A faca de Ginny Weasley





Olha este capítulo é bem denso e pesado. Os outros eram mais românticos. Eu só escutei Nightwish e Metallica para escrever ele.

Agora chega de falar! Leiam aí!







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A faca de Ginny Weasley


“Era você então...” o garoto respondeu. Draco viu que era um garoto com mais ou menos a sua idade.

“Eu o que?” Draco respondeu friamente. Estava morrendo de medo, mas não deixou isso transparecer.

O garoto de cabelos negros riu sarcasticamente. “Você tentou a mesma coisa... quando eu tinha 11 anos... e não deu muito

certo.” O garoto deu um passo à frente, se aproximando lentamente. Draco queria correr, correr o mais rápido possível, estava

sem a sua varinha, não tinha como se defender.

“Eu me pergunto... o que você iria querer com um menininho de 11 anos, Draco Malfoy?”

“Como sabe meu nome?” Ele respondeu gravemente.

“Eu já fui e voltei no tempo muitas vezes pequeno Malfoy.” O garoto chegou a uma distância de centímetros de Draco.

“Meu nome é Tom Riddle, se você ainda não presumiu...” apertou a mão de Draco. “E você vai me levar para o seu tempo.” Tom

apontou sua varinha para a testa de Draco, ele então pegou a varinha de Tom e a isolou o mais longe que pode. E saiu correndo

pela floresta proibida, ventava muito e diversas folhas voavam em sua direção, bloqueando a sua visão.

Ouviu passos rápidos o seguindo. Sentindo o perigo eminente e inevitável, Draco chorou desesperadamente, correndo como

jamais havia corrido, quando finalmente ouviu uma voz vindo de trás, sentiu um ardor percorrendo a sua espinha e invadindo o

seu cérebro, agonizou no chão tentando impedir que o feitiço entrasse, suas veias pulavam para fora de sua pele, mas seu

esforço foi inútil, segundos depois ele perdeu completamente sua consciência.







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“Rony!” Seamus gritou. “Rony acorda!”

“O quê?” ele respondeu ainda sonolento.

“Acorda!”

“Por quê?” Rony enterrou a sua cabeça no travesseiro.

“Porque tem uma Blaise na nossa porta...” Seamus respondeu seriamente.

“Blaise...?” ele levantou a cabeça do travesseiro interessado e depois disfarçou. “E o que eu tenho a ver com isso?”

“Ela diz que só sai da porta da Grifinória quando você for até lá falar com ela.”

“Então deixe que ela mofe lá.”

“De jeito nenhum!” Seamus voltou a gritar. “Ela ta gritando, berrando, batendo na porta feito uma louca a manhã inteira.”

Seamus passou a mão na cabeça nervosamente e respirou fundo. “Em resumo, ta fazendo um escândalo. E acordou todo mundo! Vá

até lá. Não estou pedindo Rony...”

“Mas eu não tenho nada para falar com ela!” Rony sentou-se na cama.

“E eu com isso? Eu só quero que ela saia de lá!”

“E como que eu vou fazer isso exatamente?” Rony levantou da cama nervoso.

“Sei lá! O problema é seu!” Seamus gritou em resposta.

“Que seja...” Rony colocou as suas pantufas vermelhas e empurrou Seamus da sua frente.

Quando saiu do dormitório viu que o salão comunal estava lotado com um monte de gente reclamando e gritando. Quando

notaram a presença dele todos pararam, em silêncio, o encarando. Ainda zonzo de sono Rony passou reto por todos, com seu

pijama de ursinhos, coçando a cabeça. Odiava acordar cedo.

Saindo do salão viu Blaise gritando e batendo na porta feito uma desvairada. Ele a olhou criticamente por um momento.

“E você não me olhe assim!” Ela gritou. E ele rolou os olhos. “Eu exijo que você fale comigo agora! Eu dormi nesta PORTA!”

Blaise entoou dramaticamente, apontando para a porta. “DORMI!!”

Rony continuou a olhando criticamente, enquanto ela gritava, pulava e arrancava os cabelos. Quando se cansou de escutar

ele a pegou pela cintura e dependurou-a nos ombros, carregou-a pelo corredor como se carrega um saco.

“Rony Weasley eu exijo que me coloque no chão agora!!” Ela não parava de bater nas costas dele.”Agora!!” Batia os pés

também.

Rony desceu as escadas com ela nas costas. Ela esperneou o caminho inteiro e ele a ignorou, ignorou também a platéia que

se instalou, era uma cena bem atípica ver Rony de pijama e pantufas carregando Blaise Zabini, uma das meninas mais ricas de

Hogwarts nas costas. Largou-a no chão, no meio do corredor, já longe da torre da Grifinória.

Blaise ajustou a sua roupa e o encarou nervosa. “Como você ousa Rony Weasley! Como ousa!!?”

Ele rolou os olhos e deu meia volta, ainda andava meio cambaleando, morrendo de sono.







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Harry ficou deitado horas acordado. Apesar de ter dito para Hermione que ele não queria pensar no que havia ocorrido com o

Salgueiro, era impossível, estava acostumado a investigar este tipo de coisas. Escutou uma barulheira horrível e depois ficou

escutando Rony e Seamus brigando ao seu lado. E passou-se muito tempo até que o silêncio fosse restaurado no recinto.

Harry resolveu levantar, colocou os seus óculos, vestiu o uniforme e foi ver se Hermione já tinha acordado. Felizmente, já

tinha, ela estava sentada no sofá que fica perto da lareira, folheando algum livro.

“Harry!” Ela sorriu. “Você precisa pentear este seu cabelo!” ela se levantou abaixando as mechas rebeldes de Harry. “Vê?

Esta melhor assim...”

Harry passou a mão no seu cabelo. “Tá... Mione eu quero ir lá no Salgueiro agora.”

“Agora Harry?”

“Claro. A maioria dos alunos deve estar dormindo, o café da manhã nem foi servido, ainda falta para as aulas começarem,

não vejo horário melhor”

“Ok, já que você insiste, achei que nem estava interessado neste assunto...”

“Eu também achava Mione...”








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Rony se encolheu em um canto, no dormitório. Viu que Harry tinha acabado de sair e que não tinha o notado ali. Aliviado

Rony colocou para fora todas as suas lágrimas acumuladas. Já fazia parte de sua rotina ficar a manhã inteira chorando, às

vezes perdia o café da manhã porque estava muito ocupado chorando em um canto.

Desta vez porém as lágrimas saiam descontroladamente, num soluço desesperado. Ele só conseguiu ignorar Blaise naquela

manhã porque ele tentou imaginar que ela não era ela, ele realmente não seria capaz de carregar Blaise Zabini como um saco de

batatas. Riu tristemente da cena, se arrependendo, ela tinha ido ali para lhe ver e por causa de uma promessa estúpida, de um

momento infeliz em que ele disse que não falaria com ela novamente, Rony não pode perguntar porquê, porque ela tinha ido até

ali, porque ela estava se expondo daquela forma.

Sentiu que tinha perdido a única oportunidade de ter um relacionamento decente com ela, mas sabia também, no fundo, que

não havia perdido nada, ela nunca mudaria. Ele resolveu levantar, mantendo a idéia de que ignorá-la era o melhor que poderia

fazer, por mais que isso doesse, e como doía, era o melhor a ser feito.








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Ginny estava no salão comunal quando viu o seu irmão cambaleando de sono, com seu pijama de ursinhos, saindo pela porta.

Ela riu da cena, mas parou para pensar o que aquela Blaise queria com seu irmão, não que isso realmente importasse para ela.

Ginny tinha passado a noite acordada, rolando na cama imaginando como seria a detenção de hoje. Parecia um conto de fadas,

ela não podia acreditar, em apenas dois dias ela tinha se apaixonado loucamente, um sentimento que nunca tinha visto antes.

Ela ansiava pelos seus beijos, pelo seu toque e tudo mais que o compunha.

Resolveu já descer para o café da manhã, fazia muito tempo que ela não pegava o café na hora e naquele dia ela estava com

um apetite enorme. Sentou-se radiante na mesa, comendo tudo o que pode.

Olhava constantemente para a mesa da Sonserina, buscando por ele. Depois de muito tempo, quando ela não agüentava mais se

fartar de comida ela viu Draco, sentando-se na mesa da Sonserina, ele se quer olhou para ela, aliás, não conversou com

ninguém, simplesmente observava o ambiente, como se buscasse alguém.








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Harry e Hermione se sentiram voltando aos velhos tempos, escondendo-se em becos, com o mapa do maroto em mãos, procurando

saídas obscuras. Não que eles precisassem se esconder, estava de manhã, podiam andar livremente pelo castelo, mas preferiam

não ser vistos, era apenas uma precaução.

Viram ao longe o Salgueiro, parecia que nada tinha mudado, ele continuava imóvel.

“Eu amo esta época do ano...” Hermione comentou distraidamente como se estivessem fazendo um passeio romântico.

“O quê?” Harry não era exatamente romântico, pelo menos não em uma hora dessas.

“O Outono...eu gosto do Outono...”

“E...” Harry queria ainda chegar a um ponto.

“E sabe o que eu mais gosto no Outono Harry?”

“Não...” Ele respondeu desinteressado.

“Porque as folhas caiem das árvores e a brisa as leva... a brisa carrega as folhas e nós podemos senti-las bater contra o

nosso corpo.” Hermione parou na frente de Harry.

“O que foi, Hermione? E daí do Outono? E da brisa... e da folhinha? Tanto faz! Nós viemos aqui para...” Harry disse

impacientemente.

Hermione continuou falando como se ele não tivesse dito nada. “O interessante Harry é que eu não estou sentindo a brisa...

não estou vendo as folhas voarem, vejo as árvores desfolhadas, mas não vejo as folhas voando, Harry...”

Harry parou por um segundo para ver se compreendia algum sentido naquelas palavras. Hermione rolou os olhos. “Você é tão

tapado Harry... vamos ver mais na frente”

Os dois foram andando nas bordas da floresta e chegaram a uma certa proximidade do Salgueiro. Harry começou a procurar ao

seu redor por alguma espécie de pista.

“As folhas Hermione... não estão voando porque estão no chão.” ele disse sarcasticamente. “E eu achando que você tinha

dito alguma coisa importante...”

Hermione abaixou-se no chão, tocando as folhas que lá estavam, elas estavam imóveis e frias. “Está fazendo sol...” Ela

comentou baixo. “E deveria estar ventando... nesta época costuma ventar...”

“Lá vem você com as suas coisas...”

“Estas folhas não deveriam estar frias... a floresta fica fria de noite... não de dia.” Hermione disse baixo para si

mesma. Harry parou para olhá-la.

Hermione levantou-se e viu algo surreal, uma folha amarelo-esverdeada parada no ar. Ela tentou toca-la e uma espécie de

campo se formou em torno dela, impedindo o contado direto.

“Harry eu acho que achei alguma coisa...”







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“Draco, você não vai comer?” Blaise perguntou com a boca cheia.

“Não” Ele respondeu enojado. Mas depois olhou para Blaise de novo. “Você era a menina que estava gritando pelas

escadas...”

“Nós podemos não conversar sobre isso...”

“Não.” Ele respondeu simplesmente. “Quem estava te carregando?”

“Você não viu a cena?” Ela riu. “Eu achei que toda a escola tinha visto.” Ele ainda a encarava sério, esperando a sua

resposta.

Draco geralmente era frio e ríspido, mas Blaise percebeu que ele estava peculiarmente estranho naquela manhã, ele emitia

uma espécie de aura de medo, que a convenceria de dizer qualquer coisa.

“Ok... era o Rony Weasley...” ela estremeceu um pouco e não voltou a encarar Draco nos olhos.

“O irmão da minha Ginny, minha pequena Ginny...” Ele disse divagando em seus pensamentos.

“Sabia!” Blaise comentou dando um tapinha nas costas de Draco. Logo se arrependeu do tapinha por causa da cara de morte

que Draco lhe deu.

“Sabia o quê?”

“Que você e a Ginny tinham alguma coisa...” Blaise decidiu não tocar mais nenhuma vez sequer em Draco.

“Eu, Draco Malfoy...” Ele disse com cuidado como se precisasse se acostumar com o nome. “e a Ginny... e porque eu estaria

com a Ginny?”

“Bem... vocês têm detenção todas as noites juntos... você vive encarando ela... eu só supus que...”

“Detenção, não é? Que horas acontece esta detenção?”

“Ora Draco...”

“Só me responda!” ele disse rispidamente.

“Depois do jantar.”

“Ótimo. Você está dispensada.” Draco fez um gesto com a mão sem a olhar como se dispensasse um elfo doméstico. Blaise,

porém não questionou, não enfrentaria aquele Draco por nada no mundo, ele não enfrentaria o antigo, quem dirá este novo.

“Então Ginny... minha querida e pequena Ginny... nós vamos nos reencontrar hoje à noite...” Ele disse encarando Ginny que

estava na mesa da Grifinória, já se levantando, ela também o olhava com um sorriso nos lábios, ele sorriu em resposta. “Eu

senti saudades...” ele disse internamente.








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Harry tocou na folha e sentiu o mesmo campo.

“Eu acho que esta folha está presa no tempo Harry...” E Hermione olhou em seu redor. “E esta floresta parada no tempo.”

“Então você acha que foi um feitiço...”

“Não Harry, foi uma poção, somente uma poção poderia parar o tempo em uma área tão grande.”

“Porquê parar o tempo Hermione...?”

“Talvez a intenção não fosse parar o tempo, Harry, talvez seja apenas uma conseqüência...”

“Uma conseqüência?” Harry perguntou confuso.

“Eu não sei.” Hermione olhou para baixo. “Eu só estou divagando... preciso de livros...”

“Tá bom, depois da aula antes do almoço nós podemos ir na biblioteca.”

“Nós vamos à biblioteca agora Harry.” Ela começou a andar rápido.

“Mas nós vamos perder aula Hermione.” Harry disse puxando ela para trás. Hermione parou e o olhou criticamente. “O quê?

Que parte de perder aula você não esta entendendo?”

“Eu sei que nós vamos perder aula Harry.”

“E não se importa?”

“Harry eu não sei quanto tempo temos! Nós temos que descobrir quem fez isso e porque o mais rápido possível! Eu não tenho

um bom pressentimento Harry.”

“Hermione, a última vez que você disse que não tinha um bom pressentimento foi quando a guerra estourou... e Voldemort

quase me matou.” Harry disse sério

E Hermione respondeu mais séria ainda. “Eu sei Harry... eu sei.”

“Se você acha que é tão importante assim Hermione... vamos.” Harry disse sério abraçando Hermione.

Chegando à biblioteca, Hermione olhou todos os livros que pode e Harry ficou a observando, sabia que não adiantava nada

tentar ajudar, Hermione gostava de fazer as coisas sozinha. O melhor a fazer era esperar que ela dissesse alguma coisa.

“Harry só tem uma possibilidade...” Hermione falou com uma voz pesada.

“E pela sua voz não é uma boa possibilidade boa.”

“Não, não é... é uma poção para voltar ao passado, a questão é que só existe uma poção assim e ela é muito poderosa

Harry....” ela passou a mão no cabelo nervosa “A pessoa que bebe a poção é teletransportada para o passado, quanto tempo

para trás no passado depende da quantidade de ingredientes. E o local que ele é teletransportada é o mesmo local aonde a

pessoa bebe a poção. E a poção deve ser bebida na hora. O tempo que se passa no passado depende da quantidade de fluxweed,

cada ramo corresponde a uma hora...”

“Um monte de detalhes técnicos Hermione, não entendi o perigo...”

“Uma pessoa quando está sob o efeito da poção fica frágil, um simples feitiço pode tomar o seu corpo... e uma pessoa do

passado pode vir ao presente no corpo da pessoa que tomou a poção...”

“Quem seria estúpido o suficiente para correr este risco e porquê?”

“Alguém que quisesse ter o seu corpo tomado por alguém do passado Harry... e o pior é que se essa pessoa do passado não

beber a poção até o último dia de lua cheia... ela fica para sempre no presente.”

“Harry só existe um tipo de pessoa que voltaria ao passado para dar a sua própria vida a outra pessoa...”

“Um comensal...”

“E você sabe quem voltou...”

“Voldemort...”

“Sim Harry, ele esta bem aqui... dentro desta escola e pode ser qualquer um...”

“Quantos dias nós temos, Hermione?”

“4... Vamos para o salão comunal Harry... lá você estará mais seguro...”

“Você acha que ele veio para me matar...?” Harry perguntou baixo.

“Sem duvida Harry...” Hermione o puxou pelo braço, ele estava muito chocado para se mover sozinho.

Hermione e Harry passaram toda a noite no salão desconfiando de qualquer um que passasse, não foram à detenção naquela

noite.








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Ginny passou todas as aulas com a mente longe, pensando em Draco. Ela o viu no café da manhã, ele lhe deu um sorriso

estranho mas ela achou que tinha sido apenas sua impressão. No almoço ela não o viu e já estava começando a ficar nervosa, de

qualquer forma se ele viesse para a detenção estava ótimo. Ela tinha chegado mais cedo na biblioteca, como sempre. Já estava

lá a um bom tempo e começava a estranhar a demora de Draco. Quando escutou passos, virou com um sorriso nos lábios.

“Ginny... Ginny...” Draco disse, aproximando-se lentamente. Ela estranhou aquela voz um pouco, a voz do Malfoy costumava

ser um pouco mais suave, menos medonha, então ela parou de sorrir, conhecia aquela voz. Draco a colocou contra a estante de

livros.

“Ginny... eu devo dizer que você me surpreendeu...” Ele pressionou o seu corpo contra o dela até ela grunhir de dor.

“Primeiro Potter... me lembro quando você confessava os seus mais secretos sentimentos sobre Potter comigo...” Ela tentou

desviar o seu rosto, não querendo acreditar no que estava acontecendo, confusa demais para compreender.

“Você olhe para mim.” Ele segurou seu rosto fortemente. Ginny o olhou deixando desprender-se lágrimas. “Continuando... e

agora gosta do Draco Malfoy? Você tem um gosto muito alternativo...”

Ele soltou o rosto dela, tocando suavemente nas marcas que tinha deixado, passando a sua mão pelas suas mechas vermelhas.

“Você ficou muito bonita Ginny...” Tom inclinou-se e a beijou fortemente, mordendo o seu lábio, Ginny agonizou de dor

silenciosamente, sabia que qualquer gemido o estimularia ainda mais.

Quando os lábios duros dele desprenderam dos seus Ginny disse em um espasmo de dor, uma mistura de agonia e surrealismo.

“Tom...”

“Você se lembra de mim, que doce, minha querida... que doce.” As mãos dele trespassavam a saia que ela estava usando e ela

o olhou com um medo indescritível. Lendo os seus pensamentos, ele disse “Não se preocupe, eu quero outra coisa de você, um

favor...”

“Tom eu não...” Ele tapou a boca dela com a sua. “É claro que vai...”

Ginny sentiu a varinha de Tom encostando fortemente contra a sua testa, em um último segundo de lucidez, ela olhou para

aqueles olhos cinzas, que em meio às suas alucinações por causa da dor, já haviam tomado um aspecto azulado.

“Tom...” ela suspirou suas últimas palavras como um apelo.

“Imperius!”. Ele gritou. Sorriu satisfeito quando viu que os olhos de Ginny estavam opacos e sem vida. “Agora, minha

querida... eu tenho um presente para você.”







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“Harry... Eu acho que já chega... vamos dormir...” Hermione já estava cansada de ficar sentada ali lá na Sala Comunal.

Cansada de observar cada um dos seus colegas, que conhecia desde criança como se fossem assassinos em potencial. Agora já

estava muito tarde e todos já tinham ido dormir.

Harry não respondeu nada, já estava dormindo. Hermione enrolou os cabelos de Harry em seus dedos. Escutando apenas o

barulho da fogueira, ela adormeceu com Harry em seu colo.







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Ginny, imóvel, recebeu a faca que ele lhe deu em mãos.

“Isso mesmo.” Ele lhe deu um beijo no rosto. “Viu? Nem foi tão difícil.” Inclinando-se sobre o ouvido de Ginny, ele

sussurrou. “Agora minha Ginny... vá e mate Harry Potter para mim.”

Ela piscou vagarosamente, empunhando a faca em mãos seguiu pelo corredor. Andou todo caminho como um fantasma. Dentro de

seu corpo Ginny gritava. Lamentando cada passo e temendo cada movimento que seu corpo faria.

Ginny chegou ao Salão Comunal da Grifinória e viu Harry deitado como um feto no colo de Hermione, que também estava

adormecida. Escutou um sussurro grave em sua cabeça. “Crave a espada no coração dele.” Sem pestanejar, Virginia levantou o

punhal, pronta para matar o primeiro homem que ela amou.







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Próximo capitulo: O título do capítulo 5 é “Lágrimas de sangue” e devo dizer que este título não é nada metafórico.

Reviews! Não esqueçam!!




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