria ficar, mas passou sua vida na maravilhosa Grifinória.


    Pagou os 40 galeões e 16 sicles, agradecendo e saiu voando da loja, pois não suportava mais o fedor. Como estava meio distraído, acabou parando a centímetros de bater em uma outra pessoa, estancando-se no caminho. Ao erguer a cabeça para fitar quem quase atropelara seus joelhos amoleceram, seu coração foi apertado por uma mão de ferro e todo o ar de seus pulmões desapareceu.


    Era a linda garota que observou antes de perder a cabeça com os amigos. “O que eu faço? O que eu faço?”, Harry tentou andar para um lado para liberar a passagem, mas infelizmente, ou quem sabe felizmente ela pensou o mesmo e ficaram na mesma. “Papel de idiota! Eu mereço!”.


    – D-desculpe... – gaguejou ela agora fitando com um olhar profundo, os dois olhares se encontraram e os dois sentiram o rosto corar. – Hey! Vo... O senhor é Harry Potter!


    – Ah... é sou... – “Cicatriz do KCT!” – Prazer... – disse estendendo a mão e dando um passo atrás para aumentar um pouco a distância. – Qual seu nome?


    – S-Sthefany Martin – disse segurando a mão de Harry.

    Os dois ficaram como peixes fora d’água segurando um a mão do outro sem fala, muito abobados para falar. Ela tinha olhos tão penetrantes que quase desmanchava Harry. Seu toque causou arrepio em todo o braço direito. Só foram interrompidos pelas outras garotas que agora cutucavam Sthefany para que ela as apresente.


    – Ah! É... essa aqui, é a Agatha Millen – apontou para a morena, bela e de olhos castanhos que a chamou. – Susan Marchinson – a loira de olhos profundo e azuis. – E Marry Khant – apontou para a outra morena de olhos negros. Harry cumprimentou cada uma com um aceno de cabeça. – Foi um prazer conhecê-lo Sr. Potter – disse agora o analisando dos pés a cabeça. Todos o chamavam de Senhor Potter, Harry ainda não se acostumou com isso – presumo que iremos nos encontrar em Hogwarts – perguntou formalmente.


    – Vai para Hogwarts? Nunca as vi lá... – estranhou, pois possivelmente um grupo particularmente belo de garotas da mesma idade ele teria notado.


    – Bom, vamos entrar esse ano. Nossa escola nos EUA foi destruída por seguidores de Voldemort... – nesse momento ela fez uma cara triste, que Harry compreendeu.- Enfim. Meu tio era amigo de Dumbledore e nos arranjou uma vaga para acabarmos os estudos. Sabe o 7º ano...


    – Hmm... então até Hogwarts! Tomara que entrem na Grifinória, na minha opinião a casa mais legal. – disse tentando animar e começando a se afastar. – Até mais.


    Todas acenaram para Harry, que se virou com um sorriso maroto no rosto. Ao se afastar percebeu que elas estavam se juntando para fazer fofoquinhas e dar aquelas risadinhas chatas, mas tudo bem. Sthefany era a única pessoa que o fez se sentir voando nos últimos 17 anos. “Tomara que caia na Grifinória”.


    – HARRY! – a animação de Harry despencou, provavelmente Rony o vira conversando com as quem sabe: futuras grifinórias. Ele vinha correndo na sua direção com um sorriso maroto.


    – Que foi? – disse com a cara amarrada.

    – Quem eram aquelas garotas?

    – Vão começar Hogwarts, precisaram vir para cá, são dos EUA – suspirou.

    – UHEUAHEUAHEUH! Desculpe! – parou ao ver o olhar mortífero de basilisco que Harry o lançou.

    Os dias até o Expresso de Hogwarts se demoraram muito a passar. Harry estava sonhador e seus amigos pareciam satisfeitos com isso. A única coisa que fazia o tempo passar eram as reuniões da Ordem. Hermione estava muito empenhada em procurar teorias do que Voldemort podia estar aprontando. Após a reunião a Sra. Weasley estava fazendo o jantar e o pessoal ficou na sala, esperando.


    – Quem é a felizarda Potter? – indagou Moody.

    – Ah? – estranhou a pergunta, “como poderia saber?”.

    – Ora vamos, você está eu diria na fase 3: sonhador e vive suspirando. Não precisa de olho mágico para notar isso sabe? O Lupin também percebeu.


    – Fases?

    – É! São 4! 1ª: Não acredita que alguém como essa pessoa possa existir, vive o tempo todo desligado.


    2ª: Sai sorrindo para todo mundo ver o colgate... eu diria que nessa você ficou apenas um dia... é eu percebo.


    3ª: é a dos suspiros sonhadores, tem alguns efeitos colaterais... demora mais no banho, brinca com a comida, um brilho estranho nos olhos, acha que tudo é lindo e maravilhoso... Enfim, Você se encaixa – Harry estava boquiaberto. A tranqüilidade com que Moody disse aquilo, parecia até um psicólogo. Era o relato de alguma de suas atitudes.


    – E a 4ª?

    – Ah! Não queira chegar nela... é a que você acha que nunca será correspondido... – disse sorrindo – Mas quem é a felizarda?


    – Bom, já que o senhor não vai rir como o Rony ou a Mione... É a... Sthefany. – Moody pareceu levar um susto nessa hora, mas Harry não ligou
– Veio dos EUA para cá, conversei com ela no Beco Diagonal. A guerra já se estendeu até lá e acabaram destruindo a escola dela, que a propósito nem sei o nome, mas... Vai estudar em Hogwarts, o último ano... com mais 3 amigas... entende né?... ela é bem legal.


    – O nome da escola é Heaston. E sim eu entendo.

    – Ah! – “como ele sabe o nome da escola, Dumbledore deve ter lhe dito” – Como sabe?


    – Sthefany Martin é minha afilhada – disse sorrindo ao ver a cara de pavor que Harry fez – Que bom que gostou dela. Diria que vocês são bem parecidos em alguns pontos, se ela puxou a falecida mãe.


    Harry perdera a fala. “Puxa vida é muito azar eu confessar uma coisa dessas na frente do próprio tio da garota... E ainda o Moody!”.


    – Tudo bem Potter, é até bom que você se torne “amigo” dela, para ajudar com a morte ressente dos pais.


    – Q-que coisa Sr Moody. – “isso é mal...” – Mortos por Vodemort?


    – Seguidores de Voldemort, invadiram a escola dela durante o fim do ano passado, e mataram todos... menos algumas quatro adoráveis meninas, que estavam milagrosamente cabulando aulas, bem longe... bom os pais dela eram professores e acabaram sendo pegos.


    – Nossa! Esse ataque foi terrível! – Harry estava indignado, “Como eles puderam matar pessoas assim?”
– Vamos ver... acha que ela cai na Grifinória?

    – Se puxou a mãe ou o tio, creio que caia. – disse ainda sorrindo.


    – Ela esta morando na sua casa? – indagou.

    – Sim – disse formalmente – sou o tutor dela, tudo bem que ela já vai ser maior de idade aqui, mas ela ainda tem um ano de estudos pelo menos para completar.


    – Sr. Moody, nem sei o que dizer... – disse corando ao notar a situação. – Tenho que aprontar meu malão. Até mais. – Saiu andando rapidamente.


    – Até mais Potter! Não se esqueça do jantar.

    Harry subiu para o seu quarto, e se jogou na cama. Ficou pensando, como foi embaraçoso em falar sobre Sthefany, justamente com o tio dela. Mas agora estava imaginando o quanto doloroso deve ser perder os pais num ataque como este e sobreviver por uma mera eventualidade. Voldemort não mede esforços para alcançar seus objetivos.


    Harry demorou uns dois meses para superar a morte do padrinho... ela parecia estar normal. Bom quem sabe...


    Dois dias depois, quando iriam pegar o Expresso de Hogwarts, Harry estava mais pronto do que nunca em aprender a ser forte. Não podia mais deixar as pessoas inocentes morrerem. Voldemort já sabe que não pode demorar muito em eliminá-lo, pois está cada dia mais forte.

    No dia de embarcar no Expresso de Hogwarts, Harry ocupou uma cabine vazia, enquanto os seus dois amigos monitores chefe, instruíam os novos monitores. Iria ser difícil aprontar alguma coisa, com dois observadores como eles... Brincando com mágicas, Harry aguardou que o trem começasse a andar, então se deitou no banco, ocupando todos os lugares. Aquela seria sua última viagem como estudante para Hogwarts, tanta coisa havia acontecido nesses seis anos que descobriu que era bruxo e sem dúvida ainda teria mais pela frente.


    Harry estava quase dormindo quando ouviu a porta da cabine se abrir bruscamente. Abriu os olhos, num espasmo de susto e viu que um grupo de sonserinos entrava calmamente com uma cara de vitória no rosto. Num pulo Harry se levantou e empunhou a varinha.




    Sthefany estava no corredor procurando a cabine de Harry Potter. Foi encorajada por suas amigas a falar com ele, já que até seu tio Moody falou muito bem do belo rapaz de olhos verdes. Chegando no final do trem o encontrou esticado e aparentemente dormindo no banco. Desistiu de o acordar, apenas para conversar e resolveu voltar para suas amigas.


    Deu meia volta e andou um pouco, até que um grupo de uns dez sonserinos e sonserinas, emergiu de duas cabines e vieram em sua direção. Passaram direto e foram se postar em frente a cabine de Harry. Pelas caras pareciam estar planejando alguma coisa, e como já sabia da fama do ninho de cobras resolveu observar. Quando entraram na cabine aos montes, ela ficou preocupada com o que iriam fazer. Foi até a porta entreaberta para observar e acabou conseguindo ouvir parte da conversa.


    – Ora Potter – disse uma voz azeda e sarcástica, de um rapaz circundado de estudantes do sexto e sétimo ano. – Vai nos enfrentar? – todos riam.


    – Quantidade, não é melhor que qualidade Malfoy. Agora se quiserem permanecer conscientes até a cerimônia de seleção, aconselho a saírem dessa cabine agora – disse com um sorriso maroto, parecia que estava louco para lutar com eles.


    – Como sempre se acha melhor do que todos. mestiço imundo – Foi uma voz feminina, não sabia de quem era.


    – Vamos ver se você é bom mesmo Potter – disse Malfoy e todos sacaram as varinhas, Harry esperou calmamente que o atacassem primeiro.
– Divirtam-se.

    Sthefany já sacou a varinha, ia abrir a porta para ajudar o pobre rapaz, quando uma série de lampejos, sons, estrondos, gritos de sonserinos proclamando feitiços. Na mesma hora um corpo foi arremessado pela janela, quebrando-a em mil pedacinhos, forçando Sthefany a se jogar para trás para evitar os estilhaços. Mais ataques, “Ah! O Harry vai virar uma paçoca”. Quando uma luz muito forte esbranquiçada emanou da cabine, juntamente com um estrondo, meio surdo, ela se adiantou e a abriu rapidamente. O silêncio pairou.


    Harry estava de pé com um sorriso na cara, parecendo prestes a soltar uma gargalhada, mas ao ver a expressão de espanto no rosto de Sthefany, ficou sério imediatamente. Nove sonserinos, amontoados, quase nem cabiam na pequena cabine, todos inconscientes e Harry sem nenhum arranhão.


    – Você está bem Sthefany? – perguntou Harry saindo da cabine repleta de corpos inconscientes, com um tom preocupado na voz.


    – E-estou... O que foi aquilo? – indagou imaginando a luz branca.


    – Eles entraram na minha cabine para tentar me linchar. Como pode ver: falharam vergonhosamente – disse com um sorriso e o peito estufado.


    Nesse momento o corredor se enchia de pessoas que vieram ver o que aconteceu. Hermione e Rony chegaram primeiro, juntamente com a mulher dos doces, pois já estavam patrulhando os corredores.


    – Cara, queria estar aqui para te ajudar – disse Rony.

    – Rony você está de testemunha que eles tentaram me atacar – disse num tom preocupado, olhando para a mulher do carrinho. – Eu estava quase dormindo nesse banco, quando essas cobras entraram em bando.


    – Claro Harry – disse Rony. – Todos sabemos que eles estavam esperando a oportunidade. E você estava dormindo ai, eu e a Mione vimos.


    – Sim Senhora – disse Sthefany. – Eu também vi que o Senhor Potter estava dormindo.


    – Obrigado Sthefany. Me chame de Harry – disse com um sorriso ao fitá-la.


    – Me chame de Sthef – também sorrindo.

    – É... Hem Hem... Vamos arrumar essa bagunça... Todos para as suas cabines! Inclusive vocês dois, escolham outra. – interrompeu a mulher dos doces, olhando para Harry e Sthefany. – Vou reportar os acontecimentos para Severo Snape.


    Todos se dissiparam comentando a vergonhosa derrota. Muitos batiam nas costas de Harry para cumprimentá-lo.


    – São mesmo odiados esses sonserinos – comentou Sthefany andando a frente de Harry.


    – É, ninguém gosta muito deles... Eu não gosto em especial desses que me atacaram, mas entre a grifinória e sonserina
sempre houve rivalidade. É como Ingleses e Franceses, Socialistas e Capitalista,
Pagãos e Cristãos... e por ai vai – disse sorrindo, “Ai que sorriso”. – Posso
ficar na sua cabine? O resto do trem deve estar ocupado...

    – Claro – disse corando.

    Harry sentou com as amigas de Sthefany, que ainda conseguia lembrar claramente dos nomes. Logo depois Rony, Hermione e Neville entraram querendo saber o que havia acontecido. Depois das devidas apresentações Harry se desatou a contar a cena patética dos sonserinos se confundindo, na ora de lançar os feitiços, quando eles simplesmente ricocheteavam com uma magia simples de Harry. Todos riram quando Crabe tentou inutilmente socar Harry e acabou sendo repelido.


    – Mas como foi que você derrubou todos ao mesmo tempo? – perguntou Sthefany.


    – Ah... hmmm Bom, é um truquezinho... aprendi ano passado – Harry olhou de esguelha para Rony, que entendeu de que se tratava dos poderes que ele tinha e rapidamente mudou de assunto.


    – O que você fez com o Goyle? Ele voou pela janela... – indagou.


    – Ah! Essa é a melhor parte... – disse soltando uma gostosa gargalhada – Eu não fiz nada! Aquele gorila não sabe nem como segurar uma varinha e a segurou do lado contrário! Jogou sei lá o que nele mesmo!


    Todos riram, Harry e Rony, contaram como foram importunados por Crabe, Malfoy e Goyle, durante todos os anos. Riram nostalgicamente quando falaram de Rony vomitando lesmas.


    – Hey! Harry você se machucou – disse Sthefany apontando para um corte acima da sobrancelha de Harry. Ele a fitou como perguntando aonde. Sthefany tirou a varinha – Eu ajeito isso, é pequeno – ele fez cara de estar aguardando então Sthefany pegou seu queixo para mantê-lo parado, usou a varinha para limpar e cicatrizar o corte.


    – Nossa! – disse passando a mão no ex-corte, abobalhado – obrigado... Vai ser Medi-Bruxa?


    – Acertou... E vocês?

    – Bom eu e o Harry – disse Rony, com um quê de orgulho, Hermione percebeu a exibição e deu-lhe um cutucão – Ai! Bom seremos Aurores, o próprio ministério nos convidou – disse sorrindo, Harry parecia encabulado quando Sthefany lhe dirigiu o olhar – Minha querida Mione será uma Medi-Bruxa também... Vocês podem ser amigas, se você cair na Grifnória. Neville vai ser Herbologista.


    Passaram um tempo conversando sobre como seriam as suas futuras carreiras, que não estavam longe de se concretizarem, até que chegaram nos terrenos de Hogwarts e tiveram que se separar.


    – Façam uma forcinha para entrar na Grifinória! – disse Harry e seu olhar se encontrou com os de Sthefany. Foi interrompido por suas amigas a puxando para pegarem um barquinho.


    – Eu pensei que o Harry estivesse caidinho por você Sthef, mas agora vejo que me enganei ele está babando por você – sussurrou Agatha. – E você por ele – disse rindo.


    – Fica quieta, aquele garoto deve ser assim com todas... – Sthefany olhou para ele, justamente na hora que um grupo de Lufa-Lufas o assediava e falava “Oi Harry” de um jeito maroto, porém ele meramente amarrou a cara, cumprimentou de um modo não muito cordial e seguiu Rony e Mione. – Esquece... – disse, pois Agatha acabara de ver a cena também.


    – Ele é legal, seu próprio tio lhe disse isso. Um grande Homem, a fama não lhe subiu a cabeça.


    A cerimônia de seleção ocorreu normalmente. O novo professor de DCAT era um velho, velho, muito velho auror aposentado, chamado Terus Krake, “provavelmente Dumbledore quer que ele nos de umas dicas Harry, disse Rony”.


    – Agora, tenho mais uma novidade. Temos a honra de receber mais quatro integrantes as nossas atividades letivas do sétimo ano. Elas vem dos EUA, um trágico ataque ocorreu a escola delas, pelas mãos de Voldemort. Como elas optaram em terminar os estudos, temos o prazer de aceitá-las. Mas teremos que fazer sua seleção, como é de costume... Profa. McGonagall.


    – Agatha Millen!

“Você se daria bem na Lufa-Lufa... tem certeza que quer ir para a Grifinória... sim eu vejo coragem... bom se você insiste:”


    – GRIFINÓRIA!

    – Marry Khant!



    “Nossa... posso até sentir as ondas cerebrais... vai com calma com isso... vou lhe colocar na casa ideal:”


    – CORVINAL!

    – Sthefany Martin!

    Nesse momento, um garoto de óculos estava torcendo para que a garota atualmente sendo selecionada caísse na Grifinória...



    “Por favor, me coloca na Grifinória...”



    “Sim... interessante... grande talento... grande coragem... grande senso de amizade... você realmente se encaixa na:”.


    – GRIFINÓRIA!

    – Susan Marchinson!

    

“Um... típico... essa é fácil:”

    – SONSERINA!

    – S-Sonserina? – gaguejou Rony – Bem que eu achei ela meio distante lá no vagão.

    – Não podemos deixar de ser amiga dela, só porque ela caiu na Sonserina – disse Mione com veemência.


    Sthefany, que se sentou ao lado de Harry, estava tremendo. A seleção a causou muita expectativa na hora em que viu todas as pessoas nas quatro mesas olhando. E agora Susan vai para a Sonserina... Tudo bem que nunca foi muito chegada com ela, mas a Sonserina não é legal.


    – Vamos mostrar a todas os segredos que conhecemos desse castelo – disse Harry. – Que não são poucos... mas não podemos sair do castelo por “Questões de segurança Potter, lembre-se vigilância constante, estamos em guerra”.


    – Quem lhe disse isso? – perguntou Sthefany, lembrando-se de um tio.


    – Alastor Moody... Ele é seu tio – disse excitante – Me disse o que aconteceu...


    – Ele também me falou sobre você... – disse sorridente – Me deixou a par da situação também...

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