Corujas



7-Corujas


 


Na manhã seguinte, Harry acordou para encontrar um quarto vazio. Ele franziu a testa em confusão e tateou por seus óculos. Ele nunca tinha substituído o relógio quebrado durante a Segunda Tarefa, então ele não tinha como saber que horas eram. Rony raramente acordava antes dele, e ele se perguntou o quão tarde já era. Harry pegou umas roupas, tomou um banho rápido, e desceu em direção a cozinha. 



Todos os membros da família estavam reunidos envolta da mesa, juntamente com Dumbledore e professora McGonagall.


 
       -    Harry. Bom dia. Com você está se sentindo? – Sra. Weasley perguntou, o conduzindo para um assento e colocando um prato cheio de bacon, ovos e pão recém-feito a frente dele.



       -    Eu estou bem. – Ele respondeu, olhando para Rony. – Por que você não me acordou?


 


      -    Eu achei que, talvez, você pudesse dormir um pouco mais, cara.



Era a comprovação do quanto todos os Weasleys estavam preocupados com o problema de Harry para dormir, até Fred e Jorge se contiveram de fazer piadas pelo atraso de Harry.


 


      -    Bom dia, Harry. – Professor Dumbledore o saudou. – Eu estava me perguntando se você se poderia se juntar a mim na biblioteca depois do café-da-manhã? – Mesmo que ele tivesse feito a pergunta, Harry sabia que não devia recusar. Ele começou a se levantar e seguir, mas Dumbledore acenou que não.- Coma seu café-da-manhã, Harry. Eu não iria querer encarar a ira de Molly se eu interferisse no seu progresso de adicionar alguma massa em você. Eu preciso falar com Remus por um momento, e eu verei você depois.


Harry corou um pouco á referência de Dumbledore sobre ele estar abaixo do peso, mas sentou novamente e encarou sua comida. Hermione tinha a cara enfiada num livro de Preparação Avançada para os NIEMs, enquanto Rony e Gina estavam discutindo sobre as chances que o time de Rony, os Chudley Cannons, ganharem o campeonato.



      -    Ah, qual é, Rony. Por que você passa por isso todo ano? – Gina soou exasperada.


 


      -    Esse é o ano deles, Gin. Eu Posso sentir.Eles já venceram.


 


Gina revirou os olhos.
 
 


      -    E quanto a você, Harry? Você está animado pra voltar a jogar Quadribol esse ano?


Harry piscou. Ele realmente não tinha pensado muito nisso.


 


      -    Eu não sei... Eu posso? Eu ainda estou banido pro resto da vida, certo?


 


      -    Ah, eu tenho certeza que aquilo já era. Mcgonagall provavelmente queimou todos os decretos idiotas daquela morcega velha assim que ela saiu. – Rony exclamou. – Não, eu tenho certeza que você vai ser apanhador de novo esse ano, e a Taça vai continuar sendo nossa.


 


Harry olhou para Gina.


 


      -    Isso incomoda você?


 


      -    Me incomoda? Claro que não, Harry. Eu te falei isso ano passado. A vaga de apanhador sempre foi sua. Eu quero que a Taça das Casas continue com a Grifinória também. Mas eu espero que eu consiga pegar uma das vagas de artilheiro sim. Professora McGonagall está aqui. Podemos perguntar a ela sobre a expulsão, se isso fizer você se sentir melhor.


 


Harry acentiu.


 


      -      Eu acho que vou.


 


      -    Excelente. - Fred se juntou a conversa. – Jorge e eu estamos planejando ir a Hogwarts assistir ao primeiro jogo de vocês, talvez até possamos convencer Angelina e Alicia de irem conosco. Ahh, as memórias.


 


      -    Eu acho que vai ser difícil não entrar no trem com vocês em primeiro de Setembro. Você tem que manter a imagem de pregador de peças pra nós, Harry. Nós não podemos esperar que o Roniquinho aqui faça isso já que ele foi nomeado monitor. – Jorge soou escandalizado. – Vai ser sua responsabilidade continuar nosso legado.


 


      -    Rony vai ter muito mais com que se preocupar do que um bando de peças. – Hermione disse.- Nós temos NIEMs vindo ai e todos nós precisamos nos preparar para eles.


 


      -    Isso não é até o ano que vem, Hermione. – Rony disse.


 


      -    Não machuca estar preparado. Você não quer começar como você fez com seus NOMs, quer, Rony?




Rony baixou a cabeça humildemente e permaneceu em silêncio. Fred limpou a garganta com algo que parecia muito com: “Dominado”. Ambos Harry e Gina esconderam seus sorrisos atrás do suco de abóbora. 


Harry se levantou e carregou seu prato vazio para a pia, onde a Sra. Weasley sorriu largamente para ele. Ela realmente tinha sido boa para ele desde que ele chegou. Ela sempre tinha mostrado mais preocupação por ele nos seus breves tempos juntos, do que tia Petúnia na sua vida inteira. Espontaneamente, ele deu um rápido beijo na bochecha dela e viu os olhos dela se abrirem em agradável surpresa. As bochechas dele coraram e ele murmurou:


 


      -    Obrigado, Sra. Weasley. – Enquanto saia rapidamente da cozinha sem olhar para os outros ocupantes. Ele teve um vislumbre de um sorriso radiante passando pelo rosto de Gina e seu estômago deu uma estranha reviravolta.


 


Ele achou a porta da biblioteca aberta e o Professor Dumbledore dentro sozinho, olhando através da janela. Harry parou um momento para assistir o velho diretor. Dumbledore parecia mais velho do que nunca para Harry. Ele estava curvado e parecia estar perdendo o ar de vitalidade que usualmente estava em volta dele. Seu rosto parecia gasto e cansado, e, embora seus olhos ainda tivessem seu brilho marcante, parecia vencido; ele parecia um homem com o peso do mundo nos ombros. Na essência, Harry supôs que ele tinha. Ele sentiu um arrepio de medo percorrer seu corpo. Ele nunca tinha pensado um segundo sequer na idéia de perder Dumbledore. Ele sempre pareceu invencível. A vista dele agora era conturbante, e Harry tomou um profundo fôlego para controlar seus nervos.


 


Clareando sua garganta levemente quando entrou, Harry caminhou até o bruxo mais velho.


 


      -    Ah, Harry, entre. Poderia lhe oferecer um chá?


 


      -    Sim, por favor. – Harry respondeu, mais pra fazer alguma coisa do que por outro motivo.



Depois que Dumbledore deu a Harry a xícara e o pires, ele virou aqueles olhos azuis penetrantes para ele.


 


      -    É do meu conhecimento que você tem tido alguns problemas para dormir.


 


Harry acentiu.


 


      -    Eu vou precisar colocar um feitiço silenciador ao redor da minha cama em Hogwarts, ou os outros Grifinórios sextanistas vão se dar mal em todas as aulas mais cedo ou mais tarde, senhor. 


 


      -    Isso não vai ser necessário, Harry. Vamos ver se conseguimos fazer alguma coisa para aliviar esses pesadelos, sim? Ai de mim, eu preferiria que você não usasse o feitiço silenciador, mesmo que lhe cause algum constrangimento. Nós precisamos estar alertas se você estiver em perigo.


 


Embora Harry não quisesse admitir, ele tinha considerado isso. Talvez eles pudessem colocar um feitiço nas camas de Simas, Neville e Dino, e ele poderia pedir ajuda a Rony. Dumbledore pareceu saber a direção dos pensamentos de Harry e ele continuou.


 


      -    Eu acho que nós precisamos voltar com o treinamento de Oclumência imediatamente. Quanto mais cedo você conseguir bloquear Voldemort da sua mente, mais cedo você vai ter um descanso. O que aconteceu no seu sonho noite passada, que foi tão perturbador?


 


Remus devia tê-lo informado, Harry pensou.


 


      -    Começou como só um pesadelo, mas depois Voldemort meio que apareceu e falou diretamente para mim. Isso nunca aconteceu antes. – A voz de Harry foi ficando mais e mais baixa enquanto ele continuava, então Dumbledore tinha que fazer esforço para ouvir.- Ele disse que eu nunca conseguiria vencê-lo....... que ele mataria todos que eu gosto antes de vir até mim. – Harry não queria compartilhar a parte sobre todos o culpando, ele sentia que era a cruz que tinha que carregar.


 


Dumbledore acentiu solenemente.


 


      -    Isso não é novidade, Harry. Você e seus amigos esrão protegidos em Hogwarts. Os Weasleys e Remus estão protegidos aqui; nós todos estamos tomando precauções.


 


Harry virou seus olhos torturados para seu diretor.


 


      -    Precauções nem sempre funcionam.


 


      -    Não, Harry, nem sempre. Isso é uma guerra, e não existem garantias. Nosso principal objetivo é trabalhar a Oclumência. Eu estarei vindo aqui todas as tardes para dar continuação as suas aulas. Eu também estou arranjando algumas lições extras de defesa depois que você retornar á escola.


 


      -    Você vai me ensinar?


 


      -    A não ser que você prefira continuar com o Professor Snape?


 


      -    Não! – Embora Harry estivesse tendo seus problemas com Dumbledore no momento, ele era infinitamente melhor que Snape. – Eu trabalharei com você. Foi um desastre ano passado com Snape.


 


      -    Professor Snape, Harry.


 


Harry prendeu seus frios olhos verdes nos azuis de Dumbledore.


 


 


      -    Eu entendo que você confia nele, professor, mas eu não. Eu ainda tenho que ter uma razão pra isso.


 


      -    Bem justo, Harry, mas quando estiver na escola, você vai mostrá-lo o devido respeito de um professor de Hogwarts. Não é meu dever revelar a você nada de sua história, mas eu tenho, sim, minhas razões para confiar nele. Essas razões são sólidas. Ele não pode escapar do passado, mas ele certamente arriscou muito tentando compensar isso.


 


Harry ficou em silêncio. Se essa era a idéia de Dumbledore de compensar os erros do passado, talvez ele não tivesse prestado bastante atenção as aulas de Snape. Balançando a cabeça e voltando a Oclumência, ele perguntou:


 


      -    Se Voldemort pode plantar imagens na minha mente eu posso fazer também? Tem algum modo de me ensinar como colocar algo na mente dele?


 


      -    Não. Voldemort é muito mais habilidoso que você e tem muita experiência com legilimência para acreditar nisso – Dumbledore disse, suspirando. – Nós precisamos ensinar a você a bloqueá-lo. Nós precisamos focar na proteção antes de formular um plano para atacar.  



Todo o acúmulo de medo e raiva pareceram explodir de Harry como um vulcão.


 


      -     Ele é mais habilidoso e mais experiente que eu em tudo! Inferno! Como eu posso derrotá-lo? Eu vi você lutar contra ele no Ministério. Foi incrível. Você dois estavam fazendo coisas que eu nem sabia que podiam ser feitas, imagine saber fazer. Como eu posso pará-lo? Você diz que eu sou o que falam nessa profecia, mas você também diz que são nossas escolhas que definem quem nós somos. Onde está minha escolha nisso? Eu não quero isso. Eu não quero nada disso. Pra sobreviver, eu tenho que matar? Eu não quero matar ninguém, mais do que eu quero morrer.


 


      -    Você tem, sim, uma escolha, Harry. Você vai ficar de pé e lutar, ou desistir? Que escolha Remus Lupin teve quando foi mordido por um lobisomem quando criança? Ele teve escolha de aceitar o banimento para lobisomens e liderar um vida produtiva, ou virar para uma vida de violência como vários lobisomens fazem. Olho-Tonto Moody não teve escolha quando perdeu a perna. Ele teve escolha de colocar um pedaço de madeira no lugar e continuar, ou virar um "inválido" preso a uma cadeira. A vida nos dá a cada um situação própria. Como nós lidamos com isso é nossa escolha. Eu não vou negar, Harry, que a vida tem sido cruelmente dura com você. Ainda assim, como você escolherá como viver com as cartas que lhe foram dadas é inteiramente responsabilidade sua. Você tem poder e força que ele desconhece. Ele talvez tenha mais experiência, mas isso é porque nós precisamos te dar esse tempo para aprender. Você tem que colocar todas suas energias em aprender a bloquear essas visões. Você tem que se livrar da sua raiva, Harry.


 



Lágrimas de frustração queimaram atrás dos olhos de Harry, e Dumbledore estava surpreso em ver essa exibição pouco característica de Harry.


 


      -    Eu estou tentando – ele sussurrou.- Não quer parar.



      -    Deixe-me ver se eu posso ajudá-lo com isso. Você consegue fazer isso, Harry? Você acha que pode tentar confiar em mim de novo?


 


 


Incapaz de fazer sua voz formar palavras, Harry meramente acentiu. Eles começaram com algumas técnicas para clarear a mente, o que era quase como meditação. O professor Dumbledore era, de longe, um professor mais paciente e gentil. Ele parecia perturbado que Harry não soubesse de nenhuma das técnicas de clareamento da mente. Quanto mais Harry avançava, mais o brilho nos olhos de Dumbledore desaparecia. Aumentou um pouco a confiança de Harry ver que o diretor estava irritado com o seu antigo professor de Oclumência. Depois de uma hora de preparação, ele perguntou se Harry estava pronto para tentar e praticar.


 


Se sentindo muito apreensivo, Harry acentiu. Professor Dumbledore levantou a varinha, deu um pequeno aceno e disse “Legilimens”. No começo, Harry meramente se concentrou em manter a mente vazia focando num objeto na parede. O quarto balançou e embaçou enquanto ele lutava contra a sensação de pressão contra seu crânio. Logo, o esforço se tornou muito grande, e ele sentiu sua mente vagar quando imagens começaram a aparecer à frente dele: Rony caindo inconsciente num tabuleiro gigante de xadrez, Gina deitada sem vida na câmara secreta, tio Válter levantando o punho enquanto eles discutiam em seu carro, um Rabo-Córneo Húngaro chicoteando sua cauda em fúria.


 


Depois, ele estava de volta ao Departamento de Mistérios; Bellatrix Lestrange mandou um jato de luz vermelha na direção de Sirius, que parecia cair em câmera lenta através do Véu. Dumbledore interrompeu o feitiço instantaneamente, e Harry caiu de joelhos, seu corpo tremendo com espasmos violentos. Ele manteve os olhos apertados e com a voz estrangulada disse:


 


      -    Já chega.



O professor Dumbledore gentilmente o ajudou a chegar numa cadeira.


 


      -    Sim. Isso é o bastante por hoje, Harry. Você definitivamente mostrou algum progresso, e você conseguiu me bloquear no começo. Eu quero que você continue praticando, e eu retornarei depois de amanhã. Nós vamos lhe dar um dia entre as aulas para praticar e se recuperar.



Harry, com seus olhos ainda fechados, acentiu, embora ainda se sentisse muito esgotado para responder.
 

      -    Você pensou sobre a AD alguma hora? – Dumbledore perguntou.


 


      -    O que é que tem ela?


 


      -    Vocês vão continuar esse ano?


 


      -    Eu não sei. Nós já temos um novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas?


 


      -     Certamente nós temos. Diana Trent é uma auror formada. Ela tem vivido nos Estados Unidos desde o fim da primeira guerra. Remus é um velho conhecido; você pode perguntar a ele sobre ela. Ela concordou em tomar a posição. De qualquer modo, eu acho que você deveria considerar continuar com a AD. Poderia ser um clube da escola e você poderia ter um professor para supervisionar, se você preferir. Você não tem que responder agora, mas pense nisso, Harry.


 


Harry acentiu. Ele queria continuar com a AD? Ele tinha gostado, foi um dos poucos pontos bons ano passado. No momento, sua cabeça doía, e tudo o que ele queria era deitar um pouco. Assim que deixou o quarto ele bateu diretamente com a professora McGonagall.


      -    Por Deus, Potter. Olhe por onde anda.


 


      -    Desculpe, Professora.


 


      -    Você está bem, Sr. Potter? – Harry podia ver um traço de pena no seu usual rosto severo e ele instantaneamente se afastou dela. – Eu estou bem. Professora McGonagall, eu tenho permissão para jogar Quadribol esse ano ou ainda estou banido?


 


      -    Eu queria falar com você sobre isso, Sr. Potter. Não, a expulsão está certamente banida. Na verdade, como você se sentiria sendo capitão do time da Grifinória?


 


      -    Capitão?


 


      -    Bem, eu ofereci a posição a Katie Bell, como membro mais antigo, mas com os NIEMs, ela recusou. Você é o membro mais antigo depois dela.


 


Harry permitiu a seu coração uma emoção breve. Capitão do time de Quadribol. Rápido demais, a realidade se abateu sobre ele. Ela tinha aulas de oclumência, aulas extras de defesa, e possivelmente a AD... como seria possível ele conseguir fazer tudo? Sabendo que as outras coisas eram mais importantes, Harry suspirou pesadamente.


      -    Me desculpe, professora, mas eu acho que seria excesso de compromisso para mim. Eu vou ter que decepcioná-la. Mas eu acho que Rony seria uma escolha excelente. Ele sabe tudo de quadribol e é realmente um bom estrategista.


 


      -    Vou levar isso em consideração. Eu sinto muito, Sr. Potter.


 


      -    Eu também. – Harry disse, suspirando, subindo para o seu quarto para deitar para uns poucos momentos de paz sem interrupções. Seu coração doeu ao pensamento de negar a posição de capitão, mas era simplesmente como devia ser. Nenhum pode viver, enquanto o outro sobreviver...


  


 


Ele sentiu como se tivesse acabado de fechar os olhos, quando foi acordado por Gina puxando sua mão.


 


      -    Vamos lá, Harry, acorda. Me desculpe por perturbá-lo; você parecia estar dormindo tão pacificamente.


 


Harry piscou em confusão, de repente sentindo muita consciência de si mesmo. Ele se perguntou há quanto tempo ela estava ali. Ele balançou a cabeça para clareá-la; ele estava sendo paranóico. Ela não ficaria ali só olhando ele dormir. Ele estava sendo ridículo.


 


      -    As cartas de Hogwarts chegaram; os seus resultados dos NOMs estão aqui. – ela disse.- Hermione está muito agitada e se você não for lá pra baixo rápido, nós vamos ter que dar a ela uma Poção Calmante.


 


Harry estava tentando se orientar. Ele não ligava muito pra os resultados dos NOMs; não era como se tivesse uma específica para derrotar do Lorde das Trevas. Mas ele gostava, sim, da sensação da mão de Gina na dele, então ele procrastinou um pouco, tentando mantê-la lá por mais tempo. Se alguém chamasse sua atenção nisso, Harry negaria. Mas para ele mesmo, ele podia admitir que tinha alguma coisa em Gina Weasley que simplesmente o fazia feliz. Felicidade era uma coisa rara e muito boa esses dias, e ele agarraria o máximo que conseguisse.


 


      -    Estou indo. – ele disse, rindo quando ela quase o colocou de pé. – Meu, você é persistente.


 


      -    Você não faz idéia. 



Entrando na cozinha, eles encontraram Rony e Hermione sentando com a Sra. Weasley e os gêmeos. Rony e Hermione, cada um, tinha um envelope fechado à frente deles, com o símbolo de Hogwarts estampado na frente.


 


      -    Harry! Nossas cartas acabaram de chegar.- Hermione estava tão animada que não podia sentar quieta. – Nós esperamos até você descer para abrir. – Ela quase jogou o envelope em cima de Harry, enquanto Rony, mais gentilmente, entregava um a Gina.


 


      -    O que vocês dois estão fazendo em casa tão cedo? – Harry perguntou aos gêmeos.


 


      -    Lino está fechando a loja para nós hoje. – Jorge replicou. – Nós temos encontros.


 


      -    Yep, - continuou Fred- Eu vou com Angelina assitir As Esquisitonas e Jorge vai levar Katie. É quase uma reunião do time antigo. Nós tentamos entrar em contato com Olívio, mas ele está viajando com o Puddlemere.


 


 


Hermione quebrou a conversação com um grito agudo. Ela não podia mais se conter e freneticamente rasgou seu envelope de Hogwarts.


 


      -    Isso não está certo. Deviam ter dado uma consideração especial para aquele teste de Astronomia. Afinal, houve circunstâncias atenuantes. Eu não posso acreditar que eles não levaram isso em conta. Isso não está certo!


 


Rony pegou a carta dela, certamente ele não iria conseguir nenhuma resposta clara dela.


 


      -    Hermione, você fez doze NOMs com uma média Geral de Ótimo. Na verdade, o único teste que você não fez um O foi o de Astronomia e esse foi um E. Isso é brilhante, Hermione. – Ele se inclinou e a beijou, instantaneamente parando o chilique dela.


 


      -    Como você foi? Ela perguntou enquanto pegava a carta dele sem esperar por uma resposta. – Onze! Rony, isso é maravilhoso.


 


      -    É, mas a média geral foi só Aceitável.


 


      -    Futuros contratadores não vão olhar para a média, só para o numero de NOMs – Gina disse, recebendo um olhar de ambas sua mãe e Hermione. – Parabéns, Rony. Onze é brilhante.


 


 As orelhas de Rony ficaram rubras enquanto ele sorria largamente para sua irmã.


 


      -    Como você foi cara?- ele perguntou a Harry.


 


Harry deu de ombros. Ele ainda não tinha aberto. Gina pegou o envelope com exasperação e enfiou nas mãos dele. Respirando fundo, ele arrancou o selo e desdobrou o pergaminho. Lia-se:


 


Caro Sr. Potter:


Anexado encontre, por favor, o formulário com os resultados do seu NOMs:


 


Matéria Teoria Prática


 


Adivinhação N/A D


Astronomia N/A A


Herbologia N/A E


Poções E O


História da Magia D N/A


Trato das Criaturas Mágicas N/A O


Feitiços E E


Transfiguração E E


DCAT O O*


 


Pontuação Total: 11 Média Geral: Excede Expectativas


*Distinção de Honra


 


Parabéns, Sr. Potter; você se saiu muito bem. Por favor escolha o curso apropriado para seu nível de NIEMs e retorne o formulário anexo para mim.


 


Sinceramente,


Minerva McGonagall


 


Vice- Diretora


 


Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts


 


      -    Você conseguiu onze também, Harry, com uma média de Excede Expectativas e uma Distinção de Honra em Defesa Contra as Artes das Trevas. Muito bem. – Gina disse, sorrindo brilhantemente para ele.


 


Embora Harry tivesse dito que não ligava, ele descobriu que o sorriso de Gina o fez se sentir bem orgulhoso. Ele achou que isso por si só valia a pena.


 


      -    Distinção de Honra? Sério, Harry? De acordo com Hogwarts: Uma história, isso significa que você agora tem a maior média em Defesa na história de Hogwarts. Ai diz qual sua pontuação exata? – Hermione perguntou. Embora ela estivesse tentando esconder, era óbvio para todo mundo que ela estava se sentindo um pouco chateada por Harry superá-la.


 


      -    Olhe se vocês não são um bandinho de estudantes brilhantes? Eu não sei, Harry. Eu esperava isso dos nossos monitores aqui, mas você? Eu não tenho certeza se você vai estar apto para continuar do modo que um investidor das Gemialidades Weasley deveria. Onze NOMs, fala sério. Você acha que vai dar conta da tarefa de continuar de onde paramos?- Fred perguntou, enxugando uma falsa lágrima do seu olho.


 


      -    Se não, eu o ajudo. – Gina disse. – Parece que eu não fui nomeada monitora. – ela disse enquanto balançava sua própria carta, não revelando nenhum broche de monitor.


 


      -    Essa é nossa garota, Gin - Jorge exclamou. – Sabia que você tinha isso em você.


 


      -    Oh, Gina, - Sra. Weasley disse, suspirando, e Gina estremeceu. – Ser uma monitora é algo para se orgulhar. Você não devia deixar esses dois desocupados intimidarem você.


 


      -    Intimidar ela? Mamãe há quanto tempo você está nessa família? Gina é a que sempre intimidou o resto de nós. – Fred disse sua face corando em indignação.


 


      -    Rony - Hermione interrompeu- como você conseguiu fazer um Excede Expectativas no seu teste prático de Adivinhação? Eu achei que você tinha inventado.


 


      -    Eu inventei! A maioria eu estava só brincando.



Harry permaneceu quieto durante a maior parte da conversa. Ele se achou olhando a sua nota de História da Magia. Ele não tinha passado no teste. Foi ali que a visão de Sirius sendo torturado tinha o alcançado. Ele se encolheu a memória de como Voldemort o enganou e, silenciosamente, fez um voto que nunca deixaria isso acontecer novamente. De algum modo, ele iria achar um jeito de proteger as pessoas naquela sala e nunca permitir a Voldemort usá-lo daquele jeito novamente. Ele iria aprender oclumência. Era hora de ter controle e fazer o que fosse preciso pra sair dessa vivo. Ele não ia perder mais ninguém.


 


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N/A: Ok, notas dos NOMs; Eu não tenho idéia de como o sistema realmente funciona. Eu lembro que Percy conseguiu doze, e Hermione certamente faria tão bem quanto ele. Eu acho que a influência dela em Rony e Harry iria se mostrar também, então ai estão meus melhores chutes. Tinham várias pistas sobre o quão bem Harry estava indo em poções sem Snape por perto. Isso, e o fato da ultima questão ser sobre poção polissuco, me fizeram acreditar que ele ia fazer melhor que o esperado. Ela precisa manter Snape na história e eu não acho que seria pela Oclumência. Dumbledore admitiu que esse foi um dos seus erros, então eu não acho que ele colocaria Harry nisso de novo.


 N/T: Oii, desculpa por não poder postar um de presente de natal pra voces... mas eu tava viajando e não podia nem tocar num computador D: Então voces aceitam um presente de natal atrassado? e um "Feliz Natal" atrassado também? Vou tentar traduzir o 8 essa semana pra postar dia 31 =D  Os capítulos tão ficando maiores e mais demorados pra traduzir... os 6 primeiros eram 7 ou 8 pags de word.. esse foi 11... e lá pelo cap 18 é que vai ficar grande msm =X Mais um vez obrigada pelos comentários =D

Coments:

Gui_Hawk: Eu faço isso direto.. ficar no pc lendo fics de madrugada *_* Eu postei naquela hora pq eu terminei de traduzir naquela hora... Espero que vc goste desse tb =) valeu por comentar =D

Guta Weasley Potter: Eu tive a mesma sensação que você, quando eu comecei a ler essa fic.. a autora consegue passar as emoções de Harry(não só dele) pra o leitor. De nada =D É ótimo fazer a tradução( cansativo ,mas ótimo xD) principalmente pq eu quero que pessoas leiam essa fic, pq ela É muito boa... Desculpa por ter demorado um pouquinho mais a postar e espero que você goste desse também =) obrigada por comentar.

Guinever Potter: Valeu, e obrigada vc por ler =) Eu sei como é, e vai ser bem dificil pra mim proximo ano.. os caps aumentando, eu cheia de cursinhos e com aulas no colégio de manha e de tarde uff quero nem pensar... e ainda vou ter que continuar com a leitura das minhas fics =D  Desculpa por não dar um presente de Natal.. eu só voltei dia 26 ai nem dava mais... xD Mas espero que goste desse e obrigada mais uma vez pelo seu comentário. bj


Juh Sparrow: É aos poquinhos ele vai percebendo... =D Eu adoro essa fase sabe? De, tipo, descobrir que tá gostando dela e talz .. =) que bom que vc gostou e espero que goste desse também =D bj






 

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