A escolha



N/A: Olá. Eu quero agradecer os comentários de todos e dedicar esse cap. a essas pessoas, a minha amiga Carol e Aline que me ajudam a encontrar os erros gramaticais (um dos mais comuns é comer letras) e a minha outra amiga, a Camila que curte HP, mas nunca leu nenhuma fic. Mas ainda assim eu ofereço a ela tb pq ela foi uma grande fonte de inspiração pra mim.
Bjuss, Ginny Malfoy

Gina ouviu a voz de Belatriz “...Mate-o! Mate Draco Malfoy.” como se viesse de muito longe. Ela empunhou lentamente a varinha e apontou-a para o loiro, em seguida seus olhos se encontraram. Os olhos da ruiva ficaram menos desfocados ao mirar os olhos azuis acinzentados de Draco. Nesse instante recuperou um pouco de sua consciência e não se mexeu.
-Acabe de uma vez com isso, Weasley. –Lúcio reclamou.
-MATE-O! AGORA! –Belatriz ordenou em crescente fúria diante da paralisação da Weasley –ISSO É UMA ORDEM!
Gina tentava lutar contra a maldição. Sua mão apertava a varinha com uma força extraordinária. De seus olhos começaram a brotar lágrimas, enquanto sua bocas se abria para pronunciar o feitiço:
-Ava...Avada... –e então sua força de vontade prevaleceu, fazendo com que sua mente clareasse de vez –Finite Incantatem!!!
O feitiço atingiu Draco e ele se viu livre da azaração do corpo preso. Rapidamente Avery e Macnair foram duelar com Draco –Belatriz e Lúcio se voltaram para Gina.
-Estupefaça! –gritou Gina para Lúcio.
-Protego. –ele se defendeu.
-Morra, Weasley! –Belatriz gritou –Avada kedavra!
[N/A: Ignorem que o sectumsempra é spoiler livro 6 e vamos supor que a distância da Gina para Belatriz eram uns bons metros]
Draco não pôde fazer nada, apenas gritou:
-NÃO! –desesperado –Sectumsempra! –para Avery –Estupefaça! –para Macnair.
Avery voou longe, sangrando, e Macnair parou em maio a um movimento. Draco olhou para o lado em que Gina estava. Viu como se fosse em câmara lenta, um jato de luz verde saindo da varinha de Belatriz. Na hora não pensou em nada, apenas fez. O loiro aparatou na frente dela e engoliu em seco ao ver o jato de luz se aproximando. Ele ergueu a varinha:
-Prote... –mas sua voz morreu ao ver o que acontecera.
Do nada surgiu entre ele e o jato do feitiço, um escudo, que foi estilhaçado em pedacinhos ao ser atingido. No instante seguinte Macnair estava estuporado e Belatriz e Lúcio desarmados:
-Mas como? –Draco perguntou, totalmente confuso.
Sua pergunta logo foi respondida. Detrás de uma árvore surgiram Harry e Hermione, trazendo Rodolfo Lestrange amarrado.
-O que estão fazendo aqui? Como nos acharam? – o loiro perguntou.
Havia uma grande tensão no ar. Harry e Draco tinham as varinhas empunhadas um para o outro:
-Surpreso, Malfoy? Você acha que depois do que li nos jornais e assisti na tv, eu deixaria a Gina nas suas mãos? Realmente acha? O que usou para persuadí-la? A maldição imperius? –Harry perguntou em tom de ameaça.
-Cale a boca, Potter! Eu seria incapaz de fazer isso com ela...
-E seria mesmo. Draco virou um frouxo desde que ficou em companhia dessa aberração ruiva. Uma vergonha para os Malfoy. –Lúcio disse e sua voz transbordava veneno.
-Uma aberração que você “passaria a mão” se pudesse. –Belatriz retrucou.
-Cale a boca, Bela! De que lado você está?!? –disse irritado.
Belatriz bufou e então disse:
-A Weasley tornou-se Comensal da Morte por vontade própria.
-Você, Gina? –Hermione perguntou –eu não posso acreditar nisso!
-Nunca esperava isso de você, Gina. Mas aqui está a prova de que o Malfoy também é. –Harry disse.
-Não vão pensando essas coisas de mim. Isso não é verdade! Digo, eu me tornei sim uma Comensal da Morte, mas foi para ser espiã e a pedido de Dumbledore. –ela protestou.
-Uma traidora que deveria estar 5 palmos abaixo da terra. –Rodolfo se manifestou pela primeira vez.
-Você é um inútil mesmo, Rodolfo. –Lúcio disse.
-Eram dois contra um. –Belatriz defendeu o marido.
-Calem a boca!!! –Harry e Draco bradaram juntos –Ou eu mesmo calo de uma maneira nada delicada. –o loiro acrescentou ameaçadoramente –Agora expliquem-se! Você Potter e a Sangue-ruim.
-Ou você pára de chamar a Mione assim...
-Ou o quê, Potter? –Draco perguntou debochado.
-Ou eu faço você engolir tudo o que falou dela até hoje.
Gina entrou na frente de Draco:
-Só por cima do meu cadáver, Harry.
-Você está sob a maldição imperius, Gina? –Hermione perguntou e Draco deu um muxoxo de descrença.
-Não por muito tempo. –Harry disse –Finite incantatem. –e nada aconteceu quando Gina foi atingida pelo feitiço.
-Não adianta, Potter. Ela me ama de verdade.
-Isso é verdade, Gina? –e a ruiva confirmou com a cabeça –Ainda tínhamos esperanças de que fosse a imperius. Como você pode amar o Malfoy? –Harry perguntou abismado –Não tomou nenhuma poção do amor?
-Eu apenas o amo e é tudo. Não precisei de uma poção ou maldição pra me apaixonar por ele. –a ruiva respondeu –Não duele com ele, Harry, por favor. Eu odiaria ficar contra você.
-O Malfoy é um Comensal da Morte, Gina! –Hermione exclamou.
-Ex-comensal. –a Weasley corrigiu –Ou por que você acha que estávamos sendo atacados por eles? –perguntou, mostrando os comensais com um gesto de suas mãos.
-Ele nunca vai te dar o devido valor, Gina. Ele é um crápula! Não liga a mínima pra você. –Harry disse.
-Não fale do que não sabe, Potter. –Draco falou estreitando os olhos –Não vou permitir que vire a Gina contra mim. Ela sabe muito bem que eu me importo com Lea. Muito mais do que eu gostaria de admitir.
-Que vergonha! Isso não é digno de um Malfoy. Meus antepassados devem estar se revirando nos túmulos. –Lúcio reclamou –Você não deveria ter se envolvido com essa vagabunda.
-Mais uma palavra depreciativa sobre a Gina e será a última.
-Está ameaçando de morte o seu próprio pai? –Lúcio perguntou.
-FODA-SE!!! Agora lembra que é meu pai, sei muito bem que me mataria sem nem pensar duas vezes. Mantenho a minha palavra. Lave a boca para falar algo contra a minha mulher!
-SUA MULHER?!? –perguntaram Harry e Hermione ao mesmo tempo.
-Nós casamos... –Gina murmurou timidamente.
-Como foi que isso aconteceu? –Hermione perguntou.
-Nunca viu uma celebração de casamento, Granger? –Draco perguntou debochado.
Quando Harry fez cara feia e abriu a boca pra falar, Gina o fez antes:
-Foi um acidente, nos casamos por engano. Estávamos sendo perseguidos pela Lestrange e o Macnair. Então entramos num lugar onde se realizavam cerimônias de casamento expressas. Só descobrimos quando ouvimos o padre dizer: Eu vos declaro marido e mulher.
-E não está arrependida? –Mione perguntou.
-Mas isso é óbvio, Mione. –Harry disse –Ninguém merece esse castigo.
-Não me arrependi. Eu amo o Draco! Eu relutei em aceitar isso, mas é um fato. Não posso ser feliz sem ele.
O loiro não pôde deixar de abrir um grande e sincero sorriso, o qual murchou ao ver o ódio no olhar de seu pai e ouvir Harry:
-Você declara o seu amor pelo Malfoy com todo esse fervor. E ele, Gina? O Malfoy não te ama e nem vai amar! Será que não vê que só vai sofrer? Esquece ele, Gi.
-NÃO! –Draco gritou –Cale essa maldita boca, Potter! Eu não vou deixar que ela sofra, estarei sempre ao lado dela.
-Não diga o que não pode cumprir, Malfoy. Assim que acharmos o elixir, você vai pra Azkaban junto com os outros comensais.
-NÃO! –dessa vez foi Gina a fritar –Você não pode fazer isso, Harry!
-Não posso, é? Pois eu tinha a impressão de ser o chefe do QG dos aurores. –o moreno respondeu irônico –E você nem pode falar muito, Gina. Porque: 1-)Eu sou o seu chefe. 2-)O Malfoy é culpado de muita coisa. 3-)Você vai à tribunal ser julgada como cúmplice dele.
-Eu pensei que você fosse meu amigo, Harry! –ela falou indignada, se segurando para não atacá-lo –Eu já disse que foi a pedido de Dumbledore. Ele queria que eu trouxesse o Draco pro nosso lado. Eu juro que é verdade! O Draco podia ter me matado quando Rabicho contou que eu era espiã, mas ele escolheu matar o Rabicho e com isso foi considerado traidor. Quer prova maior que essa de que ele não está mais do lado dos comensais? Além disso, antes de saber que eu era espiã, o Draco me confidenciou que não gostava de ser Comensal da Morte e ter de obedecer Voldemort. Ele apenas não sabia como sair dessa vida.
-Isso é verdade, Malfoy? –Hermione perguntou séria.
-Ponha-se no meu lugar, Granger. Você gostaria de obedecer como um cachorrinho adestrado um velho egocêntrico com fuça de cobra?
Gina se permitiu dar uma risada abafada, enquanto Harry e Hermione se esforçavam para se manterem sérios. Por outro lado, os comensais não ficaram quietos:
-Cospe no prato que comeu, Draco? –Rodolfo perguntou –Seu traidor barato!
-Seu ingrato! O Lord tinha você em alta conta. –Belatriz falou com indignação.
-Eu vou te deserdar. Nunca deixarei que gaste a fortuna Malfoy com uma Weasley. –foi a vez de Lúcio falar.
-Eu não preciso do seu dinheiro. Fique com ele e o enfie onde for mais conveniente. –Draco respondeu com aversão em cada sílaba.
-Vocês têm o direito e o dever de ficarem calados. –Hermione suspirou cansada –Silencio.Silencio.Silencio. –e os três comensais foram calados.
-Por favor, Harry... Gina pediu.
-Não se humilhe desse jeito, Virgínia... –Draco disse zangado.
-E a fraude do cartão bancário? –Mione perguntou.
-Voldemort deu pra que eu e a Gina pagássemos as despesas e nós usamos. –o loiro respondeu.
-Sabiam que era ilícito? –Harry perguntou.
-Sim. –Gina respondeu –Mas praticamente só tínhamos dinheiro bruxo.
-Precisavam se hospedar em hotéis cinco estrelas? –Harry perguntou e Draco abriu a boca para responder, mas o moreno voltou a falar –Oh, me desculpem. Eu esqueci que o Malfoy cresceu sendo um almofadinha criado no luxo e sendo mimado pela mamãezinha dele.
-Não fale da minha mãe, Potter. –Draco falou apertando mais sua varinha, na qual já eram visíveis algumas fagulhas.
-E o hospital? –Hermione perguntou para desviar a conversa do rumo perigoso que estava tomando –Por que usaram o cartão em um hospital?
-Fui eu que usei. –Gina respondeu –O Draco me salvou de dois caras num beco... –e baixou os olhos –Queriam me roubar e como eu não tinha dinheiro, resolveram me estuprar, se não fosse o Draco... –e engoliu em seco –Bem, ele matou um dos caras e fez um feitiço convocatório na adaga que o outro estava ameaçando cortar a minha garganta. Aí o cara me empurrou pro chão e disparou cinco tiros com uma arma que ele sacou. Dois acertaram o Draco e ele ficou entre a vida e a morte. Eu usei o cartão para pagar o hospital. Eu tinha que fazer tudo que estava ao meu alcance.
-E quanto ao avião que vocês seqüestraram? –Harry perguntou –A aeromoça que foi torturada, a outra aeromoça, o policial e o comandante que vocês estuporaram.
-Precisávamos ir pra Los Angeles, Potter, já que estávamos na pista do elixir. Até os trouxas estavam nos perseguindo, precisamos entrar disfarçados de funcionários no avião. O policial eu imobilizei e a Gina estuporou. Trouxa folgado! Interrompeu eu e a Gina quando estávamos...
-Draco! –ela o repreendeu, rubra de vergonha.
-Tá, é que isso me irritou. Mas o pior foi ele ficar te apalpando... Desgraçado! Filho de...
-Ele estava me revistando. –a ruiva esclareceu.
-Não parecia... –o loiro resmungou.
Hermione abafou um riso e então perguntou:
-Com ciúmes, Malfoy? Que bonitinho! O que fez pra amansar a fera, Gina?
-Não provoca ele, Mione. Não percebe que está brincando com fogo?
-A Gina tem razão, Granger. Se preza a coisa que chama de vida, é bom não me provocar. –Draco ameaçou -Cuide da sua vida, Granger.
-E então, Harry? Entenda! Se não fosse pelo Draco eu estaria morta. Não manda ele pra Azkaban, por favor.
Harry viu os olhos suplicantes da Weasley e então ponderou:
-Depende. Se ele ajudar a Ordem, eu posso até pensar no caso...
Gina abriu um sorriso e agradeceu o moreno com um abraço apertado.
-O que você quer que eu faça, Potter? –Draco perguntou, cerrando os dentes por Gina ter abraçado o Potter.
-Bem, ajudar a encontrar o elixir e contar tudo o que sabe sobre os comensais e Voldemort. O que você tem a perder, Malfoy? Eles já querem a sua cabeça mesmo...
-O Ministério da Magia pode me oferecer proteção, Potter? -Draco perguntou, informal.
-Ah sim...Azkaban costuma ser segura. –o moreno respondeu com um sorriso perverso em seus lábios.
-Você disse que não me andaria pra Azkaban se eu cooperasse, Potter!
-Não. Eu disse que pensaria no seu caso. –respondeu tranqüilamente.
-O Ministério tem conseguido pegar vários comensais ultimamente. –Hermione comentou na defensiva.
-Onde quer chegar com isso, Mione? –Harry perguntou, mas Gina percebeu um bom argumento e falou primeiro.
-De que modo seria seguro o Draco ficar preso com uma dúzia de pessoas que o querem morto? –Gina perguntou –Eu sei que o Draco errou, Harry... Mas ele corre risco de ser morto na própria cela. Não existe outra forma dele se redimir?
Draco deu um muxoxo:
-Mais do que o Potter já propôs? Eu já estaria fazendo muito se concordasse em passar informações para a tal Ordem da Fênix.
-Tudo bem então, Malfoy. Se você prefere passar o resto de sua vida em Azkaban... –Harry falou calmamente –Eu não dou a mínima.
-Não seja hipócrita, Potter! Você sabe que não.
-Então vai cooperar, Malfoy? –Harry perguntou –Ou você coopera, ou daqui vai direto pra Azkaban.
-Draco... Por favor. –Gina pediu pra ele, com cara de súplica.
-Não vai ouvir a Gina, Malfoy? –Hermione perguntou –Ela se importa com você, seu idiota! Eu não quero ver a minha amiga sofrer.
-Não se intrometa nisso, Granger! É assunto meu.
-Ok, Malfoy. Você perdeu a sua chance, vai apodrecer em Azkaban com os seus...
Draco interrompeu Harry:
-Aceito, Potter! –respondeu rispidamente –Eu vou cooperar...
-Vai mesmo? –Harry perguntou, erguendo as sobrancelhas –Pela Gina?
-Hum... Por mim mesmo, Potter. –respondeu mal-humorado.
-Onde está o elixir? –Harry perguntou.
-No Monte Osíris. –Gina respondeu –É o lugar mais alto por aqui e fica a leste de onde estamos.
-Como sabe que é a leste? –Hermione perguntou.
-Pelo lado que o Sol nasce. –a ruiva respondeu –O que faremos com os comensais?
Harry pareceu pensativo por alguns momentos e então se dirigiu à Hermione:
-Hum... Mione, será que você consegue levar os comensais de volta pra nossa dimensão? Os outros aurores saberão o que fazer com eles.
-Sem problemas... E o Malfoy também?
-O Malfoy não, Mione. Primeiro ele tem que cumprir o que prometeu. –moreno respondeu.
Hermione se aproximou de Harry e o abraçou:
-Tome cuidado, Harry. Aqui é um lugar desconhecido e vocês não sabem o que os espera. Promete não fazer nada arriscado?
-Mione! –Harry a censurou –Eu sou um auror, o meu trabalho envolve risco.
-Okay. –ela suspirou –Então prometa que vai voltar são e salvo.
-Tá bem, eu prometo. Vai dar tudo certo. –ele respondeu e colou seus lábios aos dela.
Foi um beijo longo. Gina desviou o olhar, Draco começou a assoviar e os comensais fizeram cara de nojo. Quando eles se soltaram, Harry falou:
-Eu te amo, Mione. Até breve.
Gina olhou para Draco com um olhar inquisidor e ao mesmo tempo tristonho. O loiro não precisou nem ler os pensamentos dela para saber que o ela queria ouvir era um “Eu te amo” dele. Então ele se fez de desentendido e desviou o olhar.
-Também te amo, Harry. Se cuida você também Gina. Vê se pensa antes de falar ou fazer algo que vai fazer a Gina sofrer, Malfoy. –ela falou, amarrou o corpo desmaiado de Macnair aos outros e começou a puxar a corda que amarrava os comensais.
Pouco tempo depois ela desapareceu entre as árvores, mas não antes de Harry e Gina darem um último aceno.
-Vamos indo? –Harry perguntou e eles começaram a andar na direção leste –Você parece um pouco abatida, Gina. Está se sentindo bem? –ele perguntou, passando amigavelmente um braço pelos ombros dela.
Antes que Gina pudesse falar, Draco o fez:
-Tire as patas de cima dela, Potter. –ele disse, fazendo Harry soltá-la e passando uma mão pela cintura dela –Você também estaria abatido Potter, se ficasse a noite inteira com febre alta.
-Você está com febre, Gina? Como se sente? –ele perguntou parando de andar.
-Não estou mais. Apenas me sinto fraca. Vamos indo. –e recomeçaram a andar.
-Tem certeza?
-Tenho. O Draco cuidou de mim.
-O Malfoy? O que ele fez por você? –Harry perguntou surpreso e curioso.
-Me deu balas para a garganta e fez a minha febre baixar... –Gina respondeu, ficando automaticamente vermelha –Falando nisso, eu nem te agradeci por ter cuidado de mim... Obri...
-Não precisa. –ele a interrompeu –Basta saber que você está bem. –o loiro acrescentou numa voz macia.
-Hem, hem. –Harry limpou a garganta –Desculpa interromper os pombinhos, mas eu não quero servir de vela. Pode começar a falar, Malfoy.
-O que você quer que eu fale, Potter? –ele perguntou de modo arrastado.
-O que prometeu, malfoy. Tudo sobre Voldemort e os Comensais.
-Dói pra cacete fazer a Marca Negra, não é mesmo, Virgínia?
Ela balançou a cabeça concordando:
-É, Harry. O Voldemort faz a marca com a unha do dedo indicador. Foi horrível.
-Ele sempre pergunta os motivos para a pessoa querer virar comensal e usa legiminência pra saber se a pessoas está mentindo. Sorte a Gina ser uma ótima oclumente. Bem, não comigo...Mas isso não vem ao caso. Se Voldemort soubesse que ela mentia, ele a teria matado na mesma hora.
-Que motivos você deu pro Voldemort, Gina? –Harry perguntou.
-Bem... Eu disse que queria me vingar de você. Disse que você tinha me trocado pela Mione... Até o Draco acreditou que eu odiava você e ela. Mas eu nunca odiei vocês.
-E você, Malfoy? O que disse pra Voldemort?
-Eu disse que odiava trouxas e sangues-ruins, que eu amava poder, a arte das trevas e gosto de viver em meio ao luxo. Além de que eu também disse que as minhas relações com as pessoas eram superficiais e sempre por interesse, que eu nunca me envolvia emocionalmente. Que o meu coração estava trancado à sete chaves numa cela de pedra e concreto com segurança máxima...
-O que você fez, Gina? Quebrou a cela à marretadas? –Harry perguntou, soando divertido.
-Eu não me envolvo, Potter. –Draco retrucou –eu sou uma parede de gelo.
-Não finja que não está envolvido, Malfoy. Eu vejo em seus olhos e gestos. Não adianta negar. A Gina derreteu a sua parede de gelo, quebrou a cela de pedra e destrancou os sete cadeados. Ela tem a chave do seu coração...
-Cale a boca, Potter! –Draco exclamou irritado –Você está exagerando. Eu...Eu apenas me importo com a Gina e ela sabe disso.
-E ela te ama, Malfoy! Mesmo você sendo um estúpido, ela te ama. E a Gina quer ouvir você dizendo o mesmo.
Draco pegou Harry pela gola da capa:
-Eu não consigo, Potter! Você não me conhece, eu nunca amei ninguém. Você não ouviu o que eu disse? Relações superficiais e por interesse, sempre foi assim. É difícil pra eu entender o que a Gina sente por mim.
“É difícil eu entender o que eu sinto por ela”. Ele não pôde deixar de pensar.
-Mas Malfoy, ela...
Nessa hora Gina separou os dois:
-Hey! Eu estou aqui! Parem de falar como se eu não estivesse! –ela reclamou.
-Desculpa. –Harry disse –Eu apenas estava tentando convencer o Malfoy a te corresponder, perceber o quanto você é uma ótima pessoa e que ele ganhou na loteria.
-Convencer o Draco, Harry? Ele tem que enxergar isso sozinho. Você não pode...
-Eu também estou aqui. –Draco lembrou –De qualquer forma, desde quando eu ouço o que o Potter fala?
-Mas e se o Malfoy nunca te amar, Gina? Você vai ser feliz assim?
-O Draco pode não me amar... Mas se ele se importa comigo, quer dizer que gosta de mim pelo menos um pouco. Então se eu estiver ao lado do Draco, eu estarei feliz...
-Ouviu isso, Malfoy? –Harry perguntou.
“Por que eu não posso amar a Gina? Por que eu não sei bem o que sinto por ela? Está tudo tão confuso...Eu estou confuso! Por que eu sou tão mesquinho e egoísta? Eu não pedi para a Gina me amar...No entanto...ela me ama! Com todos os meus defeitos e falhas, ela me ama...Eu não quero que a Gina sofra por mim. Por que eu ainda tenho medo de amar...?!?” ele pensou e parecia perdido.
-Malfoy! –Harry chamou –Você ouviu o que a Gina disse?
Ele pareceu acordar:
-É claro que ouvi, Potter. –resmungou para Harry e se virou para a ruiva –Eu não mereço o seu amor, Gina...Eu não te mereço. –disse e baixou a cabeça, olhando o chão em que pisava.Gina pegou uma mão de Draco e entrelaçou numa sua:
-Não diga isso...Machuca...Você sabe que não precisa ser assim...
Num átimo de segundo, o loiro a puxou contra si e buscou os lábios dela com os seus. Harry demorou um pouco pra perceber o que estava acontecendo, mas ao ver os dois se beijarem, deu um suspiro:
-Ah...Por que será que eu acho que estou sobrando de novo? –Harry perguntou à meia voz –Esses dois são tão complicados. –comentou para si esmo, virou-se de costas e ficou apoiado em uma árvore.
Draco beijava Gina com desespero. Teria ele medo de a perder? Ou apenas queria demonstrar o quanto precisava dela? Se era por uma das anteriores, as duas ou nenhuma delas, a ruiva não sabia. Mas de uma coisa a Weasley tinha certeza: Era maravilhoso sentir os lábios dele novamente contra os seus de maneira tão urgente. Ela podia sentir o quão importante era ficar abraçada a ele. Os dois pareciam ter esquecido até que Harry estava por ali. Mas tão inesperadamente quanto começou, acabou.
-Tome cuidado com o que diz ao Potter, Gina...Você pode acabar me comprometendo ainda mais. –ele sussurrou de maneira lenta e clara no ouvido dela.
Gina olhou em volta e viu que Harry estava a uma certa distância deles e virado de costas pra eles:
-Então foi por isso que me beijou, Draco? –perguntou, tentando esconder uma nota de mágoa em sua voz.
-Talvez... -ele respondeu e viu-a fechar a cara –Eu quisesse sentir o sabor dos seus lábios mais uma vez. –acrescentou, mas ela não parecia convencida –Não faça essa cara, Virgínia. Eu queria sim te avisar pra tomar cuidado...Mas é óbvio que foi mais uma desculpa pra te beijar. –e ela sorriu.
-Obrigada por aparatar na minha frente. –Gina agradeceu e deu-lhe um selinho –Mas nunca mais coloque a sua vida em risco por mim. E se você morresse? Como é que eu ia ficar?
-Livre da dívida bruxa. –ele respondeu.
-Draco! –Gina exclamou, mas antes que pudesse dizer o quanto achava absurdo aquele comentário dele, Harry falou;
-Vamos indo. O tempo de vocês acabou.
Continuaram então o caminho e o interrogatório também:
-Como Voldemort trata os comensais de seu círculo íntimo? E como ele os aprova pra participarem do mesmo? –Harry perguntou em tom muito profissional.
-Eu era do círculo íntimo dele. Posso dizer que ele nos trata friamente e nos recompensa quando fazemos bem o trabalho para o qual ele nos designa. A preparação para se tornar um Comensal do alto escalão é dura. Ela testa a nossa criatividade, inteligência, capacidade física, instintos de sobrevivência e como trabalhamos sob pressão. Além de haver treinamento de duelos.
-Qual é o maior objetivo de Voldemort?
-Se tornar imortal. Chega a ser uma obsessão.
-Isso eu sei... Eu quero saber além disso.
-Controlar o mundo, eu suponho, e fazer dos trouxas e sangues-ruins seus escravos.
-O que mais? –Harry cobrou.
-Como é que eu vou saber, Potter? Não dá pra brincar de legiminência com ele!
-Ora vamos, Malfoy. Sabemos que Voldemort o tinha em alta conta. Você não está cooperando...
-Hogwarts. –Draco murmurou –Agora me lembro que Voldemort queria fazer de Hogwarts uma escola modelo em Artes das Trevas. Ao final dos sete anos de estudo, os alunos engrossariam as fileiras do exército de Comensais da Morte.
“Você está falando dos planos de Voldemort ou dos seus?” Gina perguntou por pensamento, encarando-o seriamente.
“São dele, mas sabe que ele tem umas idéias interessantes...” Draco pensou de volta.
Gina fechou a cara e desviou o olhar:
-E o que você já fez como Comensal, Malfoy? –Harry perguntou.
-Tá me gozando? Se eu disser, você vai me ferrara.
-Coopere, Malfoy. Cumpra a sua parte no trato e eu cumprirei a minha.
-Está bem. Chantagiei, extorqui, roubei, usei maldições imperdoáveis.
-Eu quero nomes. –Harry exigiu.
-Eu disse ao Longbottom que matava a avó dele se ele contasse a alguém que me ouviu dando ordens sobre um dos planos de Voldemort. Bem, eu botei tanto medo nele, que medroso do jeito que é, duvido que tenha contado até a uma mosca. Eu usei a imperius na Chang, no Mcmillan, Finnigan e uns outros bruxos importantes do Ministério que não conhecia. Torturei e matei Cormac Mclaggen [N/A: Ignorem que o Mcalaggen é spoiler livro 6], Dino Thomas e Padma Patil. Matei mais ou menos uma dúzia de aurores e dois Comensais. E roubei vários documentos do Ministério. Acho que foi só.
-Só? –Harry e Gina perguntaram ao mesmo tempo –Você acha isso pouco, Malfoy? Largue de ser sarcástico. –Harry disse –Como você consegue colocar a cabeça no travesseiro à noite? Não se arrepende do que fez?
-Eu procuro não pensar sobre isso. Não gosto de tocar nesse assunto. –o loiro respondeu.
-Em outras palavras, o Draco é orgulhoso demais para assumir que se sente culpado por tudo que fez. –Gina disse e o Malfoy ficou quieto.
-Será que devo dizer “Incrível como a Gina consegue ler sua mente”, Malfoy?
-Não, Potter. Ela pode sim ler, mas não fez isso dessa vez. Eu acho que a Gina se tornou a pessoa que mais consegue me entender e por isso ela enxerga por baixo de algumas respostas ríspidas e incompletas.
-Eu não te entendo tanto assim. –Gina disse –Ainda falta muito pra eu te entender bem.
-Fale mais sobre Voldemort e companhia. –Harry cobrou.
-Eu já disse tudo o que importava e eu sabia. –Draco respondeu.
-Você sabe mais que isso...
-Não! Não sei, Potter! O que mais você quer que eu diga? Que Voldemort é um coroa sexualmente frustrado porque ninguém sente tesão por ele com aquela aparência de esqueleto mofado e ele só consegue pegar gripe? –Draco perguntou irritado –Ele não considera os Comensais como seus amigos, apenas como servos. Não dá pra saber muita coisa.
-Tá bom, Malfoy. –Harry respondeu –Mas você sabe por que Voldemort quer o elixir?
-Para destruir você, Potter. Enquanto durasse o efeito do elixir, você não poderia derrotá-lo e devo dizer que você não viveria pra ver esse dia chegar.
-Bem... Temos que achar esse elixir e depressa. –Harry comentou.
-E o que você pretende fazer com o elixir, Potter? –Draco perguntou cautelosamente.
-Não te interessa, Malfoy. Por que pergunta isso?
-Isso também não interessa, Potter.
-Malfoy... Isso é muito suspeito.
-É apenas curiosidade, não é, Draco? –Gina interrompeu e perguntou à ele.
-Curiosidade, é claro... –o loiro murmurou escondendo a nota de ceticismo em sua voz.
O assunto morreu e os três andavam, cheios de pensamentos diversos.
“Pelo que eu conheço do Draco, ele não desistiu dos planos que tem para o elixir... E agora? O Harry vai mandá-lo direto pra Azkaban quando descobrir. Eu não quero que isso aconteça. O que é que eu posso fazer?!?” se preocupava a ruiva.
“Será que o Malfoy vai cumprir o acordo? Bem... A Gina confia nele... Mas ela está apaixonada por ele, então a confiança dela não conta muita coisa. Mas se o Malfoy fizer a parte dele...Eu terei que amenizar a pena dele.” Era o que Harry estava pensando.
“Como é que vou pegar o elixir pra mim com o Potter no meu encalço? Preciso arquitetar um plano. Eu tenho que conseguir aquele elixir ou... Tudo já era. Eu não posso deixar que isso aconteça! De jeito nenhum! Eu não posso...” era a preocupação de Draco.
Andaram por cerca de uma hora, até chegarem à encosta do Monte Osíris:
-Alguém aqui é alpinista? –Draco perguntou.
-O começo da subida nem é tão íngreme assim, Malfoy.
-Mas o resto é, Potter. Será que você nunca consegue pensar à frente?
-Que culpa eu tenho de não ser maquiavélico como você? –Harry provocou.
-Ah, é? Os grifinórios sempre tiveram inveja da engenhosidade dos sonserinos. –Draco respondeu.
Eles estavam quase avançando um no outro, quando Gina interveio:
-Ah, não! Vocês não são mais crianças! –disse empurrando os dois para lados opostos –Então parem de agir como se fossem. É uma vergonha ver dois marmanjos prestes a se atracarem ao menor sinal de hostilidade.
-Okay, Gina. –Draco falou –Pode parar, já conseguiu nos humilhar o suficiente.
-Concordo. –Harry disse –Vamos subindo então.
Após cerca de uma hora subindo, já estavam bem cansados, e quando o trecho ia se tornar acidentado demais, eles pararam para descansar um pouco:
-Eu quero água. –Gina murmurou, olhando pra baixo e apoiando as mãos nos próprios joelhos.
Draco conjurou uma garrafa de água:
-Toma. –ele disse, entregando na mão dela.
-Obrigada. –ela agradeceu e bebeu metade.
O loiro pegou a garrafa de volta e bebeu o resto. Depois perguntou:
-Quer água também, pOtter? –ele perguntou.
-Não seja cínico, Malfoy...
-Eu falo sério. –Draco disse e com duas batidas na garrafa, mais água apareceu.
Ele colocou a garrafa na mão de Harry:
-Como é que eu vou saber se isso é água? E se for veritasserum ou até mesmo veneno?
Draco sorriu debochado:
-Como você é desconfiado, Potter. Por acaso eu já te dei motivos pra pensar isso de mim?
-Quer mesmo que eu responda, Malfoy?
-Ótimo, Potter. –e fez com que a garrafa sumisse –Eu não vou pedir que confie em mim.
-Ótimo também. –Harry respondeu e conjurou uma garrafa de água também para beber.
-Podemos ir indo. –Gina interrompeu, fazendo menção de começar a escalar.
-Não. –Draco segurou-a –Eu vou primeiro pra ver se é seguro.
-Eu não sabia que você podia ser um cavalheiro, Malfoy. –Harry comentou.
Draco ignorou o comentário de Harry. Pôs a varinha na boca a fim de segurá-la com os dentes e ter as mãos livres. Por fim arregaçou as mangas e começou a escalar. O loiro tinha pensado que seria difícil fazer isso e apesar do físico dele, na prática era duas vezes mais complicado. Ele tinha que tomar cuidado com onde apoiava as mãos e pés. O trecho a ser escalado era mais ou menos 15 metros e ele se sentiu aliviado ao terminar o percurso. Olhou pra baixo e Gina já estava subindo:
-Eu posso te levitar. Você não precisa subir desse jeito. –Draco disse de lá de cima.
-Pra que eu tenho braços e pernas? –ela respondeu pra ele e continuou a subir.
Logo depois, Gina pisou em falso e ficou segura apenas pelas duas mãos. Não hora ela havia dado um grito abafado (pela varinha estar em sua boca), mas em seguida respirou fundo. Já estava prestes a procurar um apoio para os pés, quando se sentiu levitar no ar. Ao aterrissar do lado de Draco, ela reclamou:
-Eu ia dar um jeito na situação. Por que fez isso?
-O seu corpo estatelado no chão não me vale de nada. Eu quero você viva, Virgínia.
-E o Harry?
-Suba sozinho, Potter. –Draco gritou pra ele –Eu e a Gina precisamos de um tempo à sós.
-Venha comigo. –Draco disse puxando a ruiva pra uma abertura que parecia ser de uma caverna e que só agora ela percebera –Temos que achar o elixir primeiro que o Potter.
-Lumus. –Gina e Draco disseram para iluminar o caminho.
Poucos metros depois chegaram ao fim da linha. Havia inscrições talhadas na parede e no meio da porta sem fechadura e também de pedra:
-Finite incantatem. Alorromora. –Draco disse, mas a pedra não se moveu um milímetro –Bombarda. –e nada também –Dissendium. –e o resultado foi o mesmo –Mas que droga! –Draco reclamou –Faça alguma coisa, Virgínia!
-eu estou fazendo. –ela respondeu o encarando momentaneamente do seu “jeitinho simpático” não conseguiremos nada. Temos que ler estas inscrições.
-Egípcios! Malditos sejam todos! –alterou a voz, nervoso –Eu não entendo nada dessas coisas. Mais uma vez você vai ter que fazer isso por mim, Virgínia. –ele disse tentando se aclamar.
-E por que eu deveria ajudar? Você sabe que não concordo com os planos que tem para o elixir.
-A dívida bruxa... –respondeu tranqüilamente, com um sorriso forçado.
-Não faz parte que eu te ajude a achar. –Gina respondeu e Draco prensou-a na parede.
-Isso é MUITO importante pra mim, entendeu? Não me faça recorrer a outros meios para que coopere. Você não me ama? Com o elixir ficaremos juntos por muito mais tempo. Se você não fizer isso por mim, faça por nós...
Gina beijou Draco, enquanto lágrimas escorriam pelo seu rosto. Era difícil desistir de tudo pelo que havia lutado e apoiar Draco. Era um ato egoísta da parte dela, não ligar para quantas vidas seriam destruídas e pensar apenas que ela ficaria por muitas e muitas décadas ao lado do homem amado. Sim, Gina amava Draco demais e ela não podia jogar esse amor fora, mesmo que significasse a infelicidade alheia. A Weasley não conseguia mais imaginar viver sem Draco e baseada nisso, não usou a razão para fazer sua escolha, mas sim o coração:
-Eu te amo, Draco. –ela disse e ele sorriu enquanto limpava as lágrimas dela –E-eu vou te ajudar.
-Fez a escolha certa. –ele respondeu.
-A parte que eu li até agora é: “Para prosseguir, você terá que provar que é capaz disso, que merece prosseguir.”
-A gente vai ter que fazer alguma coisa. Leia o resto.
Gina aproximou a luz da varinha da parede e recomeçou a ler.
-“Responda ao deus Osíris, Juiz dos Mortos, com a tinta que lhe é mais cara: Nossos faros, nossos deuses-vivos, que após a morte jazem seus corpos numa tumba com o símbolo da imortalidade e encontram o caminho para a alma através da mais importante estrela, símbolo da deusa Ísis, a que nossos templos estão alinhados em sua órbita. É a magia da longevidade que você almeja? Então resolva esse enigma e que os deuses o ajudem.”
-Que tipo de enigma é esse? O que temos que responder? E como assim “a tinta que lhe é mais cara?” –Draco perguntou, impaciente.
-Calma. Vamos pensar, está bem? Tem alguns hieróglifos que estão destacados. Provavelmente estão diretamente ligados com o que precisamos responder.
-Concordo, mas quais são os hieróglifos destacados? –ele perguntou, respirando fundo para clarear a mente.
-São os equivalentes a “tinta que lhe é mais cara”, “símbolo da imortalidade”, “,mais importante estrela, símbolo da deusa Ísis”, “que os deuses o ajudem”.
-Acho melhor irmos por partes. – loiro opinou –De que tinta eles estão falando?
-Bem, os egípcios não eram o que se pode chamar de objetivos... Então talvez essa tinta nada tenha a ver com custar muito dinheiro, ouro.
-Então o que você sugere?
-Pare de me perguntar tanto! Por que não pensa um pouco também? Qual seria pra você a “tinta” mais cara, algo com que você pudesse escrever?
-Ouro fundido? –ele perguntou.
-Não acho que seja disso que eles falam...
-Então o que é?!? –perguntou irritado –Eu sou um bruxo puro-sangue! Não sou obrigado a saber tudo sobre a antiga civilização egípcia! Eu nunca prestei atenção nas aulas do Binns e não fiz Estudo dos Trouxas...
Gina o interrompeu:
-‘Pera aí É isso aí, Draco... Sangue! Eu acho que é a “tinta que lhe é mais cara.”...
-Ah, não! –o loiro a interrompeu –‘Pera aí você! Como assim sangue?!?
-Não se faça de burro! É escrever com sangue, oras.
-Escrever o quê?
A ruiva não respondeu e Draco prensou-a novamente contra a parede:
-Anda rápido com isso, Virgínia. Você já decifrou?
-Acho que sim... –a Weasley respondeu vagamente, sem encará-lo.
-Como assim “acho”?!? –perguntou nervoso, a apertando e chacoalhando –EU QUERO CERTEZA!!!
-DRACO! Você tá me machucando... –ela reclamou e ele abrandou o aperto.
-Fale de uma vez, Virgínia!
-“Que os deuses o ajudem” é uma dica. O símbolo da imortalidade são os escaravelhos, mas de acordo com a dica seria o deus-escaravelho Kephera e o símbolo da deusa Ísis é a estrela Sirius.
-E qual é a resposta certa? Kephera ou Sirius?
-Levando-se em conta que o que procuramos é o elixir, o mais apropriado é Kephera. –ela respondeu e o viu remexer os bolsos –O que você vai fazer?
Draco tirou o canivete do bolso. Ergueu-o no ar, fechou os olhos e então passou a lâmina em seu antebraço esquerdo:
-NÃO! –Gina gritou, mas já era tarde demais –Você é louco?!?
Do corte dele escorria um considerável filete de sangue:
-Foi preciso. –ele respondeu sem olhar diretamente para o ferimento –Por que você está fazendo essa cara? –perguntou, começando a escrever.
-Não é nada. –ele respondeu secamente.
-Mas você está pálido e nem está saindo tanto sangue assim...
-Eu-não-gosto-de-ver-sangue. –o loiro disse entredentes –Me deixa prestes a desmaiar...
-Por que não me disse antes? –ela perguntou aborrecida e fez dois feitiços: Um para fechar o corte, o outro para limpar o sangue que havia escorrido –Não seja orgulhoso. Que me importa se é outra fraqueza sua? Você é humano, Draco. Eu só...
Ela parou no meio da frase, ao ver a porta de pedra se mexer e revelar uma entrada. Iam entrar, quando ouviram:
-Eu ordeno que parem onde estão! –era a voz de Harry –Vocês não vão prosseguir sozinhos, eu não vou deixar.
Draco e Gina se viraram e Harry empunhava a varinha com uma expressão determinada:
-e o que você pretende fazer pra nos impedir, Potter? Nos matar?-Draco perguntou debochada e céticamente.
-Sim. Se for preciso, eu farei. –respondeu seriamente.
-Você me mataria, Harry? –Gina perguntou indignada –Mas eu sempre fui sua amiga! Nos conhecemos há anos...
-Eu n ao te conheço mais, Gina! –ele a interrompeu –Pelo que eu percebi, você seria capaz fazer qualquer coisa pelo Malfoy. Eu não posso confiar em você desse jeito, sinto muito.
A Weasley engoliu em seco e emudeceu.
-Ai de você Potter, se fizer algo contra ela.
-Então se você se preocupa tanto com a Gina, deve cumpri o resto do acordo. Entendeu, Malfoy?
-Sim. EU vou cumprir. –Draco respondeu o encarando.
-Vamos logo então. –Harry disse e os três passaram pela entrada.
Logo em seguida a porta de pedra se fechou. O lugar era extremamente quente. Havia uma ponte feita de madeira e com os corrimãos de cordas. Do outro lado havia uma estátua de Osíris com duas pedras de rubi incrustadas no lugar dos olhos. Em suas mãos segurava um cálice de ouro, cujo dourado era tão reluzente, que eles podiam notar de onde estavam.
-Temos que atravessar. –Harry comentou –Vocês vai na frente pra que eu possa vigiar cada movimento.
Draco foi o primeiro a subir na ponte e ao olhar pra baixo, gelou e engoliu em seco. Era uma queda monstruosa e no fundo avistava-se uma linha de um líquido alaranjado reluzente. Draco apertou a varinha mais forte em sua mão e começou a andar:
-Todo cuidado é pouco, Virgínia. Você não vai querer cair daqui de cima, estamos num vulcão.
-Ai, meu Deus! –ela exclamou logo atrás dele, com a varinha também pronta –Então aquilo lá embaixo é lava incandescente? –ela perguntou preocupada.
-Exato. –Harry disse –Não parem, continuem andando.
Apesar de ser claramente uma ponte reforçada por magia (pela quantidade de anos que estava lá), ela rangia ameaçadoramente a cada passo dado.
Gina tentava não olhar pra baixo. A idéia de cair a apavorava. Suas mãos estavam úmidas de suor gelado e ela segurava nas cordas o mais firmemente que podia.
Levaram aproximadamente 10 minutos para cruzar a ponte. Ao chegar do outro lado, Draco correu em direção ao elixir.
-O que está fazendo, Malfoy? –Harry perguntou e mirou sua varinha no loiro –Impe...
Mas antes que Harry pudesse finalizar o feitiço, Draco foi arremessado ao chão.
-PUTA QUE O PARIU!!! –ele gritou –Tem uma parede invisível nessa merda!
A Weasley foi até de Draco estava, então lentamente andou em direção à estátua. Encontrou a parede invisível e não conseguia passar por ela.
Harry se aproximou dos dois:
-Isso é bem feito pra você, Malfoy! –o moreno disse para o loiro que só agora estava se levantando.
-Faz melhor então, Potter. –Draco desafiou.
Harry não respondeu, apenas foi se aproximando da estátua, com as mãos estendidas a sua frente como se andasse no escuro. Parecia até estar sendo puxado por um tipo de força invisível .
Surpreendentemente, ele não encontrou barreira alguma o impedindo de alcançar o elixir. Então Harry estendeu a mão e pegou a taça:
-Como? –Gina perguntou.
-Accio elixir! -bradou Draco, sem perder tempo e a taça voou para sua mão.
-Devolve isso, Malfoy! –Harry gritou aborrecido –E o nosso trato?!?
-O acordo era que eu contasse tudo o que sabia sobre Voldemort e os Comensais e ajudar a encontrar o elixir. Eu cumpri. Você não disse nada sobre o que eu poderia fazer ou não quando encontrássemos o elixir.
-Ora, seu! –Harry disse apontando a varinha pra ele e se preparando pra executar um feitiço.
-Se eu fosse você, Potter, não faria isso. Somos dois contra um.
-Eu sabia que não podia confiar em você, Malfoy! Foi tudo um teatro, não foi? Uma vez Comensal da Morte, sempre Comensal da Morte! Seu crápula maldito!!! Ele vai entregar pro Voldemort. Você vai deixar, Gina?
-Quem disse que eu ainda estou a mando daquele velho patético? –Draco perguntou –Eu sempre odiei ter que servir Voldemort, já falei sobre isso, Potter.
-Seja o que for que você quer fazer com esse elixir, eu não posso permitir. Vindo de você não deve ser coisa boa.
-Tente então me impedir, Potter. Estupefaça!
Gina assistia a tudo sem ação e palavras. Ela queria e não queria ao mesmo tempo ajudar Draco. Por essa confusão em sua mente, mantinha-se apenas como espectadora. Ela achou que Harry seria atingido pelo feitiço, mas no último segundo ele aparatou.
O Potter reapareceu quase que instantaneamente atrás de Draco:
-Accio el... –ele começou, mas Draco também aparatou.
-Impedimenta! –Draco gritou, reaparecendo quase que no mesmo lugar.
-Protego. –Harry se defendeu e o feitiço se voltou para Draco que conjurou momentaneamente um escudo para se defender.
A ruiva olhava os dois duelando e dava graças por a Deus não estarem usando feitiços mortais ou qualquer das maldições imperdoáveis. Harry era um auror e ela sabia que ele só costumava usar em casos extremos. Por isso torcia pra que ele não perdesse a cabeça com Draco. Gina desconfiava que o Malfoy não matava Harry, porque queria que ele acabasse com Voldemort pra ele, mas talvez poderia ser também porque ela sofreria se visse Harry ser morto por alguém que amava tanto.
-É o melhor que consegue fazer, Potter? –Draco perguntou –Petrificus totalus.
Novamente Harry aparatou:
-Brincando de esconde-esconde? –o loiro perguntou sarcástico, mas arregalou os orbes acinzentados ao ver onde ele havia aparatado –CUIDADO, GINA! –ele gritou, mas era tarde demais, Harry tinha tomado a varinha dela.
-E agora, Malfoy? –Harry perguntou maldosamente.
-Que drogas você usou antes de vir pra cá, Potter? –o loiro perguntou ao ver Harry apontando sua varinha para o coração de Gina –Você não era assim, Potter.
-E desde quando você sabe tudo sobre mim, Malfoy? Eu sou o herói do mundo mágico. “O Escolhido” e não “O Santo”. [N/A: Novamente um spoiler livro 6... “O Escolhido”, mas não pude evitar.]
-Não faça nada com ela, Potter!
-Se não...? Implore, Malfoy. –disse, soando divertido.
-Não faz isso, Harry... –Gina pediu –O seu comportamento está me preocupando.
-Eu-não-vou-fazer-isso-Potter. –Draco respondeu entredentes.
-Não? Tudo bem, já que não quer brincar mais... Apenas me passe o elixir.
-NÃO!!! –Draco gritou em resposta.
-Então eu vou ter que agir efetivamente. Vamos, Malfoy! O que é mais importante pra você? Terá que escolher: O elixir ou a Gina.
-Você não faria isso, Potter... –disse tentando soar seguro.
-Não mesmo? Avada... –ele começou e uma luz verde foi surgindo na ponta se sua varinha, enquanto Gina prendia a respiração e fechava os olhos.
-PARE, POTTER!!!!! –Draco gritou sem conter o desespero em sua voz –Se matá-la, eu te mato em seguida.
-Me matar não vai trazer a Gina de volta, Malfoy. –Harry respondeu sabiamente.
-Que lado sonserino é esse no famoso Harry Potter? –Draco perguntou tentando soar sarcástico –Acho que o Chapéu Seletor errou com você...
Harry decidiu preocupá-lo ainda mais sobre ele:
-O Chapéu Seletor pensou seriamente em mandar pra Sonserina, mas eu não quis. Agora chega de papo furado, Malfoy. –cortou possíveis respostas do loiro -Hora de escolher e essa escolha vai mudar a sua vida pra sempre. O que tem mais valor pra você, Malfoy? A razão ou o coração? O poder ou o amor? Só poderá escolher um deles. E qual vai ser? A Gina ou o elixir?

N/A: Não me matem pq o cap. Acaba aqui, caso contrário...Como vocês vão ler o resto.
N/A2: O enigma tá uma bosta, eu sei. Também é porque fui eu quem inventou.
N/A3: Se vocês não comentarem eu vou ser MTO má e ficar MTO tempo sem postar a continuação...Preciso de incentivo, sabe? Então se vocês puderem em ajudar nisso, eu agradeço.
N/A4: Obrigado a todos que lêem, gostam da história e não me acham a pessoa mais chata do mundo.

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