A Volta ao Lar



10: A Volta ao Lar


 


Três dias após o ataque ao Beco Diagonal, era tempo de voltar a Hogwarts. O ataque havia deixado o mundo Bruxo em pânico e o Ministério estava ocupado tentando prover alguma calma e segurança. Muitas famílias bruxas estavam saindo da Grã-Bretanha para escapar da futura guerra. Tinha uma grande presença de aurores em plantão em Gringotts, mas nenhuma outra tentativa de ataque ao banco fora feita. Os Comensais da Morte tinham desaparatado rapidamente depois da fuga de Harry. Sua aparição no Beco Diagonal os tinha distraído completamente do plano original e Harry nunca esteve tão feliz de estar no lugar errado na hora certa.


 


A Ordem fez um pequeno enterro para Hestia e Harry descobriu que não conseguia olhar a família dela no olho. Ele tinha insistido em sair de Grimmauld Place por pouco tempo e ela tinha pagado com sua vida. A culpa ameaçava tomar conta dele e manda-lo, novamente, direto para a depressão que em ele esteve enquanto estava com os Dursleys. Felizmente, dessa vez seus amigos ficaram por perto, oferecendo apoio e não o deixando cair em desespero.


 


 


Sra. Weasley insistiu que Harry ficasse na cama enquanto se recuperava e ele permitiu que ela cuidasse dele sem muita reclamação. Ele tinha começado a gostar do jeito que ela constantemente lhe trazia bebidas ou lençóis, ou arrumava seu travesseiro. Melhor ainda quando ela mandava Rony faze-lo. Harry achava muito engraçado os resmungos de Rony sobre isso. Gina tinha pegado costume em dar uma tapa em seu braço e chama-lo de chato por “tirar onda”, como ela falava. Harry descobriu que gostava da provocação também, então continuou. Ambos Rony e Gina perceberam que era a primeira vez que Harry tinha realmente o cuidado de uma família ou tinha sido mimado quando doente, então eles fizeram seus papéis muito bem. Seu olho ainda estava preto e azul e tinha tomado uma coloração meio verde e amarela ao redor enquanto curava. Fora isso, ele estava se sentindo saudável e pronto para começar seu sexto ano. Ele sinceramente esperava que esse ano fosse melhor que o passado.


Apesar do fato que a Sra. Weasley os tinha acordado cedo, deixando tempo de sobra, eles ainda assim estavam se apressando na manhã de Primeiro de Setembro, e Harry estava secretamente satisfeito. Não seria uma viagem normal a Hogwarts sem o caos da família Weasley quando estava atrasada. Rony tinha, é claro, deixado para fazer as malas no último minuto e Hermione estava brigando com ele por isso. Rony continuava correndo e resmungando baixo: “Louca, essa ai.” Fred e Jorge queriam vê-los partir, mas a Sra. Weasley achou uma péssima ideia que os dois acompanhassem Rony e Harry, temendo que eles se deparassem com uma tentação muito grande de pregar uma peça. Em vez disso, Hermione e Gina foram com os gêmeos pelo Subterrâneo enquanto Sra. Weasley, Remus e Olho-Tonto Moody levavam Harry e Ron para estação de trem usando um táxi trouxa.


 


Eles chegaram a Estação de King Cross com 10 minutos de folga. Dumbledore tinha feito com que  a maioria da Ordem estivesse na Estação de trem e também havia um grande time de Aurores a postos para garantir que o trem partisse bem. Harry notou que parecia haver um número menor de alunos e se perguntou se algumas famílias estavam mantendo seus filhos longe esse ano. Harry passou a barreira na plataforma Nove e Três-quartos com Remus, que o chamou de lado antes de ele embarcar. Ele tinha concertado as partes quebradas do espelho de Harry com um Reparo e tinha reforçado o feitiço para fazê-lo funcionar. Ele disse a Harry que ficaria com o outro para que Harry pudesse contatá-lo se precisasse de qualquer coisa.



-   Se cuide, Harry, e tente se divertir esse ano. O que tiver que vir, virá, não importa se você pregar uma peça ou duas, - Remus disse, sorrindo. – Deixe os Marotos orgulhosos.


 


-   Aluado, você está realmente me encorajando a quebrar as regras?


 


-   Como se você não fosse, de qualquer jeito?  Eu conhecia seu pai, Harry, lembra? Eu sei exatamente o tipo de coisa que você pode fazer.


 


-   É justo. Obrigado por tudo, Aluado.


 


Remus lhe deu um abraço de urso apertado.


 


-   Talvez você me veja mais cedo que imagina, - ele disse, piscando para Harry, misteriosamente.- Fique alerta e mantenha contato.


 


 


Fred e Jorge conseguiram puxar para um canto ambos Harry e Gina.


 


-   Lembrem-se do nosso legado, - Fred disse.


 


-   É responsabilidade de vocês dois nos deixarem orgulhosos e usar vários dos nosso produtos fazendo isso, - Jorge adicionou, jogando um saco de revistas nos braços de Gina. – Aqui estão alguns dos nossos catálogos. Deixem pelos cantos na Sala Comunal e tentem convencer amigos de outras casas a deixarem nas deles.


 


-   Nós estamos contando com vocês. Não deixem Rony pegá-los, ele provavelmente vai tirar pontos.


 


-   Maldito monitor.


Gina apenas balançou a cabeça e se afastou. Harry acenou seu adeus e a seguiu.


 


A Sra. Weasley abraçou a todos e deu um beijo de despedida em cada um enquanto eles embarcavam no trem. Enquanto ela colocava Harry num abraço apertado, ele sussurrou:


 


-   Se cuide, Harry, e fique salvo. Certifique-se de comer bem. Você  está aparentando estar mais saudável esses dias e eu não quero ver isso mudado quando você vier para casa no Natal.


 


Harry a abraçou de volta e prometeu fazer o melhor, depois entrou no trem com os outros. Rony e Hermione tinham que ir para o compartimento dos monitores no começo do caminho, mas prometeram se juntar a ele assim que pudessem. Harry e Gina acharam um compartimento vazio relativamente fácil e colocaram seus malões dentro. Enquanto o apito soava e o trem saía, Harry olhou para fora da janela, para a plataforma. Ele não podia evitar  lembrar do ano passado quando Snuffles tinha perseguido o trem até onde conseguiu.  Uma onda de melancolia caiu sobre ele e ele apertou os olhos, fechando-os, descansando sua testa do vidro da janela. Ele daria qualquer coisa para ver aquela causa balançando e a língua para fora agora...


 


Gina o estava observando e notou a expressão triste que passou por sua face. Ela, também, lembrou de como Sirius tinha se recusado a seguir ordens e tinha se juntado a eles na estação, no ano anterior. Ela se inclinou e tocou a mão de Harry, ele percebeu seu olhar e se direcionou um sorriso cauteloso.


 


-   Eu me pergunto onde Neville e Luna estão?  - Gina disse tentando forçar os pensamentos dele para longe de seu padrinho.


 


-   Não sei, eles provavelmente vão vir para aqui alguma hora.


 


-   Imagino quem o novo professor de Defesa contra as Artes das Trevas vai ser...


 


-   Ah, Dumbledore me disse. Diana alguma coisa. Ela tem vivido nos Estados Unidos. Ele disse que Remus a conhece, mas eu esqueci de perguntar a ele sobre ela.


 


-   Hem Hem, ela tem que ser melhor que Umbridge.


 


 


 


Harry e Gina conversaram facilmente por alguns minutos antes de a porta do compartimento abrir. Harry olhou para cima e se surpreendeu ao ver Cho Chang sorrindo para ele com cílios meio fechados. Seu longo cabelo preto amarrado, e, embora ele ainda a achasse muito bonita, ele percebeu que seus sentimentos por ela tinham evaporado completamente. Harry não estava certo sobre o que ela queria com ele, mas ele sabia que não queria ficar sozinho com ela. Quando Gina começou a se levantar para dar a eles alguma privacidade, ele agarrou seu braço e a empurrou de volta.


 


-   Não vai, - ele sussurrou. Gina franziu o cenho, mas ficou no lugar.


 


-   Olá, Harry, - disse Cho.


 


-   Oi, Cho, como vai?


 


-   Eu estou bem, eu acho. Eu ouvi sobre o que aconteceu com você no Beco Diagonal. Foi lá que você conseguiu isso? – Ela indicou seu olho roxo. O Profeta Diário tinha publicado a tentativa de sequestro e a fuga de Harry com detalhes glorificantes, numa tentativa de tirar a atenção do que os Comensais estavam verdadeiramente atrás.


 


-   Sim, eu estou bem. Você se lembra de Gina Weasley, certo?


 


-   Sim, olá Gina, - ela disse friamente.


 


-   Cho, - Gina respondeu num tom igualmente frio.


 


-   Eu estava pensando se poderia falar com você por um momento, Harry?


 


-   Claro, pode falar, - Harry disse, propositadamente se fazendo de desentendido. Gina olhou para cima, balançando a cabeça e sorrindo docemente.


 


-   Sozinhos.


 


-   Ah. Bem, Gina e eu estávamos no meio de uma conversa. Eu falo com você depois, ok? – Harry disse, se apressando nas palavras.


 


 


Ser negada não era algo que Cho estivesse acostumada e ela estava visivelmente irritada por isso.


 


-   Certo, - ela rebateu. – Vejo você depois.


 


-   Tchau, Cho. – Gina falou com um pequeno prazer na sua voz, enquanto a outra garota saia rapidamente do compartimento.




-   Você...Foi...Brilhante. - Gina disse, sorrindo. – O que foi isso, Harry?


 


-   Eu não sei. Só que a ideia de ficar sozinho com ela não era algo com que eu quisesse lidar agora. Obrigado por ficar.


 


-   Sem problemas, eu até gostei. Eu nunca me importei muito com ela; ela é muito “drama queen”. Ela também está namorando o meu ex-namorado.


 


-   Ah, certo. Esqueci disso.


 


-   Você ainda tá interessado nela, Harry?


 


-   NÃO! Não, nem um pouco. O que quer que houve entre nós já era um desastre mesmo antes de começar.


 


 


Gina sorriu, irritada consigo mesma por ter gostado da resposta dele. Seus olhos ainda tinham o poder de derreter seu coração e ela não podia evitar ficar feliz por ouvir ele disser que não sentia nada por Cho Chang. “ Ele é só seu amigo, Gina... É, certo!”. Se ela realmente tinha que admitir para si mesma, ela sabia que sua queda estava de volta em toda sua glória embaraçosa. Parecia que ela não podia se controlar. Tinha algo sobre o fato de Harry estar machucado e vulnerável que o fazia ainda mais atraente para ela. Ela queria estar lá para ele, ela queria ajuda-lo. Ela sabia que ajudava com os pesadelos e estava feliz por isso. Ela não tinha intenção nenhuma de deixar isso lhe escapar agora que eles estariam de volta a Hogwarts. Ela só não tinha descoberto como faria isso.


 


Aquele dia no Beco Diagonal tinha sido um pesadelo para Gina. Assitir Harry sofrer em agonia sob um cruciatus tinha trazido à tona todos os tipos de memórias desagradáveis do seu primeiro ano.  Tom queria ferir Harry e Gina tinha, sem querer, o ajudado. Harry salvou sua vida, de qualquer modo, e ela estava determinada a, de alguma forma, de algum jeito, fazer o mesmo por ele. No entanto, era muito mais do que um débito bruxo, muito mais. Ela simplesmente não queria que Harry sobrevivesse, ela queria que ele vivesse. Ela queria vê-lo feliz.


 


Harry estava tendo seu próprio debate interno, se perguntando se Gina ainda tinha sentimentos por Michael Corner. Ela certamente parecia ter alguma hostilidade direcionada a Cho. Certamente não podia ser por ele, então talvez ela ainda sentisse algo por Corner. De repente Harry se descobriu desgostando muito de Michael Corner. Os dois foram tirados de seus devaneios quando a porta do compartimento foi aberta e ambos Neville Longbottom e Luna Lovegood entraram, de mãos dadas ainda por cima.


 


 


 


-   Oi, vocês dois, - Neville falou alegremente, sentando-se no assento perto de Gina. Luna sentou pelo seu outro lado. – Olá, Gina. Olá, Harry.


 


-   Oi, - Harry e Gina disseram em coro. – O que há de novidade com vocês? – Gina questionou, indicando com a cabeça na direção de suas mãos juntas.


 


Neville corou, mas Luna respondeu calmamente.


 


-   Nós trabalhamos juntos em um projeto no Ministério da Sociedade Horticultural. Nós estamos namorando desde lá.


 


-   Ah, maravilhoso. Estou tão feliz por vocês,- Gina disse, sorrindo em prazer.


 


-   É, são ótimas notícias, - Harry disse, se sentindo intrigado. Ele tinha problema em processar a ideia de Neville com Luna. Gina lhe deu uma cotovelada nas costelas e murmurou:


 


-   Harry, seu chato.


 


Harry não teve tempo de responder, porque mais uma vez a porta abriu e, dessa vez, foram Rony e Hermione que entraram.


 


-   Que piada, - Rony exclamou, se jogando no assento vazio ao lado de Harry. – Estou tão feliz por ter terminado.


 


Hermione se sentou ao lado dele.


 


-   Você mal prestou atenção, Rony. Honestamente, você deveria levar suas obrigações de Monitor mais a sério.


 


-   Quem são os novos Monitor e Monitora-Chefes?- Gina perguntou, tentando evitar uma discussão.


 


-   Monitor-Chefe é David Garret da Lufa-Lufa,- Hermione respondeu.


 


-   E Monitora-Chefe é nossa própria Katie Bell, - Rony disse.


 


-   Ela é mesmo? Bom para ela, - Harry exclamou.


 


 


 


O carrinho do almoço chegou e Harry comprou bolinhos de Caldeirão, pastéis de abóbora e um saco cheio de doces para todos. Enquanto comiam, vários membros da AD pararam por lá e colocaram suas cabeças dentro. Todos muito satisfeitos em ouvir que a AD iria continuar e prometeram em reforçar seu apoio. Vários membros tinham acabado Hogwarts no ano anterior e Harry começou a pensar em colocar um anúncio para novas pessoas assinarem. Se o professor de Defesa fosse bom, no entanto, ele duvidava que teriam muitas novas pessoas.


 


Enquanto eles limpavam o resto do almoço, a porta do compartimento abriu e, o outro lado, estavam Malfoy, Crabbe e Goyle. “Que viagem a Hogwarts seria completa sem eles?” . Harry pensou irritadamente. Olhando bem para os sonserinos, Harry percebeu que Malfoy estava muito presunçoso, ainda mais que o normal. Seus olhos cinzas estavam com uma pitada de malicia e alguma coisa má e amargurada que Harry nunca tinha visto antes. Seu cabelo loiro, sempre perfeito, estava bagunçado e fora de lugar; até o ar ao redor dele parecia eletricamente carregado.


 


 


-   Potter, - ele arrastou. Espero que você esteja aproveitando a viagem; provavelmente vai ser sua última.


 


-   Por que seria, Malfoy? Acha que eu sou tão brilhante que eles vão me deixar fazer o NIEM’s mais cedo?


 


 


Malfoy corou um pouco, e Harry pensou, ”Agora é o Malfoy que eu conheço”.


 


-   As coisas estão mudando, Potter; está no ar. Um ar de, digamos, liberdade, acontecendo. Seus dias estão contados.


 


-   Cai fora, Malfoy, - Rony rosnou.- Por que você sente necessidade de vir aqui toda viagem? Fica muito solitário no verão sem a gente?


 


O olhar de Malfoy foi para Rony, depois Hermione e finalmente os outros no compartimento.


 


-   Vocês escolheram o lado perdedor, todos vocês. Claro, a Sangue-Ruim aqui é o lado perdedor.


 


Rony se lançou em Malfou, mas Hermione o segurou.


 


-   Apenas o ignore, Rony. Ele está tentando lhe deixar irritado.


 


-   Dá o fora, Malfoy. – Gina cuspiu, e Neville fechou a porta atrás deles. A mente de Harry estava correndo. O comentário de Malfoy sobre liberdade fez Harry imediatamente pensar em Askaban. Ele estava insinuando que seu pai tinha escapado? Ele capturou o olhar de Hermione e pôde ver que ela também havia percebido. Harry respirou fundo. Não havia nada a fazer a não ser esperar para ver. Ia acontecer mais cedo ou mais tarde, de qualquer modo.


 


-   Harry, - disse Hermione,- você precisa ficar longe dele esse ano. Havia algo diferente com ele... mais mau.


 


-   É, eu notei também. Mas ele ainda é um idiota e eu tenho coisas mais importantes para me preocupar do que Draco Malfoy. – Todos ficaram em silêncio diante disso.


 


Rony e Harry começaram um jogo de xadrez. Harry sabia que ia perder, ele sempre perdia, mas ele gostava de jogar, e era um jeito de passar o tempo.  A vez seguinte que a porta abriu, os colegas de quarto de Harry, Rony e Neville, Dino Thomas e Simas Finnigan, entraram. Desta vez, foi Gina quem segurou o braço de Harry e sussurrou, “Não vai.”. Harry decidiu retribuir o favor. Dino foi muito frio com Gina, nem mesmo reconhecia sua presença enquanto falava com os outros. Harry se descobriu se sentindo estranhamente protetor em relação à Gina e desejou que Dino se apressasse e saísse. A tensão era obvia e o ar estava muito desconfortável; todos ficaram aliviados quando os dois garotos saíram.


 


Harry encontrou Cho novamente depois quando foi a banheiro. Se resignando a ter que falar com ela, ele fingiu casualidade e disse:


 


-   Oi, Cho. O que você precisava falar comigo?


 


-   Ah, eu só queria ter certeza que não havia ressentimentos sobre o ano passado... você sabe, o modo como as coisas acabaram entre nós e tudo. Eu realmente espero que ainda possamos ser amigos.


 


Harry não sabia por que, mas por alguma razão ele duvidou da sinceridade das palavras dela. Afinal, eles nunca haviam sido realmente amigos. Apesar disso ele respondeu:


 


-   Claro que somos amigos. Sem ressentimentos.


 


Cho parecia estar esperando algo mais.


 


-   Quer dizer, eu estou saindo com Michael agora e você está saindo com Gina... então as coisas podiam ser desconfortáveis.


 


Por um instante, Harry estava prestes a corrigi-la, mas se deteve e apenas disse:


 


-   Não. Nada desconfortável. Eu estou satisfeito que você esteja feliz, Cho. Eu te vejo por aí.


 


Com isso, ele voltou para o compartimento e não viu o olhar maldoso que Cho lhe deu enquanto ele recuava. Antes que ele tivesse sequer voltado para seu assento, os rumores que ele estava namorando Gina Weasley estavam voando por aí.


 


 


Quando Harry voltou ele viu que Rony e Hermione tinham saído para fazer uma patrulha pelos outros vagões. Gina o desafiou a um jogo de xadrez e ele prontamente concordou. Ele descobriu que gostava ainda mais do jogo quando ele tinha uma pequena chance de ganhar. Neville e Luna eventualmente acabaram cansando de assistir ao jogo deles e foram visitar outros vagões para ver quem estava por lá. Temendo o momento de estar a sós com ela, Harry murmurou:


 


-   Eu preciso me desculpar por algo, Gina.


 


-   E o que seria?


 


-   Bem, eu encontrei com Cho quando estava andando e ela disse que nós estávamos namorando. Eu não a corrigi. – Harry disse, desejando que o vermelho de seu rosto diminuísse.


 


Gina olhou para cima bruscamente e o encarou com um olhar penetrante.


 


-   E por que foi isso?


 


-   Eu não sei, realmente. Eu não queria que a conversa continuasse além do necessário e...


 


-   Está tudo bem, Harry, não se preocupe com isso. – Gina disse, rindo.- A ideia que ela e eu trocamos de namorados provavelmente a está incomodando.


 


-   E você gosta disso?


 


-   Claro. Eu não estou acima de admitir que eu não me importo em irritá-la. – Gina estava sorrindo maldosamente.


 


-   Lembre-me de nunca irritar você.


 


 


O sorriso de Gina aumentou e Harry sentiu seu estômago dar uma daquelas, agora familiares, cambalhotas. Seus olhos abriram em alarme enquanto ele rapidamente colocava um livro no seu colo.


 


-   Eu vou manter meu olho em você, então é melhor você ter cuidado onde pisa.


 


-   Eu vou... E vou deixar isso em mente. – Ele queria que tivesse soado casual, mas a voz dele falhou em um embaraçador tom fino.


 


Gina riu do seu desconforto.


 


-   Boa.




******


O nível de excitação no trem cresceu enquanto os estudantes colocavam os uniformes e o grande, vermelho Expresso de Hogwarts parava pesadamente na estação. Eles tinham chegado a Hogsmead.


 


Enquanto saía do trem, Harry olhou com antecipação em direção ao castelo, esperando pelo sentimento de calor que ele sempre sentia tomar conta dele. Nunca veio. De alguma forma, encarando os picos e as torres de Hogwarts o fez lembrar do ano anterior... detenções com Umbridge, ser banido de Quadribol, lições de Oclumência com Snape,  a cabeça de Sirius no fogo, as visões que ele teve durante o teste de História.


 


Ele olhou para as carruagens alinhadas para levar os estudantes ao castelo. Os Testrálios que as puxavam pareciam estar o encarando de volta, zombando a mais uma morte presenciada. Harry queria vomitar.


 


Ali sempre tinha sido como um lar para ele: um paraíso perfeito, e um lugar a pertencer. De repente, Harry teve um esmagador desejo infantil de dar a volta e sumir, de correr e nunca parar de correr. Mas aonde ele iria? Onde era o “lar”? Os Alfeneiros? Grimmauld Place? A Toca? Não havia outro lugar para ir.


 


Fechando seus olhos, apertados, Harry forçou esses pensamentos para trás. Aqui era Hogwarts. Ele sempre amou o lugar e ele não iria permitir que isso lhe fosse tirado. Haviam mais memórias boas para  ofuscar as ruins e ele tinha que lembrar dessas. Cerrando os dentes, ele endireitou os ombros e liderou o caminho em direção as carruagens. Ele estava indo para casa.


 


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Oi! Obrigada MESMO a todos os comentários :) O capitulo não tá revisado, mas eu espero que não tenha errado muito =/ tem alguns capitulos que tão com erros e quando eu tiver tempo vou rele-los pra corrigir... Como é 1h da manha agora(quase 2 xD) não deu pra revisar esse, porque eu queria postar xD .... E teve um comentário feito por "Priscilla Wilston" que eu TENHO que comentar porque eu concordo com voce a autora é muito criativa e Harry e Gina nessa fic são muito fofos, MAS, a fic não é minha. A fic foi escrita por Melindaleo e eu estou só traduzindo... quem me dera escrever assim... ela tem conta na ff.net SIYE  e phoenixsong pra quem tiver interessado em procurar outras fics dela, em ingles, e até essa e a continuação dessa :). Só queria deixar claro pra não levar creditos sobre a criatividade e autoria da fic :) Espero que voces gostem desse cap e da tradução do cap(claro ;D) 

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