No Caldeirão Furado





  • - O QUE?! - berrou Kyo. Lágrimas corriam por seu rosto frio. Ele despencou no chão. Socando o soalho com todas as forças. Seus pais não. Não seus pais! As lágrimas corriam por seu rosto os minutos que se passaram e prolongavam como se parecessem horas, dias, meses, anos... Quando se deu conta, se levantou cambaleante. Iria vingá-los. Vou vingá-los!, pensou. Abriu a porta com um chute e saiu correndo. Ouviu a voz de Gui dizer alguma coisa ao longe, como se ele estivesse a vários metros de distância. Kyo não enxergava nada, exceto seus pais, em frente, até que ele tropeçou em uma pedra e caiu no chão de terra. Se deu conta de onde estava. Estava na rua principal de Godric's Hollow. Ele se levantou. Os punhos fechados. O punho direito amassando a varinha. Ele secou as lágrimas com o punho e se virou. Voltou andando até sua casa. Entrou. Gui e Fleur ainda estavam lá dentro. Fleur devia estar muito abalada com o acontecimento. Kyo já a vira em Godric's Hollow, uma ou duas vezes. Gui se aproximou de Kyo e tentou dar palmadinhas e suas costas, mas ele se desviou.
    - Vou vingá-los... Esse tal de Augurey é um homem morto! EU VOU VINGA-LOS NEM QUE SEJA A ÚLTIMA COISA QUE EU FAÇA! - berrou Kyo. Ele sentia ódio. Não sabia quem ou o que era esse tal de Augurey, só sabia que queria vê-lo morrer, queria ver a luz deixar seus olhos, queria vê-lo... Queria vê-lo queimar no inferno por toda a eternidade! Gui o olhou em então apontou a varinha para Kyo.
    - Desculpe Kyo, aqui não é mais seguro... Petrificus Totalus! - disse Gui. Os braços de Kyo se juntaram ao corpo e ele desabou no chão. Viu Gui sacando novamente a varinha e um feixe de luz roxa saiu de sua varinha e acertou o peito de Kyo.


    Estava em uma casa antiga de mármore negro, em um estranho quarto pequeno. Kyo estava deitado em uma cama de armar. Recuperara seus movimentos. Apalpou os bolsos e não tinha nenhum sinal da varinha. Ele se levantou e olhou pela janela. Já estava escuro, não se via nada, a não ser os lampiões postos na rua do Largo Grimmald. Ele ouviu algumas risadinhas e se virou. Não havia ninguém no quarto. Haviam alguns objetos, um armário antigo de carvalho, um quadro de uma poltrona de cetim verde e prateada, e mais uma cama que estava desocupada. Ele jogou sua mochila nos ombros que estava jogada a um canto. Kyo se aproximou da porta de madeira e girou a maçaneta de cobra prateada. Ele a abriu e estava no segundo andar de um grande casarão. Olhou para cima e viu muitos andares, todos feitos de mármore negro. Vários lances de escadas levavam de um andar para outro. Kyo olhou para baixo e desceu as escadas andando cautelosamente. Desceu até o andar térreo e viu uma enorme porta dupla. Ele se aproximou da porta. Deveria ser a saída. Levou a mão a maçaneta e...
    - Flipendo!
    O raio laranja passou próximo a sua orelha. Kyo se virou assustado e viu um homem nas sombras, segurando uma varinha. Ele murmurou Lumus!, e a sala se iluminou. O homem era Gui Weasley. Gui abaixou a varinha.
    - Ah! É você apenas... - murmurou Gui. - Venha comigo...
    - Onde estou?! Você me paralisou! - gritou Kyo. Gui não se alterou.
    - Você está na casa dos Potter... Não se preocupe, está bem, eu tive que tirá-lo de sua casa, lá não é mais seguro... Você irá para Hogwarts no dia primeiro de setembro... Um membro da Ordem da Fênix irá lhe acompanhar enquanto compra os materiais e...
    - Ordem da Fênix? Potter? O que diabos é isso?!
    - Os Potter são uma família bruxa de amigos meus... Você não foi criado com nossa história, mas irei resumir... Harry Potter derrotou um dos maiores bruxos das trevas, Lord Voldemort... Há dezenove anos, eles se enfrentaram e por fim, Voldemort foi morto... A Ordem da Fênix era uma organização fundada por Alvo Dumbledore...
    - Alvo Dumbledore? O irmão do Sr. Deitron?
    - Você quer dizer Aberforth não é? Sim, Alvo foi o maior bruxo que existiu... Sua morte foi uma grande tragédia... bem, continuando, a Ordem não se dissolveu com a morte de Dumbledore, ela ficou mais forte, hoje liderada por Minerva McGonagall, atualmente a diretora de Hogwarts... Agora entre aqui! - Gui apontou para a porta que havia saído. Kyo hesitou, mas foi. Desceram uma pequena escada e se depararam com uma cozinha apilhada de gente. Ela estava muito limpa e lustrosa. As pessoas conversavam alegremente. Gui conduziu Kyo até um homem não muito velho.
    - Geff! - exclamou Gui para o homem. O homem se virou. Seus cabelos não eram muito grisalhos, mas tinha alguns fios de cabelo brancos. - Kyo, este é Geff Gregorovitch, filho de um grande varinheiro, ele estava dando uma olhada em sua varinha não é Geff? - continuou Gui. O homem balançou a cabeça positivamente e tirou a varinha de Kyo do bolso interno das vestes esmeralda e a entregou a ele. Kyo a colocou no bolso e olhou para Gui. Ele fez sinal para acompanhá-lo novamente. Os dois atravessaram a cozinha e saíram pela porta. Subiram até o hall, onde Gui parou em frente a porta dupla.
    - Olhe Kyo, seus pais faziam parte da Ordem... A morte deles foi uma tragédia impecável, obra de um bruxo das trevas chamado Augurey... Ele é um bruxo maligno que estamos procurando a anos, mas nunca tivemos uma pista... Ele quer terminar a tarefa de Voldemort! Após a morte de seus pais, ele irá atrás de você! Está me entendendo? - explicou Gui encarrando Kyo. Kyo olhou para o chão e murmurou um “sim”.
    - Ótimo! - disse Gui com energia.
    - Vou ficar aqui? - perguntou Kyo. Gui olhou para ele e respondeu.
    - Não, você irá para o Caldeirão Furado de Nôitibus o.k.?
    - Do que?
    - Nôitibus, transporte para bruxos perdidos... Dê essas moedas para o Lamir... - começou Gui empurrando três moedas de bronze para Kyo. - ...e mais essa e diga que quer ir ao caldeirão furado em Londres... - continuo dando uma grande moeda de ouro para Kyo. - Bem, acho que é isso... Essas são moedas bruxas, as de bronze são Nuques de Bronze, as prateadas são os Sicles de Prata e as douradas são Galeões de Ouro... Seus pais tem dinheiro no Gringotes, o banco dos bruxos... Amanhã, ás onze horas da manhã, esteja nos fundos do Caldeirão Furado, onde um dos membros da Ordem da Fênix estará lhe esperando... Agora, adeus Kyo... - terminou Gui, abrindo a porta dupla. Kyo se viu no meio de uma rua. Ele abriu o portão e saiu pela rua. Estava pouco movimentada por causa da noite. Ele se virou e viu a cabeça de Gui para o lado de fora da porta.
    - Os trouxas não podem ver essa casa, somente os que conhecem sua existência e foram trazidos até aqui pelo fiel do feitiço que foi lançado nessa casa... Para chamar o Nôitibus, apenas levante a mão que você usa com a varinha para o alto o.k.? Adeus Kyo... E... Trouxas são os não-bruxos certo? - terminou Gui fechando a porta. Kyo olhou para os lados. Não havia nada na rua a não ser ele. Ele verificou o relógio de pulso e eram duas e meia da manhã. Nenhum ônibus corria aquela hora. Ele levantou a mão direita a qual usava a varinha e um enorme ônibus de três andares roxo berrante de materializou em sua frente. Ele deu um passo para trás e tropeçou na calçada. A porta do ônibus se abriu e um homem cheio de espinhas usando um uniforme com chapéu roxos saiu. Ele segurava um papel na mão esquerda e começou a lê-lo em voz alta.
    - Bem-vindo ao Nôtibus, transporte para bruxos perdidos, eu sou Lamir Weaberry seu condutor esta noite! A passagem é de três Nuques de Bronze... - disse o homem em voz alta. Kyo se aproximou e embarcou no ônibus, pagando a Lamir as moedinhas de bronze e a moeda de ouro.
    - Caldeirão Furado... - murmurou ele a Lamir.
    - CALDEIRÃO FURADO! MANDA VER ERNESTO! - berrou Lamir. Kyo olhou para o ônibus. Ao invés de bancos, haviam várias camas com pessoas que roncavam. Uma pequena escada levava aos andares superiores. Saindo do topo das escadas, outro homem com o uniforme roxo apareceu.
    - É! MANDA VER ERNESTO! - berrou o homem. Kyo olhou para trás e viu o motorista Ernesto, um homem muito velho com óculos de proteção que faziam seus olhos ficarem dez vezes maior que o normal.
    - Vai! Vai! Vai ser rápido! - bradou Lamir empurrando Kyo. Ele mal dera três passos quando o ônibus se movimentou. Estava muito rápido, Kyo foi arremessado pelo ônibus. Bateu o rosto no chão, onde perdeu um dente e seu nariz começou a sangrar. Craque!, o ônibus parou. Kyo se levantou cambaleante, a cabeça doendo.
    - O Caldeirão Furado! - gritou Lamir abrindo a porta do ônibus. Kyo se levantou e cambaleou até a porta, onde saiu. Estava em frente a um bar onde se tinha um cartaz de uma bruxa mechendo um caldeirão. Ele bateu na porta duas vezes e uma mulher loira abriu a porta. Era um pouco alta e trajava vestes amarelas com um avental preto. Ela saiu do caminho para Kyo entrar. A primeira impressão que teve foi a de um bar sujo e mal-tratado.
    - Quer um quarto garoto? - perguntou a mulher. Kyo hesitou e então respondeu.
    - Erm... Não tenho dinheiro senhora... - parou ele ao não saber o nome da mulher.
    - Longbottom... Ana Longbottom... - respondeu a mulher. - Mas, eu não o conheço?
    - Acho que não... Meu nome é Kyo e-
    - O filho de Daishiro e Ryoko?
    - É!
    - Ah! Sim, sim, Gui me mandou uma coruja dizendo que você iria se hospedar aqui, sou parte da Ordem da Fênix também. - acrescentou ao ver a cara de espanto de Kyo. - Bem, mas quem irá lhe acompanhar até o Beco Diagonal amanhã será Kingsley certo? Agora suba, quarto número quarenta e sete... - terminou a Sra. Longbottom. Kyo agradeceu e subiu as escadas sujas. No fim, se viu em um corredor torto, cheio de pequenas portas, onde haviam número cravados na madeira. Ele continuou andando. Passou direto pelo quarto quarenta e parou sete portas depois. Não havia fechadura na porta. Kyo sabia o que fazer, mesmo não sabendo como sabia. Ele limpou o nariz ensangüentado com o punho e engoliu o sangue que escorria do buraco de onde perdera o dente. Sacou a varinha do bolso e a apontou para a maçaneta. Murmurou Alohomora!, e a maçaneta girou. A porta se escancarou. Kyo adentrou o quarto. Era razoavelmente grande. Tinha uma cama de solteiro, um armário empoeirado e uma mesinha ao lado da cama onde repousava um abajur acesso. Kyo se sentou na cama e observou o lugar. A única coisa suja era o armário. O piso de madeira brilhava a luz da lua, a cama era muito brilhante e reluzia a luz do abajur. Kyo tirou a mochila dos ombros e a abriu. O livro Defesa e Brincadeiras com Magia estava lá dentro. Ele o abriu e encontrou a página que queria para curar ferimentos. Apontou a varinha para o nariz quebrado que doía muito.
    - Espikey! - murmurou. Créck! Seu nariz doeu muito e depois parou. Ele o apalpou. Não parecia mais quebrado ou machucado. O sangramento parara. Fez o mesmo com a boca, mas desta vez, a dor foi muito maior e se prolongou por longos dois minutos. Após a dor parar, ele apalpou com o dedo no lugar onde havia um buraco e lá estava um dente novo em folha. Kyo deu uma gargalhada e abriu sua mochila. Ele a virou na cama e várias coisas caíram. Coisas que a mochila nunca agüentaria! Haviam seus livros, vestes negras e limpas, camisetas negras, o seu despertador do Kiss, alguns tubos de papelão. Basicamente, havia tudo que tinha em seu quarto. No fim da bagunça, havia um bilhete.
    - Hum... - murmurou Kyo apanhando e lendo o bilhete em uma caligrafia um pouco inclinada e garrinchada.


    Tive a liberdade de limpar seu quarto. Tudo está aí dentro...
    Harry Potter. 


    Kyo terminou de ler. O dono da casa número 12 do Largo Grimmald revistara sua casa e lhe dera suas coisas. Ele viu as vestes negras e achou estranho, quando achou outro bilhete. Este tinha uma caligrafia límpida e bonita, de aspecto oficial. Ele o apanhou e o leu. 


    Kyo, eu o acompanharei ao Beco Diagonal amanhã ás ONZE HORAS da manhã. As vestes negras em sua mochila eu já as apanhei na Madame Malkin para você. Acreditamos que Augurey volte para a casa de seus pais, por isso, não volte lá, mas é só uma questão de tempo para ele saber que Daishiro e Ryoko tinham um filho e quando descobrir... Bem, Harry já deve ter esvaziado seu quarto e lançado um feitiço de proteção na casa, mas você irá voltar lá nas férias e depois será escoltado até uma casa segura... Não direi onde, pois a coruja pela qual mandei a carta pode ser lida... Queime esse recado após lê-lo... esperando vê-lo,

    Ministro da Magia.


    Kyo novamente terminou de ler pela quarta vez. Então era verdade. Vasculharam sua casa, alguma coisa chamada Augurey matou seus pais e ele seria procurado e caçado. Kyo deitou na cama e chutou o monte de coisas. Ele apontou a varinha para o monte de coisas e berrou:
    -Arrumar as malas!
    O feitiço lhe ocorreu e as coisas foram arremessadas para dentro da mochila. Ele apontou a varinha para o bilhete que largou no chão e murmurou:
    -Incendio!
    O bilhete do Ministro foi queimando com o fogo que saiu da varinha de Kyo. Ele viu o fogo se extinguir junto com o bilhete. Ele se esticou na cama e adormeceu quase que imediatamente. 

    "I WANNA ROCK N' ROLL ALL NIGHT! IM PARTY EVERY DAY!”

    Kyo deu um soco no despertador. Ele parou abruptamente. Kyo não abriu os olhos, desejando que o dia anterior fosse apenas um sonho. Ele abriu os olhos. Estava no brilhante quarto número quarenta e sete do Caldeirão. Ele olhou o relógio de pulso. Eram seis horas da manhã. Ele se sentou na cama e apanhou a varinha na cômoda ao lado da cama e a apontou para o despertador que estava próximo da cama.
    - Reducto... - gaguejou. O despertador se desintegrou e virou pó. Ele se levantou e foi andando até a porta. Girou a maçaneta e saiu andando pelo corredor. Desceu as escadas e encontrou o bar parcialmente cheio. Bruxos e bruxas estavam sentados nas grandes mesas, comento torradas, tomando café... Kyo se aproximou do balcão. A Sra. Longbottom se aproximou e lhe deu uma bandeja cheia de torradas e uma garrafa que ele achou ser cerveja. Ele se sentou em uma das mesas, abriu a garrafa e bebeu um gole. Com certeza era cerveja, mas tinha mais alguma coisa... Era doce... Ele girou a garrafa e não havia marcas. Ele mordeu uma das torradas, quando um senhor negro e alto com uma pequena barba grisalha. Trajava vestes azuis e um chapéu também azul.
    - Cerveja amanteigada... - murmurou o homem com uma voz grave. - Está esperando alguém?
    - Sim... Estou esperando o ministro... - respondeu Kyo tomando outro gole.
    - Ah sim... Conheço muito bem o ministro, e ele já chegou... Kingsley Shacklebolt, Ministro da Magia... Prazer, Kyo... - disse o homem estendendo a mão para Kyo. O garoto a apertou desconfiado.
    - Não se preocupe... Fique tranqüilo e-
    - Estupefaça! - bradou Kyo que sacara a varinha e a apontou para o peito de Quim muito rapidamente. O ministro foi atingido no peito e foi lançado pela sala, batendo na parede. Os bruxos e bruxas que tomavam calmamente o café da manhã berraram e saíram correndo, alguns projetando feitiços escudos em torno de si e outros desaparecendo no ar com um feitiço de desilusão. A Sra. Longbottom apareceu ao lado de Kyo.
    - O que você fez garoto?! - berrou ela.
    - Sra. Longbottom, o ministro já chegou aqui? - exclamou Kyo.
    - Não, Quim ainda não chegou... Ele chegará ás dez e quarenta e cinco exatamente e não irá entrar pela porta, irá entrar por outra entrada apenas para membros da Ordem da Fênix e... - mas a Sra. Longbottom foi interrompida por Kyo.
    - Alguém está se passando por ele! Ali! Eu o estuporei e... - mas Kyo olhou para o local onde havia um Kingsley Shacklebolt e no lugar havia um homem muito alto, de cabelos crespos e negros. As vestes de Kingsley ficaram extremamente largas, pois o homem era muito magro. A Sra. Longbottom não se moveu e apenas disse:
    - Não se preocupe, ele não pode desaparatar dentro do bar... - mas Kyo não estava preocupado com isso. Um completo estranho se aproximou dele e entendeu o aviso de Gui: Realmente há alguém tentando matá-lo. Kyo apontou a varinha para o corpo estuporado do homem e murmurou:
    - Enervate!
    O corpo se moveu e o homem se levantou, a varinha em punho, mas a Sra. Longbottom foi bem mais rápida.
    - Avada Ke...
    - Expelliarmus!
    A varinha do homem foi lançada para cima, bateu no teto e se despedaçou, mas ele já sacara outra varinha, esta bem menor que a outra e a apontou para a Sra. Longbottom e berrou:
    - Estupefaça!
    A Sra. Longbottom foi arremessada para trás e bateu com estrondo na parede, desacordada. Kyo apontou a varinha para ele e gritou:
    - Petrificus Totalus!
    O feitiço acertou o homem e ele ficou paralisado. O homem moveu os lábios e se libertou do feitiço. Um jorro de luz amarela passou a centímetros da cabeça de Kyo.
    - Flipendo! - gritou Kyo. O jorro de luz laranja ricocheteou com um movimento da varinha do bruxo. - Você é o Augurey?!
    - AVADA KEDAVRA! - berrou o homem, fazendo um jorro de luz verde passar perto de Kyo, quase o acertando, então, várias coisas aconteceram ao mesmo tempo. Dois homens apareceram no ar e lançaram mais dois jorros de luz verde contra Kyo, a porta do bar foi arrombada, mostrando mais dois homens que estuporaram os que haviam aparatado. Um feitiço passou por Kyo e ele se escondeu atrás de uma mesa virada. Um feitiço detonador explodiu a mesa, fazendo as costas de Kyo arderem. Ele exclamou um palavrão e olhou para o que acontecia. Os combatentes estavam lançando feitiços para todo lado. Ele viu o homem que havia se transformado em Kingsley Shacklebolt abrindo a porta do bar.
    - Rictusempra! - berrou Kyo, mas tarde de mais. O homem desaparatou e o jorro de luz prateada que saiu de sua varinha acertou um carro na rua, quebrando os vidros. Os feitiços, berros e barulho de demolição parou.
    - ANA! - alguém berrou. Ele viu um homem passar para ele apontar a varinha para a Sra. Longbottom que recobriu os sentidos.
    - Obrigado Neville... - murmurou ela. O homem rechonchudo cheio de cicatrizes ajudou a Sra. Longbottom se levantar. Kyo arriscou olhar para trás. Os dois atacantes haviam desaparecido. O outro homem que entrara com Neville Longbottom estava parado, examinando um ferimento que sangrava no braço direito. O homem reparou em Kyo e fez sinal para se aproximar. Kyo se aproximou, mas com a varinha ainda em punho. Estava escuro. Os feitiços devem ter atingido as lâmpadas e velas. Kyo murmurou Lumus!, e sua varinha se acendeu. Ele viu o vulto de Gui Weasley com o braço sangrando. Kyo olhou para Gui. Estava normal, apenas o braço sangrava.
    - Olá Kyo... fui acertado... - resmungou Gui. Kyo apontou a varinha acessa para o rosto de Gui.
    - Prove! Prove que é você! - berrou Kyo. Não houve alteração no comportamento de Gui. Ao contrário, ele riu e disse:
    - Sou Guilherme Weasley, filho de Arthur e Molly Weasley, casado com Fleur Delacour Weasley, residimos atualmente no Chalé das Conchas... Em nosso jardim foi enterrado um elfo doméstico chamado Dobby e gosto de carne mal passada pois fui mordido por um lobisomem que não estava transformado chamado Fenrir Lobo Greyback...
    - Kyo abaixou a varinha. Ele olhou para o Sr. e a Sra. Longbottom. O Sr. Longbottom deu um beijo na esposa e se juntou a Gui.
    - Varinha de fibra de couro de dragão norueguês, vinte e quatro centímetros... Lembre-se disso! - gritou Gui enquanto ele e o Sr. Longbottom giravam e desapareciam no ar. A Sra. Longbottom apareceu com a varinha em punho. Ela fez um movimento grande com a varinha e as mesas se concertaram, foram para os lugares, as velas se acenderam, as xícaras quebradas voaram para trás do balcão, e tudo já estava no devido lugar.
    - ...Salvio Hexa! - terminou de berrar a Sra. Longbottom apontando a varinha para a porta. - Vá esperar Kingsley nos fundos! Ele não irá demorar, quando chegar lá, fique com a varinha em punho e não abaixe a guarda, e lembre-se do que Gui disse... Certifique-se de que é ele!



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