Trabalho em Dupla!



-- Bom dia classe sou o Professor Slughorn e ensinarei Poções. Vamos começar com uma bem simples: Poção Estimulante, alguém pode me dizer para que serve esta poção?


Duas mãos foram erguidas, Hermione e Severo.


-- Vejo que tenho dois bons alunos aqui, mas responda-me você Srta. —disse Slughorn apontando para Hermione.


--A poção estimulante é muito útil para os bruxos que precisam recarregar suas energias após um longo tempo fazendo magias, já que o efeito da poção é simplesmente estimular o poder do bruxo, seu inventor foi Glover Hipworth.


-- Maravilha, maravilha, cinco pontos para Sonserina. – disse todo sorridente Slughorn – Agora, em duplas, comecem a poção, os ingredientes e modo de preparo estão em seus livros na pagina 10.


A morena quase protestou quando ele adicionou pontos a Sonserina, mas lembrou-se a tempo de que agora essa também era sua casa.


Hermione estava sentada sozinha em uma classe quase em frente a do professor, enquanto Severo estava só em uma classe ao fundo da sala de aula. Isso não passou despercebido aos olhos de Slughorn que logo se intrometeu:


-- Hein menino como é o seu nome? – perguntou o professor ao garoto pálido que o encarava com cara de poucos amigos.


-- Severo Snape Senhor. – respondeu Snape, entendendo aonde o professor queria chegar, pois notou que Hermione estava sozinha na frente da sala.


-- Pois bem Snape junte-se a sua colega ali.


Hermione corou da cabeça aos pés, faria uma poção em dupla com Severo Snape, o maior Mestre de Poções de todos os tempos.


--“Calma garota, aqui ele é apenas um aluno como todos os demais, e quer saber eu estou em vantagem, pois já sou na verdade uma aluna do 7º ano.” – pensou Hermione enquanto Snape arrumava suas coisas na classe ao seu lado.


-- Vamos dividir as tarefas? – questionou Snape sem a encarar.


-- Vamos sim. – Hermione respondeu, mas também não o olhou, pois sabia que se fizesse isso ficaria vermelha qual um pimentão.


Sem dizer mais nada Severo começou a transformar em “pó” os chifres de bicórnio na quantidade necessária para a poção, sendo assim sobrou para Hermione picar as raízes de mandrágora.


-- Pronto. – Snape disse assim que terminou sua parte.


-- Pronto.


Hermione ligou o fogo e colocou o caldeirão, que deveria ser de cobre, sobre este, assim que a água começou a ferver ambos adicionaram ao mesmo tempo a raiz de mandrágora, agora picada, e o chifre de bicórnio em “pó”. Cada um mexeu o caldeirão por cerca de 5 minutos até que a poção ficou completamente homogenia, assim que essa esfriou, colocaram uma amostra em um frasco e entregaram ao professor.


-- Vocês fizeram um ótimo trabalho, a cor esta excelente, amarelo claro e a textura esta ótima. Sabe vocês formam uma boa dupla. – parabenizou-os Slughorn olhando incrédulo para a perfeição que tinha em suas mãos. (perfeição, pois os demais alunos não chegaram nem perto de um resultado tão bom).


Os dois foram então liberados por Slughorn.


-- Você trabalha bem com os instrumentos. – disse Snape enquanto seguiam o caminho até a sala comunal da Sonserina.


-- Obrigada, você também. – respondeu Hermione um pouco surpresa com o elogio que o garoto lhe fez.


-- Bem eu sempre ajudei minha mãe com as poções que ela fazia, - experiências-, então não é grande coisa que eu saiba tanto, mas e você da onde tem experiência? Seus pais também trabalham com poções?


-- Não... Quer dizer sim, sim meu pai da aula de Poções numa escola na França. – Hermione respondeu afobada, ficou com medo que ele tivesse notado sua hesitação, pois ela não gostava de contar mentiras, mas Dumbledore disse que tudo era importante até os mínimos detalhes.


-- E sua mãe faz o que?


-- Bem minha mãe é trouxa e abandonou meu pai, logo que nasci, pois não queria criar “um monstro”, como ela dissera. Nunca a conheci.


Hermione mentira ao dizer que o pai era bruxo, pois ele não o era, mas sua mãe realmente o abandonara quando ela nasceu -mas não foi por ela (Hermione) ser uma bruxa, afinal disso ela não teria como saber sendo a garota ainda um nenê- mas sim porque o casamento deles não estava indo bem e ela não queria ter filhos, pois não se achava capaz de ser mãe.


Severo notou que a garota estava perdida em pensamentos, por isso tocou em seu ombro para alertar que haviam chegado frente à entrada da Sala Comunal.
Isso a fez saltar assustada, pois tinha se esquecido completamente onde estava e na companhia de quem.


-- Desculpe-me Hermione, é esse seu nome não é? Ouvi quando você se apresentou hoje no café da manhã.


-- Sim. – foi só o que conseguiu dizer, pois quando Snape a tocou no ombro um choque percorreu seu corpo a paralisando.


-- Você esta bem? – Snape se aproximou dela mais ainda para verificar; tinha uma expressão realmente preocupada.


Hermione paralisou-se mais ainda diante da maior aproximação de Snape, só o que se movia sem dificuldade era seu coração que parecia querer saltar-lhe do peito. Ela estava confusa, afinal ele era apenas uma criança, não era o mesmo que aquele homem que ela conhecia, então porque todas essas sensações?
Em meio a esses pensamentos sentiu-se cair e tudo ao seu redor sumiu, tinha desmaiado.


-- Srta acorde, você esta na Ala Hospitalar, nossa medibruxa cuidara de você. – era voz de Dumbledore que a acordava.


Estava deitada em um leito distante dos demais, e a cortina estava completamente fechada ao redor da cama. Hermione olhou para Dumbledore, como que pedindo explicação ao que lhe ocorre na companhia de Snape, mas este apenas a fitava divertido.


-- Que bom vê-la acordada, você ficou desacordada a tarde inteira. – disse-lhe o diretor enquanto fitava o sol lá fora se pondo entre as nuvens.


-- O que? Eu passei uma tarde inteira desacordada? E as aulas que eu perdi e agora, a Professor McGonagall vai me matar, e o Professor Lupin sempre deixa tarefas de casa enormes pra fazermos. Estou ralada. – disse Hermione desesperada ao diretor.


-- Tenha calma minha querida, Lupin ainda não é um professor, e a professora Minerva não se importará com essa sua ausência, depois que você mostrar do que é capaz de fazer nas próximas aulas. – Dumbledore falou a fim de situá-la no tempo e acalmá-la.


-- Lupin não é professor... – ela se interrompeu em meio à frase, ao se lembrar onde estava.


-- Vejo que se lembrou de tudo novamente.


-- Sim lembrei. –respondeu Hermione cabisbaixa.


-- Hermione minha criança, não esqueça que por hora você tem de manter unidos Snape e Lilian.


-- Professor, falar em Lilian, onde ela esta?


-- Você ainda não a viu, pois perdeu a aula que teria em companhia da Grifinória hoje a tarde, mas a vera em breve, ela é bastante popular pela inteligência, acho que vocês três,-- Snape, Lilian— serão ótimos amigos, bem vou me retirar acho que você também já pode sair assim que comer alguma coisa, pois esta sem comer a tempo.


Não gostou nada de fazer o caminho sozinha até a sala comunal da Sonserina, muito menos de dizer “Sangue Puro” como senha, não lhe agradava em nada fazer parte daquela turma, mas tinha de ser assim então respirou fundo e entrou em um lugar até então desconhecido para ela.


A Sala Comunal era um aposento comprido e subterrâneo com paredes de pedra rústica, forradas de quadros e tapeçarias, do teto pendiam correntes com luzes redondas e esverdeadas. Ao se acostumar com a luminosidade estranha do local, prestou melhor atenção aos detalhes, o ambiente era aquecido por uma grande lareira rodeada de sofás pretos, e ao seu redor, sentados, estavam alguns alunos mais velhos jogando xadrez bruxo. Em outro lado da sala, sentado em uma poltrona, estava Snape, que quando a viu entrar parou de ler seu livro para prestar atenção às reações da garota.


Hermione decidiu que ficar parada logo a entrada não era o melhor se não queria chamar atenção, por isso visualizou a poltrona em frente àquela que Snape estava e andou apressada até lá sem olhar ao redor, estava completamente perdida ali dentro, sentindo-se deslocada e desconfortável.


-- Vejo que esta melhor, que bom. – Severo disse olhando pela primeira vez em seus olhos.


-- Obrigada. – agradeceu ela, enquanto olhava o livro que ele tinha em mãos.


Snape notando o interesse da garota no livro que agora estava fechado em seu colo resolveu fazer mais perguntar àquela garota que lhe lembrava alguém, mas que ele ainda não sabia quem.


-- Hermione você disse que seu pai é professor de Poções na França, então porque você não foi estudar nessa mesma escola? – pelo tom do garoto ele parecia realmente intrigado.


-- Bem vamos dizer que estou fazendo um intercâmbio na escola onde meu pai estudou no passado antes de ir para a França fazer pesquisas. – Hermione estava mentindo muito, e isso não a estava agradando.


-- Você pretende seguir os passos dele?


-- Bem na verdade sim, penso em fazer o mesmo que ele, me formar aqui em Hogwarts e fazer a faculdade na França, mas tem tanta coisa pra se fazer até lá que não tenho certeza. Mas e você vai seguir os passos de sua mãe?


-- Pretendo ser Professor de Poções, mas não será seguindo os passos de ninguém, mas sim com meus próprios esforços. – Severo respondeu a isso um pouco ofendido e amargurado.


Hermione sentiu uma áurea de ódio muito grande emanar do garoto sentado a sua frente, e pode ver um pouco do futuro Snape naquela criança: olhos frios, sobrancelha arqueada e lábios apertados quase riscos naquela carranca tão familiar.


-- Desculpe se não quer conversar sobre isso podemos mudar de assunto ou mesmo ficarmos em silêncio. –falou Hermione.


-- Não é nada com você, são apenas fantasmas do passado, me assombrando, como sempre. -- ele disse isso em tom seco e rude, como que dando por encerrado o assunto “Snape” e sua vida pessoal.

Hermione calou-se de vez, esperou pra ver se ele iniciaria alguma outra conversa, mas passado alguns minutos ele apenas se despediu dizendo boa noite, mas antes de se retirar, para o dormitório, ele deixou sobre a mesinha entre as poltronas, o livro que estava lendo antes de Hermione aparecer. Ela apenas pegou o livro, e assim como ele, foi para o dormitório.


O dormitório da Sonserina era muito mais frio, por isso em cada uma havia uma pequena lareira sem falar que as cobertas eram mais grossas que as usadas no dormitório da Grifinória. A escuridão ali era maior, então tinha mais velas acessas do que ela estava acostumada, as cores também eram outras, verde e prata, ao invés dos tons vivos, amarelo e vermelho, mas com isso ela se acostumaria, o problema era não ter Gina, Rony e Harry para ajudá-la naquela situação maluca em que se metera, o pior era que eles nem sequer sabiam alguma coisas sobre os planos dela.

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