No Beco Diagonal



Era uma manhã de Domingo, um carro estacionou na entrada da Toca. Rony foi o primeiro a sair, depois ajudou a morena se levantar junto com o bebê nos braços e, por último, as duas crianças.


- Parece que fomos os primeiros a chegar! – o homem comentou olhando em direção a casa – Se não já teriam crianças correndo para todos os cantos.


- É verdade! – Hermione concordou enquanto colocava a filha caçula dentro do carrinho – Mas é melhor assim.


Foram caminhando até a cozinha, onde a senhora Weasley cortava cebola.


- Olá meus queridos! – se levantou – Fico muito feliz em vê-los aqui.


- Ficamos feliz com isso mãe! – o ruivo disse.


- Crianças! – se abaixou para ficar na altura dos netos – Se avô está lá em cima vendo uns objetos trouxas. Por que não vão até lá? Talvez possa ensiná-lo como funcionam.


- Está bem vovó! – falaram antes de sair correndo em direção a sala.


- Agora, deixe-me ver essa menina – aproximou-se do carrinho para olhar melhor o bebê – Ela é mesmo linda. Sinto muito não termos ido até o hospital visitá-las, mas o Arthur estava ocupado no trabalho e eu não ia sozinha.


- Não tem importância – a mulher deu de ombros – Quer segurá-la?


- Eu posso? – quis saber.


- Claro! – pegou a filha e estendeu em direção a outra.


Dominique estava dormindo, mas assim que passou para o colo da avó, abriu os olhos e passou a encará-la.


- Sabem que eu ainda não aprovo esse modo de vida de vocês – comentou – Ainda acho que o melhor que tem a fazer é se casarem como tem que ser.


- Já conversamos sobre isso mãe! – Rony suspirou pesadamente enquanto se sentava em uma das cadeiras – Eu e a Mione concordamos que estamos muito bem assim.


- Não vamos discutir isso agora! – continuou – Apesar de tudo, vocês me deram três netos lindos, que são grandes alegrias na minha vida.


- Sabemos disso! – a morena sorriu – E queremos que continue da mesma maneira e com todos felizes.


Nesse momento a menina começou a chorar histericamente.


- Ela deve estar com fome – Hermione explicou pegou a filha novamente – Aonde eu posso amamentá-la.


- Pode ir até o antigo quarto de Rony, no sótão – respondeu – Lá você vai ficar bem à vontade.


- Está bem! – concordou se levantando – Eu já volto.


Logo, os outros membros da família Weasley foram chegando, até que todos estavam conversando animadamente esperando o almoço ficar pronto.


Todas as crianças estavam brincando do lado de fora da casa e correndo para todos os lados. Alvo e Rose estavam sentados embaixo de uma árvore conversando animadamente.


- Eu estou tão feliz que você também vai para Hogwarts – ela disse ainda sorrindo – Vamos estudar juntos.


- Isso se a gente ficar na mesma casa! – lembrou – Pode não acontecer, sabia?


- É claro que vamos ficar na mesma casa! – falou como se aquilo fosse um grande absurdo – Somos Weasleys e vamos para Grifinória.


- Será? – deu de ombros.


- É claro! – balançou a cabeça afirmativamente – Deixa de besteira.


- Estou louco para comprar as minhas coisas de Hogwarts – continuou, mudando de assunto – Meu pai disse que vamos até lá amanhã. Por que vocês não vão também.


- Acho difícil! – suspirou pesadamente parecendo triste – Minha mãe está muito ocupada com a Dominique e meu pai não vai querer ir sozinho com a gente. Só vamos mesmo no final das férias, quando estiver faltando pouquíssimos dias para o inicio das aulas.


- Meu pai diz que é melhor irmos logo para evitar a confusão que fica no fim das férias – contou – Tive uma idéia! Por que você não vai fazer compras com a gente?


- Será que eu posso? – olhou desconfiada – Seus pais não vão se importar?


- É claro que não! – respondeu – Tenho certeza de que eles vão adorar a idéia.


- Está bem! – concordou sorrindo – Vamos lá falar com eles.


Foram correndo em direção ao interior da casa. Estavam quase chegando quando foram parados por um garoto ruivo que aparentava ter uns quinze anos.


- Oi meus priminhos queridos – começou analisando os dois de cima a baixo – Soube que vão para Hogwarts em setembro.


- É! – falaram ao mesmo tempo.


- Que maravilha! – balançou a cabeça afirmativamente – Fui nomeado monitor da Grifinória agora que vou para o quinto ano. E é muito importante que todos os membros da família sigam todas as regras de Hogwarts, espero que vocês sigam isso.


- Pode deixar Allan! – Alvo suspirou pesadamente – Não vamos fazer nada de errado.


- Acho bom! – disse indo embora.


- Como ele é chato! – o menino revirou os olhos.


- Meu pai disse que o tio Percy era da mesma maneira – Rose riu levemente – E que o tio Jorge e o tio Fred sempre faziam brincadeiras com ele.


- Meu pai também me falou isso – falou – Deve ter sido divertido na época em que eles tinham a nossa idade.


- É mesmo! – concordou.


Contaram a idéia que tiveram aos seus pais que concordaram na mesma hora. Harry até sugeriu que Hugo fosse junto para que Rony e Hermione ficassem mais a vontade para cuidar de Dominique.


Logo o almoço ficou pronto. Depois todos começaram a ir embora, para tristeza da senhora Weasley, que gosta de ter a família sempre reunida.


Na manhã seguinte, Rose estava bastante agitada. Acordou bem cedo e se arrumou logo para esperar a ida até o Beco Diagonal.


- O Hugo ainda não está pronto – ela disse descendo as escadas e com os braços cruzados – Daqui a pouco o tio Harry vai chegar para buscar a gente.


- Não se preocupe! – Rony disse – Tenho certeza de que eles vão esperar vocês.


- Acho bom mesmo! – parecia muito brava – Se não, eu nunca vou perdoar o Hugo.


Nesse momento ouviram a campainha tocando.


- Devem ser eles! – saiu correndo em direção a porta – Deixa que eu atendo.


- Bom dia Rose! – o moreno disse sorrindo para a menina – Já estão prontos para irmos.


- Eu estou! – respondeu bastante orgulhosa – Mas o Hugo ainda não está pronto. Se quiser, pode deixá-lo aqui, ele não precisa comprar material escolar mesmo.


- Rose! – o outro homem a reprimiu – Eu já vou lá chamá-lo Harry.


- Está bem! – concordou, finalmente, entrando na casa – Mas não precisa ter pressa, ainda está cedo.


- Gina está lá fora? – viu o amigo balançar a cabeça afirmativamente – Tenho certeza de que a minha irmã não vai gostar de ficar esperando no carro.


- Foi ela quem não quis entrar! – deu de ombros – Onde está a Mione.


- Lá em cima amamentando a Dominique! – respondeu – Acho que ela vai demorar um pouco.


- Queria falar com ela – comentou – Mas posso falar com ela quando voltarmos.


- Está bem! – concordou com a cabeça – Vou lá em cima chamar o Hugo.


- E então Rose! – virou-se para a garota depois que Rose desapareceu no andar de cima da casa – Está feliz por estar indo comprar o seu material escolar?


- Sim! – balançou a cabeça afirmativamente.


- Que maravilha! – sorriu.


Não demorou muito para o menino aparecer já totalmente arrumado.


- Acho que vocês já podem ir! – o ruivo disse também descendo as escadas.


- Vamos almoçar lá no Beco Diagonal! – avisou – Mas voltamos antes de anoitecer.


- Está bem! – concordou retirando um saco de moedas de dentro do bolso – Aqui está o dinheiro para comprar o material escolar da Rose.


- Está bem! – falou pegando o objeto – Vamos?


- Claro! – responderam ao mesmo tempo.


Foram até o carro e seguiram diretamente para o Beco Diagonal. O local estava bastante vazio, provavelmente todas as pessoas preferiram ir somente no fim das férias.


- Estão todos com as listas de material ai? – Gina quis saber.


- Sim! – os três responderam mostrando, cada um, sua folha de pergaminho.


- Ótimo! – balançou a cabeça afirmativamente – Por onde vamos começar?


- Acho que é melhor pelos livros – o de olhos verdes sugeriu – É o que sempre demora mais.


- Então você vai com eles – apontou para os garotos mais velhos – Enquanto isso eu vou comprar o material de poção junto com a Lilian e o Hugo. Para eles vai ser muito chato ficar dentro de uma livraria.


- Se você prefere assim! – deu de ombros – É até melhor que vamos vais rápido.


- Foi exatamente isso que eu pensei – explicou.


Cada grupo seguiu o seu caminho. Logo eles chegaram a Floreios e Borrões.


- Vocês três podem olhar os livros! – avisou – Enquanto isso eu vou procurar o que está pedindo nas listas de vocês.


- Está bem Pai! – James concordou – Vou ver se eles têm um livro que estou procurando há muito tempo.


- Vamos até ali? – o mais novo apontou para o outro lado da loja puxando a prima pelo braço.


Chegaram a um local em que haviam vários livros e começaram a olhar todos.


- Eu gosto muito de livros de histórias bruxo – a garota disse enquanto folheava o objeto em suas mãos – Mas também gosto muito dos livros trouxas, minha mãe costumava ler parar mim quando era mais nova e eu aprendi a gostar também.


- Nunca li livros trouxas – comentou – Lá em casa quase tudo é bruxo.


- Se você quiser eu posso te emprestar um! – sugeriu.


- Eu quero sim! – sorriu – Qual você me sugere.


- O meu favorito! – encostou os braços em uma prateleira – Tenho certeza de que você vai gostar tanto quanto eu.


- Tenho certeza de que eu vou gostar! – balançou a cabeça afirmativamente – Se é o seu favorito. Eu confio muito em você.


- Sério! – sorriu sem graça, seu rosto estava extremamente vermelho – Eu também confio muito em você.


- Nós conhecemos há tanto tempo! – lembrou – Somos praticamente irmãos.


- Imagina se nós fossemos irmãos? – riu levemente – Acho que seria muito estranho.


- Nem tanto – comentou – Para isso meu pai teria que ser casado com a sua mãe. Já que a minha mãe e o seu pai são irmão.


- É verdade! – concordou – Minha mãe disse que ela e o seu pai foram grandes amigos na época de Hogwarts. Como teria sido se ela tivesse se apaixonado por ele e não pelo meu pai.


- Acho que as coisas seriam muito melhores – pensou um pouco alto demais.


- Por que você pensa isso? – ela estranhou - Pensei que você fosse feliz com a sua família.


- Eu sou! – respondeu – Mas, às vezes eu acho que a minha mãe não liga muito para mim e para os meus irmãos. Quem sabe as coisas não seriam diferentes se a sua mãe fosse minha mãe.


- Também penso como seria se o seu pai fosse o meu pai – falou – Mas eu não tenho nada do que reclamar do meu pai.


- Nunca saberemos como seriam as nossas vidas – concluiu – Somente se tivéssemos uma maquina do tempo e mudássemos o futuro.


- Verdade! – riu levemente – Vamos ver se o tio Harry já terminou com os nossos livros.


Caminharam até onde estavam antes e encontraram o homem moreno cheio de livros andando em direção ao caixa.


- Oi crianças! – falou colocando os objetos em cima do balcão – Tem mais algum livro que vocês queiram?


- Não! – disseram ao mesmo tempo.


- Oi pai! – o outro garoto apareceu – Encontrei o livro que eu queria.


- Deixe-me ver – pegou o livro das mãos do filho – “Doze maneiras infalíveis de se encantar uma bruxa”?


- Não é para mim! – tentou explicar, seu tosto estava extremamente vermelho – É para um amigo que está com vergonha de comprar aqui.


- Está bem! – fingiu que acreditava e colocou junto com os outros.


James olhou para o lado e percebeu que o irmão e a prima estavam rindo dele. Fez uma cara ameaçadora e os dois pararam.


- Pronto! – Harry disse um pouco depois – Agora vamos procurar Gina e as crianças.


Andaram um pouco pela rua bruxa até que os encontrou sentados em volta de uma mesa.


- Já compramos todos os livros que precisávamos – o de olhos verdes explicou assim que colocou as sacolas no chão.


- Que bom! – a mulher balançou a cabeça afirmativamente – Fomos comprar os ingredientes das poções e também penas, tintas e pergaminhos.


- Então acho que só faltam os uniformes – lembrou – Vou com o Alvo e a Rose depois do almoço. Os uniformes do James ainda estão bons. Não é?


- Sim! – ele confirmou.


- Então vamos almoçar! – ruiva se levantou – Estou morrendo de fome.


- Oba! – as crianças falar ao mesmo tempo.


Foram até o Caldeirão Furado onde almoçaram. Depois da refeição cada um foi para um canto procurar o que os interessava.


O de olhos verdes levou para comprar os uniformes. Em seguida, os dois garotos foram à loja de artigos de Quadribol.


- Tudo aqui é tão maravilhoso! – a menina comentou olhando um Pomo de ouro na vitrine – Mal posso me esperar poder jogar Quadribol.


- Eu também quero muito – concordou com a cabeça – Queria tanto que pudessem ter dois apanhadores, assim não precisaríamos brigar pela posição.


- Tem razão! – riu levemente – Quem sabe quando virem como nós dois somos ótimos jogadores, podem mudara regra.


- Pode até ser! – segurou levemente a mão da menina – Mas sabe de uma coisa: eu não me importaria em ser seu reserva.


- Sério? – perguntou.


- É! – foi se aproximando lentamente do rosto da prima – Você é ótima no quadribol, eu só fico em segundo lugar.


- Também não é assim – estava se sentindo envergonhada com os elogios – Você também é muito bom.


- Mas não tanto quanto você! – fechou os olhos à medida que ia se aproximando mais.


Finalmente os seus lábios se encostaram. Ficaram dessa maneira por algum tempo e quando se preparam para aprofundar o beijo, algo os fez se separar.


- Que lindo! – Lilian disse com um sorriso maroto nos lábios – O casalzinho do ano.


- Lilian! – o menino disse ficando muito bravo com a irmã – Você não vai falar nada disso para a mamãe e o papai.


- Talvez eu conte! – cruzou os braços e o encarou – O que eu vou ganhar para ficar calada.


- Está bem! – suspirou pesadamente – Eu te dou os cinqüenta galões que papai me deu de aniversário e uma caixa de sapo de chocolate.


- Estou convencida – disse por fim – Não vou falar nada para eles.


- Mas eu vou falar! – foi a vez de Hugo fazer chantagem – A não ser que você também me dê alguma coisa – virou-se para a irmã mais velha.


- Não vou comprar o seu silêncio – tinha um sorriso vitorioso nos lábios – Mas se você falar alguma coisa. Vou contar para a mamãe que você pegou a varinha dela para consertar aquele prato que a vovó Granger deu de presente para ela.


- Isso não é justo! – ficou muito bravo.


- Nem sempre a vida é justo maninho! – riu levemente – Eu já vou.


Saiu rapidamente do local e Alvo a seguiu.


- Espera Rose! – segurou o braço dela – Você está brava comigo.


- Por que eu estaria? – deu de ombros sem entender nada.


- Por que causa do beijo que eu te dei – respondeu como se fosse a coisa mais obvia do mundo.


- Não tem problema! – falou – Vamos esquecer. Não é isso que vai abalar a nossa amizade.


- Tem razão! – riu levemente – Eu fui um bobo.


- Foi mesmo! – riu também – Agora vamos.


Encontraram Harry tomando sentando em uma mesa tomando sorvete e se aproximaram.


- Onde vocês estavam? – Harry quis saber.


- Estávamos vendo as coisas de Quadribol – o menino explicou enquanto se sentava.


- Os dois gostam de jogar – comentou divertido – Isso é muito bom. Tenho certeza de que de que você será um ótimo apanhador e a Rose será uma ótima goleira.


- Eu não quero ser goleira! – a menina disse de repente – Quero ser apanhadora.


- Sério? – pareceu feliz ao ouvir isso – E o que o Rony pensa sobre isso?


- Meu pai me apóia em qualquer coisa escolha que eu faço – disse – Mas ele não gosta muito da idéia.


- Imagino! – riu levemente.


- Mas eu tenho certeza de que Hugo vai querer ser goleiro – continuou – Isso o deixa mais feliz.


- Tem razão! – balançou a cabeça afirmativamente – Vocês querem sorvete?


- Eu quero sim! – Alvo respondeu – E você Rose.


- Claro! – balançou a cabaça afirmativamente – Hoje está calor e sorvete é sempre bom.


- Vai lá comprar meu filho – entregou algumas moedas para o garoto.


- Está bem! – se levantou.


- Eu quero sorvete de chocolate – a menina avisou.


- Sabia que sua mãe também adora sorvete de chocolate? – Harry disse com um sorriso bobo nos lábios.


- Sei! – respondeu – Ela diz que eu puxei isso dela.


- É verdade! – concordou com a cabeça – E quais são as suas expectativas em relação à Hogwarts.


- Estou muito feliz! – sorriu abertamente – Mal posso esperar para chegar primeiro de setembro.


- Parece comigo quando tinha a minha idade – lembrou – Estava querendo saber como era essa escola, não tinha nenhuma noção de nada.


- Eu ainda tenho alguma noção – explicou – Meus pais me contaram como era na época deles e isso me deixou ainda mais curiosa.


- Eu imagino! – comentou – Com tantas aventuras que nós vivemos é de dar expectativa a qualquer um.


- Desde que eu era bem pequena, meu pai me conta sobre a guerra contra Voldemort – lembrou – Vocês foram muito corajosos em lutar com ele.


- Rony parece ser um ótimo pai! – comentou de repente – Você parece gostar muito dele.


- Adoro! – respondeu sorrindo – Sou muito feliz por ter um pai assim. Ele é muito bom para mim, para o Hugo, para a Dominique e para a minha mãe.


- Que bom! – ficou bastante triste nesse momento – Hermione realmente escolheu o cara certo para formar uma família,


- Tem razão! – balançou a cabeça afirmativamente – E os dois se amam muito. Dá para perceber pelo jeito como eles se olham.


- Já ia me esquecendo! – resolveu mudar de assunto – Comprei uma coisa para você.


- O que foi? – estava bastante curiosa.


- Deixe-me pegar aqui – abaixou para poder mexer na sacola – Aqui está.


Entregou para a menina o livro. Na capa, lia-se em letras douradas o titulo: “Hogwarts, uma história”.


- Eu sei que sua mãe tem esse livro em casa e que, provavelmente, você já deve ter lido – explicou – Mas esse é só seu e você pode levá-lo para Hogwarts e consultar sempre que precisava.


- Uau! – foi tudo que ela conseguiu falar – Não precisava ter me comprado nada.


- Aceite isso como um presente por você ter ido para Hogwarts – disse – Ainda não tinha te dado nada.


- Obrigada tio Harry! – se levantou e o abraçou – Foi o melhor presente que eu já ganhei na minha vida.


Nesse momento Alvo voltou e os dois tomaram o sorvete sossegados. Um pouco depois eles foram embora.


Harry tocou a campainha e logo Hermione foi atender.


- Oi Harry! – ela disse sorrindo para o amigo.


- Mãe! – os dois garotos a abraçaram.


- Meus queridos! – se abaixou para ficar na altura deles – Vocês se divertiram?


- Muito! – a menina disse.


- Que maravilha! – sorriu – Agora vão lá para cima.


Concordaram antes de correr em direção as escadas.


- Obrigada Harry! – ela disse em seguida.


- Não foi nada! – falou – Não vai me convidar para entrar?


- Claro! – se afastou para deixá-lo passar – Você realmente nos ajudou muito levando a Rose para comprar o material.


- Só fiz a minha obrigação – sentou-se no sofá – Afinal, Rose é minha filha.


- Eu já te disse para não falar isso aqui – pediu bem baixo, estava bastante apreensiva - Alguém pode nos ouvir.


- Desculpe-me! – ficou encarando os próprios sapatos – É que hoje nós conversamos bastante e eu reparei o quanto ela é parecida com você. Não só fisicamente, mas na personalidade.


- Ela também se parece muito com você – respondeu se sentando ao lado do homem – É teimosa, rebelde e tem o dom excepcional para o Quadribol.


- É incrível como os filhos sempre lembram os pais! – pensou colocando a mão no queixo – E toda vez que eu olho para a Rose, me lembro de que ela é o fruto de uma relação linda ente nós dois.


- Você sabe que não tivemos uma relação! – lembrou – Foi somente uma noite.


- A noite mais maravilhosa da minha vida – foi se aproximando lentamente dela – Nunca me senti assim com a Gina. E você, como se sentiu naquela noite?


- Bem! – suspirou pesadamente – Me senti normal.


- Sei que você está mentindo! – riu levemente – Mas eu aceito a sua resposta.


Preparou-se para beijá-la. Mas quando seus lábios estavam a milímetros de se tocarem, ouviram passos e se afastaram rapidamente.


- Oi Harry! – Rony foi cumprimentar o amigo – Não te ouvi chegando.


- Eu só vim trazer a Rose e o Hugo – explicou se levantando – Eu já estou indo embora,


- Não quer tomar um chá? – Hermione sugeriu – Nós podemos ficar aqui conversando.


- Quem sabe outro dia! – avisou – Tenho certeza de que estão todos cansados e querem ir para casa.


Despediram-se antes do de olhos verdes sair em direção ao seu carro.

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