A volta II



Os raios de sol atravessaram a janela tocando-lhe o rosto com ingenuidade.


Seus olhos se abriram e percorreram o local. Aquele lugar não lhe era estranho.


A cama estava voltada para a janela. Esta era de madeira com vidraças multicoloridas;


Embaixo, tinha uma escrivaninha de madeira pura. À esquerda da cama, no vértice, havia uma lareira à lenha e alguns metros mais afastada, se encontrava a porta do quarto; À direita do leito, havia um guarda-roupa e um armário embutido mergulhado de livros e mais livros.


Parece meu quarto. - Pensou - Esses sonhos estão ficando cada vez mais lúcidos.


Dito isso, estapeou a testa distraidamente. O estalo lhe causou dor.


   -   Sonhos não causam dor - disse acariciando o local com a mesma mão que se ferira.- Preciso controlar mais a força das minhas mãos.


Com um estalo parou sua ação e olhou assustada para SUAS MÃOS.


   -   Mãos?! - disse com a voz acima do normal


Dito isso, notou algumas mechas de cabelo que caiam- lhe insistentemente sobre os olhos.


Um desespero a dominou, fazendo com que se levantasse afobadamente. O ato a fez despencar no chão.


    -  Merda ! - pronunciou


Na mesma hora Carrie, a mulher de cabelos cheios, entrou no quarto.


    -   Joon ! O que houve? - perguntou surpresa - Está tudo bem?


    -   Um espelho !..cadê? Eu preciso de um espelho - Rugiu Joon com a afobação não menos histérica


    -   Jô, se acalme. Está em casa agora - Disse a mulher ajudando-a a se levantar e pondo-a na cama


A menção de casa trouxe à tona todos os acontecimentos da noite anterior.


     -  Casa...- sussurrou desconexa.


     -  Sim. Casa. Sua casa. - Disse a mais velha com voz embargada de emoção


     - Eu...


Mas não continuou.  Tornou a levantar, desta vez com mais cuidado, e a passos vacilantes seguiu em direção ao guarda-roupa. Abriu uma das portas do canto e se admirou com o que viu no espelho retangular.  Sua pele de cera adquirira um tom mais rosado, olhos de quem acabara de acordar; seus cabelos desarrumados que iam até um pouco abaixo da cintura; Esta por sua vez, estava fina e bem torneada; A boca tremelicava de horror e admiração.


Talvez fosse uma outra pessoa -pensou ao focar a linda garota do espelho.


Mas todas as dúvidas voaram quando sua mão tocou o espelho e a garota refletida fez o mesmo.


      -   Acho que deveria considerar que essa é você mesma - Carrie respondeu com um ar risonho.


Joon não lhe deu atenção; Continuava admirando a garota; Desta vez tocou seu rosto real. A garota refletida fez o mesmo. Ambas fizeram uma careta quando tocaram o ferimento do nariz.


       -  Acho que isso definitivamente não é um sonho  - disse enquanto fechava o armário e soltava um suspiro.


      -  Em nenhum momento foi.


      -  Eu sei - Joon respondeu cabisbaixa. Retornou para a cama e sentou-se ao lado de sua companheira - Também gostaria que fosse.


     As lágrimas se projetavam em seus olhos quando Carrie avançou o espaço que as separava para lhe dar um forte abraço.


No começo, ficou um tanto surpresa, mas depois a abraçou com igual intensidade, permitindo que as lágrimas caíssem silenciosamente.


       -  Senti tanto a sua falta - declarou a mulher chorosa


       -  Sinto muito mãe


A referência a palavra mãe fez Carrie estremecer e apertá-la mais.


       - Oh! Minha menina


       - Er..mãe - Começou Joon com uma careta - Está quase quebrando meus ossos


       -  Ah ! Sim - Disse a mãe afrouxando o abraço - Está com fome?


O estômago da garota deu um ronco


       - Isso responde a pergunta - disse Carrie com um sorriso radiante e saiu apressada pela porta fazendo sinais com a varinha.


Joon suspirou e se encaminhou para o espelho, novamente se admirando.


Já fazia algum tempo que se acostumara com a idéia de se ver como um lobo; Andar sobre quatro patas, caçar ,comer animais  e com alguma sorte, conseguia restos de comida de restaurantes trouxas. Alguns achavam estranho por se tratar de um lobo, outros nem se importavam.


Sua figura virtual no espelho ainda estava descabelada e com cara amassada.


        -  Tô pior que um trasgo ! - Disse mostrando a língua para um bolo de cabelos que segurava com um certo nojo.


        -  Não se admira muito pra não enjoar - Disse Carrie divertida entrando no quarto e logo atrás uma bandeja de café- da- manhã vinha flutuando em seu encalço. Com um aceno de varinha, a bandeja se depositou sobre a escrivaninha.


        -  Só tô meio desnorteada, não sei bem o que fazer - disse timidamente


A mãe lhe deu um sorriso compreensivo


         -  Pra começar, você devia tomar um banho, porque eu e Nana fizemos vários feitiços pra tentar te limpar, mas você tava em sono tão profundo que achamos melhor só amenizar a sujeira.


        -  Fiquei sem tomar banho por 3 dias. - Disse corando


        -  Do jeito que você estava, parecia que não tomava banho a mais de mês ! - Carrie soltou uma risada para depois ficar séria -  Eu me pergunto o que você andou fazendo esses anos.


        Joon a encarou, ela realmente parecia magoada, também não era pra menos -pensou-  A filha some durante dois anos e reaparece a hora que bem entender. Mas, eu precisava, precisava disso pra conseguir levar a vida, fugir dos problemas, das...- engoliu em seco-  perdas.


        - Mãe, eu..eu - a menina começou. Ora abria a boca tentando falar ora tentava demonstrar em gestos enquanto procurava explicar mas, quando viu que nada ia sair, resolveu se calar.


 A mãe suspirou longamente.


       -   Não. Deixa. Eu não devia perguntar isso. Não agora. - Ela começou andando até onde Joon estava e segurou suas mãos - Você voltou. Isso é o que realmente importa.


A morena forçou um sorriso e confirmou com a cabeça.


        -  Pra ficar? - Carrie questionou receosa


A garota não tivera tempo de pensar sobre isso. De início, ela nem sequer entendeu o porquê de ter voltado. Não era o que ela queria, ou...era?


        - J. ? - a mãe perguntou um pouco mais ansiosa.


Melhor não lhe causar mais sofrimento - Pensou – ainda.


       - Sim - Disse por fim, com um sorriso sincero o suficiente pra causar uma certa surpresa em Carrie e até na própria Joon


       - Ótimo - Carrie pronunciou radiante. -Agora melhor você ir se endireitar. Você está um caco, além do mais, precisa cortar esse cabelo e fazer as sobrancelhas. Falou pensativa observando a pessoa a sua frente.


        - Ok - concordou indo em direção ao banheiro


A casa em si continuava a mesma, exceto por algumas mobílias novas, alguns cômodos pintados de outra cor e até uma nova reorganização da posição dos móveis.


Quando os primeiros jatos de água a atingiram, uma sensação de prazer trespassou por todo o seu corpo.


À medida que água levava consigo toda a sujeira, seus pensamentos se clarearam em igualdade.


Talvez devesse se dar uma nova chance e dar uma chance para Carrie que sofreu em dobro.


O rumo desses pensamentos a fizeram lembrar da ultima conversa que tivera com Dumbledore.


 


 ~*~*~*~*~* flashback  ~*~*~*~*~*


 


Joon observava a curiosa sala a sua volta. Vários quadros vivos dos antigos diretores de Hogwarts, o chapéu seletor em cima de uma estante com livros, delicados instrumentos de prata se encontravam sobre mesinhas de pernas finas. A fênix ,que ocupava seu suporte dourado, a observava serenamente; Seus olhos a fizeram se lembrar ocasionalmente dos azuis de Dumbledore e de seus óclinhos de meia lua.


A lareira vazia irrompeu em chamas verde-esmeralda, fazendo Joon dar um salto pra trás e olhar o homem que girava no interior da grade. Quando a figura alta de Dumbledore deixou o fogo, o enjôo de ansiedade que a havia dominado ao receber o recado do professor, novamente incrustava em seu estômago.


 - Ah, Srtª Brooks, Vejo que o Sr. Fenton deu meu recado - Disse Dumbledore sorridente


- Com todo respeito professor, não acho que desrespeitar uma ordem sua seria uma boa idéia para os alunos.


Seu sarcasmo era evidente.


- Talvez isso não seja um problema para a senhorita


A menina o encarou sem dizer nada


 -  Creio que já sabe sobre o assunto do qual gostaria de tratar - Dumbledore continuou - por favor, sente-se.


Joon hesitou, então se sentou na cadeira diante da escrivaninha.


-  Bom, Joon, ambos sabemos o que anda planejando e devo pedir que reavalie suas opções - Disse Dumbledore calmamente


-  Eu já me decidi.


-  Acha sensato ocasionar uma outra dor à Carrie ? - Disse tranqüilamente


- Ela vai entender - disse Joon


- Momentos de perda não são os melhores para as pessoas compreenderem. São nestas ocasiões que todos deveriam se unir mais do que já estavam.


O arrependimento enchia o peito de Joon, dando pequenas fisgadas ao raciocinar em cima de suas palavras.


- Já me decidi professor e nada que o senhor fale poderá mudar isso -  disse forçando uma voz dura, mas saiu dando a entender que suas palavras não coincidiam com seus sentimentos .


- Eu entendo como se sente -Dumbledore disse mansamente


- Não, o senhor não entende -Sua voz saiu um pouco acima do normal


Um dos quadros às suas costas soltou um sonoro bufo


- Que audácia.


Uma voz que Joon reconheceu como sendo de Fineus Nigellus


- Não precisa fugir para esconder o que sente, Joon. Não há vergonha sentir dor por amar alguém


- Amar! E o que o senhor sabe sobre o amor?


- Amor; Foi o maior foco de Carrie. Ela lhes ensinou que amar é o melhor investimento de uma vida.


- E de quê adiantou? - Joon tremendo de raiva se levantou bruscamente, derrubando a cadeira no chão -O senhor não faz a menor idéia...o senhor não sabe...


-  Que é que eu não sei? - Perguntou dumbledore calmamente


-  Eu não quero mais falar sobre isso


-  Joon, sofrer assim prova que você é um ser humano! Faz parte da sua humanidade..


-  Então eu não quero mais ser humana - Urrou se afastando indo em direção à porta.


-  Ellen gostaria que vocês ficassem juntas


Joon parou  de costas, segurando a maçaneta.


-  Ellen... está morta - disse deslizando suas mãos da maçaneta e encarando o chão. Lágrimas brotavam na lateral de seus olhos - Não tente me aconselhar com palavras que o senhor mesmo não segue.


Dumbledore a estudou por um longo minuto. Apesar das acusações de Joon, sua expressão continuou bondosa.


-  Todos cometemos erros, mas cabe a nós a tarefa de fazer da queda um passo de dança. Joon, de tudo, só restam três coisas: a certeza de que sempre estamos começando, a certeza de que sempre será preciso continuar e a certeza de que sempre seremos interrompidos antes de terminar. Faça dessa interrupção um caminho novo.


-  É o que estou tentando fazer - disse Joon tentando transmitir indiferença


Dumbledore a observou sobre seus óculos de meia lua


-  Quando pretende ir ?


-  O senhor tentará me impedir?


-  Se essa for sua vontade, não a impedirei -  Disse Dumbledore brandamente dando as costas a Joon e olhando o céu pela janela.


-  Já se perguntou o porquê disso acontecer?


-  Do que o senhor está falando?


-  Durante séculos grandes mentes bruxas tentaram desvendar os mistérios da magia. De onde surgimos, da essência que nos faz desenvolver habilidades superiores às de quem não é bruxo - Arqueou Dumbledore desviando seu olhar para Joon -Nunca se questionou sobre isso? essa capacidade de se transformar em um lobo?


-  Animagia não é uma coisa rara.


- Certamente que não, mas o seu é um caso a parte. Normalmente, um bruxo se torna um animal que condiz com sua personalidade, entretanto, registros antigos indicam que há 150 anos algumas gerações de uma mesma família tinham a capacidade de se transformarem em um mesmo animal. Quando essa informação chegou ao ministério, o próprio ministro decidiu mandar membros do Departamento para a Regulamentação de Criaturas Mágicas e do Departamento de Mistérios para averiguar mas, por alguma razão, eles não encontraram nada.


- E o senhor acha que essa família seria a minha?


- Eu tenho algumas teorias a respeito. Mas sim, creio que seja.


Joon observava o professor a sua frente. Dumbledore nunca fora a mente mais clara entre o corpo docente; Suas palavras também não ajudavam muito e agora não seria diferente. Ele sempre enxergava além.


-  Isso não faz sentido algum. Não sei de mais ninguém que se transforme em lobo.


-  Não sabe porque você é a única nos últimos 50 anos - Disse Dumbledore com simplicidade - Mas, por hora, deixemos por isso mesmo.


-  Mas pensei que o senhor... -começou Joon, mas Dumbledore a interrompeu


-  Se precisa ir. Vá. Mas devo lhe pedir que deixe sua varinha comigo quando for.


-  Deixar minha varinha?  -Perguntou a garota incrédula


-  Certamente. Prometo que a guardarei em segurança. Preciso que me confirme se está de acordo.


-   Tudo bem.


A expressão divertida de Dumbledore reassumiu seu lugar.


-  Não se preocupe. Quando retornar, prometo que devolverei.


 


~*~*~*~*~* Fim do flashback ~*~*~*~*~*


 


Como ele tinha tanta certeza de que eu voltaria?


-  Joon?


A alusão de seu nome fez quebrar seus pensamentos.


-  O que?


- Eu trouxe uma toalha e se você quiser, podemos sair e comprar algumas roupas porque eu acho que as suas antigas não devem servir mais.


-  Tudo bem. Obrigada mãe.


Carrrie sorriu grandemente. Pelo jeito, ainda não devia ter se acostumado com a idéia da palavra mãe.


-  Er.. mãe ? -Perguntou Joon


-  Sim?


-  Pode me ajudar depois com o cabelo? Eu tô se a minha varinha - Perguntou olhando estreitamente pela porta do boxe.


 


 


-  Pronto. O que você achou? - Perguntou Carrie às costas de Joon segurando-a pelos ombros


-  Ficou legal - Disse virando a cabeça de um lado para o outro para enxergar o corte - mas não dá pra ter uma idéia com o cabelo molhado.


- É tem razão, espera - Disse apontando a varinha pro cabelo de Joon e com um movimento fez esta soltar jatos de ar quente.


Conforme os fios iam secando, ambas puderam ter uma visão mais clara do corte.


O comprimento ia um pouco abaixo dos ombros. Uma franja longa, no lado direito, compunha a estrutura de seu cabelo castanho-avermelhado. O médio bem desfiado criava a impressão de volume na parte superior da cabeça lhe dando um ar selvagem.  Ficou incrível ! - Sorriu Joon - Se você não fosse medibruxa, poderia se tornar uma beleza mágica.


-  Isso porque você não viu os estragos que eu fazia em Nana e Margareth no começo.


Mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, a porta do banheiro se abriu lentamente.


-  Desculpa entrar assim Car mas...oh ! Você está linda querida - Interrompeu-se Nana


-  Obrigada Nana - Disse Joon com um sorriso para a mulher


Nana sorriu pra ela por um instante e depois voltou a encarar Carrie.


-  Car, Molly Weasley está aqui querendo falar com você; Arthur sofreu um acidente com o motor enfeitiçado.


-  Ok, já estou indo - Disse Carrie - J. eu vou resolver isso e quando voltar vamos sair tá certo?


- Sem problemas.


Carrie saiu apressada do banheiro com Nana ao seu lado.


Talvez seja melhor eu procurar algo pra vestir - Pensou enquanto se enrolava na toalha e ia para o quarto.


No intervalo de tempo em que se trancara no quarto e começava a se desenrolar, um rolo de  chamas verde-esmeralda se materializou na lareira durante alguns poucos segundos dando espaço para uma figura alta e desengonçada; Seus cabelos muito ruivos liberaram uma nuvem de caliça quando agitadas por suas mãos brancas repletas de poeira.


A presença de Joon só foi notada quando este finalmente encarou o quarto.


Joon segurava a toalha com uma mão enquanto a outra se agarrava a um garfo.


As orelhas de Rony ficaram intensamente púrpuras.


- Quem é você? O que está fazendo aqui? - Disse Joon apontando o objeto pontiagudo em direção a Ron.


- Er..eu.. eu - Começou - Eu acho que caí na lareira errada


- Quem é você? - Perguntou Joon com voz visivelmente raivosa


- Rony Weasley - Disse ele procurando secretamente a varinha.


- Weasley. Eu saiba. Os ruivos. -Disse suavizando um pouco a expressão, mas sem baixar a guarda - Não precisa tentar me lançar um Obliviate. Molly Weasley está uma lareira abaixo de você


As orelhas de Rony estavam da cor de seus cabelos.


- Será que você pode..- Começou Joon indicando a porta


Rony não disse nada, apenas seguiu o caminho que a garota indicou e sumiu de vista.


Que desligado, nem sabe acertar uma lareira, ainda mais com pó de flú. - Pensou colocando o talher de volta na bandeja de café- da- manhã que a essa altura, já devia estar frio.


A porta foi batida.


- J. ? Tá ai?  - Nana perguntava receosa


- Claro - Disse indo destrancar a porta


- Você está bem? O menino Weasley não fez por mal


- Eu sei que não. Não se preocupe com isso. Na verdade eu queria ter alguma coisa para vestir.


- Car guardou todas as suas roupas. Quem sabe alguma ainda sirva em você.


Joon experimentou todas as roupas e para sua surpresa, grande parte delas ainda lhe caiam bem.


No fim, resolveu optar por um jeans velho, uma camisa azul de manga comprida, um casaco de algodão ,sem mangas ,da cor preta e um touca de crochê cinza.


- Ainda está com fome? Eu posso preparar alguma outra coisa ou esquentar essa daqui - Disse Nana apontando para a bandeja.


- Não estou mais com tanta fome assim não Nana. Obrigada.- Falou Joon - Pra onde minha mãe foi?


- Ela foi nos Weasley. Arthur e os objetos trouxas enfeitiçados, francamente, ele deveria tomar mais cuidado. Não é a primeira vez...


- Eu posso ir lá? - cortou-lhe Joon


- Ir aonde? - Nana perguntou distraidamente


- Nos Weasley. Esperar ela por lá !


Nana pareceu considerar por um longo tempo


- É muito longe?  -começou Joon


- Não. Um vilarejo de distância


- Então, posso ir? - Disse Joon ansiosamente.


Não que quisesse ir na casa de pessoas das quais mal conhecia, mas seria bom sair um pouco. Esse foi, até agora, o maior tempo em que permaneceu dentro de uma casa desde que fugiu.


- Está bem, pode ir. Mas, você vai de pó de flú


A garota fez uma careta. Não estava em seus planos viajar de flú. Mas concordou em silêncio.


- Você se lembra como se faz? - Perguntou Nana


- Claro. Eu consigo. –Disse.


Joon apanhou uma pitada de pó brilhante do vaso, que estava nas mãos de Nana, e foi até a beira do fogo.


Inspirou profundamente, lançou o pó nas chamas e entrou; O fogo lhe lembrou uma brisa morna; ela abriu a boca e gritou '' A Toca!''


 

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