A confissão de Blaise



A confissão de Blaise








Rony e Harry sentaram-se na cama silenciosamente. Um de frente para o outro. Rony observava Harry com um sorriso macabro.

“O quê?” Harry perguntou estranhando.

“Harry Potter, finalmente...” Tom começou. Mas sentiu uma pontada no fundo de sua mente, uma dor consumindo o seu cérebro e uma vontade subida de chorar veio aos seus olhos. Ele viu a imagem de uma mulher ruiva, viu vários fleches passando em sua cabeça, cada um era como uma facada em seu coração. E então involuntariamente, pela primeira vez, Tom Riddle chorou.

“Blaise...” Rony soltou em um soluço. Tom recordou que aquela mulher era uma menina da sonserina, que inclusive já tinha conversado com ela.

“Algum problema Rony?” Harry encostou a mão no ombro do amigo preocupado. “Alguma coisa que você queira me contar...”

Rony cotovelou o braço de Harry, consumido de raiva e tristeza. Tom não entendia de onde aquele sentimento brotava mas o odiava.

“Que seja...” Harry virou-se, deitando em sua cama. Não é que ele não se importasse com Rony, mas já estava cansado de tentar desvendar qual era o problema com ele. Sabia que mais cedo ou mais tarde Rony lhe contaria tudo, como sempre fazia.

Tom puxou com vigor as lágrimas que caiam em seu rosto, deixando marcas vermelhas nas bochechas de Rony. Ele olhava para as suas mãos molhadas, incrédulo, como ele podia estar chorando por uma mulher que Rony amava? Não importava, ele buscaria informações naquela que consumia os seus pensamentos. Porém ao amanhecer, Tom sabia que não teria como encontrá-la àquela hora da noite, ele se quer sabia aonde ela estava.
















Draco pegou Ginny em seu colo, levantando devagar, o seu corpo estava muito fraco. Com os olhos instáveis ele mal conseguia ver. Cada passo que ele dava era uma lamúria, segurar Ginny no colo só tornava a tarefa mais árdua do que já era. Mas bastava olhar para Ginny pálida, que suas forças revigoravam e ele dava mais um passo.

Através destes passos lentos ele conseguiu chegar até a enfermaria. Uma trilha de sangue se pôs por de trás dele, o sangue de sua Ginny, que não cessava de escoar. Ele não olhava para trás com medo de ver quanto sangue ela já tinha perdido. Bateu na porta da enfermaria desesperado. Batia cada vez mais forte, chorando compulsivamente, e ninguém atendia.

Depois de alguns minutos ele percebeu que ninguém atenderia a porta. Porém não desistiu. Cruzou os braços de Ginny no seu pescoço e resolveu ir pedir ajuda para aquele que todos pediam alento, todos menos os Malfoys, seu pai o mataria se soubesse, mas ele nunca saberia.

Sabia que era um pouco longe dali mas ele não tinha escolha. Deu os passos que tinha que dar e subiu as escadas que tinha que subir, não pestanejou um passo sequer, sabia que qualquer deslize poderia levar Ginny a morte.

Chegou em fim a sala de Albus Dumbledore. E bateu na porta insistentemente. Dumbledore abriu a porta e Draco entregou Ginny em seus braços, desmaiando.
















Harry acordou com um grande estardalhaço. Viu Seamus se levantando ao seu lado, igualmente irritado.

“O que foi desta vez? Não é possível que tem uma Blaise na nossa porta de novo!” Seamus gritou calçando seus sapados e indo para o salão comunal.

Harry também se levantou, cobrindo os olhos com as mãos, protegendo-os da luminosidade daquela manhã. Não demorou para se trocar porque temia que a barulheira nada tivesse a ver com Blaise e sim com uma outra ruiva, a quem considerava uma irmã.

Harry desceu as poucas escadas para o salão comunal e começou a ouvir algumas palavras picadas, ‘sangue’, ‘assassino’ e a que temia ouvir ‘Ginny’. Ele viu Hermione sentada pensativa em um canto. Sentou-se ao seu lado.

“O que aconteceu?” Ele perguntou segurando as mãos de Hermione.

“Tem um rastro enorme de sangue, que praticamente cobre o castelo inteiro... é como se...” Hermione segurou as lágrimas que vinham aos seus olhos. “É como se o assassino não se conformasse em apenas matar Ginny... tivesse também que arrastá-la pelo castelo inteiro...” Hermione queimou em soluços nos braços de Harry. “E é tudo minha culpa Harry... eu que falei para não irmos falar com ela...”

“Ela está morta?” Ele perguntou apreensivo.

“Na verdade não exatamente... quase morreu... mas Dumbledore a salvou a tempo...”

“Quase você me mata de susto Hermione! Podia ter dito ela não está morta. E ponto.” Ele respirou aliviado

“Harry... você não entende... é como se ela estivesse... ela precisa de muito sangue...e o sangue dela é muito raro.”

“Qual é o tipo de sangue dela?” Ele perguntou nervoso. “Me diga Hermione!” Ele a balançou.

“O negativo Harry...” ela respirou fundo. “E ela só pode receber de um O negativo... e por mais fatalítico que isso seja...parece que ninguém do colégio tem este tipo sanguíneo... pelo menos não encontraram ninguém compatível ainda.”

Harry esfregou seus olhos, contendo o choro que vinha. Sabia que não era o momento de chorar por Ginny. Harry Potter não chorava por pessoas que não tinham morrido ainda. E então algo veio à sua mente.

“Aonde é que o Malfoy está?”
















Draco acordou em lençóis brancos. Olhou suas mãos e viu que estavam limpas. Sentou-se repentinamente e reconheceu que estava na enfermaria. Ficou revoltado, era Ginny que deveria estar ali, não ele. Sentiu um olhar em sua direção. E virou-se.

“Draco Malfoy... você tem que me contar muitas coisas.” Dumbledore sorriu calmamente.

“Aonde está Ginny?”

“Olhe para a sua direita Malfoy...” Ele respondeu rindo um pouco do abafamento do rapaz.

Draco saiu da cama e foi para o lado de Ginny, que estava na cama do lado. Ele pegou nos pulsos dela como na noite anterior, almejando escutar as mesmas batidas e as ouviu. Porém eram batidas mais fracas do que as da noite anterior.

“Ela precisa de sangue!” Ele olhou para o seu redor procurando funcionários que pudesse criticar, não havia nenhum, ali estavam apenas ele, Dumbledore e Ginny. Mas ele criticou assim mesmo. “Seu bando de incompetentes! Ela precisa de sangue imediatamente! Achei que isso iria ser óbvio, com a trilha de sangue que ela deixou pelo castelo inteiro!”

“Sr. Malfoy o pior já foi resolvido. Se você não reparou o sangue dela parou de escoar e ela está viva...”

Draco reparou que Dumbledore não havia mentido, mas isso não diminuiu a sua revolta. “Ela continua precisando de sangue!”

“Ela tem um tipo raro Draco...”

“Que tipo?” Ele perguntou esperançoso.

“O negativo. E ela só pode receber de O negativo.”

Draco estremeceu aliviado. “É o meu tipo sanguíneo... eu não posso acreditar...é o mesmo que o meu.”

Dumbledore o olhou severamente. “Você esta muito fraco para doar sangue Draco.”

“Seu... seu...” Draco procurava uma forma de insultá-lo sem insultá-lo demais. “velho!” disse finalmente. “Eu disse que eu vou dar meu sangue e eu vou dar! Além do mais ela precisa mais do que eu!”

“Calma Draco... calma.” Dumbledore riu ainda mais do desespero de Malfoy. “Nós não achamos o irmão dele ainda, o Rony e eu olhei na ficha dele, ele é compatível.”

Draco olhou para Dumbledore com os olhos cheios de medo. “Você não pode deixar que ele se aproxime dela. Entendeu?... Não pode deixar que ele chegue perto dela...” Sua voz era um apelo.
















Tom estava enfurecido. Além de ter que suportar a imagem daquela mulher cravada em seu cérebro, impossibilitando-o de pensar qualquer outra coisa, não encontrava Blaise, procurou-a por todos os cantos. Agora ele estava indo para a Sonserina. Encontrou um Sonserino qualquer na sua frente, o menino já ia abrir a boca para perguntar alguma coisa. Mas Tom o travou na parede, segurando-o pelo colarinho.

“Aonde esta Blaise Zabini?” Ele perguntou friamente.

“Eu...eu...” O menino gaguejou.

“Responda!”

“Não sei! Pergunte para alguma das meninas...” O menino respondeu assustado. Tom o largou com nojo, na sua época os Sonserinos eram mais imponentes. Ele escutou a voz de uma menina, virou-se e viu uma garota de cabelos negros curtos, que o interrogou com uma voz arrogante.

“Weasley? O que você faz aqui?” Ela acentuou com o nojo o ‘você’.

Tom riu internamente da audácia da menina. “Aonde está Blaise?”

“Porque eu lhe diria.” Pansy estranhou a voz autoritária de Rony mas não perdeu a posse arrogante.

“Porque eu estou mandando.” Em qualquer outra circunstância Pansy riria da cara de Rony e o ignoraria, mas naquele momento aquela não parecia ser uma atitude muito aconselhável.

Ela apenas respondeu com a cabeça baixa. “Não sei... ela não dormiu aqui hoje.”

“Ela não dormiu aqui?” Tom parou de cercar Pansy, fazendo um gesto de despacho com as mãos.

Ele saiu de lá nervoso, aonde aquela mulher estava? Cada segundo que passava aumentava a vontade de Tom de estrangulá-la.
















“Você não quer me contar o que aconteceu Malfoy?” Dumbledore perguntou com uma voz paternal.

Draco olhou para baixo. “Eu quero meu sangue” Ele apontou para as veias de seu braço. “correndo nas veias dela. E isso é tudo...” ele riu para si. “No sentido literal de ‘tudo’, que eu quero...”

“Está bem Draco... vou chamar a Srta. Pomfrey... mas saiba que você vai ficar de cama. E não quero reclamações depois.”

Draco acenou com a cabeça e deitou novamente em sua cama, olhando para o lado, observando Ginny respirar vagarosamente.
















“O Malfoy esta na enfermaria...” Hermione respondeu sem jeito, já sabendo qual seria a reação de Harry.

“Na enfermaria? Com a Ginny? Ele esta no mesmo lugar que a Ginny?”

“É Harry,mas...”

“Nós vamos até lá imediatamente!”

“Harry, calma! Dumbledore esta lá com eles.”

“E...?” Harry estendeu sua mão para Hermione para que ela se levantasse.

“E, Harry eles não iam deixam a gente entrar.” Ela pegou a mão de Harry o puxando para baixo.

“Se você não vai eu vou.” Ele soltou da mão da Hermione e virou de costas saindo rapidamente do Salão Comunal da Grifinória, que já não estava mais lotado.
















Tom sentiu uma ombrada e depois outra, e muitas consecutivas, até ele sair do ‘domínio da Sonserina’. Tom caiu no chão. Agarrou o chão, cravando suas unhas nele, como se desejasse perfurá-lo. Levantou-se friamente e olhou para os garotos que o empurraram, pensando com requintes de crueldade como poderia matar cada um deles. Os meninos da Sonserina recuaram um pouco, intimidados.

“Não venha mais aqui Weasley.” Um deles tentou manter o tom superior. Chegava a ser engraçado tentar manter um tom superior com Tom Riddle. Ele riu friamente. Os meninos se dispersaram amedrontados.

Quando um deles se virou “Weasley, eles vão marcar um outro jogo. Quero ver se você vai continuar assim tão confiante!”

Rony virou-se com um olhar profundo de quem não resistia a tentação de caçar uma boa presa. Ele os seguiu lentamente e viu que eles estavam indo para o campo de Quadribol. Quando ouviu um barulho. Parou por um instante. Ouviu um espirro. Virou-se lentamente, reparou que os sons vinham do armário de vassouras. Ele o abriu e viu uma menina ruiva empoeirada tossindo, ela parecia ter acabado de acordar.

“Ora... ora... veja só quem nós encontramos...”
















A enfermeira Pomfrey chegou. E Dumbledore a fez o pedido de transfusão. Ela o olhou com olhos arregalados e falou que não faria de maneira nenhuma e que era uma loucura. Depois de muito tempo ela aceitou colher o sangue de Draco.

Draco não sabia que a poção era tão fedida. Para realizar a transfusão Draco precisava tomar uma poção que faria o seu sangue escoar, Ginny beberia uma outra poção que dilataria as veias dela. Daí bastava um corte no braço de Draco e um no braço de Ginny, com um simples feitiço o sangue passava de um corpo para o outro flutuando no ar. Pelo menos foi assim que a enfermeira explicou a Draco.

A enfermeira empurrou mais uma vez a poção para o Draco tomar e ele fez uma cara feia.

“Você está com algum problema Malfoy?” A enfermeira olhou preocupada para Malfoy e depois criticamente para Dumbledore. “Eu avisei que não seria uma boa idéia. O menino obviamente não está em condições...”

“Foi a escolha dele.” Dumbledore olhou severamente para Draco. “Ele já não é mais uma criança e suponho que saiba o que esteja fazendo. De qualquer forma... não duvido que ele teria feito esta transfusão as escondidas se eu não permitisse.”

“Ei!” Draco acenou. “Eu estou bem...” ele disse secamente. Draco prendeu a respiração e tomou a poção. A poção não só fedia como também tinha um gosto horrível.

“O que tinha aqui?” Ele entregou o copo colocando a língua para fora enojado.

“Eu disse sem reclamações Draco...” O diretor disse brincando.

“Eu não estou reclamando...” Ele respondeu como uma criancinha. O diretor só riu internamente da reação de Draco.

A enfermeira pegou um outro engradado de poção e mediu com precisão uma pequena quantidade para dar a Ginny. Colocou no copo e foi entornar na boca dela.

“Eu bebo um copo e ela bebe só isso aí?” Draco olhou para a enfermeira, revoltado. Ela lhe deu um olhar critico e terminou de entornar o líquido na boca de Ginny. Draco cruzou os braços, emburrado.

A enfermeira pegou uma faquinha e virou-se para Draco. “Me dê este braço.” Draco olhando desconfiado para a enfermeira deu o seu braço, relutante.

Todos escutaram uma batida na porta. Srta. Pomfrey rolou os olhos. “Diretor... se importa de atender? Eu estou no meio...”

“Sem problemas...” Dumbledore foi até a porta. A batida era cada vez mais frenética.

Dumbledore abriu a porta calmamente e viu um garoto cambalear, no impulso para dar mais um muro na porta.

“Calma Harry...”

“Eu tenho que entrar.” Harry respondeu bufando. Tinha corrido muito para chegar ali com medo de que qualquer coisa pudesse ter acontecido a Ginny.

“Creio que você não possa.”

“Mas Ginny... eu preciso saber... por favor!” Harry implorava.

Dumbledore passou a mão paternalmente sobre a cabeça de Harry. “Ela está bem Harry, estamos tratando disto neste exato momento. Não precisa se preocupar...”

“Não precisa se preocupar? Eu sei que o Malfoy está ai! Foi ele que fez isso com ela! Eu sei que foi!”

“Harry, você deve estar equivocado. O próprio Malfoy me entregou a Srta. Weasley em mãos. Creio que ele a salvou.”

“Salvou?” Harry perguntou incrédulo.

“Salvou.” Dumbledore lhe deu a clássica olhada por de cima dos óculos. “Agora vá Harry. Em breve a Srta. Weasley estará ótima.”

“Mas...”

“Você tem a minha palavra Harry.”

















“Rony?” Blaise abanou as mãos tirando a poeira de seu rosto.

Tom abaixou-se e pegou a garota pela cintura, contraindo-a contra o seu corpo.

“Eu tenho uma queda por ruivas... eu acho.” Ele suspirou em seu ouvido.

“Eu achei que você não estava mais falando comigo.” Blaise comentou aristocraticamente.

“Mesmo? Este menino tem mais fibra do que eu pensei...”

“Que menino?”

“Ronald Weasley, Blaise.” Ele a friccionou contra as vassouras, machucando-a. “Aparentemente este pobre garoto tem uma obsessão com você.”

“Por que você esta falando assim Rony?”

“Sem perguntas mulher. Eu te procurei por toda esta maldita escola para ter respostas.” Ele a pegou pelo pescoço. “E você me dará as minhas respostas.”

Blaise, viu o olhar mortífero nos olhos de Rony. Sentiu a sua voz, antes cálida e inocente, agora fria e desumana. E desejou que Rony não tivesse voltado a falar com ela.
















Hermione viu Harry saindo pela porta e ficou ali, sentada e perplexa. Sentiu uma pontada de ciúme. Sabia que era ridículo sentir ciúmes de Harry, mas não podia evitar, não era a primeira vez que Harry se descontrolava por conta da Ginny.

Ela balançou sua cabeça, se autocriticando. Engoliu o seu orgulho e as suas desconfianças. Resolveu ir até à enfermaria. Encontrou Harry no meio do caminho, voltando para trás.

“E então?” Ela perguntou.

“Dumbledore não me deixou entrar.”

“Eu não disse?” Hermione comentou arrogantemente. Colocando-se do lado de Harry.

“Hermione... eu sei. Mas não foi de todo inútil eu ter vindo aqui.”

“Mesmo? Por quê?”

“Dumbledore me disse que o Malfoy...” Harry entoou o nome ‘Malfoy’ com um pequeno nojo. “salvou a Ginny.”

“Salvou?” Hermione parou por um segundo, juntando os seus pensamentos. “Isso não faz sentido nenhum. O Rony nos disse que...” Hermione olhou para o Harry assustada. “A não ser que... Rony tenha mentido para nós...”

“Mas porque ele mentiria?” Harry perguntou inocentemente.

Hermione o olhou com um olhar profundo. “Ele só mentiria se fosse ele quem...” Ela respirou fundo, não acreditando nas palavras que estavam por vir. “tivesse tentado matar a...”

“Não Mione!” Harry a olhou incrédulo. “Ele não poderia! Ele esta meio esquisito, tudo bem. Mas... ela é a irmã dele.”
















Dumbledore fechou a porta, contra a vontade de Harry. Voltou-se para a enfermaria.

“Quem era?” Draco perguntou com a voz notavelmente mais fraca.

“Harry Potter.”

“Só podia ser. O Sr. Herói não pode ficar fora de nada. Ele precisa...”

Dumbledore afagou os pálidos cabelos de Draco. “Você precisa, Sr. Malfoy, de um belo repouso.”

O sangue ainda passava magicamente do corte do braço de Draco para o corte no braço de Ginny. Chegava a ser uma cena bonita ver o sangue flutuando daquela forma. Repentinamente o sangue parou de escoar do braço de Draco, e o corte que ele tinha em seu braço fechou instantaneamente, assim como o de Ginny.

Sentindo a sensação de dever cumprido Draco finalmente permitiu-se descansar e fechou os olhos para cair em um sono profundo.
















“Agora me responda mulher. O que você fez?”

“O que você quer dizer com isso. Eu não fiz nada. Não sei...” Tom a interrompeu apertando o seu pescoço.

“Não tente me fazer de estúpido mulher. Eu sei que esta paixão não é natural.” Ele apertava cada vez mais o pescoço de Blaise. Ela mal podia suportar tanta dor e não agüentaria omitir por muito tempo.

“Vamos... eu vou ser o seu confidente hoje Blaise. E você vai me contar os seus pecados.”

Blaise engasgou em uma tentativa de disser alguma coisa. Então Tom afrouxou um pouco, muito pouco, para que ela conseguisse falar

“Eu...” Blaise fechou os seus olhos lamuriosos. Jamais achou que teria que contar, mas a dor insuportável se mostrou mais forte. “eu te dei uma poção do amor.” Ela soltou em um único suspiro.

“Sua vadia maldita...” Tom soltou repentinamente o pescoço de Blaise. Ela agarrou o seu próprio pescoço, sentindo as marcas deixadas pelo seu doce Rony.















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