Capítulo III



 














"Uma amizade criada nos negócios é melhor


do que negócios criados na amizade."


John Rockfeller.




  Ela estava com os cabelos presos, soltou-os discretamente, enquanto tentava esconder seu rosto. Não que ela estivesse se escondendo de alguém, ou algo do tipo, ela simplesmente não queria chamar atenção, como sempre.


  Era seu sexto ano em Hogwarts, mas ela não estava tão excitada como estivera nos anos anteriores, para falar a verdade, ela não ficava tão ansiosa desde seu quarto ano, quando toda a verdade de seus atos, de suas promessas, tornaram-se mais sérios.


  Ela havia passado as férias na casa de Héstia, sua quase prima, junto com Marlene, sua amiga. Elas não haviam ido a Hogwarts no trem, pois a mãe de Héstia atrasara um pouco a viagem. Nenhuma delas se incomodou com isso, Marlene, em especial, foi a que menos se incomodara.


  As garotas haviam chegado a Hogwarts por meio da rede de flu, Marlene e Dorcas saíram exatamente na lareira da sala da professora McGonagall, já Héstia “desembarcou” na sala do professor Flitwick, diretor de sua casa.


  Isso havia acontecido porque as garotas deviam receber seus horários antes de irem para suas casas. Marlene decidira ser auror, o que a fez pegar rapidamente seus horários e sair após uma breve conversa com a professora McGonagall.


  Já Dorcas não tinha muita certeza do que queria se tornar, ela ficara em duvida entre Auror ou Medibruxa. E ela havia passado em todas as matérias que as duas profissões exigiam;Poções, Herbologia, Transfiguração, Feitiços e Defesa Contra as Artes das Trevas. O que dificultava sua escolha.


  Ela tinha uma grande habilidade para curar as pessoas, muitas vezes surpreendera Madame Pomfrey com sua facilidade para se curar e curar seus amigos, o que a ajudava a se tornar Medibruxa. Agora sua facilidade para dominar os feitiços de Defesa Contra as Artes das Trevas e seus objetivos a levavam para ser auror, a final, que profissão ela deveria escolher?


  Por fim, pesando as coisas de seu passado e o que ela esperava de seu futuro, Dorcas decidira ser auror. Naquele momento aquela era a melhor decisão.


  Ela segurou seus livros, correndo para a aula de Poções, ela não costumava se atrasar, para falar a verdade, ela nunca se atrasava, mas naquele dia ela acabara se atrasando por estar estudando outra matéria na biblioteca.


  Chegando as masmorras desceu uma pequena escada, a porta estava fechada, provavelmente o professor Slughorn já havia começado sua aula. Bateu sua mão em sua testa com força.


- Sabe Meadowes, eu não acho que você deva se punir apenas porque se atrasou – uma voz disse atrás de si.


  Ela se virou, olhando para o garoto de cabelos castanhos claros e olhos âmbar, ele estava com as roupas do colégio, mas por algum motivo elas ficavam mais descoladas e com o aspecto largado nele, ao contrário do que ficava e muitos garotos. Dorcas levantara uma de suas sobrancelhas.


- E eu acho que ao invés de você estar me dizendo o que eu devo ou não fazer, você deveria estar inventando uma desculpa para dizer ao professor, para que nós entremos na aula dele, Lupin. Eu não sei você, mas eu não quero começar o meu ano já me atrasando – ela respondeu, com um falso sorriso no rosto.


- Por que você mesma não inventa uma desculpa? – ele perguntou. – Aliás, eu não sou tão criativo.


- Mas é monitor, sua palavra vale mais do que a de uma simples aluna – Dorcas argumentou revirando os olhos.


- Você não é uma simples aluna, você participa do clube do Slugue. Aquele homem nem sabe que eu existo – ele argumentou.


  Eles pararam para pensar por alguns segundos. A cada momento Dorcas ficava mais nervosa por estar perdendo a aula.


- Posso dizer que você estava cumprindo uma detenção? – Lupin perguntou.


- Óbvio que não – Dorcas respondera, indignada, aliás, ela era uma aluna exemplar, não podia sujar seu “currículo” com uma detenção.


- Ah, então não sei... – ele murmurou pensativo.


- Já sei! – Dorcas falara, sorrindo – Vamos dizer que havia um menino do terceiro ano querendo explodir o banheiro, e você não conseguia contê-lo sozinho, então eu fui te ajudar, que tal?


  Lupin deu de ombros, então seguindo na frente abriu a porta. Todos que estavam na sala olharam para eles, o que já era de se esperar. O professor Slughorn os olhou com uma de suas sobrancelhas grisalhas e espessas levantada. Ignorando totalmente Lupin, ele dirigiu sua palavra para Dorcas.


- Minha jovem, posso saber o por quê de seu atraso? – ele perguntou, com uma de suas mãos gordas sobre sua barriga.


  Mentir era algo que Dorcas fazia muito bem, não que ela fosse uma verdadeira mentirosa, mas muitas coisas ela tivera que aprender a omitir ou quando alguém insistia para saber de um assunto cujo ela não podia falar muito, ela contava uma pequena mentira para despistar.


- Bem professor, eu estava passando pelo quinto andar e escutei um barulho, percebi que vinha do banheiro dos monitores. Quando cheguei lá vi que um garoto do terceiro ano estava querendo invadir o banheiro para explodir a privada porque havia feito uma aposta. Lupin estava tentando contê-lo, mas ele realmente estava dando trabalho, então eu fui ajudá-lo e eu e o Lupin acabamos nos atrasando. Desculpe professor – ela falou com a cara mais sínica que conseguia.


  Lupin se impressionou com tanta naturalidade que a loira possuía ao mentir. O professor a olhou, fazendo uma cara de entendimento.


- Vocês conseguiram conter o menino? – Slughorn perguntou, olhando-a com seus olhos opacos e protuberantes.


- Lupin aplicou-lhe uma detenção... Para variar o menino era Sonserino, então não reagiu muito bem, tivemos que o azarar. – Ela disse dando de ombros.


- Muito bem, muito bem. Vamos meus jovens, sentem-se. – O professor falou e logo retomou a sua aula.


- Você está de parabéns Meadowes, eu nunca desconfiei que você mentia tão bem. – Lupin disse baixinho em seu ouvido, enquanto ia se sentar em uma mesa com os outros marotos.


  Dorcas em resposta apenas deu de ombros.


  A aula passou rápido. Dorcas ficou quieta, fazendo apenas o que o professor lhe pedia para fazer. Lily e Marlene várias vezes tentaram conversar com ela, mas ela sempre dizia que era melhor elas conversarem mais tarde.


  Depois da aula de poções elas tiveram aula de feitiços junto com Corvinal. Na aula era para elas se sentarem em dupla, o que fez Dorcas sentar com Héstia e Marlene com Lily. Dorcas agradeceu por isso, porque agora ela não ficaria se distraindo, como ela se distrairia se sentasse com outro alguém.


- Dorc, – Héstia a chamou – Edgar estava doido para ficar com você, eu realmente acho que você devia ir se sentar com ele.


- Não, não. Eu e ele vamos ter muito tempo para nos falarmos depois, agora eu tenho que prestar atenção na aula – Dorcas respondeu, mandando um sorriso para onde o garoto de cabelos loiros estava sentado.


  Ele sorriu de volta, mas em sua expressão estava uma ansiedade mal contida. Edgar tem que parar de andar com Héstia, ele está ficando tão ansioso quanto ela, Dorcas pensou, para depois prestar atenção no que o pequeno professor Flitwick falava.


   A aula se passou rapidamente, assim como a de poções. Dorcas preferia que ela tivesse demorado um pouco mais, por mais que ela adorasse ficar ao lado de Edgar, ela não queria ter que conversar com ele agora. Ela preferia falar com ele quando fosse mais tarde e não tivesse tantas pessoas andando pelo corredor.


- Dorcas – ela ouviu a voz dele chamá-la.


   Ela se virou, dando um sorriso acanhado. Edgar se aproximou abraçando-a, de modo que seus pés saíram do chão, e rodou-a. Dorcas podia perceber a felicidade que ele emanava.


    Naquele momento, a idéia de que ela desejara só vê-lo mais tarde parecia completamente absurda. Era tão bom estar com Edgar, apenas quando ele a tocava, ela podia sentir algo dentro de si. Ela não o amava, óbvio que não, a relação deles era mais como uma paixão louca, ou apenas um estava ali para satisfazer a carência do outro, quem sabe. Mas Edgar era realmente importante para Dorcas, era como seu melhor amigo, a diferença era que eles sempre ficavam, e ela não contava tudo para ele.


     Ele a colocou no chão.


- Caramba, eu não sabia que estava com tantas saudades de você! – ele disse, sorrindo abertamente para ela, covinhas apareceram em sua bochecha.


- Ah, eu também estava morrendo de saudades de você e dessas suas covinhas fofas – Dorcas falou rindo.


     Edgar era muito bonito, seu sorriso era simplesmente encantador. Ele tinha os cabelos loiros um pouco grandes e lisos, seus olhos eram castanhos e ele tinha um pouco de sardas em seu nariz e em suas bochechas.


     Ele segurou a mão de Dorcas e a guiou para os jardins, eles se sentaram em baixo de uma árvore. Edgar não soltara a mão de Dorcas, e ela apoiara sua cabeça no ombro dele.


- Mas e ai, como foram suas férias? – ele perguntara, alisando sua mão.


- Ah, foram boas. Eu fiquei as férias todinhas na casa de Héstia. Minha mamma, no começo, ficou realmente louca, porque disse que me queria em casa para matar as saudades, mas como ela e tia Celine estão realmente próximas, todos os dias, praticamente, ela estava lá na casa de Héstia – Dorcas disse revirando os olhos. Edgar deu um sorriso discreto. – E as suas férias, como foram?


- Nada em especial, apenas que meus irmãos, eu e meus pais fomos passar as férias no Brasil. As praias de lá são bem legais, se você estivesse lá teria adorado – ele mudou de assunto. – Você já conhece Amélia, não é? Você viu? Ela entrou para Lufa-Lufa! Acho que apenas eu segui os passos da minha mãe, indo para Corvinal.


   Ele riu.


- É como eu já disse, Ed. Você é estranho e especial! – Dorcas disse brincando.


- Muito engraçadinha você. – Edgar disse, fazendo uma careta, enquanto Dorcas ria.


  Ele se aproximou um pouco, fazendo com quem eles ficassem realmente próximos, colocou uma de suas mãos em seu rosto. Dorcas o olhou, com um sorriso sereno.


  Não deixe ser pega pelo coração, não deixe isso te atrapalhar, não seja fraca como eu fui, as palavras de seu pai ecoaram em sua mente. Mas eu não gosto do Edgar! E mesmo que ele quisesse meu coração, de verdade, ele nunca poderia o ter, então não tenho com que me preocupar, Dorcas pensou, como se assim pudesse responder as palavras de seu pai.


   Edgar puxou-a para mais perto de si, seus lábios ficaram realmente próximos.


- É, eu realmente estava com saudades de você – ele sussurrou.


   Dorcas deu um sorrisinho de lado antes de beijá-lo. Era realmente bom ela ficar com Edgar, ele a fazia esquecer algumas coisas, mas naquele momento havia algo estranho, algo maçante, ficar com Edgar parecia que estava virando algo rotineiro demais.


- Dorcas! – ouviu alguém lhe chamando, agradeceu internamente.


   Rapidamente se afastou de Edgar, sem olhá-lo. Virou a cabeça para ver quem estava lhe chamando. Um garoto de cabelo castanhos escuros caindo nos olhos cinza de um modo realmente encantador e com um corpo invejável, acompanhado de um garoto de cabelos castanhos claros e olhos âmbar, vinham em sua direção. O primeiro tinha uma expressão marota, o outro mantinha seu rosto indiferente, a não ser pela sua sobrancelha erguida.


- Interrompemos? – o menino de cabelos castanhos escuros perguntou.


   Dorcas riu.


- Não Sirius. Não interromperam nada. Mas me digam o que você e o Lupin desejam de minha pessoa? – ela perguntou, olhando de um para outro.


- Bem, irmãzinha, temos duas coisas para falar com você... – Sirius passou a mão em seus cabelos, com uma expressão um tanto desconfortável. – Mas tem que ser em particular, sabe?


  Dorcas olhou para Edgar, a tempo de ver ele revirando discretamente os olhos. Ela deu um rápido selinho nele.


- Ed nós conversamos depois, certo? – ela falou e ele assentiu.


  A loira se levantou. Sirius e Remus acenaram para Edgar, enquanto andavam seguidos por Dorcas. Eles entraram no castelo, Dorcas foi para o lado de Sirius, dando um abraço nele.


  Dorcas havia virado amiga de Sirius desde o quarto ano, por mais estranho que seja, tratando-se de Sirius Black, ela era como uma irmã para ele, toda vez que ele precisava de algum conselho não masculino ela era a primeira pessoa que ele procurava.


 


   Era de noite, todos no castelo já deviam estar dormindo, mas Dorcas perambulava por um dos corredores, tentando ver, mesmo sem usar a sua varinha, qual era o caminho correto para sua sala comunal.


  Ela havia acabado de sair de uma se suas “sessões”. Acho que podemos definir assim. A loira realmente tinha raiva por eles terem colocado aquilo a noite. Por mais que ela gostasse da adrenalina de andar por ai com a opção de talvez ser pega por alguém, ela não gostava de não poder ver nada, e ainda para não irritar os quadros, não poder usar o feitiço Lumos.


  Apurou os ouvidos enquanto andava por um dos corredores, ela reconhecia aquele corredor e sabia que estava apenas alguns corredores do quadro da mulher gorda. Escutou alguns passos atrás de si, olhou para trás, mas não vira ninguém, andou um pouco mais rápido.

  
Virou em um corredor, mas ao invés de continuar andando parou, esperando que quem quer que estivesse seguindo-a aparecesse. Não demorou muito para que dois vultos passassem por ela sem vê-la. Quando os dois vultos estavam mais na frente ela pegou sua varinha, pensando em um feitiço. Lançou dois silenciosamente.


  Silencio, pensou apontando para os dois vultos, Levicorpus, pensou em seguida. Você deve estar se perguntando "Como assim ela já sabe Feitiços silenciosos? Isso só se aprende sem sexto ano! ". Mas bem, Dorcas nunca fora uma aluna comum, e desde cedo ela teve que aprender um tentar ser a melhor.


  Os dois vultos ficaram suspensos no ar, aparentemente tentando gritar. Dorcas se aproximou deles com cuidado, jogando o feitiço Expelliarmus. Fazendo as varinhas dos dois vultos caírem no chão.


- Quem são vocês e por que estavam me seguindo? - perguntou ela, percebendo que os vultos não gritariam mais, retirou o feitiço de silêncio.


- Cara, que feitiço é esse que você usou para nos pendurar? – perguntou um dos vultos, e Dorcas percebeu que eram apenas dois garotos, aparentemente da mesma idade que ela.


- Não interessa, agora me digam quem são vocês e por que estavam me seguindo.


- Nós não estávamos te seguindo... Eu sou Sirius Black e esse é James Potter... Agora da pra você nos colocar no chão? Eu estou ficando tonto – Sirius Black falou, Dorcas retirou o feitiço, fazendo com que os dois caíssem de cara no chão.


- Ah, vocês são os engraçadinhos que sempre aprontam com todo mundo e que já colaram o meu cabelo no da Héstia, vocês não sabem o que eu tive que suportar quando vocês fizeram isso – ela levantou uma sobrancelha, olhando-os com desaprovação.


- Err... Desculpa? – Potter falou, dando um sorrisinho amarelo e passando as mãos pelos cabelos negros e bagunçados.


- Ta, esquece. Vocês não estavam me seguindo mesmo, não é? – a loira perguntou, um pouco nervosa e desconfiada.


- Acho que eu poderia ter tido essa idéia – Black disse com um sorrisinho maroto. – Mas não, nós não estávamos te seguindo... – Ele franziu o cenho.


- Então é melhor nós irmos andando, antes que o velho Filch venha aqui – Dorcas disse por fim e começou a andar, no meio do caminho chutou as varinhas dos garotos para eles.


  Black correu para ficar ao seu lado.


- Ei, nós sabemos uma passagem, vem com a gente. – Ele disse e saiu à frente. Dorcas e Potter o seguiram.


    Eles passaram por uma estátua que Dorcas nunca havia reparado, atrás da estátua havia um pequeno espelho, Black o empurrou. Se encolhendo, passou para dentro da passagem, pedindo para que Dorcas fosse em seguida.


 


   Neste dia, ambos pareceram decidir que não seria bom perguntar o que o outro estava fazendo naquela noite, e para falar a verdade eles nunca mais tocaram no assunto.


   Sirius e Dorcas não ficaram amigos exatamente naquele dia, para falar a verdade isso só aconteceu um tempo depois, pois por algum motivo Sirius quis se aproximar de Dorcas sem segundas intenções, o que para todas as garota de Hogwarts foi um surpresa. Todas pensavam que havia algo por trás daquilo, talvez uma aposta, ou o sentimento de outra pessoa, ninguém sabia ao certo, e também nunca souberam.


   Marlene era amiga de todos: James Potter, que mais tarde ela descobriu ser um primo distante; Sirius Black, mas a amizade entre os dois era um pouco perturbada pela tão parecida que eram suas personalidades. Remus Lupin, ele sempre a ajudava. Peter Pettigrew, ele sempre fazia tudo que ela queria.


   Dorcas ao contrário de Marlene, só era amiga de um dos marotos; Sirius. Ela conhecia James, mas estava do lado de Lily quando ela falava o quão idiota era o menino, e os outros dois eram apenas conhecidos. Sem falar que ela tinha impressão que o Lupin não gostava muito dela.


   Eles chegaram ao quarto andar, Sirius entrou em uma sala vazia acompanhado do Lupin e de Dorcas. Ele se sentou em cima da mesa do professor, encarando Dorcas, enquanto Lupin se encostava à parede.


- Precisamos fazer um plano – Sirius disse.


- Para...? – Dorcas perguntou sem entender.


- Juntar James e a Evans. Prongs está ficando um pouco diferente por não conseguir a garota, ele realmente gosta dela – Lupin falou monotonamente, sem encará-la.


- E por que eu ajudaria vocês? Potter é um idiota e Lily acha isso, ela nunca ficaria com ele, principalmente depois das ceninhas que ele fez no ano passado – Dorcas argumentou, sentando-se em uma cadeira.


- Prongs não é um idiota, você não o conhece tão bem para dizer que ele é um idiota – Sirius falou impaciente. – Você também achava que eu era um idiota, e agora você é minha irmãzinha.


- Mas ainda acho que você é um idiota – ela disse rindo. Lupin gargalhou, olhando para a careta que Sirius fez.


- Está vendo Padfoot?! Eu não sou o único que acha isso – Lupin falou.


- Moony, é melhor você calar sua boca antes que eu te azare – Sirius falou, mas estava rindo.


- Estou morrendo de medo...


- Ei, cadê o gordinho que sempre anda com vocês? – Dorcas perguntou, percebendo que o garoto que seguia Sirius para tudo que é lado não estava ali.


- Peter? Não sei, ele disse que tinha que fazer alguma tarefa, ou falar com alguém... Não sei – Sirius falou dando de ombros. – Mas e então Dorcas, você irá nos ajudar?


- Eu quero conhecer Potter primeiro, e depois talvez eu ajude vocês, se eu achar que ele é merecedor. Mas vocês não podem em hipótese alguma comentar isso com ninguém. Entenderam?


- Claro – Os dois disseram.


- Mais alguma coisa, ou vocês me tiraram da presença do Edgar apenas para isso? – ela perguntou com a sobrancelha erguida.


  Sirius e Lupin se encararam, eles odiavam pedir favores a Dorcas, Sirius se achava independente demais para pedir favores a alguém, e Remus simplesmente não gostava de pedir favores. Mas pedir favores para Dorcas era ainda pior, porque ela tratava daquilo como se fosse um negocio e não apenas um favor para seus amigos.


- Nós queríamos saber se você conseguiu mais alguns feitiços... As azarações estão ficando comuns e por algum motivo as pessoas estão aprendendo feitiços que só nós sabíamos – Sirius disse com uma careta.


- Eu aprendi novos feitiços, estou sabendo bem mais do que sabia da última vez que eu ensinei para vocês... – Dorcas disse, se ajeitando em uma postura mais formal. - Mas vocês sabem que eu não posso ensinar sem permissão, os feitiços não são meus.


- Então será que você podia pedir para esse seu fornecedor de feitiços, permissão para nos ensinar? Prongs e o Moony aqui estão inventando feitiços também... Mas ainda precisam ser aperfeiçoados. Acho que vamos pegar meu irmãozinho e o ranhoso para serem nossas cobaias...


- Assim você me provara que é mais idiota do que parece Six, você sabe o que eu acho sobre isso... – Dorcas fez uma expressão reprovadora. – E seu posso sim perguntar para ele se eu posso ensinar o feitiço para vocês, mas o que vocês darão em troca?


- Não sei, o que o fornecedor vai querer em troca? – Lupin perguntou. – Mas não daremos o da última vez. Nós revelamos uma de nossas passagens e seu fornecedor deixou o velho Filch ciente dela.


  Dorcas cruzou seus braços.


- Se ele quiser isso vocês terão que dar, ele não faz negócios.


- Quem diabos é esse seu fornecedor? – Lupin perguntou, finalmente encarando-a.


   Dorcas o olhou da cabeça aos pés.


- Alguém que você realmente não vai querer saber.





N/A: Gente, Brenda não vai fazer a nota da beta hoje, porque ela ta de castigo por ter confundido a Elisha Cuthbert com a Lady Gaga, que mesmo eu ainda admitindo que aquela mulher é mara, ela nunca pode ser comparada com a Elisha. Sobre o capítulo, eu pessoalmente o achei sem sal, foi muito light, mas eu tinha que fazer esse capítulo assim, porque, cara, eu havia matado gente demais nos capítulos anteriores. Espero que vocês gostem e não se decepcionem. A fic ainda está no comecinho, oks?


  Tem dois personagens novos na lista dos personagens, e para quem percebeu eu mudei a foto do Edgar e da Marlene. *-*


  E milhões de desculpas pelo tamanho do capítulo passado, e desse também! Eu juro que tava tentando fazer esse capítulo bem pequenininho, com umas seis paginas, no máximo, mas acabaram saindo oito paginas. E no capítulo passado foi porque eu tinha que encaixar coisas demais em apenas um capítulo, ai deu aquilo, sabe?


   Respondendo os comentários:


Nah Black: Naaaah, Héstia e Lene são bem louquinhas néé? E que bom que você gostou do capítulo passado. Esse aqui foi bem diferente, não é? Por isso que eu digo, esse capítulo foi de enrolação, mas serviu para mostrar um lado da personalidade da Dorc. Espero que você tenha gostado oks? Ah, e My Oasis está perfeita, mas no meu comentário lá eu esqueci de dizer que O Vencedor Leva Tudo também foi uma das suas melhores fics *-*.


Tainá Rodrigues: Você sempre me dizendo que o Pattz é alguma coisa, meu Deus Tai o homem tem a cara achatada! Parece que estava andando em um ônibus e em uma freada brusca amassou a cara no vidro. Mas bem, falando sobre seu comentário, sim o capítulo foi enoooorme e eu esqueci de me desculpar. :S É que tinha muita coisa para meter em só um capítulo, sabe? Continue lendo, e quando Cellinha me mandar nossa foto eu juro que eu te mando.


 laari forrester black: Menina você não sabe o quanto eu fique feliz com seu comentário! Ele foi perfeito! Espero que você goste desse capítulo também, oks? Está no comecinho e eu não quis soltar algumas coisas por enquanto, mas com o passar do tempo acho que vou te surpreender, pelo menos eu espero. Sobre a sua teoria, eu não vou falar nada porque eu sou má, mas pode ter certeza que vai ter muita coisa, muito mesmo, eu to até com medo de escrever o que ta na minha cabeça e decepcionar vocês. :S Aaah, eu sempre imaginei a Dorcas loira, nunca consegui ver ela morena como um monte de gente vê, mas nessa fic eu ia colocá-la morena, só que minha beta disse que eu colocasse do jeito que eu imaginava, por isso eu coloquei ela loira, sabe? Mas por exemplo, eu sempre imaginei a Héstia morena, e eu a coloquei super loira nessa fic, ta vendo? Eu sou uma pessoa estranha. :S KKKKKKKK


 eugênio: Ah o capítulo foi grande e eu esqueci de pedir desculpa na N/A, desculpa Math! Que bom que você gostou, acho que Hogwarts pode ser realmente interessante. Ah, espero que você consiga uma inspiração para please, dont leave me. E também espero que goste desse capítulo, certo? Ele foi bem diferente dos outros, acho que foi muito insosso, mas eu acho que já havia deixado os capítulos anteriores muito pesados (eu “matei” muita gente o.o) , então quis suavizar. Whatever.


 lizzie b: Liz, espero que você goste desse capítulo, certo? Ah, eu tive que matar o Aaron para dar mais sentido para história mais tarde, mas você não sabe o quanto foi trabalhoso fazer isso. Sério, eu realmente o achava um personagem com potencial. As meninas realmente ficaram fofinha, não é? Vamos ver as pestinhas que elas irão se tornar agora que estão mais velhas. KKKKKKK.


 Anna.Weasley: Anna eu juro que vou te matar se você não postar em Mudança Radical –n. Olha espero muito que você goste desse capítulo, mesmo eu tendo achado ele sem sal, mas abafa. Eu amei seu comentário, oks? Mas você que escreve muito garota e não eu! Ah, é verdade, realmente foi uma pena Héstia ter ido para Corvinal, mas a garota é esperta, ela se vira. :B E os marotos?! Bem, eles vão ficar muuuito fascinantes nos próximos capítulos. Espero que você goste, oks Anna?!


 nath krein: Nath, que bom que você está gostando dessa fic! Bem, eu sempre imaginei a Dorcas loira, por isso que a coloquei loira. Mas bem, isso não vai fazer tanta diferença. KKKKKK Bem, espero que você goste dos próximos capítulos, oks? E eu sei qual é essa fic de teorias sobre a Dorcas, ela é da Gih Meadowes, quando eu estava pensando em escrever essa aqui eu fui procurar mais informações sobre a Dorcas e achei aquela fic, é simplesmente perfeita, não é? Espero que goste dos próximos capítulos.


 Beijos, amo vocês. E comentem, oks?


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