O fim dos truques



Cap. 23_


          Bella não sabia se sentia mais raiva ou vergonha. Estava parada, de braços cruzados, ao lado da pequena mesa dobrável do trailer, fazia meia hora, enquanto Katy e sua mãe enchiam Sírius de todos os mimos que podia se imaginar.


            “Suco, Sr Black?” _ela ouvira a mãe de Katy dizer com uma voz açucarada, saindo apressada da cozinha, depois de ouvir Sírius se apresentar como o namorado que viera buscar Bella.


             “Por favor, pode me chamar de Sírius, Sra...” _ele respondera com a voz gentil e sedutora que ele usava sempre que queria agradar alguém.


             “Sra Messy.”


             “Encantado, Sra Messy.” _e então, ele se curvara e beijara sua mão, fazendo-a explodir em risadinhas e a ruborizar.


             Bella revirou os olhos e fingiu vomitar no canteiro de flores. Mas ninguém percebeu, estavam todos preocupados demais em prestar atenção no adorável Sírius Black.


             Ela não agüentava mais, já estava de saco cheio. Além de agüentar os paparicos direcionados ao primo, ainda tinha que aturar os olhares enviesados que recebia de Katy e sua mãe, que achavam que Sírius era bem mais do que ela merecia e que ela estava sendo ingrata e horrível com ele.


             _Nossa família não apóia nosso relacionamento, sabe? _Sírius contou, com uma voz falsamente triste _A família de Bella é muito rica e não aceita que ela namore alguém simples como eu. Mas eu a amo, e vou lutar por isso, até o final. _e as duas se debulhavam em olhares compadecidos e admirados para ele. Bella revirou os olhos, novamente. Dessa vez elas viram e a fulminaram com os olhos, achando q era descaso pelo namorado.


             Pronto, agora era odiada. Era a gota de água.


             _Sírius, vamos. _ela ordenou, puxando-o pelo braço.


            _Ah, mas está tão escuro lá fora. Porque não passam a noite aqui? _ A Sra Messy perguntou, sob o olhar animado de Katy e reprovador do Sr Messy.


             _Ora, é muita gentileza, Sra Messy, mas...


             _Embora. Agora. _Bella levantou-se e o puxou pelo ombro, com uma expressão enfezada. Sírius se levantou, enquanto Katy e a Sra Messy a fuzilavam com os olhos e eles saíram.


             Bella ainda ficou incontáveis minutos emburrada e de braços cruzados, sentada em cima da moto, esperando, enquanto a Sra Messy enchia Sírius de garrafinhas com suco gelado, um pote com bolo de frutas, e recomendações para que se cuidasse, que fosse muito feliz e que dirigisse com cuidado, porque já estava muito escuro.


             _E então, gostou da minha surpresa? _Sírius perguntou, depois de terem rodado durante cerca de vinte minutos, durante os quais Bella ficou em silêncio e tocando-o o mínimo possível.


             Ela não respondeu. Seus olhos estavam apertados e ela respirava de forma irregular, absolutamente irritada.


             Pensou em não responder. Mas não agüentou.


             _Pára! _ela exclamou, subitamente.


             _O quê? _ele perguntou sem entender.


             _Pára! Eu disse para parar a moto!


             _Bella, estamos no meio de lugar nenhum! Não vou parar!


             _Pára a droga da moto, Sírius! _ela exclamou, histérica, e começou a dar tapas em suas costas _Pára, pára a moto, que eu quero descer!


             Sírius perdeu a direção, surpreso com o ataque histérico, e a moto escreveu um S na areia, antes de parar totalmente e de Sírius colocar o pé no chão.


             Bella desceu antes mesmo de Sírius desligar o moto e saiu marchando pela noite, engolida pela escuridão ao seu redor e tropeçando nos montes disformes de areia.


             Sírius pulou da moto e correu atrás dela. _Está louca?! _ele bradou, segurando seu braço com pouca delicadeza e virando-a _Você está bem no meio de lugar nenhum. _ele sibilou, aproximando-se de seu rosto _Vai fazer o quê? Sair correndo até encontrar outra família de trouxas?


             _Você não tinha o direito de fazer isso, Sírius. _ela sibilou, os olhos apertados e o rosto furioso _Não tinha o direito de se aproveitar da minha dificuldade para me impor sua presença.


             Sírius afastou o rosto, ainda segurando seu braço, com as sobrancelhas franzidas. _Como é que é? Você me pediu ajuda, não vem com essa de que eu estou impondo minha presença, não!


            _Eu pedi ajuda!_ela puxou o braço e se soltou _Não pedi para você vir me buscar!


             _Como você pode ser tão mal-agradecida, Bella? _ele perguntou, fingindo-se de ofendido _Tem idéia da quantidade de garotas que dariam um dedinho só para sentar naquela moto comigo? Agora seja uma menina agradecida e comportada, senta na moto de uma vez, e vamos embora daqui.


             Bella ficou bufando, os olhos ainda apertados, durante alguns segundos. _Você é tão cretino. Você quer se aproveitar disso para me humilhar. Você quer que eu deva isso para você.


             _Caramba, Bella! _ele explodiu finalmente _Você não pode pensar em alguma coisa boa sobre mim, uma vez na vida?


             _Você NÃO TEM nada de bom! _ela berrou.


             _Será que não passa pela sua cabeça, NEM POR UM SEGUNDO, que talvez eu tenha ficado PREOCUPADO com VOCÊ?!


             _NÃO! SABE POR QUÊ? PORQUE EU CONHEÇO VOCÊ, SÍRIUS, DESDE CRIANÇA! VOCÊ NÃO FAZ NADA, A NÃO SER QUE TENHA ALGUM INTERESSE NISSO!!


             _E se você pensa TUDO ISSO de MIM, POR QUE É QUE PEDIU A MINHA AJUDA? _ele berrou com um tom de voz que teria feito qualquer aluno do sexto ano para baixo de Hogwarts se esconder embaixo da cama. Mas Bella sequer piscou.


             _PORQUE ERA A ÚNICA OPÇÃO QUE EU TINHA!


             _Isso... _ele baixou a voz, repentinamente, o que nem de longe era menos assustador _é algo que eu adoraria entender, Bella. O que você estava fazendo com o caderno quando aparatou?


             Bella ficou muda, os olhos passando de finas fendas para o tamanho normal, rapidamente. _Casualidade. _ela respondeu por fim.


             _Casualidade? _ele riu _Por que será que eu não acredito? _Bella não respondeu, continuou estática, com a mesma expressão forçadamente descontraída _Bella, você anda com ele o tempo todo? Para todo lado? _e, subitamente, explodiu em uma sonora gargalhada, como se fosse a coisa mais engraçada que ele já ouvira.


             Os olhos da morena se estreitaram novamente, os cílios brilhando com pequenas lágrimas que se acumulavam sobre eles. Não se lembrava de ter se sentido tão humilhada antes.


             Era verdade. O caderno passara meses e meses repousando esquecido sob o colchão de sua cama, em Hogwarts. Mas quando Sírius voltou a usá-lo e exigiu-o de volta, Bella sentiu como se o caderno acordasse. Era como se, a qualquer momento, Sírius pudesse resolver entrar em contato com ela novamente.


             Era ridículo. Era patética a forma como ela abaixava-se ao lado da cama em todas as trocas de aula para ver se tinha alguma mensagem no caderno. Como ela o guardava novamente, decepcionada, mas forçando-se a fingir que não ligava, que, na verdade, nem esperava realmente ver alguma coisa ali.


             Disso, para começar a carregar o caderno para todos os lados, foi um pulinho.


             Ela se sentia tão ridícula agora.


             _Seu... Miserável. Cretino. _ela murmurou, enquanto as lágrimas fugidias abriam caminho por seu rosto e desapareciam na areia.


             Então se virou e voltou a marchar para longe.


             _Bella... _Sírius foi atrás dela novamente e puxou-a pelo braço _Essa conversa não terminou.


             _TERMINOU, SIM! _ela exclamou, empurrando-o. Ainda chorava. Céus, o que estava acontecendo com ela _O que mais você poderia ter para me dizer? Já não deixamos tudo bem claro entre nós?


             _Não! Não tem NADA claro entre nós!! O último adjetivo que podemos dar ao nosso relacionamento, é claro!! Porque você é LOUCA! Em um momento, você me ama, no outro você arruma outro namorado...


             _Porque deixei de amar você. _ela respondeu séria.


             _... Depois cai nos meus braços de novo, e então termina de novo comigo sem motivo...


             _Porque eu recuperei o juízo. _ela retrucou entre dentes, começando a perder a calma novamente.


             _... E então eu peço o caderno de volta, porque é visível que você não se importa comigo...


             _Quer a porcaria do caderno de volta, Black? _ela perguntou, puxou o pequeno caderno do bolso da capa _TOMA, a droga desse caderno de volta! _ela exclamou, empurrando o caderno sobre seu peito.


            _Eu não quero de volta, Bella! _ele empurrou a mão dela _Eu quero entender! Por que você os escolhe, e me troca por eles, e então eu descubro que você ainda anda com esse caderno por aí...


             _FICA COM ELE, se incomoda tanto você, eu não quero mais! _ela empurrou novamente.


             _PÁRA DE GRITAR! Eu não QUERO a porcaria do caderno! Você nem ao menos está respondendo minhas perguntas! Você tem algum plano para ele?! Os comensais acham que podem usá-lo de alguma forma?! Por isso você anda com ele?! Ou será que...


             _PORQUE ELE É A ÚNICA COISA QUE ME SOBROU DE VOCÊ!! _ela gritou, de repente, e voltou a chorar. Sírius interrompeu o que dizia, o rosto impassível _Como você pode ser tão HORRÍVEL, SÍRIUS?! Rindo de mim, porque que eu quero ficar com a única PORCARIA de OBJETO que ainda me liga a você! Um objeto, Sírius... _ela completou baixinho _É tudo que sobrou de nós! _ela berrou, novamente, começando a bater em seus braços com o caderno _A PORCARIA! DE UM! CADERNO!


             _Pára, Bella! _ele exclamou, tentando segurar seus pulsos. Ela se debateu com força _Não foi só isso que sobrou!


             _Você me deixou, Sírius! _ela choramingou, tentando acerta-lo não somente com os punhos, mas também com chutes. Ele a abraçou, tentando mantê-la imobilizada, mas ela continuou se debatendo. Para o azar dela, Sírius continuava sendo infinitamente mais forte e conseguiu controla-la e empurra-la de volta à moto _E tudo que você deixou para trás foi o caderno! Foi só o que você deixou para mim!


             Bella sentiu a parte de trás das pernas batendo na moto e finalmente ergueu o rosto. Sírius não parecia minimamente afetado. Ela parou de gritar, chorar e se debater por alguns segundos. Então Sírius baixou o rosto e beijou-a vorazmente.


             Aquele era só mais um dos discursos de Bella que Sírius incluiria na lista de coisas que não faziam nenhum sentido. Mas, no momento, ele não fazia questão de que fizesse.


             Bella não acreditava que ele estava fazendo isso. Como ele podia ser tão cara de pau para beijá-la. Como ele sequer achava que podia fazer isso?


             Mas... Quem ligava?


             Suas mãos tatearam às suas costas e ela subiu na moto. No minuto seguinte ela já puxava, ávida, a jaqueta de Sírius, antes de ter sua própria capa arrancada e jogada na areia.


 ***


            Já passava do meio dia quando Thiago foi acordado por alguma coisa que puxava o colarinho do seu pijama e o sacudia com força.


             _Caramba, Pontas, não acredito que você ainda está dormindo! _Sírius exclamou, puxando o braço do amigo que ameaçava fechar o cortinado bem na sua cara _Olha a má criação! _ele falou, sacudindo um dedo com uma expressão falsamente severa _Eu não preguei os olhos a noite toda, eu é quem devia estar de mau humor.


             _Finalmente, Almofadinhas! _Remo entrou, nesse momento, com Monstro em seus calcanhares _Era para você ter chegado ontem. On-tem! E me chega hoje, ao meio dia. Sua moto não era um foguete?


             Sírius deu um sorriso sacana. _Não passei a noite toda em cima da moto. _e girou os olhos, fingindo pensar _Bom, ao menos não viajando.


             Remo ficou impassível alguns segundos, pensando. Então, fez uma careta (imitada imediatamente por Monstro). _Caramba, Sírius! _e virou as costas para ele _E a gente aqui, preocupado com você.


             _Fale por você. _Thiago resmungou ainda na cama _Não estava nem um pouco preocupado. Além disso, Sírius, você não tem muito juízo, tem? Como é que você entrou na escola com a Bella? Esqueceu que agora ela anda com bruxos das trevas? Que estão morrendo de vontade de achar um retardado que mostre um caminho para entrar no castelo?


             _Vou poupar seu nariz, só porque você é meu amigo. _Sírius fez uma expressão irônica para ele _Eu a vendei quando chegamos a Hogsmeade. Pensou o quê, que eu sou idiota ou algo parecido?


             _Algo parecido. _Thiago resmungou, virando para o outro lado da cama e se enterrando nos travesseiros.


           _Mas que bicho mordeu você hoje? _Sírius perguntou e agarrou a ponta do cobertor _Anda, sai dessa cama, deixa de graça!


             _Me deixa em paz, Sírius! _ele choramingou, o que não era de forma alguma usual de um Maroto.


             Sírius soltou o cobertor, estupefato, e Thiago o puxou novamente. Então Sírius voltou-se com as sobrancelhas arqueadas para Remo:


             _Mas o que é que deu nele?


            _Lílian e ele brigaram. _Remo respondeu sentado em sua cama, com os braços apoiados aos joelhos _E então o Aubrey a convidou para o baile, e ela disse sim.


             _Ah, pára! _Sírius virou-se novamente para Thiago com uma expressão de impaciência _Vai ficar aí se enterrando por que brigou com a Lílian? _e voltou a agarrar o cobertor _Lily briga com você pelo menos uma vez por semana. Qual a diferença? Aposto até que foi por uma besteirinha qualquer.


             Thiago soltou o cobertor e pulou, sentando-se na cama com as pernas dobradas. _Não foi, não! Ela me viu beijando a Alisha.


             Sírius ficou um minuto em silêncio. _Por que diabos, _ele perguntou sem entender _você estaria beijando a Alisha?


             Thiago deu um suspiro cansado. _É uma longa história. Alisha me agarrou no vestiário e a Lílian viu. Ela não quis me ouvir e agora não quer nem olhar na minha cara. E, ainda por cima, aquele filho da... 


            _Thiago... _Remo cortou, tampando as orelhas de Monstro (que fez um gesto igual, como se tivesse alguém a sua frente _Olha a língua, tem um elfo bebê no quarto.


              _... Do Aubrey a convidou para ir ao baile, e ela aceitou. Só para me irritar, tenho certeza!


             _E é isso que você faz? O Aubrey tem a audácia de achar que pode roubar Lílian de você, e é isso que você faz? _Sírius cruzou os braços, com uma expressão severa _Você vem para o dormitório e se enfia na cama, choramingando que nem um perdedor? Não me faz passar vergonha, Thiago, você é um Maroto. Então, sai dessa cama agora, e vamos mostrar para o Aubrey porque nós somos populares e ele não.


             Um sorriso vingativo começou a surgir lentamente no rosto de Thiago, antes de Remo pular de sua cama. _Ei, ei, antes de mais nada, vamos resolver nosso amiguinho aqui, né? Não agüento mais andar com uma sombra.


             _Ah, vai, até que foi engraçado. _Sírius riu.


             _Não, não teve graça. _Remo respondeu, aborrecido _Ele tentou derrubar Thiago da vassoura, sabia? Ele ouviu seu irmão falando que queria que ele caísse e tentou obedecer.


             Sírius revirou os olhos. _Esses elfos... Não fazem, mesmo, nada direito. Aliás, você também, né? Peço para você ficar de olho nele por um dia, e ele quase mata um no jogo de quadribol.


             _Mal agradecido. _Remo resmungou de braços cruzados _Nem pense em deixar ele assim. Tonks disse que precisava falar comigo e parece ser algo muito sério. E ela não quer falar com você... _ele pareceu confuso _Ou melhor... Com ele... Enfim... Com alguém por perto.


             _É? _Sírius perguntou desinteressado _O que é agora? Ela descobriu uma nova forma de declarar seu amor?


             Remo fez uma careta, indicando que não achava graça. _Não sei o que é, mas parece ser sério. Talvez seja alguma coisa a ver com o tal do Voldemort. Talvez ela tenha descoberto sobre eles quererem pega-la.


             _Ela parecia com medo? _Thiago perguntou.


             _Não... _ele respondeu pensativo _Ela parecia muito mais preocupada para falar a verdade. Muito preocupada mesmo.


             Thiago e Sírius se entreolharam. Eles ainda se afligiam muito com a possibilidade de Voldemort querer fazer mal a Remo. E se Tonks descobrisse algo sobre isso, certamente iria procurar Remo preocupada.


             _Não acha que talvez ela tenha descoberto algo sobre eles quererem você? _Thiago perguntou sério.


             _Não sou eu quem eles querem. _Remo respondeu resoluto. _Vocês lembram do que a Lily disse. Eles querem a aluna metamorfomaga e mais uma pessoa. É a Tonks. E a Izzie. Eu sei que eles querem a Izzie. Eu os vi tentando pega-la, em Hogsmeade. Voldemort apontou diretamente para ela.


             Sírius e Thiago se entreolharam novamente. A sanidade mental do amigo era outra coisa que certamente os preocupava.


             _Remo... Não existe nenhuma Izzie na escola. _Sírius respondeu com cuidado.


             _Não temos alunas intercambistas aqui, já dissemos isso.


             Remo revirou os olhos. _Besteira. Ela deve ter um segredo muito importante para guardar, por isso veio para cá. Acho que é por isso também que ela tenta não aparecer muito pela escola. _ele parecia divagar consigo mesmo _Ou ela tem algum poder muito especial para Voldemort querer alguma coisa com ela... Afinal, ele quer a Tonks porque ela pode se transformar em outras pessoas e...


             Mas, subitamente, ele parou de falar. Seus movimentos pararam, e ele ficou estático, os olhos ligeiramente arregalados, encarando um espaço vazio a sua frente. Como se visse alguma coisa que não estava ali.


             Mas a verdade é que, finalmente, ele via algo que esteve ali o tempo todo.


             _E...? _Thiago perguntou.


             Remo virou o rosto lentamente para eles, pálido.


             _Remo? Que houve, cara? Que foi? _Sírius perguntou, alarmado, indo até ele e sacudindo-o pelos ombros.


             _Sírius... _Remo falou lentamente, como se não lembrasse exatamente como se fazia isso _Ele quer a aluna metamorfomaga. E a Izzie. Uma aluna que saiu sabe-se lá de onde, que só eu conheço, que resolve, de repente, virar minha amiga de infância e que nunca aparece na minha frente quando tem outras pessoas conhecidas por perto. _então seus olhos se apertaram e seus lábios se contraíram _E se a Izzie... For a aluna metamorfomaga?


             _Ê, Remo, não entendeu nada, né? _Thiago se impacientou _A aluna metamorfomaga é a Tonks! A Izzie simplesmente não... _mas então seus olhos se arregalaram também de surpresa _Puts... _ele comentou, finalmente entendendo, e tampando a boca com uma das mãos.


             Os três ficaram alguns segundos em silêncio, chocados, sem conseguir assimilar o sentido daquilo tudo.


             _Bom, _Sírius quebrou o silêncio de repente _não pode negar que ela foi esperta, vai.


           Remo virou-se para ele, uma expressão zangada como nenhum deles tinha visto antes. _Merlin, como eu não vi isso antes. _ele resmungou, e então saiu marchando pelo quarto, batendo os pés e a porta ao sair.


             _Monstro, pára! _Sírius ordenou, quando viu que o elfo ia segui-lo _Não precisa mais seguir o Remo. _o elfo pareceu relaxar o corpo, enquanto Sírius ia até a porta. _Olha lá o estrago que vai fazer! _Sírius gritou para as escadas já vazias _Ela ainda é minha prima e eu vou ter que justificar o assassinato dela para minha família!


             _Acha que devemos ir atrás dele? _Thiago perguntou preocupado.


             _Não, deixa. Ele estava gostando de verdade dela. Eles têm que resolver sozinhos. _e um sorriso diabólico surgiu em seu rosto _E a gente tem que cuidar do Aubrey.


 ***


             Sírius dera voltas e mais com Bella dentro do castelo, antes de tirar-lhe a venda. Ela sustentava uma expressão ofendidíssima, mas Sírius não ficara nem um pouco constrangido em lembrá-la das pessoas com quem ela andava, que ele não era idiota, e que ele sabia perfeitamente bem que Voldemort daria um dedinho do pé esquerdo (talvez do direito também) para encontrar um meio de entrar no castelo.


             Nessa parte do discurso ele ficara insuportavelmente arrogante, parabenizando-se imensamente pelo fato de que os Marotos eram os únicos que sabiam como fazer isso.


             _Aqui estamos. _Sírius desamarrara a venda, plantando-lhe um leve beijo na nuca enquanto fazia isso. Bella esfregara os olhos, inundados repentinamente pela claridade e olhara em volta. Estava da escadaria que levava ao corujal. _Eu preciso ir falar com os Marotos, Bella. _ele falara, passando a sua frente _Mas, não se preocupe, _ele se curvara e sussurrara em seu ouvido _eu encontro você.


             _Quem disse que eu quero que você me encontre? _ela perguntara, provocativa, enquanto ele se virara e avançava pelo corredor.


             _Pode bancar a louca o quanto quiser, Bella. _ela se virara e respondera caminhando de costas _Agora eu saquei qual é a sua. Você é orgulhosa, medrosa, mas me ama perdidamente. _então piscara para ela, e voltara a caminhar normalmente, sumindo na curva do corredor.


             Bella esperara dois minutos para se certificar de que ele não ia voltar. Então seus olhos brilharam, ela virara-se na direção da escada e começara a andar de costas.


             E Sírius achava que ela não ia mesmo marcar o caminho.


             Idiota.


             Desde então ela já passara por vários corredores do castelo, contando cuidadosamente os passos. Encontrara diversos alunos que apontavam e a encaravam, intrigados, sem entender o que ela estava fazendo.


             Ela revirava os olhos, morrendo de vontade de gritar com eles. Mas tinha que se concentrar. Não podia perder a conta.


             Contou até chegar ao lado de fora do castelo. Calculou o ângulo que eles utilizaram para entrar pela porta e continuou contando. Quando chegou às margens da floresta proibida, no entanto, ouviu um barulho de estalo, e de algo cortando o vento em uma grande velocidade.


             Pulou para longe no mesmo instante em que um dos galhos do Salgueiro Lutador chicoteava com toda força o chão onde, segundos atrás ela estava. Caiu desequilibrada na neve e ficou encarando a árvore.


             Bateu, frustrada, um punho fechado no chão. Não podia ter chegado por ali. Era impossível passar pelo Salgueiro Lutador. Ela tinha que ter errado as contas. Em algum lugar.


             Droga.


             Engatinhou até o tronco de outra árvore e sentou-se, abraçando os joelhos.


             Não sabia exatamente o que pensar daquilo tudo. Sírius tinha ido buscá-la. Porque ele teria se dado ao trabalho se isso não significasse alguma coisa? E depois, tudo que acontecera... Será que ela tinha forças para embarcar nessa novamente?


             Ela queria arriscar. Estava tão ensandecida, tão viciada, que estava pensando até mesmo na possibilidade de terminar com Rodolfo. Conversaria com ele. Diria que não era sua culpa. Mas que ela nunca conseguiria tirar Sírius do coração.


             Respirou fundo, tentando manter o rumo dos pensamentos.


             Então, se era mesmo Sírius Black que ela queria, porque ficara contando passos desde o momento em que ele lhe colocara uma venda e passara meia hora do seu dia andando de costas?


             Porque ela querer Sírius Black não queria dizer que ela não queria mais se aliar ao lado das trevas.


             Oras. É claro que ela queria. Adoraria poder dar ao Lord Voldemort o caminho para se entrar em Hogwarts.


             Ela não podia ter as duas coisas?


            Oh, céus, às vezes o mundo é tão injusto.


 ***


             Remo desceu atravessou o salão comunal correndo os olhos por todas os sofás e poltronas. Todos que o viam, franziam as sobrancelhas, intrigados. Ninguém nunca tinha visto Remo Lupin com uma expressão tão nervosa.


             Tonks não estava lá. Mas, quando ele ergueu a mão para puxar o quadro da mulher gorda, com, visivelmente, mais força do que seria necessário, alguém o abriu pelo lado de fora e ele ficou parado esperando o quadro terminar de girar.


             Tonks esperava, despreocupada, no umbral da porta.


             _Hei! _ela cumprimentou, abrindo um sorriso animado _E aí?


             Mas o sorriso dela sumiu imediatamente quando viu o rosto dele ruborizar e os olhos se apertarem.


            _Opa. _ela murmurou, os olhos bem abertos e alarmados, antes de Remo a agarrar pelo braço e começar a puxá-la de volta para o corredor.


             _É você mesmo que eu estava procurando. _ele resmungou, atravessando o corredor a passos largos e a arrastando a reboque.


             Tonks pareceu sentir. Um peso indescritível encheu seu estômago, como se ela tivesse engolido uma bola de cimento.


             Durante aqueles segundos, enquanto Remo a puxava com um olhar zangado e magoado, ela sentiu que sua vida desmoronava. Ela queria chorar. Queria se atirar no chão e implorar por perdão. Queria dizer que o amava, e que isso era real. Não era uma paixonite, como as que ela via acontecer com diversas colegas do primeiro ano. Não, não era. Era verdadeiro, intenso e não passaria. Ela sabia. Soubera, naquele momento, ou talvez antes disso, que o amaria até a morte. Que nunca encontraria ninguém que a fizesse se sentir como ele fazia. Sabia que se o perdesse, não amaria novamente. E ela não queria isso.


             Então, Remo abriu a porta de uma sala de aula vazia com um chute e empurrou-a para dentro. Tonks desabou em uma cadeira e ficou petrificada, pálida, encarando a pessoa furiosa a sua frente, que ela sequer reconhecia.


             Remo bateu a porta, sem cerimônias, e virou-se para ela em seguir.


             _Você acha que eu sou idiota... Izzie? _ele sibilou, fazendo uma dramática pausa antes de dizer o nome.


             Tonks se retesou na cadeira. Ela esperava por isso. Sabia que cedo ou tarde, acabaria acontecendo. Mas isso não amenizava a situação. Nem em mil anos ela teria conseguido se preparar para a fúria mal contida em sua voz, para a decepção em seus olhos, para a amargura em seus gestos.


             _Eu... _ela gaguejou, com uma voz engasgada, quase inaudível, e seus olhos encheram-se de lágrimas _Eu posso explicar...


             Remo soltou a respiração que, ele nem reparara, estava mantendo suspensa. Desabou. Momentaneamente, a fúria sumiu de seu corpo, deixando espaço apenas para mágoa, dor, decepção.


             No fundo, ele esperava que ela negasse. Queria que ela negasse. Tonks e Izzie eram duas pessoas que ele adorava, de maneiras intensas e distintas. Tonks era uma irmã mais nova que ele nunca pensara em ter. Ela se doava às pessoas de uma maneira humana que ele nunca vira antes. Ela era intensa, esperta, engraçada. Ele gostava dela. Gostava de <i>cuidar</i> dela. E Izzie... Izzie despertava nele o que havia de melhor. Ao lado dela, ele não se sentia o lobisomem. O monstro vivendo dentro de um corpo humano. Ele se sentia... Ele mesmo. Ele se sentia um humano. Um bom humano, vivendo, ocasionalmente, no corpo de um monstro. Ela o conhecia como se pudesse ler sua alma. Ele sentia que nela podia confiar cegamente, contar-lhe tudo que se passava em sua mente e em seu coração, porque ela compreenderia. Compreenderia e aceitaria.


             E agora ele descobria que essas duas pessoas, na verdade, haviam mentido para ele. Haviam o enganado e o ludibriado, da pior maneira que poderia existir.


             _Você mentiu para mim... _ele murmurou, decepcionado, e virou-se para a parede.


             Tonks começou a chorar. Ficou alguns segundos calada, com lágrimas silenciosas escorrendo por suas bochechas.


             Ele queria que ela negasse. Ele precisava disso.


             E ela até cogitara a possibilidade. Mas não queria mais fazer isso. Não queria mais mentir para ele. Porque ela sabia, ela sentia que ele a amava. Ele não tinha percebido isso ainda, mas ele amava a Izzie. E Izzie era ela. E ela precisava dizer a verdade. Agora percebia como estava brincando com os sentimentos dele, como isso era simplesmente... Imperdoável.


             Mas ela precisava de perdão.


             _Remo, por favor... _ela choramingou, levantando-se _Você precisa me ouvir, eu fiz tudo isso porque eu... Eu amo você. _ela estendeu a mão para tocar seu braço.


             _NÃO TOCA EM MIM! _Remo gritou, puxando subitamente o braço e com a raiva voltando _Você não tinha DIREITO de fazer isso! O que você tinha na cabeça?! O que você estava pensando?! Que era engraçado me fazer de palhaço?! Me ver caindo nesse seu truquezinho sujo?!


             _Não, não, Remo, nunca. _ela murmurou desesperado, avançando a frente. Remo recuou um passo _Eu só queria... Eu queria ter mais tempo com você. Eu queria... _ela soluçou _Queria uma chance.


             _Oh, céus, Tonks! _ele exclamou, exasperado _Eu BEIJEI você! Você tem ONZE ANOS!! Eu podia ser PRESO!! Por PEDOFILIA!! _Tonks começou a chorar mais abertamente. _Nunca mais chega perto de mim. _ele murmurou por fim, balançando a cabeça, os olhos apertados, e virando-se para a porta.


            _NÃO, NÃO, Remo, por favor! _ela avançou a frente e agarrou suas vestes, puxando-o de volta _Eu amo você. _seus olhos brilhavam de lágrimas e de expectativa _Eu sei que você já está cansando de ouvir isso, mas isso pode dar certo. Você amava a Izzie, Remo, você me disse. Você não vê? Izzie era eu! Você me amava também!


             _Izzie tinha minha IDADE, Tonks! _ele empurrou-a. Então viu seu rosto assustado, o pranto descontrolado, e deu um suspiro cansado. _Sabe contar? _ele perguntou sério _Então conte quantos anos temos de diferença e vai ver o tamanho do que nos separa.


            _Sabe contar? _ela retrucou, com o rosto contraído _Conte quantas gotas de água tem no lago da Lula Gigante e vai ver o tamanho do que eu sinto por você.


             _Tonks... _seu tom de voz era suplicante _Não torne isso mais difícil do que já é. São seis anos de diferença...


             _Quando eu tiver 30 e você tiver 36, isso não vai fazer diferença! _ela teimou, erguendo o rosto de forma petulante.


             _É... Mas eu tenho 17 e você tem 11. _ele respondeu, de forma triste _Não vai acontecer, Tonks. _então, virou-se e, finalmente, saiu da sala.


             Tonks desabou no chão, apertando com força a capa do uniforme entre os dedos, e chorando copiosamente.


             _Eu posso esperar... _ela articulava, de forma inaudível, enquanto soluçava _Eu posso esperar...


             Remo sentia-se perdido e devastado. Não sabia o que pensar de tudo isso. Não conseguia conceber o fato de que tinha se apaixonado, tão perdidamente, por sua pequena amiga de 11 anos.


             Tonks tinha razão. Izzie era ela. E ele amava tudo na Izzie.


             Mas se ele reparasse bem, tudo que ele tanto prezava em Izzie, estava lá, bem diante de seus olhos, na Tonks.


             Ela era a garota que o via como ele era. Não como um Maroto. Não como o monitor. Não como o mais aplicado e um dos mais inteligentes da classe. Não como o lobisomem. Mas sim como Remo. Simplesmente como Remo Lupin.


             Ele a amava. Isso era um fato tão claro agora...


             E era ao mesmo tempo... Tão assustadoramente... Horrível, Incorreto e Desprezível.


             Estava ainda mais claro o que ele teria que fazer agora.


             Esquecê-la. E torcer para que ela superasse essa obsessão sem maiores traumas.


             E logo.


***


             Sírius atravessava os corredores confiante e seguro de si (como, invariavelmente fazia), seguido por um Thiago rabugento e cabisbaixo (o que, em si, era devidamente surpreendente). Sírius já tinha despachado Monstro de volta para a mansão dos Black, com sua própria aparência e com ordens expressas de que não comentasse isso com ninguém.


             _Pontas, se você não se animar, vou largar você aqui e vou cuidar da minha vida.


             _Sério? Você sabe fazer isso? _Thiago perguntou com sarcasmo, mas sorriu. Só Almofadinhas podia animá-lo naquele momento. E somente de uma forma. E Sírius sabia qual forma era essa.


             _E aí, qual vai ser hoje? _Sírius perguntou com um tom leve _Vamos pendurá-lo pelo tornozelo no saguão de entrada? Sem calças! O que acha? Aí, todo mundo que passar vai ver. E vai saber que não é saudável mexer com um Maroto.


            _Hmmm... _Thiago bagunçou a parte de trás do cabelo, pensativo _Estava pensando em algo mais... Físico...


             _Como... _Mas não chegou a completar a pergunta. Chegaram a uma bifurcação e um punho surgido diretamente do corredor que se juntava ao deles colidiu com toda a força com a lateral de seu rosto.


             Pego de surpresa, Sírius cambaleou e apoiou-se na parede e Thiago, por reflexo, amparou-o, perplexo, antes de ele erguer os olhos e encontrar Régulos Black, com uma expressão furiosa, parado no corredor.


            _Quer morrer, cara?! _Thiago exclamou, as sobrancelhas franzidas e a testa vincada, enquanto Sírius se recompunha e passava a mão em um filete de sangue que escorria de seu supercílio.


             _Isso, _Sírius comentou com leveza, mas seu tom de voz era frio, cortante, e Thiago sabia que ele já ultrapassa os limites de fúria _é algo que não se vê todo dia, o funeral de um Black. Quer chamar platéia, Pontas?


             _Você é um cretino, miserável, Sírius. _Régulos se aproximou, apontando um dedo para seu peito forte, bem longe de se intimidar. Isso, sim, era algo que não se via todo dia. Alguém enfrentando Sírius _Eu sei o que você fez. _ele sibilou, a raiva estampada em cada sílaba _Sei que você saiu da escola e usou o Monstro com uma poção polissuco para cobrir você. Agora, escuta aqui, eu não tenho nada a ver com a sua vida, e eu estou pouco me lixando para você faz com ela. Quer sair da escola, sai, quer morrer lá fora, por favor, faça essa cortesia. Mas você não vai mais envolver o Monstro nisso.


            _Ou você vai fazer o quê? _Sírius perguntou com tom de deboche _Me denunciar?


             _Não, não vou fazer isso. _ele cruzou os braços _Porque, para fazer isso, eu teria que mandar Monstro contar o que aconteceu, ou Dumbledore o submeteria a uma poção da verdade. Mas então ele teria que se castigar, por desobedecer a uma ordem direta sua. _descruzou os braços e seus olhos se estreitaram _Então, não vou fazer isso, porque não quero que ele se machuque. Mas se você se atrever a repetir essa idiotice, Sírius, juro que mando imediatamente uma coruja para a mamãe e vou ao diretor.


             _Meu Merlin, _Sírius riu _abram espaço, o Santo Régulos, defensor dos elfos, dos frascos e dos comprimidos, vai passar.


           _Pode tirar uma com a minha cara a vontade, Sírius, mas eu prefiro ser assim, do que não me importar com ninguém, como vocês.


             _Não fala do que não sabe, Black. _Thiago se intrometeu, pela primeira vez _Você nem conhece a gente.


             _Ah, mas disso eu sei. Vocês não se importam mesmo, a não ser com vocês próprios. Você por exemplo, em um momento fica proclamando por aí seu amor pela Lílian, então beija outra no vestiário, debaixo do nariz dela, _Thiago estreitou os olhos. É, ali as fofocas corriam rápido _então você tortura aquele pobre rapaz na frente dela, vocês brigam, ela cai desmaiada, é carregada para a enfermaria e você...


             _Espera, _os olhos dele se abriam novamente e a testa se vincou _como é? O que você disse?


             _Desmaiada. Na enfermaria. _ele o encarou descrente _Vai dizer que você não sabia.


             Thiago não respondeu. Mal terminara de ouvir a frase, já estava correndo para o lado oposto no mesmo corredor.


             _Ei, Pontas! _Sírius ainda tentou chamar, mas ele sequer deu atenção, quando se virou novamente, Régulos ainda o encarava _O que é? Está esperando eu me lembrar que lhe devo um sopapo?


             Régulos balançou a cabeça, um olhar de desprezo. _Você não tem mesmo jeito. _e saiu caminhando para o outro lado do corredor.


             Sírius deu um suspiro desanimado.


             Tinha perdido a diversão do resto do dia.


             Ah, droga.


 ***


            Thiago empurrou lentamente a porta, sem bater, e olhou para dentro. Lily dormia em uma cama sem biombo, envolta de lençóis brancos e cobertores térmicos. Entrou, silenciosamente, e caminhou até o pé da cama, olhando-a. Ela parecia um anjo adormecido, os cabelos ruivos caindo displicentes sobre o travesseiro branco, o que destacava ainda mais a cor deles.


             _Não ouvi você bater. _Madame Pomfrey sussurrou atrás dele, após se aproximar sem fazer barulho.


             _Eu não bati. _ele respondeu no mesmo tom de voz.


             Madame Pomfrey ficou alguns segundos encarando seu rosto apreensivo e temeroso. Conhecia Thiago Potter bem o bastante para saber que ele estava se remoendo de preocupação.


             _Ela está bem. _ela sussurrou novamente. Somente então ele virou-se para ela, com uma expressão ansiosa _Ela só estava fraca, mas já lhe demos uma poção fortificante, uma para esquentar, porque ela podia ficar com hipotermia pelo frio que passou lá fora, e ela acabou dormindo de novo. Mas assim que acordar, já vai poder voltar para o resto da escola.


             Thiago deu um imperceptível suspiro de alívio. _Eu... Eu acho que já vou, então. _ele murmurou de volta e virou-se para a saída.


             _Quer que eu diga que veio vê-la? _Madame Pomfrey perguntou quando ele já estava na porta. Ele virou-se para a imagem de Lílian adormecida novamente.


             _Não. _ele concluiu por fim, com uma voz triste _Não diz nada. _e saiu da enfermaria.




***

NAS:

Feliz 2010, atrasado mas tah valendooo!!!! rsrsrsrsrs

Jack, que revolta com a pobre ruiva shaushaushauhsa... Ela ainda vai dah umas piores q essa shaushauhsuahsa vc vai querer queimá-la viva na inquisão rsrsrsrsrs shauhsuahsuha q horror, pobre Thiago... Mas ela soh se emenda qndo ele se machuca msm neh? rsrsrsrs Na prox ele naum vai precisar se machucar naum, vai ser menos violento rsrsrsrsrs Vc viuuu, naum conseguiu contar, ele descobriu :( aí q a coisa fica feia rsrsrsrs... Naum apareci :( apareci bem depois neh? rsrsrsrsrs Mas espero q tenha gostado msm assim ^^ Bjssss teh maisss

Vanessa, vc viuuuu, agora q coitada da Tonks msm. e do Remo, imagina chegar a uma conclusão dessas de repente hsuaushauhsuahsa... eh  bastante para entrar em choque rsrsrsrs Bella reclama mas tira uma casquinha danada neh? rsrsrsrs Me fala o que achou do cap, tah? Bjssss teh maissss

Lari, aaahh a Lily vai ter os momentos de ser humilhar por ele um pokinhu tbm rsrsrs... uma hora enche o copo da paciência do Thiago neh? rsrsrsrs o Régulos naum kis armar o barraco... aaaahh :( se naaaaaum, o Sírius ia ter caído do hipogrifo rsrsrsrsrsrs... Naum deu pra contar, Remo demorou, mas descobriu (deeemorou, neh? pro cara mais inteligente da escola hsauhsuahsuahsa) Me fala se gostou desse tah? Bjsss teh maissss

Lilly, eh bem coisa de mulher neh? Na primeira oportunidade, ela jah quis dar o troco hsauhsuahsuahushahsa... felizmente, a mocréia eh uma mocréia sem destaque... shaushuahsuahsa... soh chegou na fic pra armar o barraco e ver o circo pegar fogo shaushauhsuahsuhasa Levou a merecida surraaa!!! rsrsrsrs, naum foi akeeeela surra q ele merecia, pq o Régulos eh fraquinho, mas acho q eh melhor q nada neh? rsrsrsrs E a Tonks, perdeu a chance, o Remo descobriu, beem pior, neh? :S coitada rsrsrsrs Me fala o que achou tah?? bjsssss

Lori, Verdd, fim de ano eh uma correria danada... qndo a gente pensa q jah fez tudo q tinha pra fazer, lembra de mais metade das coisas que tinha eskecido rsrsrsrs O Thiago vai ter trabalho shaushauhsuahsa AAaahh agora q dah doh da Tonks e do Remo de vez, neh? :( Aaaaahh desculpa a demora :( :( mas fim de ano tem perdão vai? rsrsrsrsrs Espero q tenha gostado ^^ Bjssss, teh maissss

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