Primeiros Movimentos



Capítulo 50 – Primeiros Movimentos


 


- Voldemort voltou.


- Melhor entrarmos. – disse Dumbledore. – Aqui tem muita gente.


- Eu os levo. – disse Bagman. – Você tem que explicar as coisas para nossos convidados.


- Afaste-se de minha família, seu desgraçado. – disse Tiago lançando um feitiço no juiz.


- O que é isso, Potter? – perguntou Fudge, espantado.


- Esse idiota acaba de ajudar Voldemort a voltar. – disse Harry, ele estava em posição de ataque.


- Ele estava o tempo todo ao meu lado. – disse o ministro.


- Assim como eu. – disse Tiago com sarcasmo, lançando um feitiço para que somente eles ouvissem o que era discutido.


- Eu suspeitei mesmo do desaparecimento deles. – disse Madame Maxime.


- Você não tem provas. – disse Bagman, mesmo paralisado.


- Então, por que você está usando luvas em um dia tão quente? – perguntou o auror, o que fez o outro estremecer.


- Estou com uma alergia. – disse ele depois de pensar um pouco.


- Explique isso, então. – disse Lilian arrancando a manga esquerda dele, mostrando a marca negra completamente negra, chegando até mesmo a brilhar.


- Quer saber, eu sou culpado mesmo. – disse ele. - A minha mão é a prova de que eu fui o responsável pela volta dele. Depois de anos fingindo, esse torneio foi a chance que eu tive para mostrar para o meu Senhor que eu era fiel dele. Ele tomara o ministério e acabara com todos os sangues-ruins.


- Ele está louco. – disse o ministro. – Vocês vêm isso, ele está delirando.


- Não é delírio. – disse Dumbledore. – Voldemort voltou.


- Você também está delirando, Dumbledore. Voldemort está destruído, foi aquele menino que o destruiu.


- Nós já conversamos sobre isso. Você sabe o que eu penso sobre este assunto. – disse o diretor. – Você pode ignorar os sinais, mas não pode me impedir de agir ao meu modo. Tiago avise aos presentes que haverá uma reunião no meu escritório.


Tiago seguiu em direção a sua família, para chamar os marotos, e acabou levando com ele todos os ruivos e Hermione.


Nos escritório estavam alguns professores, Madame Maxime e Crouch, quando o grupo chegou.


Harry contou o que aconteceu, desde que entrou no labirinto, até o momento que pegou a taça novamente. Depois foi a vez de Tiago.


- E depois que Harry desapareceu só faltou Voldemort dar pulinhos de raiva sobre o chapéu. O azar foi dos seus comensais, que levaram punição por não conseguir capturar um simples menino. – disse o inominável quase rindo, a mesma situação de Sirius, e dos gêmeos.


Dumbledore explicou para aqueles que não conheciam sobre a Ordem da Fênix. E começou a distribuir algumas missões, inclusive para Snape, que já parecia saber o que era para fazer e saiu imediatamente, sobre os olhares raivosos dos Potter.


 


Harry foi levado para a enfermaria, mesmo não tendo ferimentos, além do corte no braço. Pelo menos ele teria sossego, sem que os outros alunos ficassem sobre ele. Letícia ficou com ele, apesar de algumas reclamações.


Assim que todos saíram, Harry aumentou a cama e a menina pulou para lá.


Quando o moreno acordou, ele não estava mais abraçado a irmã. Mas ele não estava tão preocupado assim, alguém a substituiu.


- Gina. – disse ele.


- Bom dia, Harry. – disse ela corando, mas ele não percebeu já que ela estava com ele abraçado as suas costas - Vim trazer o seu café. Como você estava dormindo resolvi esperar, e acabei dormindo também.


- Sem problemas, mas só se me acompanhar. – disse ele se sentando e pegando a bandeja. – Parece que foi feito pela sua mãe.


- Por falar nela, ela mais a sua disseram para você ficar por aqui, até a noite. Parece que muitos boatos estão rolando pela escola.


- Vou precisar de companhia. Ficar na enfermaria doente já é ruim. Sem ter nada é pior.


Eles passaram o dia conversando sobre a ordem e as possíveis missões especiais que Dumbledore comentou no dia anterior, mas disse que ia conversar com cada um reservadamente.


 


- O ministro não acreditou mesmo com Bagman preso? – perguntou Minerva.


- Não, ele não quer ver a realidade, já que ele aprecia a paz, e ter Voldemort de volta pode complicar as coisas para ele. – disse o diretor. – E não adianta contar mais com Bagman, ele se suicidou assim que foi liberado do feitiço lançado por Tiago.


- Isso complica as coisas. – disse Remo. – Teremos que agir nas sombras.


- Sem o apoio do ministro, teremos mais dificuldades de fazer as pessoas acreditarem em nós. – disse Sirius.


- Pode ser pior. Seremos perseguidos pelo ministro. – disse Tiago. – Seremos investigados e sempre teremos alguém atrás de nossos passos.


- Mas não podemos ficar parados. – disse Dumbledore. – Hoje, na festa de encerramento anunciarei aos alunos a volta de Voldemort e esperarei que alguns espalhem a má noticia.


E assim foi feito. O anúncio surpreendeu a todos, que automaticamente olharam para Harry.


Pela falta de dois juízes, sendo que Karkaroff fugiu ao sentir a marca negra arder em seu braço, a cerimônia de entrega do prêmio para Harry foi feita de forma reservada, contando apenas com os outros campeões e os juízes originais restantes.


 


A viagem de volta foi um pouco entediante para Harry, com todos os olhares que ele recebia. Até que Hermione se irritou e fechou as cortinas.


- Esse povo não tem nada que fazer? – perguntou a morena.


- Não, Mione. – disse Gina. – O esporte preferido desse povo é a fofoca. Você ainda não ficou sabendo que seu casamento com o Krum já esta marcado?


- Nem vou comentar isso. –disse ela. – Pelo menos teremos dois meses longe de todos.


- Como se isso funcionasse para mim.  – disse Harry. – Quando voltarmos será a mesma coisa de sempre.


- Não liga, Harry. – disse Gina abraçando ele. – O que importa é quem você é.


- Você está certa. – respondeu ele sem soltar o abraço, deixando Rony com uma cara fechada.


Mais para o fim da viagem, já em Londres, uma visita desagradável apareceu.


- Harry Potter, o grande campeão. Deveríamos fazer reverências? – perguntou Malfoy.


- Não, acho que vocês poderiam trocar de roupa e fazer o papel certo. Bobos da corte. – disse Harry fazendo os amigos rirem, e os sonserinos sacaram as varinhas.


Porém, com o treinamento que os grifinórios tiveram eles foram mais rápidos, resultando em três seres disformes no chão, que foram varridos para fora da cabine.


Neste momento chegaram Fred e George.


- Quem fez aquilo com o Crabbe? –perguntou Fred, e Harry indicou Rony, sem cerimônia.


- Quem nocauteou o Goyle? – perguntou George, com Gina indicando Hermione.


- E quem concertou a cara do Malfoy? – perguntaram os dois juntos mais felizes que o normal.


- Não sei. – responderam Harry e Gina, ao mesmo tempo, fazendo os gêmeos rirem e os outros dois ficarem confusos.


Ao chegarem, Fred e George ajudaram os quatro a pularem os corpos no chão.


Harry ficou por último com os gêmeos. Ele tirou o saco onde tinha o dinheiro do prêmio que recebeu.


- Isso é de vocês.


- Não podemos aceitar. – disse George.


- Você ganhou, é seu. – disse Fred.


- Eu não quero, e acredito que esse dinheiro será mais útil com vocês. – disse Harry. – Acho que precisaremos dar umas boas risadas nos próximos tempos. E se vocês recusarem eu posso fazer com que vocês façam companhia para os três aí no chão.


- Se você insiste. – disse Fred.


- Aceitamos, sócio. – disse George.


 


Somente Tiago estava esperando por Harry, junto com Molly e Arthur. Lilian tinha ficado com as meninas em casa.


Harry se separou dos amigos depois de ajudar Gina a acomodar a mala dela no carro do pai dela.  Aparatando com o pai para casa.


- As gêmeas estão dormindo. – disse Lilian assim que eles chegaram.


Letícia pulou no colo do pai. Que pela cara tinha algo sério para dizer.


- Agora que Voldemort retornou vou revelar algumas coisas que poucos sabem, e que Dumbledore não quer que você saiba. A verdade sobre a perseguição do cara de cobra para cima dos nossos pais. – disse Tiago.


- Por que agora? – perguntou Harry. – Por que não contou antes?


- Esse é um assunto complicado. – disse Tiago. – É uma coisa que me prejudicou muito, mas que posso contar para você.


- E o que eu to fazendo aqui? – perguntou Letícia.


- Você precisa saber também. – disse Lilian. – Para cuidar da Carol e da Anny.


- Antes do nosso nascimento, uma profecia foi feita. – disse novamente o auror, fazendo Harry torcer o nariz. – Sei que é uma coisa estranha isso, mas tem gente que acredita nisso, e Voldemort acredita. A partir dela, foi que ele criou essa obsessão por Harry Potter. O problema é que ele só sabe metade dela, e o ataque que sofremos foi, em sua opinião, era a forma de cumpri-la. E agora que ele retornou, Tom vai tentar de tudo para escutar toda a profecia. Eu passei quase um ano inteiro sonhando com o departamento de mistérios, onde está guardado um registro dela.


- O que você fará agora que ele voltou? – perguntou Harry para o pai.


- Nós, digo eu e você, iremos pegar a profecia amanhã. Evitamos problemas e assim você saberá o conteúdo dela.


 


Na manhã seguinte os dois aparataram para o ministério, com Harry debaixo da capa de invisibilidade dele. Tiago queria evitar que alguém visse o menino, seja ele um espião de Voldemort, ou alguém que poderia comentar isso com algum comensal ou com o ministro.


Por ele ser um inominável, sua presença no Departamento de Mistérios não era uma coisa estranha.


Para distrair, eles passaram pelo QG dos aurores, e por outros setores do ministério, conversando com outros membros da ordem.


Harry percebeu que o pai queria que ele soubesse quem era seus aliados, assim tendo condições de pedir ajuda quando necessário.


Só quase na hora do almoço, foi que eles se dirigiram para o local de destino original.


Passaram por várias salas para despistar, e Tiago sempre que percebia que estavam sozinhos explicava como as coisas funcionavam sem entrar em detalhes secretos.


Finalmente eles estavam no grande salão das profecias. Harry achou a semelhança com uma catedral bem interessante. Assim como as longas prateleiras com as esferas de vidro.


- Eu fiz esse caminho em sonhos por meses. – disse o inominável. – Acredito que farei de novo, como você também. E essa.


Harry pegou a esfera, esperando algo frio, mas percebeu que ela era quente.


- Somente quem é citado na profecia pode pegá-la. – disse Tiago. – Ou seja, era você, ‘eu’ ou Voldemort. Como Tom, não é bem vindo no ministério, ele forçaria você a vir aqui. Discutimos em casa.


Eles saíram rapidamente.


Chegando em casa se trancaram no quarto do menino, o que chateou um pouco Letícia e fez com que Lilian se lembrava quando Harry tinha segredos com o irmão dela e Mione, deixando a ruiva de lado, mesmo quando eles namoravam.


Harry abriu a esfera, uma figura fantasmagórica da professora de adivinhação apareceu para eles.


- Aquele com o poder de vencer o Lorde Negro se aproxima... Nascido daqueles que por três vezes o desafiaram, nascido ao fim do sétimo mês... E o Lorde Negro vai marcá-lo como seu igual, mas ele terá um poder desconhecido pelo Lorde Negro... E um deve morrer pelas mãos do outro porquanto nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver... Aquele com o poder de vencer o Lorde Negro se aproxima... Nascido daqueles que por três vezes o desafiaram, nascido ao fim do sétimo mês...


- Essa foi a primeira profecia dela. – disse Tiago. – Como disse Voldemort só sabe até onde diz que ele marcaria como um igual, o que na cabeça dele significa que era para ele escolher o mestiço, já que ela também podia se referir ao Neville. Snape foi quem escutou e contou para seu mestre. Mas não se preocupe, nem sempre devemos tomar as coisas ao pé da letra.


- Voldemort será alguém que abrirei uma exceção e tentarei matar. – disse Harry.


- Você reagiu melhor que eu. Deve ser por ter sido em situações diferentes. – disse Tiago.

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