CAPÍTULO V



Raissa: com certeza adorei saber q está gostando...
mais um capítulo pra vc e pra aqueles que lêem e naum comentam...
Bjus...
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Aturdida, Hermione pegou uma cadeira e sentou-se. Harry não podia estar falando sério. Quando pensasse melhor, perceberia que era melhor não contar nada.
— Isso não é uma boa idéia — disse ela.
— Mas é a verdade.
Verdade.
Uma vez mais, ele estava jogando com a culpa dela.
— Não deixarei você me manipular, Harry — protestou ela. — Ninguém mais fará isso comigo novamente.
Harry ajustou o termostato e fechou a porta do frigobar, franzindo o cenho. Não estava manipulando-a. Não havia nada de errado em garantir que Hermione tivesse comida saudável disponível para qualquer momento. Ela dissera que a criança estava abaixo do peso, então era importante que tivesse opções que lhe despertassem o apetite.
Mas quando ele a encarou, viu uma vulnerabilidade naquele rosto, um medo que ele não entendia.
— Não estou manipulando você.
— Certo. Você só está tentando fazer com que eu me sinta culpada.
— Eu já sabia que você sentia culpa, Hermione. E não tenho nenhuma intenção de fazer com que se sinta pior. O que está feito, está feito, e devemos ir adiante.
— Não espera que eu acredite nisso, espera?
— Juro que não estou mentindo.
Ela cruzou os braços sobre o abdômen. O gesto enfatizou a leve protuberância de seu ventre, puxando o pesado casaco sobre a curva que segurava a filha dele... a filha deles. As roupas haviam sido selecionadas para camuflar a gravidez, mas agora que ele sabia a verdade, não havia por que esconder,
— Por que você não anunciou sua gravidez antes? — Harry perguntou baixinho.
Hermione deu de ombros.
— Poucas pessoas sabem, mas isso é problema meu, de mais ninguém.
— Você não está orgulhosa dessa criança? Os olhos cor de mel cintilaram para ele.
— Claro que sim. Mas posso cuidar de mim mesma e não queria que ninguém pensasse que eu precisava de ajuda, tratamento especial ou algo assim.
— Uma mulher grávida...
— Não é incapacitada — cortou ela.
— Acredito que há outra razão para o silêncio, não há? Ela deu de ombros.
— Eu não estava... Isto é, estava tendo problemas com a gravidez, e se algo acontecesse ao bebê eu não queria... você sabe.
Compaixão.
Ela não precisou pronunciar a palavra, e Harry lutou com a vontade de puxá-la para si e abraçá-la, para aliviar-lhe a dor. Não queria a intimidade e demandas do casamento, e muito menos filhos, mas ainda assim assumiria sua responsabilidade, e parte dela era oferecer apoio.
— Seus amigos gostariam de tê-la ajudado a passar por uma experiência difícil — murmurou ele.
— Mas eles não entenderiam. E minha última chance de ter um filho. — A respiração de Hermione começou a ficar ofegante e ela pousou as mãos sobre o ventre, protegendo-o com todo seu instinto maternal. — E nem mesmo sei se conseguirei.
Naquele momento, Harry compreendeu tudo perfeitamente. Hermione era uma mulher honesta, que tomara uma atitude desesperada para ter o filho que tanto desejara. Agora podia perder a criança, e estava sofrendo com isso.
Talvez ele devesse conversar com sua família sobre o problema. Fátima, pelo menos. Como médica, poderia aconselhá-lo sobre as mudanças físicas e sobre o estresse peio qual Hermione estava passando.
— Você não está perdendo o bebê — afirmou Harry enfaticamente.
— Não, claro que não. — Mas ela não parecia convicta. Havia muitas coisas transparecendo na expressão de Hermione e ele não conseguia traduzi-las. A culpa era fácil de discernir, mas as outras emoções eram muito complexas. Havia algo sobre a infância dela, com certeza. Podia ter escapado do militarismo do pai, mas as cicatrizes ainda estavam lá. Hermione era forte, entretanto lutava contra o medo de não estar forte o bastante.
— Quando você vai ao médico? — perguntou ele.
— Sexta-feira. Caso eu tenha ganhado peso, podemos contar às pessoas.
Harry pensou em oferecer-se para acompanhá-la ao médico, mas desistiu. Ela o acusara de manipulá-la e ele não queria aborrecê-la mais.
— Ótima idéia — concordou ele. — E sobre a geladeira, Hermione, realmente gostaria que você aceitasse.
Hermione suspirou e ele continuou:
— Quando a criança nascer, você pode doá-la a outra colega de trabalho que esteja grávida. Isso acabaria com sua teimosia?
— Oh, está bem. Mas não o quero enchendo-a de comida — exigiu ela. — Posso me alimentar sozinha.
Harry sorriu, sem discutir. Continuaria a suprir o pequeno refrigerador com tudo que pudesse abrir o apetite dela.
— Tenho uma reunião agora — anunciou ele. — Mas você almoçará comigo hoje?
— Não.
— Hermione, você me deve um almoço. O de ontem. Ela o encarou.
— Isso foi ontem. Além disso, combinei de almoçar com Luna Weasley.
— Então jantaremos juntos.
Ela abriu a boca para protestar, mas Harry já se virara e deixara o escritório.
Que homem persistente.
Ele podia alegar que não estava tentando manipular a vida dela, mas era exatamente o que estava fazendo. Almoço, geladeira. Leite, morangos. Harry Potter jogava para ganhar. Claro, era filho dele, lembrou a si mesma com raiva. Mas aquilo não significava que ela ia almoçar, jantar ou qualquer outra coisa, com ele.
Respirando fundo, acomodou-se atrás de sua mesa. Após alguns minutos analisando a agenda, deu uma olhada para o frigobar no canto da sala. Inacreditavelmente, estava com fome de novo e a bendita estava ali, cheia de coisas saudáveis para o bebê.
Foi até a geladeira, abriu a porta e observou o conteúdo. Tudo. Leite, frutas, pudim de arroz e sanduíche de frango com azeitonas e picles. Não tivera os famosos desejos durante a gravidez, mas repentinamente aquele sanduíche lhe parecia uma dádiva dos céus.
O bebê chutou.
— Você quer picles com azeitonas, não é isso, amorzinho? O bebê lhe deu outro chute e ela sorriu.
Hermione comeu meio sanduíche, pudim de arroz e tomou leite. Aquele segundo café da manhã caiu-lhe bem. Então concentrou-se na pilha de papéis sobre a mesa, apenas para pensar em Harry a cada dois minutos, sempre que sentia o bebê se movendo.
Pela primeira vez em semanas, estava se sentindo esperançosa. Era finalmente capaz de comer, o bebê estava ativo, e Harry não poderia realmente querer se casar com ela. Propusera casamento num rompante de assumir a responsabilidade, mas depois perdera o interesse.
Ouvira dizer que nada desinteressava mais um homem solteiro do que uma mulher grávida, então talvez pudesse deixar sua gravidez mais obvia... imediatamente, até mesmo antes de ir ao médico. E havia muitas lojas de roupas de grávida ali perto. Cancelaria o almoço com Luna e iria comprar roupas que enfatizariam seu ventre.
Se aquilo não afastasse Harry, nada mais afastaria.
Satisfeita, ligou para Luna Weasley.
— Olá, é Hermione. Preciso cancelar nosso almoço.
— Algum problema? — perguntou Luna, preocupada.
— Não, mas preciso comprar roupas de grávida e sei que você tem o suficiente, então...
— Adoraria ir com você — disse Luna. — Preciso de uma camisola de grávida bem sexy.
— Como se Ronald precisasse de uma camisola sexy para desejá-la.
— Não, mas é sempre bom alimentar o fogo da paixão.
— Vejo você à uma hora — concluiu Hermione, rindo. Era hora de anunciar sua gravidez.
Decidiu que usaria um dos novos vestidos de grávida quando retornasse ao escritório. Como dizia o velho ditado, uma imagem vale mais que mil palavras, e seu ventre protuberante falaria por si mesmo.

No final do dia, Harry avistou Hermione conversando com Ginny no corredor e não pôde evitar um sorriso. O suéter pesado e a saia larga haviam sido trocados por um lindo vestido de seda que lhe delineava as curvas do corpo... especialmente do ventre. Vestida daquela maneira, ninguém podia duvidar que estava grávida.
Se aquela fora a forma que ela escolhera para anunciar a proximidade da maternidade, então estava certamente efetivado. Ele só não entendeu o motivo de tornar pública a gravidez antes da visita do médico.
Alvo Dumbledore, chefe do departamento de contabilidade, aproximou-se em sua cadeira de rodas.
— Hermione, acabei de saber que você está esperando bebê! — exclamou ele, jovialmente. — Parabéns, mocinha. Você será uma ótima mãe.
As faces de Hermione coraram de leve.
— Obrigada. Estou muito feliz.
No pouco tempo que Harry estava na empresa, sempre vira um sorriso na face do homem mais velho, mas agora ele parecia preocupado.
— Você tem alguém para ajudá-la?
Por uma fração de segundo, Hermione virou a cabeça e os olhos colidiram com os de Harry. A sobrancelha dele instantaneamente se levantou, embora tentasse controlar o gesto.
— Estou bem — respondeu ela, tensa.
— Mas deve ser difícil... bem... estar sozinha num momento como esse.
Ela engoliu em seco.
— Alvo, obrigada pela preocupação, mas estou realmente bem. — Virando-se, ela saiu apressada.
Harry sentiu-se contrariado ao perceber que Hermione não mencionara quem era o pai do bebê. Ela não estava sozinha agora e nunca teria estado se tivesse lhe contado antes. Claro, a gravidez não devia ter acontecido, mas como ele lhe dissera, o que estava feito estava feito, e ele estava tentando ampará-la.
Apesar de não querer discutir com Hermione, não pôde se conter e dirigiu-se à sala dela. Quando bateu à porta e ninguém respondeu, girou a maçaneta.
Trancada.
Harry praguejou em francês, de um modo que raramente fazia.
Naquele momento Luna Weasley apareceu no corredor, obviamente encerrando o expediente.
— Acho que Hermione já foi para casa — comentou ela. — Posso ajudá-lo, sr. Potter?
Luna tinha um rosto meigo, quase inocente, e Harry desejou que ela não tivesse conhecimento suficiente de francês para entender sua profanação.
— Obrigada, sra. Weasley, marcarei uma reunião com a srta. Granger... amanhã.
— Não sabia que vocês estavam trabalhando juntos.
Os olhos de Luna eram de total ingenuidade, o que apenas o deixou com mais raiva. Por que tinha que fingir uma associação de negócios com a mulher que carregava seu filho? Todos deveriam saber a verdade, assim não ficariam surpresos com sua consideração para com ela.
— Tenha uma boa noite — disse ele formalmente, evitando a súbita questão que ela colocara.
Harry entrou em seu carro, foi imediatamente para a casa de Hermione e bateu firmemente à porta.
— Hermione?
Lá dentro, Hermione gemeu.
Por que Harry não a deixava em paz?
Ele continuou chamando-a até que ela vestisse um robe de seda. Estava preparada para tomar banho, mas duvidava que ele desejasse esperar.
— O que foi? — perguntou ela, abrindo a porta.
— Precisamos conversar.
— Já conversamos ontem à noite.
— Obviamente não o bastante.
Harry passou por ela, entrando na casa sem ser convidado.
— O que você quer? — Hermione perguntou, amarrando a faixa do robe. Estava usando apenas uma calcinha por baixo e aquilo deixou-a nervosa. — Você sabe muito bem que não vou jantar com você, se é por isso que esta aqui. Além do mais, já comi e não pretendo sair de novo.
— Estou aqui porque você não contou a Alvo Dumbledore que sou o pai da criança. — Harry a encarou. — Você me desonrou por deixar todos pensarem que eu abandonei minhas responsabilidades.
— Não estou desonrando-o — disse Hermione. — Você não escolheu estar nessa situação e estou tentando proteger sua privacidade. Dessa forma é muito melhor para todo mundo.
— Não lhe pedi que mantivesse isso em privacidade. Pretendo assumir a criança.
Ele estava muito sério e Hermione se sentou no sofá. Esperara que, depois de pensar melhor, Harry mudasse de idéia, mas enganara-se. Ele tinha um código de honra rígido. Assumiria a paternidade porque se sentia responsável por elas. Pelas duas.
Mas que tipo de pai Harry poderia ser? Ele continuava chamando sua menininha de a criança. Como se o bebê fosse apenas um objeto. Hermione conhecia bem a convivência com um homem que se sentia mal pela responsabilidade de ser pai, e a dor de nunca ser completamente amada. Crescera naquele tipo de ambiente familiar e não queria o mesmo para sua filha.
— Hermione — começou Harry, sentando-se a seu lado. — É difícil para nós dois. Mas podemos chegar a um acordo.
Acordo?
Oh, por que não considerara a possibilidade de um banco de esperma? Doadores de esperma assinavam isenção de todos os direitos e deveres paternais, eles eram sem rosto, sem nome. Não se preocupavam com responsabilidades, honra e decepções. E o pior de tudo, era que ela sentia uma necessidade traidora de tocar em Harry. E uma vez que carícias levavam a outras coisas... como sexo e mais arrependimentos, não era muito sábio pensar sobre isso. Ela já tinha arrependimentos o bastante para uma vida inteira.
— Quero reconsiderar o que propus ontem — murmurou ele. Ela meneou a cabeça numa recusa automática.
— Isso nunca daria certo. Pessoas que não se amam não devem se casar.
Harry a fitou por um longo momento antes de perguntar:
— Por que está tão convencida de que não daria certo entre nós? — Ele acariciou-lhe a face num gesto que era tanto gentil quanto sedutor. — Você é adorável. Tê-la em minha cama todas as noites me daria um imenso prazer.
Hermione sentiu-se anestesiada no calor dele e endireitou a coluna. Harry não poderia domá-la com elogios sedutores. Era mais esperta que isso.
— Simplesmente não daria certo — repetiu ela, embora não tão firme quanto gostaria. — A verdade é que nós mal nos conhecemos. Somos praticamente estranhos.
Uma expressão arrogante cruzou o rosto de Harry.
— Conhecemos as coisas principais. Somos compatíveis sexualmente e temos interesses similares.
— Homens! — exclamou ela, rudemente. — Sexo não é tudo.
— Eu não disse que era tudo. Temos muitos outros pontos em comum — ele ponderou.
Hermione afastou-se para o canto do sofá. Era difícil pensar com ele tão perto.
— Você não me conhece — disse ela. — Somos de duas partes diferentes do mundo, com criações diferentes. E acima de tudo, não sou o tipo de mulher com quem você normalmente sai.
— Oh?
Uma sobrancelha se levantou no seu estilo habitual de questionar e Hermione o observou ironicamente. Não sabia muito sobre homens, mas aprendera poucas coisas sobre Harry durante a breve convivência deles. Entre elas, que ele não saía com mulheres que queriam mais que um caso sofisticado. Não com o tipo que falava de fraldas e sapatinhos de bebês.
Ela respirou fundo.
— Seja sincero. Se eu tivesse dito que queria um bebê quando estávamos juntos em Washington, teria visto você de novo?
— Isso é irrelevante agora — retrucou Harry.
— Não, não é — sussurrou ela. — Não sou o tipo de mulher que vai para a cama com um homem apenas cinco horas depois que o conhece. Bem... não normalmente — acrescentou, uma vez que fora exatamente o que fizera com ele. — Se eu tivesse sido eu mesma, você teria perdido o interesse rapidamente. E logo estarei imensa e irritada, com tornozelos inchados...
— Não me importo com esse tipo de coisa — a interrompeu. — Você ficará adorável de qualquer forma.
— O ponto é: estou grávida. Não estou magrinha, graciosa ou qualquer dessas coisas que homens querem em uma amante.
Harry suspirou. Havia muitas emoções nos olhos de Hermione, mas ele podia entender apenas algumas. Uma delas era a dúvida... duvidava que ele a desejasse.
— Você acha que não vou querê-la por causa do bebê.
— Você não me quer agora, não se for honesto consigo mesmo. Harry arregalou os olhos. Ela realmente acreditava que ele não mais a desejava.
— Nós nos beijamos ontem, recorda-se? Eu a teria levado para a cama se você me permitisse.
— Isso foi ontem. — Hermione desviou os olhos e lambeu os lábios. O corpo dele enrijeceu, observando-a, a respiração tornou-se mais ofegante.
— E o que mudou durante o dia de hoje?
— Em primeiro lugar, você não pode ignorar que estou grávida. E sei que você não... — Ela parou de falar e mordeu o lábio.
— Não o quê?
— Nada.
Nada. Ele conhecia aquela expressão. De uma de suas irmãs, aquilo dizia que ele perdera uma informação vital, clara apenas para uma mente feminina.
— Talvez — sussurrou Harry, aproximando-se de Hermione — devêssemos testar essa atração para ver se ela ainda existe.
— Harry, não — defendeu-se ela. — Não é só o fato do meu corpo ter mudado por causa do bebê. Nunca fui desse jeito... do jeito que agi quando estivemos juntos. Foi uma experiência única e incrível para mim, mas tenho certeza de que não se repetiria.
Ele sorriu. Para uma mulher inteligente, Hermione não se conhecia bem. Entretanto, a falta de autoconfiança dela não o perturbava.
— Além disso, falei sério sobre não fazer amor com muitos homens — adicionou ela.
— Eu não queria levá-la para a cama — disse ele, deslizando a mão pelos cabelos sedosos de Hermione e inalando sua fragrância ímpar.
— Talvez você não queira arriscar o bem-estar da criança, mas deveríamos testar meu desejo por você.
Um olhar triste encheu os olhos cor de mel de Hermione, mas ele podia lidar com apenas um problema de cada vez. A idéia de que ele perdera o interesse era tanto desconcertante quanto cômica. Não gostara da forma como fora usado, entretanto aquilo não amenizara seu desejo por ela. Pelo contrário, desejava-a ainda mais.
— A primeira coisa que você precisa entender — disse Harry, segurando a ponta da faixa do robe dela —, é que homens de Hasan apreciam mulheres quentes e de corpos volumosos. Não compartilhamos da concepção de beleza dos americanos.
Hermione mal conseguia respirar, Ele hesitou, esperando por uma recusa, antes de deslizar as beiradas do robe pelos ombros dela. Um desejo ardente percorreu-lhe o corpo com a visão do corpo dela. Hermione estava mais linda que nunca. A calcinha de renda, o ventre arredondado, a pele branca dos seios, mais cheios do que antes, os bicos rosados e intumescidos.
Então lembrou-se de como era tê-la nos braços, os doces gemidos que ela emitira enquanto faziam amor.
— Hermione... — sussurrou ele, deslizando as mãos até os seios dela e circulando-os carinhosamente. — Tão bonita. Tão perfeita. Como eu poderia não desejá-la?
Assaltada por sensações mistas, Hermione tremeu e lutou contra a tentação de entregar-se. Não poderia, não deveria encorajá-lo, independente de quanto o desejasse. Ele não a amava.
Algumas vezes, à noite, sonhara que Harry estava lá, abraçando-a, dizendo todas aquelas coisas que uma mulher sonhava em ouvir de um homem. Mas pela manhã o sonho se apagava, porque o sheik Potter era com certeza o homem errado. Ele ordenava, em vez de perguntar, e controlava, em vez de se comprometer. Casar-se com ele seria o maior erro de sua vida.
Mas oh... era tão gostoso ser tocada por ele novamente. Os mamilos estavam mais sensíveis pela gravidez e quando ele pôs a língua num deles, Hermione estremeceu. Então passou a mão por entre os cabelos pretos, puxando-o para si. Os lábios dele se moveram para o outro seio, enlouquecendo-a de desejo.
— Tão doce — sussurrou ele.
Quando Hermione se deu conta, estava deitada no sofá, com Harry beijando-a ardentemente.
— Sinta-me — ele murmurou contra os lábios dela. — Toque a prova do meu desejo. Isso é algo que não posso disfarçar. — Ele pegou-lhe a mão e deslizou-a por seu abdômen, descendo um pouco mais, onde a rigidez de sua ereção pressionava a coxa de Hermione.
Como se em protesto da fraqueza de sua mãe, o bebê de repente chutou, dispersando o desejo sexual no qual estavam ambos envolvidos.
Harry afastou-se, alarmado.
— O que foi isso?
Hermione respirou fundo e meneou a cabeça para clarear as idéias,
— O bebê... ela chutou.
— A criança fez isso? A criança.
Ele queria levá-la para cama, mas o bebê que carregava não tinha nenhuma conexão com ele, além da não bem-vinda responsabilidade. A filha dela era simplesmente a criança para Harry. Hermione queria pensar que aquilo era devido à formalidade, ao fato de ele estar falando uma língua estrangeira, mas não acreditava realmente.
Piscando para deter as lágrimas, pôs as mãos nos ombros dele e o empurrou com força.
— Sim — disse ela. — A criança chuta muito... bebê fazem isso. Então agora que você provou que ainda somos sexualmente compatíveis, por favor, vá embora.
— Hermione...
— Vá embora.
Harry estava claramente perplexo pela reação dela.
— Nós não vamos nos casar e isso é tudo. Portanto, deixe-me em paz.
— Você deve ser racional.
— Seja racional você. Pense que veio de uma família real que precisa de herdeiros machos e estou carregando esse bebê. Essa menininha. E nunca poderei ter outro filho. — A expressão de Hermione disse a Harry o quanto ela detestava pronunciar seus medos em voz alta.
— Hermione, você não deve se preocupar com isso.
— Mesmo que você diga que não quer se casar e ter filhos, algum dia desejará ter um filho, e eu provavelmente não serei capaz de lhe dar.
Harry respirou fundo e se levantou. Tentara provar que se sentia atraído por ela e conseguira. Porém, tinha a nítida convicção de que, mesmo que ainda não tivesse perdido a guerra, havia perdido aquela batalha.

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Continua...
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ta ae...

té...

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