Distância



Capítulo 4-->Distância


Barbara andava com um sorriso abobado no rosto. Apesar de já estar relativamente tarde ela não estava com medo de ser pega, caso fosse era só dizer que estava em uma detenção o que não seria mentira. Porém, nem mesmo as horas intermináveis ajudando a por em ordem o estoque de poção tiraria aquela lembrança da sua cabeça, pois não são todo dia que as palavras Remus Lupin, sozinhos e sala da monitoria se encaixavam em uma única frase.

Flashback


As discussões na sala da monitoria não acabavam mesmo com a pausa para o almoço os ânimos não haviam acalmado e a cada tema colocado para debate era motivo para os monitores da Grifinória e da Sonserina entravam em discordância deixando os monitores-chefes, que graças a Merlin eram de casas “neutras”, já não sabiam mais o que fazer.

-CALADOS!! Gritou o monitor-chefe perdendo a pose de garoto calmo e paciente – Por hoje chega! Lupin, Tyler, é a vez de vocês organizarem os relatórios...deixe-os em cima da mesa que de noite eu passo aqui e pego.

-Ta certo Bracho!
(N/a: Tava sem imaginação para sobrenomes e decidi fazer uma homenagem a todos que assim como eu assistiram “A Usurpadora”)

-Tchau gente!! Despediu-se Barbara e em uma atitude nada madura deu língua para Narcissa fazendo Remus rir da cena.

Os dois começaram a organizar os relatórios por ano em um trabalho extremamente tedioso e para infelicidade de Barbara constrangedor, pois a cada segundo lembrava do que havia falado mais cedo e ficava receosa dele comentar tal fato.

-Aleluia acabei...serio mais um relatório e eu enlouqueceria – Falou a menina desabando na cadeira da monitora-chefe – Nossa!! Isso é muito injusto...enquanto a gente se senta nessas cadeiras duras os monitores-chefes sentam em cadeiras tão fofinhas.

Remus nada disse sobre o comentário, apenas ficou assistindo a menina pular sentada na cadeira acolchoada. Sorriu ao notar o sorriso infantil brotar no rosto dela e pela primeira vez em relação àquela menina ia dar ouvidos ao seu lado maroto.

-Sabe que tem uma coisa me deixando muito curioso – Comentou Remus se aproximando de onde a garota estava sentada com um sorriso que Babs definiu como totalmente perigoso para a sua sanidade mental.

-O que? Perguntou Barbara com um fio de voz passando os olhos por toda a extensão do corpo do maroto teoricamente comportado.

-É uma duvida bem simples – Falou ele ficando na frente dela se apoiando nos braços da cadeira fazendo o seu rosto ficar a centímetros de distancia do rosto dela – Mas antes eu tenho que saber se era isso era o que você falou que queria fazer comigo.

Então ele a beijou. E aquele beijo foi totalmente inesperado e diferente do que Barbara imaginou. O beijo foi possessivo, apaixonado, quente e ele modificava a cada minuto a velocidade a forma o jeito de beijá-la, o que a estava levando a loucura.

Ele tocava o seu rosto, sua nuca descendo pelos ombros ate uma mão chegar a sua cintura fazendo-a levantar e colocar seu corpo no dela. Eles foram se separando aos poucos entre selinhos e leves mordidas no lábio inferior. Os dois estavam sem fôlego e ao abrir o olho Barbara se deparou com os olhos cor de âmbar de Remus.

-Foi isso? Perguntou Remus com o sorriso que era fatal para a sanidade dela.

-Era algo mais ligado a parede – Disse Barbara em tom levemente débil.

-Não seja por isso! Falou Remus sorrindo a imprensando na parede e a beijando novamente com mais vontade que antes.

-Posso saber o que esta acontecendo aqui? Perguntou uma voz vindo da porta.

Os dois se separaram assustados e se depararam com o diretor Dumbledore os olhando com uma expressão divertida no rosto.

-Pro-professor Dumbledore? Perguntou Barbara ajeitando rapidamente a saia e a blusa.

-Desculpa por isso professor, mas... – Tentou explicar Remus mais corando intensamente não conseguindo mais argumentar.

-Infelizmente meus jovens, o que vocês estavam fazendo em plena sala da monitoria poderia ate custar os seus distintivos – Começou falar Dumbledore fazendo os dois engolirem em seco – Porém hoje eu só vou lhes dar uma detenção.


Fim do Flashback


A menina não pode deixar de sorrir tocando levemente nos lábios. Estava tão distraída que nem notou o loiro que dominava os seus pensamentos ali na sua frente encostado na parede.

-Sonhando acordada Barbara?? Perguntou Remus com o sorriso que ela não sabia se amava ou se odiava.

-Pode-se dizer que sim – Falou ela levantando com um sorriso brincalhão nos lábios – Detenção ruim?

-Tirando os olhares divertidos lançados pelo diretor ate que não foi tão mal ajeitar os livros do escritório dele – Respondeu Remus começando a andar lado a lado com a menina que lhe sorriu.

-Eu nunca tive tanto medo na vida...imagina se fosse a professora Minerva? Questionou Barbara rindo – Esse corredor é perto da sala dela?

-Não...a sala dela é uns dois andares acima eu acho – Respondeu o loiro sem entender a pergunta.

-Que ótimo – Falou Barbara empurrando o maroto para a parede com um sorriso malicioso brincando nos lábios – Porque eu imaginei fazendo muitas coisas no corredor também.

-Humm eu simplesmente adoro os seus sonhos – Comentou Remus antes de beijar a menina com vontade.

-Mas será possível?? Questionou uma voz seria fazendo os dois se separarem do décimo ou seria vigésimo beijo.

-James?? Você que matar a gente de susto? Perguntou Remus irritado, assustado e vermelho.

-Vocês não estavam bem se importando com isso enquanto se engoliam...vão para uma sala vazia, é mais seguro – Falou James rindo do constrangimento dos dois – Bom, vou deixá-los aproveitando...

-James, cadê a Lily? Perguntou Babs lembrando que a amiga deveria estar acompanhada dele.

-Uma menina a chamou para que conversassem, era da Corvinal eu acho – Respondeu James e vendo que os amigos iriam lhe acompanhar riu e disse zombeiro – Só não comecem a se agarrar aqui, não to com vontade de segurar vela.

-É James...será que isso pode ficar entre a gente por enquanto? Perguntou Babs corando já imaginando o escândalo que Sirius faria se descobrisse em que situação foi pega.

-Só porque eu tive um dia maravilhoso eu vou ficar calado por enquanto – Disse James rindo – Mas tenho que dizer que vocês ficam muito fofos juntos.

-Você ta parecendo a Alice falando – Comentou Remus corado e feliz.

-Foi ela que eu tentei imitar – Falou James rindo. Mal sabia ele que seria a ultima vez que riria a partir daquela noite.

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-O que é que você que comigo? Perguntou Lily sentindo os olhos arregalarem.

Ainda era cedo e por ser domingo parecia que todos haviam aproveitado o dia para dormir, pois os corredores estavam desertos e na sua frente estava ele. Alguém que a muito não conversava. Alguém com quem havia tido um passado.

-Eu preciso conversar com você – Respondeu ele dando um passo no intuito de se aproximar dela.

-Afaste-se! Ordenou Lily erguendo sua varinha – Eu não estou mais desprevenida Severus.

-Você sabe que se eles sonharem que eu ainda te considero uma amiga acabariam comigo e com você – Falou Severus dando um suspiro cansado em seguida – Eu só quero conversar...é importante!

-Fala! Mandou à ruiva cedendo à curiosidade abaixando a varinha.

-Tem um comensal na sua amada Grifinória – Disse Snape aprovando a expressão assustada que surgiu no rosto agora mortalmente pálido da ruiva.

-Como? Quem? Impossível! Falava Lily de forma ofegante e desgastada.

-É tão possível como é verdade – Falou Snape.

-Quem é? Perguntou a ruiva perdendo gradativamente a expressão de surpresa por uma de preocupação.

-James Potter! Respondeu Snape sorrindo internamente quando o rosto de Lily denunciava a incredulidade dela. Ele sabia que seria extremamente difícil convencê-la daquela informação, mas não seria impossível. Ele a conhecia muito bem e iria apelar para as suas duas características marcantes: sua repulsa a comensais da morte e sua racionalidade. Só que ambas logicamente manipuladas por ele.

-Não! Isso é mentira! Falou Lily elevando o tom de voz e por um segundo ele cogitou cancelar o plano ao ver o olhar desesperado que ela transmitia, porém era de suma importância o fim daquele relacionamento. Se ele queria que um dia aquela ruiva fosse sua teria que tirar o fator “James Potter” do caminho.

-Lily, pensa comigo...os ataques na região de Durmstrang se tornaram desorganizados depois da saída dele de lá. Ele ataca e intimida a todos daqui do primeiro ao sétimo ano. Fala em fazer duelos justos, mas ao mostra a própria força fazendo o oponente ser humilhado – Enumerou Snape usando de toda a sua vocação para mentiroso profissional para passar convicção e malicia para aquelas ações.

-Isso não é verdade! Falou Lily sentindo as lágrimas descendo pelo seu rosto.

-Não me decepciona assim Lily. Eu sei que você é esperta – Disse Snape colocando as mãos nos ombros dela – Ele só se aproximou dos “marotos” para ter acesso ao conhecimento deles sobre a estrutura de Hogwarts. Eu não me importo se ele que enganar aqueles idiotas, mas não poderia deixar ele brincar com você.

Severus deliciou-se com a expressão pensativa que a ruiva fazia. Ele sabia que ela estava pensando em algo que provasse que ele estava errado, contudo ele ainda não havia acabado aquele jogo e sabia que ao terminar teria feito um brilhante xeque-mate.
-O que você sabe sobre ele além daquilo que ele te conta? Questionou Snape maldoso – você por acaso sabe que foi um auror que por acidente matou a irmã mais nova dele?
Todos do ministério sabem que o pai dele saiu de lá prometendo vingança. Que seu filho ia aprender tudo que fosse necessário para se vingar de todos. E você sabe muito bem como são essas famílias sangue-puro tradicionais e preconceituosas.

O rapaz observou com deleite a expressão assustada e desesperada que aparecia no rosto dela. Pelo jeito escutar a conversa idiota que os dois travaram na noite anterior tinha sido perfeita para manipulá-la com mais facilidade. Agora era a hora do xeque.

-Eu sei que ele deve ter falado alguma coisa estranha que por você esta envolvida não notou – Falou Severus jogando verde – Ele é perigoso Lily, todos já sabem do que ele fez ao Blackwell.

-Ao Lucas? Perguntou Lily aflita com tantas coisas ditas de uma única vez.

-Ele ta na Ala Hospitalar desde ontem – Informou Snape e ao ver a ruiva se afastar para onde fica a enfermaria percebeu que ganhou. *A final atacar aquele idiota do Blackwell não foi uma total perca de tempo* pensou o sonserino sorrindo.

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Lily saiu da Ala hospitalar ainda mais atordoada. A conversa com Snape voltava a se fazer na sua cabeça e o estado que Lucas estava a havia assustado ainda mais. E mesmo sem perceber flashs apareciam na sua mente concretizando a sua terrível idéia.

A ruiva se sentia traída e usada. Quanta vez já tinha o visto saindo no horário proibido e acreditava em suas desculpas esfarrapadas de estar tentando parar de se perder nos corredores. Nunca tinha se sentido tão burra e tola como agora. Havia se deixado enganar pelo modo doce e gentil que ele lhe tratava, mas estava na hora de parar de ser a palhaça daquela história. Ela daria um basta.

Lily entrou no salão comunal o encontrando ocupado apenas pelos marotos e suas amigas. Sentiu as lágrimas chegando quando encarou os olhos castanho-esverdeados de James.

-Ate que fim você apareceu Lily...a gente ficou preocupada quando acordou e não te viu – Falou Marlene sorrindo com gentileza.

-É verdade Srta. Lily! Eu já estava com saudades – Falou James sorrindo se aproximando para abraçá-la com tulipa vermelha nas mãos.

-Não toca em mim! Afaste-se! Mandou Lily se afastando de James.

-Como? Perguntou James assustado com a reação inesperada da menina.

-Não precisa mais manter a máscara Potter – Falou Lily em tom magoado – Eu já descobri que você é um comensal da morte.

Todos que assistiam a cena pararam ate mesmo de respirar diante a convicção que Lily usava e esperaram receosos pela reação de James diante daquelas palavras.

-Se isso for algum tipo de brincadeira é melhor parar agora Lily – Pediu James deixando a Tulipa vermelha cair perdendo algumas pétalas.



-Não é brincadeira Potter...ta na hora de todos saberem a verdade – Falava Lily ressentida – Eu sei que você só se aproximou de nós para usar nosso conhecimento da escola para uso próprio assim como você fazia em Durmstrang. Você é baixo Potter, mas eu descobri a tempo o que os Potter’s fazem para conseguir poder.

-Olha aqui Evans você só soube da existência dessa guerra porque ela te afetou, já eu to nela há mais tempo que você pode sonhar então não admito que você chegue aqui me acusando de ser a mais baixa escória do mundo bruxo – Falou James chocado com a acusação e sentia uma profunda raiva subir a cada palavra que falava.

-Uma escória que...

-Não Evans! Eu escutei o que você tinha para falar e agora é minha vez – Disse James perdendo completamente o tom carinhoso que normalmente usava com ela. Agora o seu tom era frio, intimidador e levemente alterado.

-Olha aqui Potter você pensa que é quem para falar comigo nesse tom? Você pertence sim a essa escória. Você é um covarde ao ponto de atacar o Lucas sem nem dar o direito de defesa a ele – Falou Lily esquecendo que a discussão estava sendo assistida por seis atentos olhos.

-Eu não ataquei porra de Blackwell nenhum e falo com você no tom que eu quiser, porque foi você que chegou me acusando de ser a única coisa que eu não perdoou que me chamem – Falou James agora realmente irritado – Se toca Evans, eu na minha vida toda luto contra as artes das trevas. Todo Potter morre lutando por uma causa e posso afirmar que a minha não é purificar o mundo bruxo.

-Eu não acredito em você – Falou Lily chorosa.

-Eu não estou pedindo que acredite – Afirmou James abaixando a àbeça e logo depois a erguendo os braços – Eu só tenho cicatrizes Evans, mas não se preocupe eu não vou mais me aproximar de você.

Terminando de fala James passou pela ruiva pisando sem querer na tulipa sumindo em seguida pelo retrato sendo rapidamente seguido pelos outros três marotos. Na sala Lily olhava atordoada a flor despedaçada que era uma imagem física do relacionamento deles que agora estava destruída.

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James andava pisando forte e respirando com irregularidade. Cada frase dita por Lily parecia repetir aos berros na sua mente. Como pode ela chegar àquela conclusão? Será que de tanto lutar contra eles ele começou a se igualar?

-Pontas! Vem com a gente – Mandou sirius o puxando pelo braço rumo a um trajeto ainda desconhecido pelo moreno de cabelos bagunçados.

-Rabicho, vai à cozinha e pega comida para a gente passar a tarde toda fora – Mandou remus e logo foi atendido por Peter que já sabia para onde os amigos estavam indo.

-Vocês acreditaram? Perguntou James sentando em um sofá que apareceu em uma sala que ele não sabia existir no sétimo andar.

-Não, mas estamos realmente confusos e preocupados de como Lily chegou aquela conclusão - Respondeu Remus com um leve sorriso – Você já se mostrou muito nosso amigo para que na primeira oportunidade desconfiarmos de você.

-Eu acho que chegou a hora de contar a verdade a vocês – Falou James olhando tristemente para o chão.

“Quando eu tinha dez anos eu escutei uma conversa dos meus pais sobre o ministério inglês estar querendo transferi-los porque vinha acontecendo muitas barbaridades na ares da Bulgária e principalmente de Durmstrang, mas meu pai falava que ia ser inútil, já que a escola era extremamente fechada e não podiam usar os professores como espiões.

Nessa mesma época eu tinha uma irmã mais nova, Diana, ela era fofinha e mandava na casa com seus cinco anos de idade. Só que houve um ataque a minha casa, por meus pais serem aurores, e então os elfos foram mortos e eu e minha irmã começamos a ser torturados. Eu tentei pará-los, juro que tentei, porém o que um piralho sem varinha poderia fazer contra dez homens armados? *Suspiro* Nada. Eu saí bastante machucado e a Diana não suportou e morreu antes mesmo que chegássemos ao St. Mungus.

No tempo que passei do hospital eu me culpava por não ter sido forte o suficiente para salvá-la e foi lá que eu tomei a decisão que mudaria minha vida. Esquecendo Hogwarts e lembrando da conversa dos meus pais decidi que iria estudar em Durmstrang e viraria o espião que eles estavam precisando. Foi muito difícil convencer a minha mãe, mas meu pai só passou a mão pelo meu cabelo e disse que eu estava agindo com um verdadeiro Potter.

Já dentro de Durmstrang não foi difícil me acostumar com seu dinamismo. Lá você descobre cedo que amanhã seu melhor amigo pode se voltar contra você e te atacar, simplesmente porque você esta atrapalhando os seus objetivos. Em pouco tempo tive que me impor antes que fosse destruído e muitas vezes fiquei próximo das artes das trevas, mas nunca me deixei encantar por ela. Na busca de me tornar mais forte melhorei minhas habilidades, aprendi a fechar a minha mente, animagia e com o tempo aprendi a intimidar os meus oponentes.

Eu cumpria minha missão sem levantar suspeita. Permanecia à vista dos outros alunos como neutro. Era assim ate o último dia de aulas do ano passando. Em Durmstrang tem uma vila parecida com a que tem aqui perto de Hogwarts, só que bem menos evoluída e conhecida. Eu descobri tardiamente que haveria um ataque com a ordem de exterminar todos quanto fosse possível. Sem me importar com meu segredo fui para vila, já que os aurores demorariam um pouco a chegar, lutei contra meus colegas e mostrei claramente a minha posição.

Para Dumbledore, meus pais e minha madrinha seria suicídio voltar para Durmstrang então fui transferido para Hogwarts e minha nova missão é descobri e desarticular o grupo de comensais que existe aqui. Só que agora eu me pergunto se eu sou capaz de fazer isso...eu procuro poder e isso de certa forma não me iguala a eles?”

Remus e Sirius olharam para o amigo com expressão penalizada. Nenhum dos dois haviam tido uma infância fácil, mas pelo menos assim que entraram em Hogwarts tinham se tornado irmãos de alma. Remus sabia bem o que James estava passando, muitas vezes já tinha se feito a mesma pergunta a si mesmo e agora estava na hora de passar um velho ensinamento que havia recebido.

-Certa vez eu fiz uma pergunta parecida a essa e sabe o que o professor Dumbledore me respondeu? Perguntou Remus com um sorriso gentil no rosto – Que o que faz você diferente deles são suas escolhas.

-É isso ai cara, você tenta se superar para ajudar os outros e sem falar que você mesmo disse que nunca se deixou encantar pelas artes das trevas – Falou Sirius – E eu sei como ela pode ser encantadora.

Os três passaram um bom tempo em silêncio ate a chegada de Peter que contou aos amigos os comentários que passava pelo colégio de que James havia atacado Lucas, mas o moreno nada comentou sobre isso.

-O que você pretende fazer em relação a Evans? Perguntou Rabicho depois de algum tempo de conversas triviais.

-Sinceramente, eu ainda to tentando entender o porquê dela está daquele jeito, de não ter deixando nem eu falar, de ir logo me atacando – Comentou James suspirando e sentindo o coração pesar ao lembrar da ruiva.

-Eu acho que eu sei a resposta – Falou Sirius em um dos seus raros momentos sérios – A Lily desde que entrou na escola sofria pesadas discriminações por ser nascida trouxa e não se aproximou das meninas nem de ninguém, só tinha um único amigo: Severus Snape. Quase no final do nosso quarto ano a amizade deles acabaram e a Bellatrix decidiu fazer uma “brincadeirinha” com a ruiva e arrastou a Lily a trancando com um sonserino do sétimo ano para que ele fizesse vocês sabem o quê com ela. O Snape descobriu, mas como não queria perder a confiança dos sonserinos ele me contou o que iria acontecer eu acho que por achar que se fosse eu que ajudasse ninguém desconfiaria que fosse ele que deu a informação. No começo eu não acreditei, pensei que fosse uma armadinha, porém acabei indo ver se era verdade e quando entrei na sala a Lily estava chorando descontroladamente com a blusa rasgada, estuporei o sonserino e a partir daquele momento adotei a Lily como minha irmã mais nova e ela passou a conviver com as meninas e com os marotos. No quinto ano os pais dela morreram em um ataque brutal dos comensais da morte e a sua irmã a culpa por isso. Eu mesmo acho que ele se culpa pela morte deles...eu não to dizendo que tudo isso justifica o que ela disse, mas te dá uma luz.

James ficou em silêncio após as palavras de Sirius. Agora com a cabeça fria podia ver a situação com olhos mais críticos. É lógico que Lily teria suas razões para ter tido aquela reação. Ainda estava realmente magoado com a falta de confiança que ela possuía em relação a sua pessoa, mas viu que só estava magoado daquela forma por ela já ocupar um grande espaço no seu coração e isso o assustou.

-Em relação a ela...só o tempo dirá – Respondeu James a pergunta de Peter e deu um longo suspiro.

-Mas, mudando completamente de assunto, o que foi que aconteceu entre você e a Barbara em Sr. Aluado?? Perguntou Sirius sorrindo maroto fazendo Rabicho engasgar, Remus corar intensamente e James soltar um leve sorriso, pois sabia que aquele interrogatório seria no mínimo hilário.

N/a: Ai gente não me mata pela demora nem pelos acontecimentos desse capítulo...
Os dois não vão ficar muito tempo separados não...hoho...não consigo deixá-los brigados...mas o próximo capítulo ta enorme então peço muitos comentários se for possível.
Alias, gostaram da nova capa?? Espero que sim ^^

Ameii cada comentários que o último recebeu. To super apresada então no próximo eu respondo os comentários ta??

=**
Ate o próximo.

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