Conversas



Capítulo 14 – Conversas


 


 


  O domingo amanheceu nublado e eu estava com preguiça de descer para o café, então fique observando o céu através da janela pelo ponto de vista que eu tinha da minha cama.


  Quando eu finalmente me levantei, o dormitório já estava completamente vazio, fui tomar um banho demorado, depois coloquei uma calça jeans e uma blusa preta justa que marcava a minha cintura e com uma abertura nas costas que ia desde um pouco abaixo da nuca e ia até quase o fim da blusa deixando a pele das minhas costas expostas até onde se encontrava com a calça. E peguei meu sobretudo preto.


   Desci para o Salão Principal, onde o café-da-manhã ainda era servido para os alunos que acordaram tarde. Eu notei que pouco depois que entrei, o Harry e a Gina entraram discutindo, eu não pude ouvir o que eles falavam, no entanto eu tinha uma boa idéia do motivo da discussão principalmente quando o Harry olhou para mim e revirou os olhos dando um sorrisinho de canto de boca e tive de me segurar para não rir.


  Depois que eu terminei de tomar meu café comecei a me dirigir ao jardim. Estava um vento frio então eu coloquei o meu sobretudo, e comecei a me dirigir para perto do lago, no entanto ouvi as vozes do Harry e da Gina que haviam saído um pouco antes de mim do Salão Principal.


  —Fala a verdade, Harry! Com quem você foi ontem a Hogsmead? – eu pude ouvir uma Gina furiosa falando.


  —Eu to falando, Gina! Eu não estava te traindo! – o Harry disse se defendendo.


  —Então por que você não quis ir a Hogsmead comigo? – falou ela a beira das lágrimas.


  —Por que eu tava precisando espairecer depois da minha briga com a... Minha irmã! – falou se aproximando dela.


  Eu decidi deixar os dois em paz para que eles se acertassem e fui à direção da Floresta Proibida, quando cheguei mais perto, dei de cara com o guarda caça de Hogwarts.


  —Hei o que você está fazendo aqui? – perguntou ele apontando com a mão cheia de algo que pareciam ratos mortos.


  —Eu estava apenas andando tentando assimilar tudo que aconteceu nos últimos dias. Acho que eu acabei andando mais do que havia planejado. – falei olhando para trás para o caminho pelo qual eu havia vindo.


  —Hum, entendo...


  —Então você é o... – falei tentando me lembrar do nome dele.


  —Hagrid. E qual é o seu nome? – perguntou ele simpático


  —Laís. O que você vai fazer com isso? – perguntei apontando para os animais mortos que ele carregava.


  —Oh! Eu estava indo alimentar o Bic... Asa Fugaz, ele é um hipogrifo, sabe? – falou sorrindo. Eu instantaneamente me lembrei que o Harry havia falado do hipogrifo do Hagrid.


  —Eu posso ir com você? – eu perguntei curiosa.


  —Claro! – ele respondeu sorrindo. – Mas tenha cuidado! Hipogrifos são muito orgulhosos. Eles se ofendem com facilidade, nunca insulte um bicho desses pois pode ser a ultima coisa que você vai fazer na vida. – falou se encaminhando para trás da cabana onde eu pude ver o hipogrifo perto da cerca. – Agora faça exatamente o que eu disser, está bem? – eu acenei com a cabeça em sinal positivo. – Espere até ele fazer o primeiro movimento, é uma questão de cortesia. Vá até ele e faça uma reverência, depois espere. Se ele retribuir você pode tocar nele senão... – eu fiz o que ele falou e esperei, até que o Asa Fugaz retribuiu a reverência. – Muito bem agora você pode tocar nele. – ele completou sorrindo.


  Eu avancei lentamente com a mão estendida na direção do hipogrifo, então o Hagrid fez sinal para que eu esperasse um pouco, logo o bicho estava vindo na minha direção, ele encostou o bico na palma da minha mão e eu comecei a acariciá-lo.


  —Ele gostou de você. – falou Hagrid sorrindo, ao que eu retribui.


  —Ele é muito bonito. – falei me afastando para que o Hagrid pudesse alimentá-lo.


  —Sim, ele é! – disse jogando os animais mortos para o Asa Fugaz. – Me diga um coisa, Laís. Por que eu nunca vi você em Hogwarts antes? – perguntou se virando para mim.


  —É que eu sou nova... Meus pais decidiram que seria melhor eu vir para Hogwarts para completar meus estudos.


  —Entendo... Mas você não é Grifinória...


  —Não, como você sabia?


  —Eu conheço alguns alunos da Grifinória que teriam me contado se você fosse de lá. Então qual a sua casa, Lufa-Lufa ou Corvinal? – perguntou jogando o ultimo animal morto.


  —Nenhuma das duas... Eu sou da Sonserina. – falei um pouco envergonhada.


  —Ora, isso é raro... – ele falou genuinamente surpreso.


  —O que exatamente é raro? – perguntei intrigada.


  —Uma Sonserina que não é arrogante. – falou honestamente.


  —Não em tempo integral, pelo menos. – completei rindo.


  —Como assim? – ele perguntou confuso vindo para perto de mim.


  —Bom, tirando as horas em que eu e o Harry tentamos matar um ao outro, eu acho que sou uma garota bem legal.


  —Então você e o Harry não se dão bem? Por quê?


  —Não, na verdade é que eu e o Harry temos um ponto de vista um pouco diferente. O Lupin acha que o maior motivo para eu não gostar do Harry é o meu ex-namorado. Draco Malfoy. – falei quase com raiva o último nome.


  —É ele e o Harry nunca se deram bem. Desde o primeiro dia de aula.


  —Foi o que eu ouvi. Bom, a briga entre o Harry e eu nunca foi tão forte quanto com o Malfoy, mas... – falei dando de ombros.


  —Entendo, mas continuo afirmando que você não parece uma Sonserina.


  —Vou tomar isso como um elogio. – falei sorrindo.


  —Hagrid? Você está ai? – eu ouvi o Harry chamando.


  —Eu acho melhor eu ir. Eu posso voltar outra hora? É que eu adoro esses animais diferentes.


  —Claro! – falou realmente contente.


  —Hei Hagrid! Você esta ai. – falou o Harry contornando a cabana.


  —E não está sozinho. – falou Hermione, que olhou para o Harry.


  —Até outro dia, Hagrid! – eu falei acenando para ele, e ao sair bati com o ombro no de Harry e quando ele virou o rosto para mim eu pisquei e continuei caminhando, enquanto via ele se segurar para não rir.


  Eu decidi voltar para o castelo e voltei a vagar sem rumo pelos corredores da escola sem perceber aonde ia até bater em alguém bem mais alto do que eu, tudo o que consegui distinguir da pessoa com quem trombei foi que era um homem então quando levantei o rosto para pedir desculpas vi quem era:


  —Professor Snape! – exclamei assustada.


  —Sim, eu creio que este seja meu nome. – falou ele com um sorrisinho debochado no canto dos lábios.


  —Me desculpe! – falei quando voltei a pensar coordenadamente. – Eu estava distraída... – completei num sussurro.


  —Eu notei. – ele falou no seu tom austero de sempre. – Eu posso saber o que a estava distraindo tanto a ponto de esbarrar em mim? – falou frisando bem a ultima palavra.


  —Eh... bom... é um assunto meu pessoal... professor. – completei rapidamente.


  —Entendo... então acredito que seja algo muito serio. – falou indiferente. – Onde você estava indo, andando nesta parte das masmorras? – falou ele após um tempo em que nenhum dos dois se moveu, só então eu percebi onde estava. Eu estava próxima ao fim do corredor em que se encontrava a sala dele.


  —Faço a mínima idéia! – falei sinceramente analisando o local onde estava. – Como eu vim parar aqui?! – pensei em voz alta.


  —Andando. – falou o Professor Snape ironicamente. – A não ser que a senhorita tenha descoberto uma nova técnica de transporte, que funcione dentro dos muros de Hogwarts. – completou ainda mais irônico e com aquele sorrisinho irônico no canto da boca.


  —Odio cuando hace eso! – falei em espanhol, porque se falo em inglês tenho certeza que não duro meio segundo!


  —Cuado yo qué? – perguntou ele com um sorrisinho vitorioso. Droga! Ele fala espanhol! To M-O-R-T-A !


  —Usted hablas español? – perguntei petrificada de medo.


  —Sí, creo que este es el idioma que estamos hablando. – Eu ainda estou viva! Mas por quanto tempo? – Entonces, tu odia cuando yo hago qué?


  —Cuando haces esto! Me Sorprende! Aparece sin previo aviso! Y hablas um idioma que yo pensaba que era la única aquí para hablar! Me dio mal! – completei quando notei o que havia falado.


  —Usted sabe que és la única con coraje suficiente para hablar en este tono mientras estudia aquí?


  —Sí, y sé que voy a pagar por esto... Pero peor que mi vida esta no empeorará! – falei pensando em tudo que me aconteceu nos últimos dias, embora tivesse feito as pazes com o Harry ainda estava brigada com meus pais e ainda tinha o... Draco! Ao pensar esse nome senti uma lágrima involuntária escapar dos meus olhos.


  —Por qué estás llorando? – perguntou notando a lágrima que me escapará.


  —Por qué... resulto que mi vida al revés! Descobri que yo era adoptada! Descobri que tengo un hermano! Descobri que mi novio me traia! Descobri que soy la hermana de Harry Potter!!! – explodi notando rapidamente que tinha falado o que não deveria e tapando minha boca com as mão imediatamente.


   —Qué? – falou surpreso. – Usted eres la hermana de Harry Potter? – perguntou ele não acreditando no que ouvia.


  —Sí, pero, por favor, no digas nada! – implorei.


  —Quién más sabe? – perguntou ele retomando suas feições sérias.


  —Dumbledore, Lupin, Harry, Olívio, Mariana, Hermione, Rony, Gina y ahora usted... – falei com a voz fraca.


  —Y por qué nadie dijo nada?


  —Le pedi que no dicen...


  —Y todos estón de acuerdo? – perguntou irônico


  —Sí... que el final sera mi vida la más cambiada...


  —Comprendo... – falou ainda serio.


  —Ustedes no vai a decir nada a nadie, verdad?


  —Me está a llamar de gossipy?


  —No! – falei rapidamente. – Gracias.


  —Laís, podría decir-me toda la história, ya que nadie era consciente de usted?


  —Por supuesto maestro! – falei sorrindo timidamente.


  —Y por favor en mi idioma! – falou sério ao que eu assenti com a cabeça. – Venha vamos conversar em meu escritório.


                                                            ********************************


   Algum tempo depois da conversa que sucedeu no corredor eu estava terminando de cotar minha historia para o professor Snape. Então ele finalmente pareceu se mexer novamente, já que ele havia ficado mais imóvel que uma estatua durante todo o tempo em que estive falando.


  —Você é muito parecida com a sua mãe. – ele disse quando eu terminei de falar. – Menos esse jeito de responder aos professores isso é do seu pai. – ele falou como se não gostasse nem de lembrar que meu pai havia existido.


  —Você conheceu os meus pais? – perguntei legitimamente curiosa.


  —Eu conheci a sua mãe. – ele respondeu pausadamente. – Já o seu pai... bom digamos apenas que nós não nos suportávamos... – completou sarcasticamente.


  —Como você conheceu minha mãe? Naquela época a inimizade entre Sonserina e Grifinória não era mais forte? Alem do que minha mãe era um nascida-trouxa... – falei confusa gesticulando muito com as mãos.


  —Sim, mas eu também não sou um sangue-puro. – aquela informação me surpreendeu. – Minha mãe era bruxa e meu pai um Trouxa. Eu conheci a Lílian antes de vir para Hogwarts, já que nós morávamos relativamente próximos... Fui eu quem a contou que ela era uma bruxa, e também falei sobre tudo que eu sabia sobre o Mundo da Magia e Hogwarts... No entanto quando chegamos a Hogwarts e fomos para duas casas tão diferentes começamos a nos afastar até perdermos total contato.


  —Então vocês deixarão à diferença de casas destruir a amizade de vocês? – falei sem acreditar.


  —Eu acredito que você e Harry façam o mesmo, não é?


  —As minhas brigas com Harry são por outro motivo! Até por que eu sou amiga do Olívio e do Lupin, sedo que o ultimo só não é diretor da Grifinória por que a McGonagall não deixa. – falei irritada


  —Entendo. – ele falou voltando a assumir a postura fria que parecia ter perdido enquanto falava da minha mãe.


  —Era só isso, professor? – falei também assumindo uma postura mais formal, ao que ele pareceu notar.


  —Não. – ele parecia relutante em continuar falando até que após respirar fundo e murmurar algo como “Eu enlouqueci.” Ele continuou. – Eu não gostava da sua mãe simplesmente como amiga, Laís. Eu amava sua mãe! – ele falou e uma vez.


  Eu fiquei o encarando estarrecida. Ele não poderia ter dito isso! Eu escutei errado! Eu só posso ter escutado muito, mas muito errado mesmo! Ele não disse isso! Ele não! Não, não e não!


 —Sim, Laís. – ele falou como se pudesse ler a minha mente. – Eu amava e amo a sua mãe... – ele falou como se estivesse fazendo um enorme esforço, como se aquilo fosse difícil de dizer, quase como assumir o assassinato de alguém.


  —A amava? – perguntei quase sem voz.


  —Sim. – ele respondeu com a voz alterada, não consegui reconhecer os sentimentos ali expressos.


  —É por isso que me olhava estranho durante as aulas? – ele fez cara de que não sabia que eu notara. – O Draco sempre falava que você me olhava estranho durante as aulas.


  —Sim é por isso. Você se parecesse muito com a sua mãe quando ela tinha a sua idade...


  —O Lupin diz isso também. – eu olhei em meu relógio de pulso e já era hora do almoço. – Acho melhor eu ir ou vou perder o almoço... – falei olhando para ele.


  —Não conte nada do que eu te contei a ninguém, entendeu? – ele falou serio mas não de modo a assustar-me.


  —Me está a llamar de gossipy? – perguntei brincando, ao que pude ver um pequeno sorriso no canto de seus lábios, sorriso este que ele tentava a todo o custo impedir.


  —Você pode vir aqui se precisar de algo... – ele falou meio inseguro.


  —Obrigada. – eu agradeci surpresa. – Até outra hora. – falei acenando e passando pela porta.


  Eu fui à direção ao Salão Principal pensando em como minha vida estava mudando de uma hora para outra. Primeiro eu ganho um namorado, depois eu descubro que sou adotada e tenho um irmão, que meu professor de DCAT é meu padrinho. Perco meu namorado e descubro que o professor mais temido de Hogwarts tinha uma queda pela minha mãe.


  Céus! Será que minha vida pode complicar ainda mais? Não, acho que é impossível o que mais poderia acontecer afinal? Bom, se for pelos meus parâmetros de possível ou impossível é melhor esquecer por que a coisa que eu achava mais impossível aconteceu! Eu e meu irmão estamos nos dando muito bem.


  Quando eu entrei no Salão Principal  meus olhos se dirigiram instantaneamente para a mesa da Grifinória onde o meu irmão estava sentado de frente para a porta e sorrindo ao ver-me entrar. Eu retribuí rapidamente o sorriso e me dirigi a mesa da Sonserina, onde eu pude notar uma serie de murmúrios começarem a se formar conforme eu passava ao longo da mesa, no começo achei que fosse apenas impressão, no entanto quanto mais perto chegava do único lugar vazio no final da mesa mais o murmúrio se aumentava.


  Ao me sentar eu tive a sensação mais estranha de todas... Eles falavam de mim, mas o que? Eu já não estava agüentando mais! Boa parte dos alunos estavam me encarando e cochichando coisas que eu não entendia. Eu não tinha amigos em Hogwarts fora o Olívio e a Mari, não ninguém por perto que eu realmente conhecesse para não ter que encarar aquilo sozinha.


  Eu ainda não tinha me servido então simplesmente me levantei e sendo seguida por vários olhares fui andando até a mesa da Grifinória murmurando comigo mesma que eu estava louca. Ao chegar a mesa da Grifinória eu parei atrás do Harry que por estar de costas para a mesa da Sonserina não tinha notado minha aproximação.


  —O que foi Rony viu uma assombração? – ele perguntou rindo por que Rony que estava sentado a frente do meu irmão estava me encarando e ficando mais pálido a cada minuto.


  —Não, acho que ele viu a mim. – falei para o Harry que se virou instantaneamente para me encarar.


  —O que você está fazendo aqui? – ele perguntou afinal era por minha causa que ainda fingíamos que não nos dávamos bem.


  —Ahn... socorro? – falei meio constrangida se antes eu já estava sendo observada agora então ate os professores deveriam estar nos observando.


  —Senta aqui. -- ele disse abrindo espaço para mim no que eu me sentei mais do que imediatamente.


  —O que foi? Por que você veio para cá? – ele perguntou ainda surpreso com a minha atitude.


  —É que ta todo mundo me encarando. – respondi sob os olhares de todos que estavam por perto.


  —Será que é por que você é uma Sonserina e está na mesa da Grifinória? – perguntou o tapado do Rony.


  —Será que seu cabelo é ruivo assim por genética ou foi o sangue que fugiu do seu cérebro? – devolvi irritada, Gina e Hermione tiveram que segurar o riso. – Eles estavam me olhando antes de eu vir para cá. E como eu não conheço ninguém nas outras casas eu vim para cá. – completei dando de ombros como se fosse algo normal.


  —Vem cá, desde quando você e o Harry se dão assim tão bem para você vir para cá pra não ficar sozinha? – perguntou Hermione.


  —Ahn... desde uma meia hora antes do jantar do Olívio e da Mari? – falou Harry meio encabulado.


 —Ou desde ontem em Hogsmead? – virei perguntando para o Harry e sorrido marotamente.


  —Ontem? Em Hogsmead? Que horas? – perguntou Gina olhando entre meu irmão e eu.


  —O passeio inteiro... – falei como se não tivesse entendendo nada.


  —Eu falei que não estava te traído! – falou Harry sorrindo.


  —E por que você não contou para nenhum de nós que vocês tinham se acertado? – perguntou Gina um pouco ofendida.


  —Instintos Sonserinos! – Respondemos os dois ao mesmo tempo e depois começamos a rir. É claro que essa minha pequena ação de ir ficar perto do meu irmão fez com que mais pessoas me olhassem, no entanto eu estava me sentindo mais confortável agora que tinha com quem conversar e me distrair.


  Quando o almoço terminou, eu segui com os outros até a arvore perto do Lago Negro, atrás da qual eu havia visto ainda mais cedo Harry e Gina brigando. Nos sentamos ali e começamos a conversar, estávamos rindo de uma idiotice que o Rony disse quando meu celular tocou:


  —Alo? – atendi prontamente. – Mirian? Nossa! Quanto tempo tudo bem com você? – falei notando os olhares de confusão de Rony e Gina. – Não eu estava só conversando com uns amigos, mas e você como esta? – eu olhei para o Harry revirando os olhos por causa das expressões dos dois Weasley. – Ok! Não tudo bem não faz mal. Você não precisa levar bronca por minha causa, me liga de novo a noite que eu já to escutando a bagunça. – eu falei rindo, minha amiga tinha dois irmãos um de sete e outro de cinco anos que estavam brigando enquanto nos conversávamos e como a mãe dela tinha saído ela estava de babá. – Outro beijo! Tchau! – completei desligando.


  —O que é isso? – perguntou a Gina apontando o celular.


  —Isso é um celular Gina, serve para os Trouxas se comunicarem. Cada celular tem seu numero e quando a pessoa disca o numero de um aparelho especifico no seu celular ele cria uma conexão entre os dois aparelhos e assim tudo que a pessoa falar do outro lado pode ser escutado aqui instantaneamente. – explicou Hermione com ar de Sabe-Tudo.


  —E qual o alcance desses treco? – falou rony com cara de quem não tinha entendido nada.


  —Bom eu posso falar com alguém que more na China. – eu respondi prontamente.


  —Legal. – falou Gina olhando o aparelho na minha mão. – O papai iria adorar falar com você sobre isso.


  —É melhor agente entrar... – falou Harry olhando para as nuvens escuras que começava a se formar no céu e logo eu pude sentir as primeiras gotas de chuvas caindo.


  —Até amanhã pessoal! – falei acenando e correndo para o meu dormitório, não costumava jantar então decidi simplesmente tomar um banho e ir dormir.

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N/A: Tradução da conversa em espanhol entre a Lais e o Professor Snape.


  —Odeio quando faz isto! – falei em espanhol, porque se falo em inglês tenho certeza que não duro meio segundo!


  —Quando eu o que? – perguntou ele com um sorrisinho vitorioso. Droga! Ele fala espanhol! To M-O-R-T-A !


  —Você fala espanhol? – perguntei petrificada de medo.


  —Sim, acredito que este seja o idioma que estamos falando. – Eu ainda estou viva! Mas por quanto tempo? – Então, você odeia quando eu faço o que?


  —Quando faz isso! Me surpreende! Aparece do nada! E fala um idioma que eu pensava que era a única aqui que falava! Me dei mal! – completei quando notei o que havia falado.


  —Você sabe que é a única com coragem suficiente para falar nes tom enquanto estuda aqui?


  —Sim, e sei que vou pagar muito caro por isto... mas pior do que minha vida esta não pode ficar. – falei pensando em tudo que me aconteceu nos últimos dias, embora tivesse feito as pazes com o Harry ainda estava brigada com meus pais e ainda tinha o... Draco! Ao pensar esse nome senti uma lágrima involuntária escapar dos meus olhos.


  —Por que estas chorando? – perguntou notando a lágrima que me escapará.


  —Por que... minha vida virou de cabeça para baixo! Descobri que sou adotada! Descobri que tenho um irmão! Descobri que meu namorado me traia! Descobri que sou irmã de Harry Potter! – explodi notando rapidamente que tinha falado o que não deveria e tapando minha boca com as mão imediatamente.


  —Que?– falou surpreso. – Você é irmã de Harry Potter? ? – perguntou ele não acreditando no que ouvia.


  —Sim, mas por favor não diga nada! – implorei.


  —Quem mais sabe? – perguntou ele retomando suas feições sérias.


  —Dumbledore, Lupin, Harry, Olívio, Mariana, Hermione, Rony, Gina y ahora usted... – falei com a voz fraca.


  —E porque ninguem disse nada?


  —Pedi para que não dissessem...


  —E todos estão de acordo? – perguntou irônico.


  —Sim... já que no final será a minha vida a mais modificada.


  —Entendo... – falou ainda serio.


  —Você não vai dizer nada a ninguém, não é?


  —Me estás chamando de fofoqueiro?


  —Não! – falei rapidamente. – Obrigada!


  —Laís, poderia me contar toda a história, já que ninguém sabia de você?


  —Claro, professor! – falei sorrindo timidamente.


  —E por favor em meu idioma. – falou sério ao que eu assenti com a cabeça. – Venha vamos conversar em meu escritório.




Marih Malfoy, Nat Potter.

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