A Perda




    O sol nascia ao horizonte em Godric's Hollow. Um estranho bairro com casas de madeira, com formatos estranhos. Seus moradores sempre se ocultavam do resto do mundo. Na casa número 7 de uma rua em Godric's Hollow, próximo a uma espécie de necrotério, a Sra. Souchiro acordava junto a seu marido. A Sra. Souichiro era uma mulher baixa, de cabelos castanhos. Seus olhos eram puxados, pois tinha uma descendência de japoneses. O Sr. Souichiro tinha uma barba rasa e bem pequena. Tinha cabelos negros e arrepiados e também tinha descendência oriental. Ao descerem as escadas e passarem pelo quarto de seu filho, eles se posicionaram na sala/cozinha. O Sr. Souichiro sentou-se em uma cadeira na mesa de madeira e reparou em uma enorme coruja-de-igreja marrom escuro que trazia um rolo de papel amarelado amarrado a perna e também um saquinho de couro que tintilava sempre que ela se movia. O Sr. Souichiro meteu a mão dentro do bolso da calça e retirou algumas moedas prateadas e jogou algumas dentro da pequena bolsinha de couro. A coruja o encarou com seus grandes olhos amarelos e então estendeu a perna de má vontade. O Sr. Souichiro retirou o pedaço de pergaminho e então o abriu. Era na verdade um jornal com o título de “O Profeta Diário”. O jornal não parecia normal. As fotos se moviam! O Sr. Souichiro examinou a primeira página do jornal onde se lia uma enorme manchete “Seguidores de A. Foram presos”, seguida de uma foto de um homem de cabelos cor de fogo e usava umas roupas estranhas, ele usava vestes, vestes cor-de-tijolo. Mas, nossa história não gira em torno de Sr. e da Sra. Souchiro e sim de seu filho, Kyo. Kyo era um garoto de onze anos desleixado que, quando não estava dormindo, adorava atacar ovos nas janelas dos moradores dos bairros vizinhos. Adorava ouvir música (Rock) e odiava ter que ir para a escola. Achava uma má idéia, um completo tédio. Tinha cabelos negros e rebeldes, seus olhos eram puxados e negros. Nessa manhã, ele ainda dormia profundamente e roncava muito alto em seu quarto no primeiro andar da casa. Um despertador na mesa de cabeçalha marcava cinco e cinqüenta e oito, então iria despertar em dois minutos. Era um despertador peculiar, em que em cima do relógio, havia uma espécie de um mini-palco e quatro buracos que desciam até o despertador. Ele bateu seis horas e os buracos se abriram e de dentro saíram quatro pequenos bonecos de homens. Todos tinham o rosto pintado de branco e preto. Dois seguravam guitarras, um (o mais alto), um contra-baixo e o último (que estava mais atrás e que o buraco era bem maior) estava sentado em um banquinho diante de uma mini-bateria. Os bonecos não se moveram, mas de dois buracos nas laterais do despertador começaram a expelir um som ensurdecedor em que o despertador cuspia o refrão de uma música.


     


    I WANNA ROCK N' ROLL ALL NIGHT! IN PARTY EVERY DAY!”


     


    Kyo não se moveu, apenas sua mão que bateu com força no despertador, sessando o barulho. Ele resmungou, se levantou, pegou a mochila no pé de sua cama, se vestiu com roupas inteiramente pretas e desceu as escadas após por o tênis. No pé da escada, ele ouviu a porta bater e ao entrar na cozinha, não havia ninguém. Achou estranho, mas mesmo assim, puxou uma torrada que estava em cima da mesa e deu uma dentada. Olhou em volta e então engoliu a torrada de apenas uma vez. Se levantou, respirou fundo, olhou ao relógio de parede (ao qual marcava seis de vinte e cinco), e levou as mãos aos cabelos. Os bagunçou um pouco.
    - Ainda bem que eles não estão aqui haha – disse a si mesmo. Foi andando até seu quarto, onde se abaixou e entrou em baixo de sua cama. Deu um soco em uma das tábuas do soalho, que se levantou. Rapidamente, ele usou a outra mão para pegar alguma coisa no soalho. Retirou um estranho tubo de papelão. Saiu debaixo da cama, saiu do quarto, subiu as escadas até o fim onde havia uma porta que levava ao topo da casa. Havia um grande cadeado enferrujado prendendo a fechadura. Ele tentou forçar a entrada com alguns chutes, mas a porta não se moveu. Essa porta sempre ficava fechada e Kyo tentava abri-lá sempre que tinha chance. Desistiu ao ver que já eram seis e quarenta e cinco no relógio de pulso. Abriu a mochila rapidamente, jogou o tubo dentro e saiu correndo para a cozinha, onde apanhou uma torrada e a colocou na boca. Abriu a porta e então a fechou com a mochila enquanto saia correndo. Jogou a mochila por cima do ombro e continuou correndo. Passou pelo necrotério, depois entrou em uma pequena viela a esquerda da rua. A atravessou correndo e depois foi parar em uma grande rua. Como as outras, não eram nem um pouco movimentadas. Ele continuou correndo pela rua e passou direto por uma grande estátua de um homem de cabelos longos e loiros que segurava uma espada encravada com pedras em que se lia no pedestal “Godric Griffyndor” e novamente virou a esquerda e parou em frente a uma grande parede feita de pedra. Parecia ter desmoronado a pouco tempo.
    - Droga... - exclamou. Colocou na torrada na mão direita e saiu correndo por uma pequena passagem a direita e continuou correndo. Olhou novamente o relógio. Dez para as sete da manhã. Acelerou o passo e passou correndo por uma rua grande e novamente entrando em uma rua enorme a esquerda. A desceu correndo e parou finalmente numa aglomeração de crianças defronte a uma estranha escola onde se lia um enorme cartaz “A Escola St. Wulffric Está Devidamente Fechada De Suas Ações. Alunos, Por Favor Voltem As Suas Casas”. Kyo soltou uma gostosa gargalhada. Tirou o tubo de papelão da mochila e o apontou para cima após apanhar um isqueiro na mochila. Apontou o tubo para cima da escola e acendeu um pequeno pavio ao lado. O rojão subiu e explodiu em cima da escola, formando uma forma de uma caveira verde com uma cobra saindo da boca. Os alunos se aterrorizaram e saíram correndo, gritando, enquanto Kyo se morria de rir. No meio da confusão, cinco garotos saíram dando gostosas gargalhadas.
    - Essa foi muito boa Key! - sufocou um dos garotos entre as risadas. - Ainda não entendi porque todo mundo tem medo dessa coisa! É apenas um rojão! HAHAHA!
    - É... - respondeu Kyo. - Vocês viram a passagem? Ta obstruída por pedras. O que aconteceu?
    - Um raio meio esverdeado... Eu tava andando na rua e vi quando aconteceu... Alguém tava perseguindo alguem e então um raio verde acertou a barragem e todas as pedras caíram... - respondeu o mesmo garoto de cabelos vermelhos com uma estranha faixa amarada no nariz, o escondendo. Kyo coçou atrás da orelha e então olhou para os amigos.
    - Vamos embora então? To com uma maldita fome! - gritou um garoto meio rechonchudo e de cabelos negros e longos. Usava correntes por todo o corpo e uma camiseta regata, preta, com um desenho de uma caveira segurando a bandeira dos Estados Unidos. Encima, se lia Iron Maiden.
    - Quando que você não está com fome... - comentou o garoto de cabelos vermelhos entre os dentes.
    - Vamos logo, eu não comi nada hoje... E... - começou um garoto de cabelos loiros e olhos azuis. - Você pode me dar essa torrada ai Key?
    Somente agora Kyo reparara que não tinha comido a torrada que pegara na cozinha de sua casa.
    - Toma... Mas come logo Oz, o Hyde aí ta de olho nela. - disse Kyo dando a torrada para o garoto e depois, apontando para o garoto com a camiseta do Iron Maiden. Os outros riram, mas Hyde nem se moveu. Então, os seis começaram a descer uma ladeira a direita. Oz engoliu a torrada de uma única vez e soltando um enorme e alto arroto.
    - Então, estamos livres da escola haha! - comentou um garoto oriental, olhos muito claros e verdes e cabelos com metade para e baixo e a outra metade para cima. Os cabelos eram meio castanho esverdeados. Usava um sobre-tudo preto e alguns anéis nos dedos.
    - É... Não sei porque todos os anos, nessa época do ano, a escola é fechada, mas dessa vez parece que é definitivo e sempre no ano seguinte, os alunos que tinham onze anos não voltam... - disse o garoto de cabelos crespos.
    - Será que foram abduzidos? - perguntou o garoto de cabelos crespos soltando algumas pequenas e imperceptíveis risadas.
    - Mas é claro que não! - respondeu o garoto oriental.
    - Iwasaki tem razão Jacob... - disse Kyo enquanto observava o chão, parecendo intrigado.
    - Porque você sempre me chama de Jacob quando eu falo alguma coisa que você não gosta? Já falei pra de chamarem só de Jay! O Iwasaki, o Oz e o Hyde me chamam assim, porque você não? - resmungou Jacob.
    - Olha, vocês me chamam de “Key” porque querem... Eu nunca pedi pra vocês me chamarem assim... - retrucou Kyo ainda olhando para o chão.
    - Bem, nós te chamamos de Key por causa que seu nome é japônes e fica meio estranho se nós tentarmos falar o seu nome... - começou Hyde, mas foi interrompido bruscamente por Kyo.
    - Mas o Iwasaki também tem nome japonês e você o chamam pelo nome! - resmungou.
    - Bem, o Iwasaki nós tivemos que ficar tentando falar durante três meses, não queremos passar por isso de novo, mas se você não se importa, Keiou, não vamos tentar aprender teu nome, pois fica muito estranho! - bradou Oz. Kyo não entendeu direito. “Keiou” era como eles conseguiam falar seu nome?
    - Ta! Ta! Já entendi! - bradou Kyo se virando para olhar o chão. Eles agora chegavam no fim da enorme descida e viraram a uma passagem a esquerda e continuaram andando por uma rua cheia de lojas, restaurantes e algumas pensões. A rua era um pouco movimentada, em comparação com as outras, pessoas passavam e entravam nos estabelecimentos. Kyo, Hyde, Oz, Iwasaki e Jacob passaram direto pela loja “Loja de Brinquedos da Sra. Daltfire” e entraram em um barzinho chamado “Grodic's Bar”. Oz empurrou a porta de madeira frágil e eles entraram. O pub tinha várias pequenas mesas com cinco cadeiras cada. No balcão, encontrava-se o dono do local, o Sr. Deitron. Eles entraram e se acomodaram em uma das mesas. Oz se levantou com Iwasaki e os dois se dirigiram ao balcão.
    - 'Dia, Sr. Deitron, - começou Iwasaki. - O de sempre e coloca na conta do Oz.
    - Sim, sim, está bem, mas quando vocês irão parar de beber cerveja? São menores de idade! - bradou o Sr. Deitron, tirando seis garrafas de vidro levemente molhadas e extremamente geladas e as colocando no balcão.
    - O senhor nunca se preocupou com isso! - resmungou Oz.
    - É, mas vocês só tem onze anos! Quando irem para a escola vocês não poderão beber isso até os... - começou o Sr. Deitron, mas ele parou abruptamente. - M... Mas, e aquilo em cima da escola?! Viram quem foi?!
    - Foi o Key... - comentou Oz, mas ainda achou estranho o comportamento do Sr. Deitron.
    - O que era aquilo Sr. Deitron? - perguntou Iwasaki olhando para o Sr. Deitron como se ele soubesse realmente o que era aquela forma que o rojão materializou no céu.
    - Bem... Hum... Certo, vou dizer... Bem... Erm... Peguem uma cadeira meninos... Vou sentar-me com vocês e contar a verdade... - murmurou o Sr. Deitron com um tom de preocupação na voz. Ele pegou uma garrafa de vidro atrás do balcão e equilibrou as sete garrafas nos braços e as despejou na mesa onde Kyo, Hyde e Jacob haviam se sentado. O Sr. Deitron despejou as garrafas de cerveja e a sua própria. Iwasaki puxara mais uma cadeira para o Sr. Deitron se sentar. Ele respirou fundo. Retirou um pedaço de madeira do bolso interno do avental... Uma varinha... Ele a apontou para a mesa e murmurou:
    - Relaxo!
    As rolhas das garrafas foram arremessadas para cima o Sr. Deitron não guardou a varinha. Pelo contrário, a apontou para o balcão e então murmurou.
    - Accio caixas de varinha!
    Cinco pequenas caixas levitaram no ar e pararam no mesa, onde desceram suavemente. O Sr. Deitron fez outro exagerado movimento com a varinha e uma formiga que passava pela mesa se transformou em um cálice de cristal. Ele despejou um pouco do líquido vermelho sangue na taça e tomou um grande gole. Ele observou os garotos. Estavam todos sentados, olhando o Sr. Deitron com os olhos arregalados.
    - Calma garotos, explicarei logo... - murmurou o Sr. Deitron. Tomou outro gole. - Vocês... São bruxos...
    Kyo deixou exclamar um palavrão, Hyde se engasgou com a cerveja, Iwasaki levou a mão a boca, provavelmente segurando um vômito, Jacob chutou a mesa e Oz simplesmente arregalou os olhos e bebeu a garrafa de cerveja em um único gole.
    - É... Bruxos... Vocês nunca se perguntaram, porque, todos os anos, nesta época, os alunos de seu atual ano não voltam para a escola? Hun? - exclamou o Sr. Deitron. - Nunca se perguntaram, porque Kyo certa vez, botou fogo no meu avental na primeira vez que vocês vinheram aqui? HEIN?!
    Os garotos estavam pasmos demais para responder. É claro que o Sr. Deitron estava ficando caduco e devia ter bebido antes daquela conversa.
    - Sei o que estão pensando garotos... Sou um exímio Legillimens... - comentou o Sr. Deitron. - Não, não estou bêbado... Acreditem, vocês de fato são bruxos... Nunca repararam que coisas estranhas aconteciam ao seu redor, quando estavam zangados ou assustados? Hein?! Mas, infelizmente, apenas Kyo foi aceito em Hogwarts...
    Era informação demais. O cérebro de Kyo não assimilou tudo de imediato. Hyde estava bebendo da garrafa sem parar. O Sr. Deitron tomou outro gole.
    - Meu nome não é Arnoldo Deitron... Não... Meu nome real, é Aberfoth... Aberforth Dumbledore... Professor de transfiguração de Hogwarts...
    - Sr. Deitron... - começou Kyo.
    - Prof. Dumbledore, Kyo...
    - Prof. Dumbledore (Kyo teve desgosto), o que é Hogwarts, e... Se somos bruxos, prove...
    - Ah! Sim! Sabia que iriam duvidar não é? Sim... Eu sabia... Hogwarts, é a mais famosa escola de bruxaria do mundo... Meu irmão, Alvo, foi um dos mais queridos diretores de Hogwarts, mas hoje em dia, aquela gata sarnenta da Minerva tomou pose da diretoria... Bem, provar que vocês são bruxos é simples... Seus pais encomendaram essas varinhas (o Sr. Deitron apontou para as caixas) antes do desaparecimento do Sr. Olivaras, o maior fabricante de varinhas do mundo bruxo... Bem, elas já pertencem a vocês e seus pais a confinaram a mim, mas... Pelos acontecimentos dos últimos anos, em que vocês se meteram em várias , herm... confusões, seus pais decidiram levá-los para escolas diferentes... Kyo, irá para Hogwarts, aqui mesmo na Grã-Betanha, Oz irá para Durmstrang, na Bulgária, Hyde irá para Voldenbark, na Espanha, Iwasaki irá para Shirama, no Japão, e Jacob para Beaxbatons, na França... Agora, abram as caixas...
    Os garotos obedeceram. Eles tiraram as varinhas e então o Sr. Deitron disse:
    - Cada uma de suas varinhas foram feitas de um jeito especial, vocês as testaram já faz dois anos, mas é claro, suas memórias foram apagadas por aqueles cachorros do ministério... Mas, bem... Peguem as varinhas e vamos a uma rápida aulinha, quero que vocês fiquem preparados, pois vocês sempre arrumam...
    - Mas é a... - começou Kyo.
    - Mas é a encrenca que sempre encontra vocês... Certo, Potter dizia isso... Sim... Potter... Harry Potter... Sim... Mas, tudo bem, agora... Sim... Kyo, sua varinha tem vinte e nove centímetros, com pena de Agoureiro, Hyde, a sua é feita de pele de trasgo e tem vinte e cinco centímetros, Oz, a sua é feita de pelo de Acromântula e tem vinte e oito centímetros, Iwasaki, a sua é feita de couro de dragão e tem trinta e dois centímetros e a sua, Jacob, feita de restos de Cinzal e tem dezenove centímetros...
    - Os garotos apanharam as varinhas. Kyo examinou a sua atentamente. Realmente funciona? Pensou.
    - Sim, realmente funciona Kyo... - exclamou o Sr. Deitron. - Tomem...
    O Sr. Deitron levou as mãos para baixo da mesa e retirou cinco livros extremamente surrados. Ele deu um a cada um dos garotos. Kyo examinou a capa do seu. Era um exemplar de dois mil e quatro do livro “Defesa e Brincadeiras Com Magia” de Jorge Weasley.
    - É um livro feito por um bem sucedido senhor dos logros e brincadeiras... Escreveu logo a morte do irmão gêmeo, ao qual o ajudou muito nos logros inventados na loja... Em sua homenagem, ainda deixou o nome da loja como antes... Gemialidades Weasley... Ficou em depressão logo após a perda, mas se recuperou e escreveu este livro, em que ele fala de feitiços de defesa muito bons e também feitiços que ele achou engraçados... Os treinarei aqui com esses feitiços... Mas lembre-se! A partir do momento em que pisarem em suas escolas, não poderão fazer magia fora dos terrenos da escola até os dezessete anos... Mas agora, abram o livro na página quinze... - disse o Sr. Deitron. Os garotos abriram o livro, ainda achando estranho a ordem e tudo o mais. Kyo correu os olhos pela página.


    Feitiço Estuporante – Feito para paralisar temporariamente o inimigo. Achei particularmente útil o feitiço contra inimigos burros, e também são bons para azarar trouxas desavisados!”


    Kyo terminou de ler e olhou para os outros. Também já haviam lido.
    - Certo, o feitiço estuporante é muito útil... Levantem-se e poderemos treiná-lo um pouco antes de irem para casa... - disse o Sr. Deitron se levantando com a varinha em punho. Os garotos também se levantaram e empunharam as varinhas. Com um movimento de varinha do Sr. Deitron, as cortinas das janelas foram corridas e velas foram materializadas e então, acessas. Os garotos olharam para o Sr. Deitron.
    - Bem, Hyde,venha até aqui e fique a dois metros de distância de mim para fazer uma demonstração... - disse o Sr. Deitron cheio de energia. Hyde se aproximou com receio. O Sr. Deitron apontou rapidamente a varinha para Hyde e então gritou:
    - Estupefaça!
    Um relâmpago vermelho saiu da varinha do Sr. Deitron e acertou Hyde no peito, que rodopiou e caiu no chão com um estampido. Kyo olhou para Hyde. Estava branco e paralisado. O Sr. Deitron se aproximou de Hyde e então apontou a varinha para o peito de Hyde e murmurou:
    - Enervate...
    Um fio vermelho penetrou no peito de Hyde e ele suspirou, como tivesse acabo de sair debaixo d'água. O Sr. Deitron olhou para os garotos. Estavam assustados. O Sr. Deitron resmungou alguma coisa e então apontou a varinha para Oz. Kyo rapidamente pegou o livro e o foleou rapidamente e achou um feitiço ao mesmo tempo que o Sr. Deitron gritou:
    - Expelliarmus!
    A varinha de Oz foi arremessada de sua mão. Ele apontou a varinha para Kyo. Ele leu rapidamente a página que achou:


    Feitiço Escudo – Bom para se defender de azarações e feitiços não muito fortes. Diga 'Protego!' e ficará protegido. 

    Kyo levantou a varinha e arremessou o livro contra a parede, quando o Sr. Deitron gritou:
    - Incarcerous!
    Ao mesmo tempo, Kyo ergue a varinha e berrou desesperado, pensando tomara que funcione... tomara que funcione... funcione!
    - PROTEGO!
    As cordas que saíram da varinha do Sr. Deitron recochetearam em uma proteção invisível na frente de Kyo.
    - Muito bom Kyo! - disse o Sr. Deitron, aplaudindo. - Certo, continuemos então!
    A aula se prolongou por no mínimo três horas. O Sr. Deitron ensinara aos garotos alguns feitiços. Expelliarmus, para desarmar o oponente, Estupefaça, para estupidificar o oponente, Impedimenta, para parar o uso de um feitiço, Colloportus, para trancar portas, Alohomora, para destrancar portas, Reducto, para desintegrar objetos, Reparo, para consertar objetos, Wingardium Leviosa, para fazerem objetos flutuarem, Rictusempra, azaração do riso, Petrificus Totalus, para paralisar, Lumus, para criar luz, Enervate, o contra-feitiço do feitiço estuporante, Protego, para desviar ataques, Aqua Eructo, para conjurar água da ponta da varinha, Incendio, para criar fogo, e finalmente ele começou a ensiná-los o último feitiço.]
    - Muito bem garotos, o próximo feitiço não é tão simples... É muito complicado, mas extremamente útil... Ergam as varinhas!
    Kyo ergueu a sua. Tinha o nariz sangrando, pelo feitiço estuporante realmente exagerado de Iwasaki. Os outros também o fizeram e todos as apontaram para o Sr. Deitron.
    - Virem essas coisas para o outro lado! Esse feitiço chama-se Accio... É o feitiço de convocação... Apontem a varinha para o local onde o objeto está e ele virá até você! Agora, apontem para essas xícaras... - o Sr. Deitron conjurou algumas xícaras de plástico em cima de banquinhos de madeira. Um após o outro, tentavam chamar as xícaras. Os gritos, murmuros e berros de Accio!, encheram a sala em segundos e cessaram com um berro de Oz, que conseguira fazer sua xícara tombar do banquinho. Após mais meia hora de treino, Hyde conseguiu fazer com que a xícara andasse meio caminho até ele antes de cair no chão. Após mais meia hora, o Sr. Deitron gritou:
    - IMPEDIMENTA!
    Todos os feitiços cessaram. Os garotos recolheram as varinhas e olharam o Sr. Deitron.
    - Muito bem, podem ir para casa... Kyo, o vejo em Hogwarts, para os outros, os vejo nas férias de verão... Adeus! - e com um movimento de varinha, todos os instrumentos que eles usaram desapareciam, as cortinas se abriram, a porta do bar se escancarou, as mesas voltaram a seu lugar, as garrafas vazia dos garotos se encheram novamente e voaram para dentro do balcão. Os garotos guardaram as varinhas nos bolsos das calças.
    - Bem, suas aulas vão começar em primeiro de setembro... Receberão as cartas logo e perguntem a seus pais como ir até o Beco Diagonal... - disse o Sr. Deitron.
    Todos saíram dizendo “tchau” para o Sr. Deitron e se afastaram do bar depressa.
    - Bruxos! Nunca imaginei isso! - explodiu Iwasaki enquanto passavam pela estátua de Godrico Gryffindor. - Somos bons! Somos mágicos! Somos-
    - Normais... - interrompeu Jacob. - Para Godric's Hollow somos normais... Todos aqui são bruxos não?
    - Receio que sim... - murmurou Kyo. - Bem, nos vemos no tal Beco Diagonal se tivermos sorte não?
    Os garotos deram risadas e saíram pelo lado oposto de Kyo, que entrou novamente no escuro beco. Passou pelo beco e andou calmamente até passar pelo cemitério. Decidiu visitá-lo e ver o túmulo de seu avô, Hatamashiro Souchiro. Ele entrou dentro do cemitério e viu milhares e milhares de túmulos e foi passando por eles e parou em um túmulo ao lado de um com um estranho símbolo que Kyo sabia pertencer a família Peverell. Na lápide, estava gravada o enorme brasão com dois falcões entrelaçados do clã Souchiro. Lia-se sobre a envelhecida lápide de mármore “Souchiro, Hatamashiro. Pai, Filho, Marido. Inventor do R.V.A.”. Kyo ia até o cemitério e visitava o túmulo de seu avô e lia essa mesma frase sempre. “R.V.A.”. O que significa? Nem Kyo sabia. Ele se levantou e saiu do cemitério. Foi andando até sua casa. Ele parou ao ver a marca do rojão em cima de sua casa.
    - Muito engraçado pessoal... - murmurou. Kyo tentou abrir a porta. Não abriu de primeira. Ele tentou forçar entrada. Não conseguiu também. Tentou chutar a porta, mas nada acontecia, a porta ficava intacta e fechada. Ele puxou a varinha e olhou para os lados. Deu uma batidinha na maçaneta com a varinha e murmurou Alohomora!. A porta se escancarou em sua frente. A primeira visão que teve, foi estranha. A cozinha toda bagunçada. Os móveis virados para baixo, o fogão pegava fogo, parte da casa desabara. Ele apontou a varinha para o fogão e então murmurou Aqua Eructo!, fazendo um jato de água ser expelido de sua varinha e apagar o fogo.
    - Mãe? Pai? - chamou. Não houve resposta. Ele Ouviu movimento dentro dos escombros. Girou nos calcanhares e apontou a varinha automaticamente para os escombros e berrou:
    - Petrificus Totalus!
    Ele se aproximou do local. Retirou os escombros de madeira e viu um homem deitado no chão, paralisado por seu feitiço. O homem tinha cabelos ruivos e grandes, seus olhos eram fundos e negros. Haviam vários cortes em seu rosto.. Parecia que não dormia há dias e estava muito pálido. Kyo fez um movimento com a varinha, fazendo o homem poder se mover novamente, que sacou a própria varinha e apontou-a para Kyo.
    - Encar...
    - EXPELLIARMUS! - bradou Kyo, fazendo a varinha do homem ser lançada de sua mão e bater na parede. - Accio varinha!
    A varinha do homem voou e pousou suavemente na mão livre de Kyo. O homem cambaleou e se colocou de pé.
    - Quem é você? - gritou o homem. Sua voz era rouca e fraca.
    Kyo reparou que seu pulso direito estava machucado.
    - Eu que lhe pergunto! Onde estão meus pais?! - bradou Kyo, ainda apontando a varinha para o peito do homem. O homem o encarou por um momento antes de falar.
    - Kyo não é? Desculpe a invasão... Sou Gui Weasley, me desculpe o transtorno... - disse o homem estendendo a mão para Kyo. Ele não se moveu.
    - Você fez isso? Onde estão meus pais? - perguntou Kyo, ainda apontando a varinha para o peito do homem. O homem o encarou.
    - Não, não fui eu... Vim atrás de quem conjurou a marca negra, e fui atingido por um feitiço – explicou Gui. Kyo abaixou levemente a varinha.
    - Sou da Ordem da Fênix... Vim aqui ver o que acontecera e quem conjurou a marca negra... - continuou Gui, mas Kyo o interrompeu.
    - Cade os meus pais?! - berrou. Gui o encarrou e então estendeu a mão. Kyo hesitou, mas lhe devolveu a varinha.
    - Obrigado! - murmurou. Gui guardou a varinha no bolso interno de suas vestes laranja berrante.
    -Bem, seus pais, eu receio que...
    Craque! Uma mulher de cabelos longos e prateados apareceu na frente de Gui Weasley. Era muito bonita e seus cabelos refulgiam a luz do sol. Fleur Delacour balançou seus lindos cabelos e se dirigiu a Gui.
    - Gui, tu mãe está preocupada... Tu pai também, querem saber o que aconteceu aqui! A Marrca Negra dentro da casa de Souchiro! Quê desastrê! Quando Souchiro saber disse, ele ficara furiose! - exclamou Fleur. Seu sotaque frânces era pouco perceptível. Gui murchou e então abaixou a cabeça, olhando para o chão, quando ele pronunciou as palavras que chocaram Kyo e Fleur e os fizeram derramar lágrimas:
    - Fleur... Eles foram... Assassinados por Augurey...


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