O beijo Roubado



Hermione passou o restante das férias na casa dos Durleys, só saindo para o funeral de seus pais, organizado por Dumbledore. Os Weasleys, e outros integrantes da Ordem da Fênix marcaram sua presença. Inclusive o professor Snape, que, mesmo distante, fez questão de abraçar Hermione e prestar condolências. Harry sempre ficou ao seu lado, abraçando-a e consolando-a quando Hermione se desesperava. Hermione agradecia a Deus por seu amigo e por ele tê-la acolhido no momento que mais precisou.



Quando as férias acabaram e o ano letivo em Hogwarts começou, a maioria dos alunos soubera o que acontecera com Hermione nas férias. Dumbledore, durante o jantar de iniciação, anunciou não somente o ataque aos Granger’s como a outras famílias de bruxos nascidos trouxas.



Hermione prestava atenção no que o diretor dizia, quando sentiu que era observada. Ao olhar para a mesa da Sonserina, viu Malfoy com uma expressão muito estranha, encarando-a. Hermione enrubesceu mesmo não querendo sob o olhar de Draco.



Depois do jantar, Hermione ficou por ultimo no salão, propositalmente, para poder conversar com a professora Minerva. Elas conversaram até tarde, a professora tentando fazê-la sentir-se melhor.


- Você tem alguém com quem ficar, Srta. Granger? – a professora Minerva indagou.


- Não. – Hermione respondeu, tristemente – Eu passei o restante das férias na casa dos tios de Harry, mas não quero e não vou voltar para lá. Eu... não tenho parentes, não tenho onde ficar, mas não vou prejudicar a vida de Harry, ele já tem tantos problemas. Uma vez que agora sou órfã, acho que serei adotada por pais trouxas quando voltar.



- Isto é que não. Você não é trouxa apesar de seus pais o serem. Se for adotada será por pais bruxos. A lei dos trouxas não se sobreporá sobre nossas leis. Vou levar o seu caso ao Ministro da Magia. – Minerva falou, nervosamente.



- Eu agradeço, professora. – Hermione abaixou os olhos, evitando chorar novamente.



Quando Hermione saiu da salão principal, Hogwarts já estava na penumbra. Ela iria subir um das escadas para a torre da grifinória quando sentiu uma mão gélida sob seus ombros. Hermione virou-se assustada para ver o rosto inexpressível de Draco Malfoy.



- Malfoy, você me assustou. O que quer? – Hermione perguntou rispidamente, não conseguia tirar da cabeça a figura de Narcisa Malfoy, e descontava no filho a raiva da mãe.



- É assim que me agradece, Granger? – Draco gesticulou, sarcasticamente.



- Não tenho que agradecer a você. Foi sua mãe que matou meus pais em primeiro lugar. O que tenho a agradecer? – Hermione respondeu agressivamente.


- uhf. Fui castigado por ter deixado você escapar. Eu poderia entregar você a minha mãe, mas não entreguei.


- Ora, muito obrigada, então... por nada. Deveria ter me entregado, assim eu estaria com meus pais agora. E além do mais, não tenho pena de você. O seu maior castigo é ter os pais que tem: uns assassinos covardes. E não vai demorar nada para ter Narcisa Malfoy acompanhando Lucius na prisão de Azkaban.



Hermione estava preparada para escutar mais insultos de Malfoy, uma vez que atingira pesado nos pontos fracos de Draco, mas ele ficara ali parado, apenas escutando-a como se ela não pudesse atingi-lo.



- Granger... você é muito inocente. Você está no lado errado. O mestre das trevas vai derrubar a todos, até mesmo a Dumbledore e Potter e depois atacará a todos os “sangues-ruins”. – Draco aproximou-se e segurou o queixo de Hermione docemente – Mas não se preocupe, não permitirei que o LORD DAS TREVAS te machuque.



Hermione afastou as mãos de Malfoy. Estava fervendo de raiva, as emoções transbordando de seu ser. Depois de tudo o que lhe acontecera ela simplesmente não conseguia resistir às palavras cruéis de Draco.



- Tap . Hermione estapeara Draco bem no rosto. Malfoy parecia ileso e esboçou um sorriso ainda mais sarcástico. Hermione levantou a mão para estapear Draco novamente, mas ele a impediu bem em tempo e, puxando-a para si, segurou-a firme e beijou-a. Por alguns segundos, Hermione sentiu o gosto suave do beijo de Malfoy sob seus lábios e entregou-se apaixonadamente, mas depois, desesperada, desvencilhou-se dele e subiu as escadas correndo, não conseguindo conter as lágrimas.



Entrou na sala comunal rezando para que estivesse vazia, mas estava ocupada por uma só pessoa: Harry Potter, que se levantou da cadeira ao ver o estado de Hermione.



- Mione? O que aconteceu?



- Draco... aquele.... – Hermione tentou dizer mas não conseguiu.



- O que ele fez...? Eu juro que mato aquele desgraçado se ele te fez alguma coisa – Harry disse, seriamente, aproximando-se de Hermione para abraçá-la.



O abraço de Harry era terno e meigo enquanto estar nos braços de Malfoy a fazia sentir-se fervendo de emoção. Hermione julgava ser raiva o que a fazia ser tão transtornada na presença de Malfoy, mas sabia que algo muito pior e muito mais grave.



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