Alea jacta est



Disclaimer: Todas as personagens e lugares que você reconhecer pertencem à idolatrada JK Rowling e seus parceiros comerciais. Eu só os peguei emprestados para me divertir. Sem ganhar nada com isso.

Lilith Horn! A senhorita devia ter me mandado um puxão de orelha tamanho trasgo montanhês! Você e a Chris foram as únicas que ficaram me incentivando a continuar escrevendo quando minha inspiração deu uma fugidinha... então Srta Lilith, esse capítulo é todo seu!!!

Agradecimentos também aos comentários de Morgana Flamel, Grazielle, Thayz Phoenix (incentivo sempre é bom, obrigada), Chris, Jansev, Aghata Snape, Florence Dellacourt Peverell Snape e a minha xará Bella Black Snape . Muito, mas muito obrigada mesmo! Vocês não sabem o quanto é importante pra mim o apoio de vocês!

Meu muito obrigada também a Ma Snape que betou este capítulo.

7º Capítulo – Alea jacta est

“Um fogo devora um outro fogo. Uma dor de angústia cura-se com outra” – Shakespeare in Romeu e Julieta

O toque agressivo em seu pescoço, a carícia delicada em seus seios e o olhar provocante de Snape deixavam-na confusa, o medo dentro dela crescia e envolvia seu coração como tentáculos de visgo do diabo, sua excitação vinha em ondas, umedecendo sua roupa íntima, embotando seu cérebro. O pânico e o braço rude contra seu pescoço deixavam-na sem fala e ela não conseguia esconder o turbilhão de sentimentos em seu interior.

O professor de poções encarava as feições surpresas e amedrontadas de Hermione e parecia se divertir imensamente com aquilo. O bruxo forçou a mão que estava sobre o decote da menina, fazendo o primeiro botão saltar, erguendo uma sobrancelha interrogativa. O leão grifinório no peito da menina rugiu alto e ela soltou um som estrangulado, algo parecido com uma negação e um pedido.

O sorriso no rosto de Snape brilhou triunfante, quando, com um movimento brusco, ele fez em pedaços a blusa da colegial, expondo-lhe a pele leitosa, coberta de cortes, arranhões e hematomas. O bruxo roçou a mão sobre o mamilo túrgido do seio direito, ainda coberto por um simples sutiã branco enfeitado com renda, antes de enfiar a mão no próprio bolso e sacar a varinha.

- Sabe, Srta Granger... – falou enquanto olhava atentamente o torso desnudo da garota, que subia e descia ao ritmo da respiração acelerada, os olhos negros escurecendo ainda mais. – Não é conveniente que uma heroína de guerra, a melhor aluna de Hogwarts e princesinha grifinória ande por aí nesse estado.

Dizendo isso, Severo apontou a varinha para o ombro direito de Hermione, onde dois grandes cortes ainda vertiam pequenas gotículas de sangue, e começou a murmurar um feitiço que era quase uma canção.

Pouco a pouco todos os cortes e hematomas foram desaparecendo, deixando somente uma cicatriz longa e fina, quase invisível, que começava logo abaixo do seio direito e ia até o umbigo. Essa cicatriz era resultado do último feitiço que Belatriz Lestrange lançara em vida.

- Ele não podia fazer isso... Ele não tinha o direito... – pensava Hermione, quase deixando cair uma lágrima de desespero e impotência ao sentir seus cortes se fechando, a dor indo embora, ao notar as mãos frias do professor vasculhando suas coxas por baixo da saia, roçando de leve o tecido úmido da calcinha, encontrando um novo corte na parte interna da coxa direita.

Após curar a última ferida, o professor guardou a varinha e disse:

- Crime sem castigo. Pecado sem perdão. Não é isso, senhorita? – e Snape gargalhou. Uma risada fria, vazia, sem humor que ecoou pelas pedras milenares das paredes, tornando-as ainda mais frias. – A senhorita puniu Lestrange matando-a, mas e agora? Quem a punirá pelo seu crime? Ao invés de uma passagem só de ida para Azkaban, a senhorita ganhou uma linda medalha em um estojo de veludo. – a mesma risada ressoou mais fria. – Incongruente, não?

Snape se afastou bruscamente, deixando a estudante ir ao chão, ofegante. Ele ficou olhando enquanto Hermione, deitada no chão de pedra, massageava a garganta, tentando normalizar a respiração, pôr a mente em ordem.

- A guerra é mãe e rainha de todas as coisas; alguns transforma em deuses, outros, em homens; de alguns faz escravos, de outros, homens livres...* – havia uma nota de compaixão na voz do homem, ela não precisava encará-lo para saber.

Ao ouvir estas palavras, Hermione sentou-se rapidamente, ainda ofegante e gritou:

- Não tenha pena de mim. Eu não preciso da sua compaixão! – o rosto vermelho, contorcido em uma careta de exasperação, quando entendeu a referência que ele fizera a Harry, Rony e ela. E por fim, a si mesmo.

Severo a segurou pelos ombros, erguendo-a, fazendo-a olhar dentro dos seus olhos novamente:

- Eu não tenho pena, senhorita. Compaixão só enfraquece, quem a dá e quem a recebe. Eu estou aqui para ajudá-la. Nós temos um laço, o mais forte, coeso e duradouro que pode haver entre dois bruxos. Nós odiamos juntos. Nós dirigimos nossa ira e nosso ódio ao mesmo objetivo. Lutamos uma guerra perdida e vencemos. E perdemos partes de nós mesmos pelo caminho. Nada pode unir mais do que o ódio compartilhado, a dor em comum, o sofrimento unido. Nem mesmo o amor, a amizade ou a admiração.

Hermione gargalhou, maníaca, destacando na mente de Severo uma lembrança de alguém quase esquecido, morto.

- A máscara cai e o comensal se revela! Desde sua conversa com Harry no St. Mungus eu soube. Eu soube que essa estória de bom mocinho contrito, herói de guerra relutante e modesto professor era uma mentira. Uma deslavada e fudi...

- Modere sua linguagem Srta Granger. – Severo disse no seu melhor tom de enfado. – E é óbvio que a senhorita sabe! Eu mesmo lhe disse naquele dia. Eles esperavam que eu mudasse, então seus anseios foram atendidos para que eu pudesse melhor atender aos meus.

Hermione se debateu por um momento, com seus ombros desnudos ainda firmemente seguros pelas mãos frias do professor. A angústia dentro dela, inexplicavelmente, diminuindo. Como ele podia estar tão malditamente certo sobre tudo? O corpo dela relaxou enquanto suas mãos iam repousar no peito de Severo, com delicadeza. Ela o mirou com olhos súplices.

- Como eu pude...?

- Você não é a única. Olhe bem dentro dos olhos de seu amigo Potter. Você entenderá.

A menina repousou a cabeça no peito do professor, encaixando-a entre suas próprias mãos. Um sentimento de grande cansaço e vazio invadindo-a.

- Como eu posso...? – ela murmurou baixinho. Seus lábios roçando o tecido áspero do casaco negro.

- Primeiro: controle-se. Mostrar seus medos e fraquezas nas palavras ou no semblante é inútil, perigoso, imprudente, ridículo e comum. Lembre-se: os animais de sangue frio são os únicos que têm veneno...

Ele sentiu os lábios da menina se abrirem em um sorriso através do tecido de suas vestes.

- Segundo: não mantenha seus... hum... souvenirs de guerra com você o tempo todo. Assim ficará mais fácil de manter o controle.

- Como você sabe? Você não estava lá! – perguntou Hermione totalmente surpresa, levantando a cabeça para encará-lo.

- Eu posso sentir a mágica do objeto.

- É enfeitiçado? – os olhos da garota se abriram horrorizados com a possibilidade que cruzou sua mente – Você acha que pode ser uma...? – as palavras morreram em sua boca.

- Provavelmente.

- Mas...

- Não existe mágica boa ou ruim, mas sim o uso que você faz dela. – Snape prosseguiu antes que ela pudesse interrompê-lo novamente. – Terceiro: há maneiras mais eficazes e discretas de se lhe dar com a dor. Encontre uma mais apropriada do que a atual. – ele disse acariciando a pele do ombro da menina onde antes havia um dos cortes.

Severo levou os dedos até a têmpora de Hermione e acariciou-a suavemente, traçando uma linha sinuosa até o maxilar. Aplicando uma pequena pressão com os dedos ele fez com que a garota levantasse o rosto e o encarasse.

- Por último e mais importante: nunca deixe pistas. As pessoas são muito mais dispostas a perdoar a maldade do que a fraqueza. – a voz do homem era como seda, fria e macia, deslizando pelo corpo de Hermione, fazendo-a arrepiar.

Algo desconhecido, um impulso quase primitivo, vindo de uma parte de sua alma que ela não sabia existir a fez levantar as mãos e segurar o rosto do professor. Ela olhou atentamente a pele pálida, o nariz adunco e os olhos negros. Aqueles olhos estranhos que pareciam sugar sua alma para um túnel escuro e sem fim. E não pôde resistir. Deixou a parte obscura de si tomar conta e esmagou seus lábios contra os de Snape. Foi um beijo brutal, sem amor, sem paixão. Era como se Hermione estivesse se afogando e tentasse tirar o ar, a vida dele através daquele contato.

Severo sorriu partindo o beijo. Aquele contato frio, aquela tentativa de sugar redenção de sua alma ele conhecia muito bem. Vinha de alguém em um passado que parecia tão distante agora. Novamente, alguém morto. O bruxo examinou Hermione, o rosto corado e os olhos cheios de luxúria e desafio.

Ele subiu sua mão pelo ombro nu da garota e emaranhou seus dedos no cabelo dela, deu um puxão seco, fazendo-a inclinar a cabeça e partir os lábios. Lábios que ele imediatamente cobriu com os seus, invadindo-a com a língua, explorando, experimentando, violando.

A mão esquerda do bruxo desceu pela pele desnuda nas costas de Hermione, esgueirando-se por baixo da saia, apertando rudemente as nádegas macias, forçando a garota contra sua ereção que se formava. Ele enterrou os dedos com força na carne tenra, sentindo Hermione gemer dentro de sua boca, enquanto ele a forçava a roçar-se em sua ereção.

As mãos afoitas e inexperientes de Hermione alcançaram os botões das vestes de Snape, lutando para desnudá-lo, sem conseguir se concentrar, pois a mão do professor invadia sua calcinha, um dedo longo e frio passeava pela umidade de seu sexo, parava sobre seu clitóris apertando-o, mandando tremores pelo seu corpo, parando no dúbio limiar entre o prazer e a dor.

- Você tem certeza? – ele perguntou sem separar os lábios. Hermione sentindo o hálito quente das palavras em sua boca. – Este é um jogo perigoso.

Em resposta, a garota agarrou-se às vestes do bruxo rasgando-as, fazendo alguns dos botões saltarem. O calor da pele dele, o frio da sua. E um desejo profundo, dissociado de si, quando levou o rosto ao peito magro e mordeu. Com força; com fome. O gosto da pele dele a fez se render totalmente. Era o que queria; o que precisava agora. Tinha sabor de remissão.

Severo gemeu sensualmente ante a voracidade de Hermione. Ela então se afastou milímetros, da pele do bruxo e sussurrou para a ferida que provocara:

- Então, a sorte está lançada!

Com um hábil movimento, Snape girou o corpo e prendeu Hermione contra a escrivaninha. A boca do bruxo encontrou a pele sedosa do pescoço da garota enquanto suas mãos desciam pelas laterais do corpo jovem, agarravam as coxas e erguiam-nas, fazendo a estudante sentar-se sobre a mesa, de pernas bem abertas, para moldar-se ao corpo do professor. A boca úmida continuava descendo por seu colo, as mãos de Severo, agora livres, puxavam a renda de seu sutiã, expondo os seios redondos e firmes, aos beijos e carícias dos lábios finos.

As sensações que a boca do homem causavam em sua pele fizeram Hermione arquear o corpo, expondo mais os seios, entregando-se mais. Ela sentiu que Severo passava um braço por suas costas e com a mão livre agarrava seu quadril, apoiando-a, puxando-a, eliminando qualquer distância entre os corpos.

Hermione assustou-se e gemeu ao sentir a ereção do bruxo em contato com seu sexo. Sem nenhuma barreira. Somente a pele sedosa mergulhando em sua umidade, provocando seu clitóris e, logo em seguida, abrindo espaço por sua pequena entrada. Ela se sentiu maravilhosamente preenchida, distendida. Era tão diferente de tudo que experimentara antes. Não que tivesse muita experiência, toda sua atividade sexual anterior se resumira a duas escapadas cheias de constrangimento e medo com Rony, durante as últimas férias de verão n’ A Toca.

Severo imprimiu um ritmo rápido e forte às estocadas, o membro dele atingido lugares que Hermione nem imaginava existirem dentro de si. Levemente assustada e completamente deleitada ela sentiu seu útero se contrair em câimbras e o calor que vinha do ponto de contato entre os dois se espalhar por todo o seu corpo. Ela sentiu perder os sentidos por alguns instantes, algo como um desmaio consciente, algo que ela imaginava totalmente impossível.

Quando conseguiu pôr alguma ordem em sua mente e em seus sentidos, Hermione sentiu o membro ainda intumescido de Severo fazendo suaves movimentos de vai e vem em seu sexo. A cabeça do bruxo apoiada em seu colo, com a respiração forte e ruidosa batendo em seus seios.

Ela assistiu como em um sonho o homem se afastar, o pênis ereto, brilhante pela sua umidade e com uma gotícula branca escapando pela abertura da glande. As mãos habilidosas de Snape puxaram seu corpo, fazendo com que ela ficasse de pé, virando-a, o bruxo pressionou-se em suas costas, encaixando a ereção entre suas nádegas.

Hermione sentiu o corpo dele se curvando sobre o seu, forçando-a a se deitar de frente sobre a mesa, os pés ainda no chão, suas pernas sendo compelidas a se abrirem pelos joelhos do bruxo. A bruxinha se assustou com a nova posição e tentou se erguer, mas sentiu seus pulsos sendo magicamente presos à mesa cheia de pergaminhos espalhados.

- Eu lhe avisei que esse era um jogo perigoso. – sussurrou a voz imponderável de Severo em seu ouvido.

Ela estremeceu ao ouvir aquela voz, estremeceu ao sentir o corpo dele se afastar, estremeceu novamente e soltou um suspiro deliciado ao sentir o ar frio da respiração de Severo em seu sexo quente. A ponta áspera da língua tocou de leve seu clitóris e ela não pôde conter um murmúrio desconexo de prazer, que se prolongou enquanto a língua de Snape percorria toda a extensão de sua vagina, alcançava o períneo e forçava delicadamente os músculos em volta da abertura de seu ânus.

As sensações eram novas e estranhamente excitantes para Hermione. O bruxo continuou a trazer, diligentemente, os líquidos de sua excitação para seu ânus e a garota teria pulado da mesa se não estivesse presa, quando um dedo começou a massageá-la e a deslizar suavemente para dentro do apertado anel de músculos enquanto seu clitóris era vigorosamente sugado.

A sensação a princípio incômoda se tornou prazerosa quando ela relaxou e o dedo começou fazer lentos movimentos de vai e vem , enquanto a boca continuava a enlouquecê-la, nunca abandonando o inchado feixe de nervos que a fazia gemer.

Perdida na sensação de um orgasmo eminente, Hermione não sentiu quando suavemente mais dois dedos deslizaram para dentro de seu corpo, um a um, abrindo-a, alargando-a, preparando-a. A garota só percebeu o que se passava quando a boca de Snape abandonou seu sexo que logo foi invadido pelo pênis ereto, que parecia pulsar dentro de sua cavidade. Hermione ficou repentinamente tensa e sentiu uma dor lacerante quando retraiu os músculos sobre os dedos de Severo que imediatamente começou a estocá-la, atingindo um ponto dentro dela que a fez urrar de prazer.

O bruxo sentiu quando os músculos dela relaxaram e rapidamente retirou seu pênis e forçou-o contra a entrada do ânus, se enterrando completamente na garota antes que ela se retesasse novamente.

Hermione sentiu uma antiga sensação dor e violação quando o membro se enterrou em seu ânus. Ela nunca fizera sexo anal, mas aquela era a mesma sensação que tivera após ser atingida com a maldição cruciatus. Ela tentou se soltar, mas sentiu os dedos de Severo apertando novamente seu clitóris, mandando faíscas elétricas através de sua espinha, a voz dele sussurrando em seu ouvido, fazendo sua pele se arrepiar.

- Não resista. – os lábios úmidos roçavam o lóbulo de sua orelha, o peito do homem pressionava suas costas. – Você não pode resistir. Eu sei.

A garota sentiu um frio diferente se espalhar por dentro de seu ser. Ela não podia resistir. Ela também sabia disso. As estocadas firmes do pênis e a masturbação dos dedos a mandaram novamente para aquele estado semi-consciente de seu orgasmo. Mas não sem que antes ela ouvisse o grunhido alto, saído do fundo da garganta de seu amante e sentisse a semente dele se derramando dentro de si.

Quando conseguiu se dominar Hermione notou que suas mãos estavam livres. Ela sentiu seu rosto enrubescer de vergonha, imaginando a cena que estava oferecendo ao professor, ali debruçada sobre a mesa, a saia levantada e todo o seu sexo exposto, o sêmem dele escorrendo por suas coxas.

Ela levantou-se ajeitando a saia e cobrindo seus seios com o sutiã que ainda usava. Hermione não conseguia encará-lo, então fixou o olhar nas mãos pálidas e habilidosas que fechavam o último botão do casaco do homem já completamente vestido.

Severo deu as costas a Hermione, fez um movimento simples com a varinha em direção aos trapos brancos no chão que imediatamente voaram em direção ao corpo da garota, envolvendo seu tórax, formando novamente sua blusa, imaculadamente branca, inteira e sem um amassado sequer. Ele seguiu até a estante e pegou um livro que estendeu a Hermione.

- Eu lhe chamei aqui, Srta Granger, para lhe dar isto. – Hermione sentiu seu rosto corar ainda mais quando levantou os olhos para o rosto impassível do professor e recebeu nas suas mãos um exemplar novo de Mil e Um Feitiços de Cura para Curandeiros de Anne Healer.

- Obrigada! – gaguejou a garota.

- Já é tarde. A Srta deve se recolher ao seu salão comunal. Boa noite Srta Granger.

A garota hesitou por um instante antes de responder:

- Boa noite, professor. – e andou o mais rápido que pode até a porta fechando-a atrás de si.

A estudante encostou-se trêmula às pedras da parede ao lado da porta do escritório do professor e levou uma das mãos ao interior de suas coxas, recolhendo um pouco do líquido que secava sobre sua pele. Ela levou as pontas úmidas dos dedos ao nariz e aspirou profundamente o cheiro de sexo. E sorriu. Sorriu como ninguém nunca a vira sorrir.

Quando, alguns minutos depois, passou pelo retrato da mulher gorda, Hermione encontrou o salão comunal vazio, exceto por uma figura enterrada em uma poltrona defronte a lareira. Ela se adiantou e sentou no sofá ao lado da poltrona ocupada.

- Harry! – ela chamou

O garoto estava tão absorto examinando as chamas que pareceu não ouvi-la.

- Harry! – ela chamou novamente, a voz um pouco mais alta.

O garoto virou lentamente o rosto em direção à amiga e lhe sorriu. Um sorriso pálido e triste. Mas atenção de Hermione estava presa nos lindos olhos verdes. Havia algo faltando ali. Alguma coisa que não tinha nada a ver com o pedaço da alma de Voldemort que habitara o corpo do amigo e sim com o menininho gentil e corajoso que conhecera no primeiro ano. Algo de Harry Potter se fora para sempre. Ela só não sabia dizer o que era.

- O quê o professor queria com você? – perguntou Harry despertando a amiga de seus devaneios.

- Me dar este livro. – respondeu Hermione mostrando o exemplar de Mil e Um Feitiços de Cura para Curandeiros.

Os dois ficaram estranhamente silenciosos enquanto se encaravam. Um mirando bem dentro dos olhos do outro. Se consolando, se explicando, se compreendendo.

- Eu vou me deitar. – disse Harry bruscamente - Estou muito cansado. Boa noite Mione.

- Boa noite Harry.

Enquanto o amigo se dirigia ao dormitório Hermione se levantou e saiu pelo buraco do retrato, rumando em direção as masmorras. Ela precisava de mais se quisesse ter uma boa noite de sono. E sempre havia o mistério de sua calcinha desaparecida para resolver.

FLASHBACK – FIM

Ainda de olhos fechados, Hermione sentiu a presença.

- Há quanto tempo você está aí? – perguntou ela, sem se dar ao trabalho de abrir os olhos para ver o visitante.

- Pouco mais de dez minutos. – respondeu uma voz masculina. – Houve alguma melhora?

- Nada tangível, como você pode ver, Albert – respondeu Hermione abrindo os olhos e colocando suavemente a mão de Luna sobre a cama.

- Nós administramos o Antídoto para Mordida de Animais Mágicos Venenosos que o professor Snape aprimorou há uma hora. Ele, como você já sabe, ajustou pessoalmente as proporções de lágrimas de fênix e bezoar da poção.

- Sim. – murmurou a curandeira, com os olhos fixos em Luna. – Ninguém melhor do que ele para manipular a própria invenção.

- Mas nós não conhecemos bem o veneno com o qual estamos lidando aqui. – continuou o curandeiro-chefe Albert Abbot. – Afinal é uma espécie nova, sobre a qual ainda não há estudos definitivos.

Agora os dois olhavam para a mulher sobre o leito, tentando imaginar a luta que seu corpo travava com o veneno desconhecido.

Albert foi o primeiro a despertar do transe. Ele consultou o relógio de pulso e perguntou com um sorriso divertido pairando nos lábios:

- Já são onze e meia. Achei que você tinha um compromisso?

- Tenho. – respondeu Hermione, sorrindo de volta. – E eu achei que você estava de folga hoje à noite?

- E estou. Só fiquei para supervisionar a aplicação da nova poção. – ele tomou o braço de Hermione. – Vamos. Eu a acompanho até sua sala.

E os dois saíram da enfermaria, deixando Luna entregue a própria sorte.

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• Esta frase não me pertence, nem ao Sev, ela é de autoria do filósofo Heráclito.

Eu queria agradecer a todos que leram e comentaram Uma rosa para Hermione... se O Segredo é meu trabalho de amor, Uma rosa para Hermione foi meu trabalho de obsessão! Nunca uma fic me abalou tanto!

Agora uma brincadeirinha: A tradução do título do capítulo está no texto. Quem primeiro descobrir o que significa Alea jacta est vai ganhar um trailerzinho para o próximo capítulo! Então vamos lá e Google isto!

Pessoal, comentem, por favor!

Até o próximo capítulo!

Beijinhos da Bella


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