Somente por amor



Capítulo 7: Somente por amor

Gina e Draco fizeram o impossível para convencer Harry e Rony a não contarem para ninguém sobre aquelas misteriosas pedras em forma de coração. No fim conseguiram, Harry e Rony concordaram depois de muita insistência e desde que as pedras não causassem mal a ninguém:
-Não causarão. –Gina garantiu.
De fato as pedras pareciam ser inofensivas. Na semana seguinte foram descobertas algumas utilidades nas pedras, elas piscavam quando Gina pensava em Draco ou vice-versa e com elas, eles conseguiam achar um ao outro.
Draco estava em sua última aula do dia, a de Poções, e viu algo piscar em seu bolso. Primeiro achou que era sua imaginação, mas depois colocou a mão em seu bolso e descobriu que era a pedra que piscava:
“Que coincidência essa pedra piscar logo agora que eu estava pensando na Gina. Eu não vejo a hora de vê-la, de sentir o perfume do corpo dela, os lábios quentes e macios...” ele pensou chegando até a dar um suspiro.
-Sr. Malfoy, poderia fazer o favor de voltar à Terra? –Snape perguntou ao passar por ele e ver que ele estava totalmente desligado.
-O quê? Ahn...sim, Professor. –ele respondeu corando um pouco ao ver que todos o olhavam.
-Espero que os seus pensamentos não envolvam a Gina. –Rony disse a ele de cara fechada.
-Você sabe que a Gina é o centro de meus pensamentos, Weasley. –Draco respondeu.
Harry tentou ignorar os dois, queria muito esquecer Gina, porque essa história só o faria continuar sofrendo. Hermione notou o olhar tristonho de Harry e disse baixinho:
-Não fica assim, você vai achar alguém que corresponda ao seu amor.
-Mas eu quero a Gina. O que é que eu vou fazer sem ela? –Harry perguntou e Hermione ficou com pena do amigo e ficou sem conseguir lhe dar nenhuma resposta (o que era muito raro, Hermione não responder a uma pergunta).
Pouco depois o sinal de término das aulas soou. Draco sentiu uma necessidade de ir a biblioteca, alguma coisa parecia o puxar para lá e ele tinha sérias suspeitas que isso tinha a ver com a pedra que carregava consigo. Chegando lá, encontrou Gina devolvendo um livro a Madame Pince:
-Draco, eu estava pensando em você. –Gina disse.
-Eu também. –ele respondeu e os dois saíram andando –Eu acho que a minha pedra me puxou em direção a você.
As duas pedras brilharam por instante como se respondessem sim à suspeita dele.
-Parece que as pedras confirmam o que você acha. -ela respondeu.
-Eu tive uma idéia. –Draco disse dando um sorriso muito do misterioso –Me espere em frente da sala precisa, O.k.? –ele pediu.
-Só se você me disser o que está tramando. –ela respondeu.
-É uma surpresa, meu amor. –ele disse dando um beijo em Gina.
-Tá, eu tô indo. Mas não demore.
Ele balançou a cabeça afirmativamente e cada um rumou para um lado.

Quando Draco chegou estava segurando uma sacola com um tamanho considerável. Gina abriu um sorriso e perguntou:
-O que é isso?
-O nosso jantar. –ele respondeu.
-Tudo isso? Você assaltou a cozinha?
-Você sabe como aqueles elfos são prestativos...Vou pensar em um lugar para jantarmos, certo? –ele disse e Gina concordou.
Ele andou de um lado para o outro por três vezes pensando num lugar...Então estendeu a mão para a maçaneta e abriu a porta.
-Primeiro as damas. –ele disse estendendo a braço à frente dizendo para Gina entrar.
Ela olhou a toda a sua volta e se admirou com o que viu.
Havia uma mesa para dois com taças e um castiçal com velas. No outro canto havia uma cama grande de casal com um lençol vermelho de seda.
-Sente-se. –Draco disse puxando uma cadeira para que Gina se sentasse –O que achou da decoração? –perguntou ele enquanto servia os copos de suco de abóbora e colocava a comida na mesa.
-Bem a sua cara. Requintado e aconchegante. Mas está um pouco quente. –Gina disse tirando a capa escolar e Draco a imitou.
A comida estava maravilhosa como sempre, mas era novidade os dois jantarem juntos e a sós. Quando terminaram de comer Gina olhou em seu relógio.
-São sete e meia, acho melhor irmos embora. –a ruiva disse se levantando.
-Mas já? Ainda é cedo. Quer que eu te convença a não ir? –Draco perguntou dando um sorriso maroto.
-Quero. Mas duvido que consiga... –ela respondeu.
-Está duvidando da minha capacidade de persuasão? Foi você quem pediu...
Draco levantou-se e foi até ela, laçou-a pela cintura e beijou-a com fervor.
-Ainda quer ir embora? –ele perguntou mantendo-a segura junto a si depois de beijá-la.
-Não me convenceu... –ela respondeu mesmo tendo consciência de que aquele beijo a deixara de pernas bambas.
-Ah, é assim...?
Draco beijou-a novamente com mais empenho e paixão (se é que era possível), mas dessa vez encaminhando-se com Gina em seus braços em direção da cama. Ele derrubou-a e ficou por cima dela:
-E agora? –ele perguntou beijando o pescoço de Gina e sussurrando em seu ouvido, o que a deixou arrepiada.
-Isso é o melhor que consegue fazer? –ela perguntou como quem fazia pouco caso.
-Você está me desafiando Gina? –ele perguntou indignado –Por que você não se dá por vencida?
-Você já venceu. Estou te testando...Você me ama mesmo?
-Claro, mais do que tudo nessa vida.
-E se eu pedisse para você me deixar ir como prova de amor?
-Eu deixaria você ir, meu amor. Você quer ir? –Draco perguntou sentando-se na cama.
-Não, eu te desafio. –ela disse colocando seus braços em volta do pescoço dele e sentando-se em seu colo.
Gina sabia que Draco adorava desafios e não deixaria por menos. Mas o garoto ainda perguntou:
-Tem certeza que você quer isso, Gina? Comigo? E agora?
-Tenho, não seja tão inseguro. Você sabe que eu te amo...e também confio no seu amor por mim. –ela respondeu corando muito sob a fraca luz que vinha das velas nos castiçais, mas ainda assim parecendo decidida.
Draco olhou fundo nos olhos de Gina e perguntou a ela:
-Lembra na viagem de trem para Hogwarts do começo do ano letivo?
-Lembro. –Gina respondeu, mas não entendendo o que ele quisera dizer com aquilo.
-Eu lhe disse que poderia te mostrar o verdadeiro significado de sentir prazer.
Gina deu um sorriso lascivo:
-Então prove.
Draco respondeu-lhe com outro sorriso lascivo. E não conseguindo mais se controlar, arrebatou novamente um beijo de Gina, um beijo que foi suave no começo, mas que ia se aprofundando cada vez mais até tornar-se muito caliente. Gina puxou Draco mais para perto de si e se deixou deitar por ele na cama novamente. Podiam sentir o calor que emanava do corpo um do outro. Nada mais importava para eles, esqueceram da briga de suas famílias e de que o amor deles era proibido. Tudo que queriam era dar vazão ao sentimento dentro deles que ameaçava explodir. As roupas de ambos começaram a ser fazer desnecessárias. Draco abriu os botões da camisa do uniforme de Gina com urgência de acariciar a pele macia do corpo dela. E Gina por sua vez abriu os da dele e beijou-lhe o tórax enquanto afagava as costas de Draco com movimentos brandos de suas mãos trêmulas, fazendo com que o garoto se arrepiasse. O corpo de Draco fervia de desejo e Gina sentia o mesmo. Cada fibra deles desejava ardentemente que esse momento se prolongasse eternamente. Naquele instante não conseguiam encontrar palavras para descrever o que estavam sentindo. Seus corações batiam tão rápido que pareciam querer sair pela boca. Se abraçavam, se beijavam e se despiam freneticamente enquanto curtiam aquele momento único como se fosse o último de suas vidas...

Gina acordou e viu que estava debaixo do lençol vermelho de seda e Draco a enlaçava com seus braços. Então Gina resolveu olhar em seu relógio para saber quanto tempo havia passado:
-Meu Deus! –exclamou –Draco acorda. Faltam 30 minutos para o começo das aulas.
Ele abriu os olhos e sorriu para ela docemente:
-Cumpri o desafio? –perguntou calmamente.
Ela sorriu de volta:
-Cumpriu e admiravelmente, devo dizer.
-Você me deu uma noite maravilhosa. –ele disse sonhador.
-Eu prometi a mim mesma que só o homem da minha vida teria o direito de me tocar e você é ele Draco.
-Você também é a mulher da minha vida. Eu sei que as nossas famílias se odeiam, mas nós seremos felizes juntos nem que tenhamos que fugir. Eu não permitirei que ninguém a tire de mim. Estou tão feliz por te amar.
-Eu também. Mas quero ver se você vai ficar feliz se a gente pegar uma detenção por chegarmos atrasados na aula.
-Eu ficaria se fizesse a detenção junto com você. –ele respondeu com um sorriso de orelha a orelha e lhe dando um beijo.
-Mas é sério, não podem notar a minha ausência. –ela disse se levantando e se vestindo depressa.
Então Draco se levantou e começou a se vestir também:
-É você tem razão. Mas só o que é bom dura tempo o bastante pra se tornar inesquecível. E eu posso dizer que foi inesquecível.
-Eu também. –Gina disse e os dois deram um último beijo.

Rony resolveu ir até o dormitório de Hermione para ver porque ela demorava tanto:
-Vamos Mione! A gente vai se atrasar para o café da manhã. –ele disse –Cadê a Gina?
Hermione engoliu em seco:
-Deve estar dormindo. –ela respondeu –Vamos descer? –perguntou.
-Não, primeiro eu vou acordar a Gina. Ela não pode continuar a dormir! Já é tarde.
Hermione tentou segurá-lo, mas ele já ia em direção ao dormitório feminino do 5° ano.
“E agora? Ele vai ter um treco se descobrir que a Gina não dormiu aqui!”
Ele abriu a porta do dormitório. Ele estava vazio e todas as camas estavam arrumadas.
-Ué? –ele perguntou confuso –Ela já deve ter descido para tomar café. –acabou concluindo.
“Ufa!” Hermione pensou:
-É. –ela concordou desejando imensamente que Gina estivesse realmente tomando café no Salão Principal.
Quando ela e Rony estavam descendo as escadas, Harry acaba de entrar pelo retrato da Mulher Gorda:
-Estão atrasados. Eu já tomei café e vim pegar as minhas coisas para ir pra aula.
-Você viu a Gina? –Rony perguntou a Harry.
-Não, não a vejo desde ontem de tarde.E olhe que eu fiquei no Salão Comunal até ai...tarde –ele disse olhando feio quando Hermione pisou seu pé.
-Ah, se eu acho ela...Vai ter que me dar uma boa explicação!!!
A porta do retrato da Mulher Gorda se abre e Gina entra por ela.
-Onde você estava? –Rony exige saber.
-Estava tomando café. –ela respondeu –E vim pegar o meu material. Posso?
-Mas o Harry foi tomar café e não te viu lá.
-Eu estava na mesa da Sonserina. –ela responde rapidamente.
-Que absurdo! Mas da mesma forma. Ontem você não foi jantar e Harry ficou no Salão Comunal até tarde e não te viu chegar.
-Eu...eu...dormi na biblioteca enquanto fazia um trabalho. –ela mentiu.
-E onde está esse suposto trabalho Gina?
-É...é...que eu entreguei hoje no café antes de começar...as aulas.
-É MENTIRA GINA!!! EU SEI QUANDO VOCÊ ESTÁ MENTINDO!
Gina baixou os olhos e começou a chorar:
-Por quê você é tão estúpido Ronald? –ela perguntou.
-NÃO PENSE QUE VAI ME ENGANAR COM O SEU TEATRINHO!
-Deixe-a em paz Rony! –Hermione exigiu.
-É, cara. –Harry disse apoiando Hermione, não queria ver Gina chorando, mas no fundo queria saber a verdade.
-Você é tão ignorante Ronald. Não enxerga um palmo diante do nariz...não me entende e nunca vai entender...
-Eu não sou burro! –Rony disse baixando a voz –Quando você dá uma de incompreendida é porque fez algo que eu não concordo...Só falta-me descobrir o que é...
Gina não fez nenhum comentário e começou a chorar mais.
-Chega Rony! –Hermione o alertou –As aulas vão começar, temos que ir.
-Se quiserem podem ir, mas eu não vou e a Gina fica aqui até me explicar direitinho o que aconteceu.
-Eu não vou. Não vou deixar que maltrate a Gina. –Hermione disse e Gina agradeceu dando um fraco sorriso à garota.
-Nem eu. –Harry disse.
-Então não me atrapalhem! Onde eu estava? Ah...você sumiu a noite inteira e o que eu não concordo é o seu namoro com o Malfoy...GINA!!! VOCÊ NÃO DORMIU COM O MALFOY, NÃO É? –Rony disse chacoalhando Gina pelos ombros mas a garota permaneceu calada, olhando para os próprios pés enquanto continuava a chorar.
-EU NÃO ACREDITO!!! COMO PÔDE? ACABAR COM A SUA PUREZA E COM AQUELE CRETINO!!! EU VOU FAZER PICADINHO DAQUELE CARA!!!!!
-É O HOMEM QUE EU AMO!!! EU AMO DRACO MALFOY E NÃO VOU PERMITIR QUE VOCÊ FAÇA NADA DE MAL COM ELE!!! –Gina gritou com fúria e Hermione a abraçou.
-DEIXANDO OU NÃO AQUELE CRÁPULA SAFADO JÁ ERA! Ele só quis te usar e agora que conseguiu o que queria não vai mais nem olhar na sua cara.
-MENTIRA!!! O Draco me ama!!! E nada do que você disser vai mudar o nosso amor!!! –Gina disse e saiu correndo escada acima para o dormitório das meninas.
Rony virou-se e saiu com uma fúria jamais vista.
-Harry, segue o Rony! Ele tá de cabeça quente e a primeira aula é Trato das Criaturas junto com a Sonserina. Ele pode ser capaz de matar o Draco. Não deixe que ele faça nada! Eu vou ficar com a Gina. –Hermione disse desesperadamente a Harry.
-Pode deixar. –Harry respondeu e saiu correndo atrás de Rony.
“Corre Harry! Se o Rony encontra o Malfoy enquanto ainda estiver de cabeça quente, vai acontecer uma tragédia!” ela pensou enquanto se dirigia ao dormitório de Gina.

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