Amores na Toca



Capítulo 2: Amores na toca

A cozinha estava vazia e então foram para a sala. Lá estavam Molly, Fred, Jorge, Rony e Mione.
Todos o cumprimentaram e parabenizaram pelo seu aniversário e logo depois Harry foi arrastado por Rony e Mione para o quarto. Harry perguntou:
-Cadê os outros? E pra que tanta pressa?
-Carlinhos, Gui, papai e Percy estão em uma missão para a Ordem. –Rony informou.-Tão ocupados que praticamente não param mais em casa.
-A Gina está com a amiga dela, mostrando os arredores.-Mione informa.
-Você sabe de alguma coisa que está acontecendo? –Harry pergunta.
-Não sei de nada também, cara. Sempre que tentamos chegar perto para ouvir, eles mudam de assunto. Se tentamos com as orelhas extensíveis não dá para ouvir, porque lançam feitiços de impertubalidade na porta.
-Vamos lá para fora? –sugeriu Mione.
-Sim. –concordaram os dois.
Eles percorreram os arredores até o cair da tarde e pararem para observar o pôr-do-sol. Harry sentiu que se continuasse ali seguraria vela, só agora percebera como Rony e Mione estavam íntimos:
-Eu estou com fome, vou pegar umas maçãs daquela árvore. –disse a eles apontando uma árvore ao longe.
-Se você quiser nós podemos ir pra casa. –comentou Rony.
-É, Harry. –confirmou Mione.
-Não precisa. Eu já vou indo.
Na verdade ele não estava com fome, mas mesmo assim foi até aquela árvore e se sentou olhando para o céu. Só depois de um tempo foi que entreouviu duas vozes que se aproximavam:
-Fala sério! Mandy pare de zoar comigo. Você está me dizendo que o seu nome inteiro é Mandy Malfoy e que é prima em primeiro grau do Draco Malfoy. E ainda diz que ele é legal. Você não está tomando cerveja amanteigada no lugar de água? Só pode ser isso. –Gina falou descrente do que Mandy havia lhe contado.
Harry não queria ficar ouvindo a conversa delas, mas a curiosidade foi maior e o segurou parado, já que nunca ouvira falar que o Malfoy tinha uma prima.
-Desculpa Gina por eu não ter te falado antes. É que eu achei que se eu falasse logo no começo você não iria querer ser minha amiga. Eu sei da inimizade entre os Weasley e os Malfoy, mas saiba que você é a melhor amiga que alguém pode ter.
-Tá bom, não precisa “puxar o saco”, eu acredito. Mas não mente mais para mim, tá?
-Sim, pode deixar. –disse Mandy e as duas se abraçaram.
-Me explica isso, como assim o Malfoy é legal?
-Ele é mesmo. Mas por que tanto interesse?
Gina ficou em silêncio, pensando no que falar. Harry achou que estava sendo muito impertinente de ficar ali, então deu meia-volta e rumou para a toca.
-Você não conta para ninguém? –perguntou Gina a amiga.
-Claro que não, não se você quiser que seja assim.
-Tá, é o seguinte, ah... Ele é bonito, forte, tem charme e presença e é isso. Mas é muito metido, gabado e também é muito galinha, ele praticamente ficou com todas de Hogwarts. Se eu começar a citar nomes não termino hoje.
-Que exagero! E o que você quis dizer com o que falou dele? Ah, já sei, em resumo você quis dizer que ele é gostoso, mas é um babaca sem miolos.
-Você capitou o sentido.
-Mas isso de ele ser um babaca sem miolos não é verdade. Ele só se faz de mau, porque o tio Lúcio o obriga. Quando o Draco não está na presença do pai dele, ele é indistinguível. Fica gentil, generoso e me disse que ele fica por ficar, que o pai dele disse que ele tem que “pegar todas”. E sabe que mais ele disse?
-Não sei. Só sei que parece que estamos falando de pessoas diferentes. Eu nunca vi ele fazer um ato bom em toda a minha vida, mas fala vai.
-Ele falou que queria um dia poder se apaixonar para ver como é que é, mas disse que não se acha capaz.
-Nossa! Esse não é de jeito nenhum o Draco que eu conheço. Você tem certeza do que está dizendo?
-Absoluta! E quem sabe você chegue a conhecer...
-Vamos jantar em vez de ficar perdendo tempo falando naquele exibido, idiota, metido, galinha, cretino, cafajeste...
-Mas que amor! Hum... Não sei não... Você sente algo por ele, sei lá, algum tipo de atração ou queda? –pergunta Mandy rindo da cara que Gina fez.
-Eu? Nunquinha! Só se for ódio! Ele é... Totalmente desprezível!!! –Gina responde totalmente indignada, mas inconfundivelmente vermelha como um pimentão.
-Sabia que ódio pode virar amor? Acho que vocês dois combinam. –Mandy disse com um ar de quem sabe das coisas.
-Cale a boca! Deus que me livre!!!
Mas as reações de Gina só faziam Mandy rir cada vez mais.
Até que Gina resolveu dar um basta:
-Tá na hora de voltar, chega dessa história idiota. –disse Gina mais alterada que o normal.
-Bem que você gostou... –Mandy retrucou baixinho.
-O quê? –pergunta Gina que não tinha ouvido.
-Nada não.
-Sei...

Rony e Hermione também estavam indo jantar:
-Mione, posso fazer uma coisa? Eu preciso ter uma resposta. –disse Rony se aproximando da garota.
-O q-que v-você... –começou ela gaguejando.
Mas antes que ela tivesse tempo de terminar a frase, Rony disse:
-Isso! – passando os braços pela cintura dela, ele a puxou para si e começou a beijá-la. Mione passou os braços por trás do pescoço de Rony, acariciando a sua nuca. O menino puxou-a com mais vigor para perto de uma árvore, onde se recostaram. Assim ficaram por vários minutos até que Rony quebrou o silêncio:
-Agora eu tenho certeza, Mione eu te amo! Meu coração nunca bateu tão rápido.
Mione respondeu ofegante:
-Eu sempre te amei, Rony. Eu achava que você sentia algo especial por mim, mas não imaginava tanto, por isso eu sofria calada. Você não sabe como me deixa feliz.
-Você é que me faz feliz. Quer namorar comigo?
-É claro, Rony! –respondeu ela dando um longo beijo nele.
-Rony, é melhor irmos jantar logo, senão podem ficar preocupados.
-Vamos, meu amor.

Quando eles chegaram todos já estavam à mesa. Harry perguntou:
-O que vocês dois estavam fazendo até agora?
-Na-na-da é...
-A Mione, bem... Tinha perdido um brinco e eu ajudei a encontrar.
-Sei... –disse Harry provocando e os dois ficaram vermelhos.
-Tá gaguejando por que Mione?-perguntou Jorge.
-Não está claro Jorge? O Rony arrancou um pedaço da língua dela. –respondeu Fred.
Se antes eles estavam vermelhos, agora eles ficaram roxos de tanta vergonha. Enquanto os outros riam e a senhora Weasley falou:
-Fred e Jorge! O que é isso? Não é da conta de vocês o que eles fizeram ou deixaram de fazer. Isso é brincadeira que se faça?

No quarto de Gina.

-Gina aquele é que é o Harry Potter?
-É sim. Eu finalmente consegui esquecer ele, Mandy. O ano letivo passado eu sofri muito com o namoro dele com a Cho Chang.
-Eles ainda namoram?
-Não, porque ela estava ao mesmo tempo ficando o seu priminho.
-É mesmo, o Draco me falou, só que ele não sabia que ela namorava o Harry.
-O que você achou dele?
-Ele é lindo com aqueles olhos verdes.
-Hum... Não sei não...Vai investir?
-Nada a ver.

No quarto de Rony.

-Harry?
-Fala.
-É que você é o meu melhor amigo, então eu quero que seja o primeiro, a saber. Eu estou namorando a Mione.
-Já não era sem tempo!
-Como assim?!?
-Eu sempre soube que vocês se gostavam. Estava na hora de se tocarem.
-Tá, eu fui lerdo, mas já resolvi o meu caso. E você já esqueceu a tal Cho Chang?
-Já.
-Então está na hora de partir para outra, meu amigo. Que tal a Parvati, a Lilá, a Mandy?
-A Parvati e a Lilá não fazem o meu tipo, são muito superficiais. A Mandy é bem bonita, loira, olhos azuis. Se ela for tão legal quanto é bonita...
-Você gostou dela?
-É...Digamos que rolou uma química à primeira vista, quando eu olhei para ela eu senti o meu estômago afundar. Pena que ela é uma Malfoy.
-O quê? A Mandy é uma Malfoy? De onde você tirou isso?
-Eu ouvi um pedaço de uma conversa dela com a Gina, mas foi sem querer.
-Pensando bem, a cor dos olhos, da pele e do cabelo dela lembra o nosso querido “amigo” Draco. Uma Malfoy debaixo do mesmo teto que nós? Isso é um absurdo!
-Rony você está sendo injusto! E se ela for legal?
-Duvido que haja algum Malfoy legal na face da Terra! –Harry o olhou com reprovação –Tá, bom. Hoje nada vai estragar a minha alegria. –Rony disse por fim.

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