Um feliz Natal ?



''A vida é como uma peça de teatro que não permite ensaios... Por isso cante,ria,chore e viva intensamente cada momento da sua vida, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos''.
(Charles Chaplin)

25 de dezembro às 22: 35 hrs


A sala de espera em frente a UTI era pequena e fria, tinha um silêncio sufocante, e além de tudo aquilo sua parede branca colaborava com o ar de indiferença que no momento estava a revoltá-lo, olhou cada rosto aflito a sua volta, era incrível como em tão pouco tempo todos tinham virado amigos, um inevitável sentimento de carinho tinha tomado conta deles tanto que agora não conseguiam deicar de se preocupar.

Sentiu sua mãe se sentar em seu lado e bagunçar seus cabelos de maneira carinhosa, numa tentativa de confortá-lo naquele momento, abaixou a cabeça, mas logo depois voltou a levantá-la para encarar a porta da UTI. O que estava a se passar naquele momento?

Desviou seu olhar para o outro lado do corredor, por uma fresta pode ver um homem de cabelos castanhos acompanhado por uma mulher de cabelos de cor rosa andar em passos apressados para a sala onde eles estavam.

A porta se abriu revelando a presença do casal sem fôlego, todos os olhares foram parar neles, o homem visivelmente perturbado se dirigiu até a porta da sala, mas quando iria abri-la uma enfermeira por coincidência ia saindo.

-Por favor, Ninphadora, tome conta deste homem! Não tenho tempo a perder. –Falou uma enfermeira alta de pele negra se afastando.

Não foi preciso dizer mais nada para Tonks caminhar em direção a Remus e puxá-lo para se sentar, este seguiu a mulher sem discutir, se reconfortou em seus braços enquanto afagava seus cabelos sem constrangimento algum.

Naquele momento Harry sentiu vontade de dizer algo em conforto, mas não havia o que dizer, queria poder fazer algo para ajudar, porém não havia o que fazer além de esperar, olhou para a enorme porta na esperança que alguém aparecesse para dizer algo, mas ninguém apareceu...
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Algumas horas antes


Apesar de estarem em um hospital a ”pequena” comemoração de natal, que na verdade não havia sido nada pequena tinha sido muito boa, pelo menos foi bem melhor da que teve no ano anterior cujo teve que “trabalhar” se lembrava perfeitamente que quando havia dado meia-noite estava na minúscula sala dos enfermeiros acompanhada por dois intragáveis médicos. Mas naquele ano não teria o que reclamar estava na companhia de amigo, o que nem se comparava com a noite que havia planejado em seu solitário apartamento.

Assim que havia sido dispensada como os outros se viu descendo as escadas de maneira lenta, sentia-se um pouco tonta, e sabia perfeitamente bem que se não estivesse segurando o pequeno cano da escada estaria neste momento as descendo cambaleante, o pior de tudo era que não se lembrava de ter bebido nada, pelo menos nada alcoólico apenas aquele suco que os gêmeos estavam servindo toda hora...

Bateu uma das mãos na testa, só poderia ter sido o suco daqueles dois para deixá-la naquele estado desastroso, indignou-se. Eles eram mesmo muito sem vergonha, fazer isto justo com ela que havia os defendido da fúria da mãe.

Ah mais eles iriam pagar bem caro da próxima vez que os visse, se não era capaz de mudar o nome, pensando bem isto não seria nenhum sacrifício, afinal desde pequena se perguntava de onde sua mãe havia tirado o nome Ninphadora. Revirou os olhos.

Descia as escadas de maneira tão distraída que foi impossível não se sobressaltar ao sentir uma mão lhe tocar levemente no ombro, porém no estado dela aquele pequeno gesto quase foi a causa de sua morte precipitada.

Quando estava preste a descer rolando escada a baixo sentiu dois braços fortes a envolverem, impedindo que caísse, arregalou os olhos e se virou para ver quem tinha a salvado, e qual não foi a sua surpresa ao se deparar com os olhos castanhos amêndoas que vinha a lhe perturbar a mente.

-Remus...

Sabia que sua voz não havia saído mais que um sussurro, mas isso se devia ao fato que apenas agora tinha se dado conta da pouca distância que suas bocas se mantinham uma da outra.

Tonks pensou em se afastar mais seus sentidos não pareciam obedecer ao restante da sua lucidez, parecia que cada vez que gritava para se afastar, que Remus queria ser apenas seu amigo, algo a fazia com que se aproximasse ainda mais.

Como que seguindo seus instintos se viu fechando os olhos e se aproximando lentamente da boca do homem, rezando para que este não se afastasse, pode sentir seu hálito quente lhe atingir de maneira descompassada, se aquilo era bom sinal não sabia dizer mas não ouve tempo para pensar já que seus lábios se tocaram, no começo foi um tímido leve roçar de lábios que para felicidade de Tonks foi aprofundado por Remus.

Estavam a algum tempo se beijando no meio da escada, tempo este que se perguntassem para Tonks com toda a certeza ela diria que não fazia a mínima idéia de quanto tinha sido e nem ao menos se importava com isso, se separou dele lentamente como se fosse algo errado a se fazer, talvez se não existisse a necessidade de respirar nem o faria, separados ainda por poucos centímetros Tonks se recusou a abrir os olhos por pura insegurança, porém ao sentir o toque carinhoso de seus dedos afastando uma mecha de seus cabelos para atrás de sua orelha sentiu finalmente coragem para fitar novamente os olhos amêndoas.

Abriu lentamente os olhos, era incrível a capacidade que aqueles olhos tinham de sugar toda a sua atenção, começava a suspeitar que devesse ter algo de mágico neles.

-Tonks. –Chamou Remus, a voz dele havia saído rouca.

-Hã? –Perguntou bobamente, se dando conta do quanto idiota deveria estar parecendo apenas agora, talvez se estivesse sozinha seria capaz de se bater por isso, um beijo, apenas um beijo e já voltava a se comportar como uma adolescente.

Assistiu o homem a sua frente abrir um sorriso divertido nos lábios. O que fez com que sentisse apenas mais raiva de si. Como poderia ser tão desastrosa quando se tratava de romances?

Separou-se de seus braços fortes e ficou parada na frente dele, abrindo e fechando a boca sem conseguir emitir som nenhum, este parecia disposto a esperar alguma explicação dela, fato que fazia com que ficasse cada vez mais nervosa e conseqüentemente perdesse a fala.

Olhou irritada para ele que mantinha um sorriso presunçoso nos lábios, sem saber o que fazer deu as costas e passou a descer as escadas no que foi seguida, quando faltavam alguns degraus o sentiu agarrar um de seus braços a impedindo de prosseguir, porém quando ele a puxou se chocaram fortemente fazendo com que ambos novamente perdesse o equilíbrio e fosse ao chão soltando gemidos de dor seguidos por uma sonora gargalhada.

-Será que nunca perderemos esta mania? –Perguntou Tonks, agradecendo aos céus por ninguém usar as escadas.

-Tomara que não. –Respondeu.

Antes que Tonks pudesse dizer mais alguma coisa Remus lhe cobriu os lábios com os seus, desta vez o beijo dos dois não havia sido calmo e sim intenso, numa tentativa de demonstrar o que estavam sentindo naquele momento.

-Hmm...acho...melhor sairmos daqui... antes que alguém nos pegue.. –Disse Tonks em meio aos beijos.

Remus a muito custo deixou que ela se levantasse, para em seguida fazer o mesmo. Ambos saíram do hospital abraçados sem se importar se boa parte das enfermeiras os encarava surpresa ou se a neve daquele começo de dia estava a cair incansavelmente.

Os dois foram em direção ao carro que a enfermeira havia apontado, Remus roubou as chaves da mão de Tonks assim que teve oportunidade, pois havia percebido que esta não estaria em condições de dirigir naquele momento. Após a mulher lhe revelar o endereço passou a dirigir em direção a casa da mulher, o que estava sendo difícil por senti-la distribuir pequenos beijos em seu pescoço descoberto.

Remus não soube ao certo como havia estacionado o carro ou se o havia fechado, muito menos quando tinha arrancado Tonks do banco passageiro e adentrado o pequeno apartamento da jovem, a única coisa que ambos souberam era que naquele momento um pertencia ao outro, o mundo poderia explodir naquele exato momento que para eles não iria fazer a menor falta.
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-Hermione querida. –Chamou Lilian

A morena que até o momento estava entretida numa conversa bastante interessante com Rony se virou a mãe do melhor amigo.

-Sim? –Perguntou já sabendo o que a mulher queria.

-Seus pais estão em casa? –Perguntou no que Hermione negou com um aceno. –Por que não vai dormir lá em casa, assim podemos fazer companhia uma à outra, que tal? –Sugeriu a mulher.

Hermione olhou de relance Rony, adorava a companhia de Lilian, em sua opinião o amigo tinha uma grande sorte em ter uma mãe como ela, mas naquele momento ficar na companhia de Ronald estava a ser tão tentador, porém se falasse isso poderia tanto magoar Lilian como também forçar o garoto a alguma coisa além do que ele havia planejado.

-A menos que este excelentíssimo jovem quisesse acompanhá-la até em casa. –Falou Lilian piscando de maneira nenhuma pouco discreta.

A garota logo sentiu a face esquentar furiosamente ao escutar as palavras da mulher, porém não pode deixar de sentir se ansiosa na espera da resposta do ruivo, este sorriu de maneira encantadora em sua direção para depois desviar seu olhar para a mulher ruiva que esperava a resposta.

-Terei o maior prazer em acompanhá-la até em casa. – Sem precisar dizer mais nada as duas mulheres se despediram, deixando os dois sozinhos.

Passaram um tempo parados olhando para rua, por onde seus familiares e amigos sumiam de sua vista. Londres no natal era uma cidade linda, quase todos os prédios eram cercados por luzes vermelhas, verdes e brancas, a neve dava um ar romântico enquanto caia calmamente encantando os dois jovens.

Hermione olhou de soslaio o ruivo, este havia acabado de ocultar os cabelos com o enorme goro, ele estava tão entretido em se agasalhar melhor que não havia percebido ainda seus olhares na direção dele, fato que foi muito bem aproveitado por ela, que passou a examiná-lo com toda a atenção.

Suas roupas eram confortáveis e bonitas, o que indicava que ele tinha bom gosto para roupas, sua voz era grossa e rouca, o que na opinião dela o deixava incrivelmente sexy, tanto que se pegava pensando como seria escutá-lo sussurrar em seu ouvido, seus lábios se mantinham sempre em um sorriso divertido e ao mesmo tempo sedutor, Rony tinha um péssima mania de conversar olhando diretamente nos olhos a constrangendo sempre. Deveria ser proibido ser tão bonito, pensou Hermione.

Mas logo sua atenção foi desviada ao sentir uma mão se entrelaçar a sua, se virou surpresa para ele que apenas lhe sorriu em resposta começando a andar a obrigando a fazer o mesmo. Pouco tempo depois os dois caminhavam pelas ruas de Londres conversando animadamente.

-...Quando eu vi a diretora me pegando no fraga fiquei em choque, não conseguia me defender, só conseguia vê-la gritar sem parar comigo, sabia que estava perdida, mas justo quando a Minerva estava a ponto de me expulsar o Harry apareceu e assumiu toda a culpa, dizendo que eu apenas havia tentado concertar o erro dele. –Falou Hermione de maneira carinhosa. –Só aquele louco mesmo para se arriscar a ser expulso por minha causa.

Assistiu o ruivo dar uma sonora gargalhada para depois abaixar a cabeça por alguns segundos, a garota arqueou as sobrancelhas, o que tinha dado nele para mudar de atitude de uma forma tão imprevista.

-O que aconteceu Rony? –Perguntou preocupada levantando o rosto dele para encará-la. –Você mudou de repente.

Observou o ruivo respirar fundo e tornar a ficar com o semblante melancólico.

-Não sabe como isso me deixa mais tranqüilo. –Disse o ruivo, no que a morena o encarou confusa. –Saber que Harry é tão bom quanto parece me tranqüiliza. –Parou de andar e olhou fixamente para ela. –Quando recebi uma carta de Gina me contando sobre ele fiquei preocupado, ou talvez... com medo. Harry poderia ser um garoto qualquer que queria apenas um passatempo e minha irmã já sofreu tanto por causa de sua saúde. -Em um impulso Hermione o abraçou, os dois ficaram abraçados enquanto o garoto desabafava. –Quando soube que iríamos visitá-la eu e meus irmãos vimos à oportunidade perfeita de ver quem realmente era Harry Potter... Estava preparado para socá-lo fosse preciso, sabe... Caso achássemos que as intenções dele não fossem boas. – Soltou uma risada sem humor. –Por sorte não foi preciso, assim que o vi percebi que nada do que eu havia planejado era necessário. Afinal Harry é uma boa pessoa.

-É normal você se preocupar com sua irmã menor. –Falou Hermione sem saber ao certo o que dizer.

-É mais do que uma preocupação com a irmã mais nova. Eu e Gina somos os filhos mais novos, por isso somos mais ligados um ao outro. –Sua voz saia entrecortada, como se cada palavra dita ali tenta-se demonstrar a dor que sentia. –Gina é uma garota doce, divertida, amiga, travessa, forte e decidia, ela se mostra assim desde pequena, foi a primeira a encontrar meu pai caído no chão tendo um ataque, depois deste dia nossa vida se tornou um pesadelo, principalmente para ela, uma semana depois da morte do meu pai minha irmãzinha descobre que é diferente das outras crianças, é privada de toda a infância e “trancafiada” em um hospital como se fosse uma prisão.

-Não há nenhum tratamento que possa ajudá-la? –Perguntou Hermione.

O ruivo se afastou um pouco da morena e voltou a encará-la fixamente.

-Há um, mais a decisão é de Gina, apenas dela. –Respondeu o ruivo amargurado.

A garota pareceu confusa sobre o que dizer se é que tinha o que dizer naquele momento, e aquilo era estranho demais, justo ela que sempre tinha o que dizer, até mesmo quando não podia. Naquela hora os estudos não serviam de nada.

-Que tal irmos? –Falou Rony tentando mudar de assunto. –Daqui a pouco elas ficaram preocupadas com a senhorita Granger.

O ruivo ofereceu o braço à morena que aceitou prontamente, colados um no outro voltaram a caminhar pelas ruas desertas de Londres. Hermione procurava conversar com ele sobre coisas mais amenas que não causassem nenhuma lembrança triste ao ruivo, havia prometido que iria tentar fazê-lo se esquecer de todas as preocupações que lhe cercava pelo menos naquele dia.

Chegaram à porta da casa de Hermione pouco mais que 5 da manhã, o ruivo tinha feito questão de deixá-la na porta de casa alegando estar cumprindo sua promessa perante as duas ruivas.

Viu-o colocar as mãos no bolso numa tentativa de omitir o nervosismo, porém ela havia sido inteligente demais para adivinhar o pequeno gesto, deixou que um pequeno sorriso escapa-se para o canto de seus lábios, lentamente andou em direção ao jovem e passou a diminuir o pequeno espaço que havia entre seus lábios, quando já poderia sentir o hálito do garoto lhe atingir os lábios desviou a face dando um beijo no lado direito da face dele, o provocando.

Deu um passo para trás para se afastar com um sorriso convencido no rosto, porém o ruivo com uma mão enlaçou sua cintura enquanto coma outra segurava sua nuca de maneira delicada a guiando em direção aos seus lábios em um beijo urgente, os dois exploravam a boca um do outro numa batalha divertida, porém da mesma forma inesperada que havia começado terminou.

Sem dizer nenhuma palavra o ruivo deu as costas a garota, deixando a sozinha com seus pensamentos confusos, os lábios de Hermione se encontravam avermelhados e sua respiração estava irregular, mas mesmo assim nada daquilo a importava naquele momento, seus pensamentos era todo daquele ruivo misterioso que tinha aparecido em sua vida de uma hora para outra.
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Estava deitado em sua cama com os olhos fechados, havia acordado há pouco tempo, mas a preguiça de se levantar ainda era muita, pois acabou indo dormir muito tarde assim como todos os outros, ainda de olhos fechados pode ouvir alguns gritos histéricos de uma mulher, arqueou a sobrancelha para logo após escutar a voz de Sirius dizer calmamente.

-A senhorita por acaso não estaria naqueles dias, não é mesmo?

O som de algo se chocando com demasiada força se foi ouvido, Harry fez uma careta já imaginando o que seria, havia ouvido barulhos parecidos com este na maioria dos dias, e sempre que isso acontecia um sorridente Sirius Black aparecia na porta de seu quarto com a face avermelhada. Ouviu passos duros se distanciarem de sua porta enquanto era substituído por um outro calmo e quase imperceptível.

Logo a porta se abriu revelando a imagem de um borrão alto e moreno, nem foi preciso por os óculos para descobrir que aquele se tratava de Sirius Black.

-Bom dia! –Falou Sirius em alto e bom som sem se importar se Harry estaria realmente dormindo ou não.

-Bom dia. –Retribuiu o moreno se espreguiçando na cama.

Sirius se encaminhou até a pequena cômoda que ficava do lado da cama de Harry e nela pegou os óculos do garoto, sentando na cama do mesmo lhe estendendo o objeto.

-Obrigado. -Agradeceu o moreno.

O homem passou a fitar de maneira séria Harry que por sua vez se remexeu desconfortável na cama.

-Eu escutei um barulho. –Comentou indicando a porta semi-aberta. -E pela sua face corada posso concluir que levou mais um tapa para sua coleção.

Sirius apenas balançou os ombros de maneira desleixada.

-O que posso fazer se as mulheres me amam? –Perguntou de maneira convencida no que o moreno arqueou as sobrancelhas.

-Okay, vou fingir que acredito nisso. -Respondeu mexendo as mãos com descaso.

Um pequeno sorriso foi parar nos lábios de Sirius com a resposta daquele garoto.

-Sabe... você é muito parecido com o seu pai. –Comentou Sirius sem perceber, mas logo se arrependeu ao ver os olhos arregalados do garoto. –Merda!

-Você... conheceu meu pai? –Perguntou ainda surpreso.

Sirius se levantou e passou a andar de um lado para o outro do quarto. Como escaparia dessa agora? Deveria mentir ou confirmar o que sua boca grande havia deixado escapar? Agitou a cabeça de maneira nervosa para espantar a idéia de mentir ao garoto, afinal ele não merecia receber mentiras, não depois de ter trago um pouco de felicidade a sua triste vida. Se virou para o moreno vendo que este estava a acompanhá-lo com o olhar em silêncio durante todo este tempo.

-Conheci... –Falou no que o Harry abriu a boca para interrompê-lo. –Só lhe peço para não me perguntar como e onde no momento, a história é muito grande para quem se tem pouco tempo como eu.

-Por que não? O que você quer dizer com isso?

Varias perguntas estavam a se formar na cabeça do moreno, perguntas que necessitavam de respostas. Respostas que naquele momento Sirius não parecia disposto a dar.

-Esta história é muito complicada até mesmo para mim que a protagonizei, mesmo se eu tentasse neste momento responder todas as suas perguntas não saberia lhe contar com êxito. –Sirius viu a face contrariada de Harry e não pode deixar de rir, era a mesma cara que James fazia. –Sabe Harry nem sempre temos as respostas certas, assim como nunca teremos certeza de que estamos fazendo o certo, a vida é cercada de duvidas. O que nos resta é apostar e ver no que vai dar.

-Mas o que você esta querendo dizer com tudo isso Sirius? –Perguntou ainda mais confuso.

Sirius levantou e caminhou lentamente até a porta, Harry teve vontade de levantar e dar alguns cascudos naquele homem para ver se parava de dizer aquelas coisas sem coerência.

-Se descobrir me avise.

Terminando de dizer isso fechou a porta atrás de si deixando o garoto totalmente confuso.

-Belo jeito de começar o natal. –Resmungou Harry, tentando decifrar as maluquices de Sirius Black.
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Uma garota por volta de seus 17 anos, ruiva estava parada em frente a porta do quarto 212, uma de suas mãos se encontrava bobamente levantada em meio ao ar muito próxima da porta indicando que hesitava em bate na mesma, sua mão esquerda no entanto continha um pequeno embrulho verde.

Era óbvia sua indecisão sobre bater ou não na porta do moreno, o presente que ele havia dado na noite anterior havia sido tão especial para ela que tinha medo de decepcioná-lo com o que havia conseguido, afinal o seu presente não chegava nem perto do dele.

Com certeza Harry deveria estar pensando que era uma mão de vaca, afinal de contas até o exato momento não tinha dado nada mais do que um singelo feliz natal na noite anterior, entretanto ao contrário dela ele se preocupou em dar o presente logo que teve oportunidade. Oh, céus, também tinha o fato de que até o momento não pode agradecê-lo pelo lindo retrato dos dois, até mesmo o cartão dele tinha sido perfeito.

Totalmente convencida de que seu presente era ridículo se viu dando as costas à porta e se afastando em passos apressados, porém antes que estivesse longe o suficiente dali a porta se abriu revelando a imagem de um de cabelos e olhos negros, o mesmo passou a chamar o seu nome em voz alta, pensou em fingir-se de surda, mas não achou certo fazer isso, apesar de querer muito fugir daquele lugar o mais rápido possível.

-Gina! –Chamou a voz de Sirius.

Sem alternativa e se amaldiçoando por ter sido tão boba em ter demorado tanto para se afastar a ruiva forçou um sorriso se formar em seus lábios e se girou nos calcanhares para falar com o autor da voz que lhe chamava.

-Oh, como vai Sirius? –Perguntando tentando ser o menos formal possível.

-Bom tirando o fato que este hospital às vezes me cansa estou razoável. –Disse Sirius no que Gina percebeu um certo abatimento da parte dele. –Mas a que devo a honra de encontrar tal bela jovem perdida neste corredor a esta hora da manhã?

-Manhã? –Perguntou a jovem divertida no que Sirius encarou o relógio de pulso, este revelando estar próximo do horário de visitas.

-Hmmm... Ou talvez tarde... de qualquer forma deve ser manhã em algum país. –Falou Sirius como se encerrasse o assunto.

Gina apenas riu com o comentário do homem, nunca houve oportunidade de conhecer alguém tão espontâneo como ele. Olhando para Sirius se viu pensando se seus irmãos Fred e Jorge se tornariam como o homem, e de repente um medo de não poder saber disto tomou conta dela.

-E posso saber para quem seria este embrulho seguro em suas mãos? –Perguntou Sirius de maneira curiosa despertando a ruiva.

A garota sentiu as bochechas corarem de maneira patética enquanto sua voz parecia ter ficado presa em sua garganta, por que estava sendo tão difícil em dizer que era para o Harry? Não havia nada demais em dar um presente a um amigo, principalmente quando era natal.

Sirius a encarava com a mesma curiosidade de uma criança, esperou pacientemente por uma resposta, porém como está não venho ele se aproximou mais da garota para vislumbrar melhor o presente nas mãos delas.

-Não seria para o Harry, seria? –Perguntou tentando dar indiferença na pergunta, porém o sorriso divertido em seus lábios o denunciava.

Se era possível sentiu as faces esquentarem ainda mais, nessa hora deveria estar parecendo um grande pimentão.

-É pra ele sim. –Confirmou sabendo que não adiantava negar mais nada naquele momento.

O homem não esperou mais nada para começar a empurrar a garota para dentro do quarto de número 212.

Harry estava vestindo a camisa, sua cabeça oculta pelo tecido que deslizava de maneira lenta em direção ao musculoso abdômen que estava a mostra, a ruiva mesmo sabendo não ser o certo não conseguia desviar o olhar do local, quando o mesmo foi totalmente oculto pelo tecido conseguiu desvia-lo em direção a sacada, se concentrando ao máximo para não corar como sempre fazia quando era pega fazendo algo “errado”.

Sirius mesmo percebendo o constrangimento que surgiu se fingiu de desentendido e passou a empurrar a ruiva em direção ao moreno enquanto dizia:

-Encontrei esta bela jovem perdida na sua porta, e pelo visto tem uma entrega para você. Não é mesmo Gina?

A garota sem palavras apenas acenou afirmativamente.

Quando estavam de frente um ao outro, Gina lhe estendeu o presente no mesmo tempo em que Sirius saia do quarto sem dizer discretamente.

-Posso mesmo? –Perguntou bobamente aceitando o embrulho.

Toda aquela situação estava sendo nova para Gina, seu coração batia mais forte na ansiedade de saber a opinião do moreno sobre o presente, no mesmo tempo em que sua face tornava a corar e a sua insegurança voltava a lhe lembrar de sua existência. O viu arregalar os olhos surpreso e considerou como algo negativo.

-Eu queria que meu presente fosse tão especial quanto o seu foi , porém eu não tinha idéia do que te comprar e ...

-Gi ... –Chamou o moreno sem prestar real atenção na preocupação da jovem. –Como você descobriu que este era o meu time? Que é a camisa do meu jogador favorito? Espera um instante , ela... ela esta... AUTOGRAFADA!

No meio da empolgação o moreno abraçou a ruiva e passou a rodopiá-la no quarto, assim que a colocou no chão deu um beijo estalado no rosto da jovem que corou.

Sem tomar consciência do que seu gesto representava para a garota se voltou para a cama onde pegou a sua camisa autografada que tinha sido jogada na empolgação, colocando a camisa em cima do ombro foi em direção a cômoda de onde tirou sua câmera fotográfica.

-Obrigada Gi... eu adorei o presente. –Agradeceu com sinceramente.

-Não há o que agradecer meu presente não é nada comparado ao presente perfeito que você me deu. –Falou a ruiva no que foi a vez dele corar. –Não esta se esquecendo de nada não Sr. Potter?

O moreno a encarou confuso, o que a ruiva queria dizer com aquilo, será que ...

Gina soltou gargalhou perante a careta engraçada de concentração que ele fazia.

-Ah blusa Harry.

-Ah, sim a blusa... –Falou o moreno um pouco decepcionado indo vestir o agasalho.

Era impressão dela ou a voz dele tinha soado decepcionada?

-Posso saber como a senhorita conseguiu esta camisa? –Perguntou Harry a sobressaltando por estar tão próximo dela.

-Segredo Sr. Potter.

Tratou de dar as costas ao moreno e sair corredor a fora, Harry logo a alcançou com um sorriso divertido no rosto enquanto a observava de esguelha.

“Um dia eu descobrirei todos os seus segredos. –Pensava Harry.”
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As primeiras a chegarem no horário de visitas foram Lilian e Hermione, que ficaram conversando com Sirius, pouco tempo depois apareceu Gina seguida de Harry que fez questão de exibir a todos o presente que acabara de ganhar.

Sirius por sua vez resmungava algo como “ruiva ingrata”, ou como pode não ter dado para mim uma assim. Só parando depois de Gina prometeu conseguir uma igual para ele, no que o moreno exclamou em voz alta “invejoso!” Depois disso Harry e Sirius passaram a falar de futebol, enquanto as mulheres conversavam entretidas, ou pelo menos duas delas já que a morena toda hora se distraía olhando para porta.

-O que tanto olha para a porta Mione? –Perguntou Harry que havia sido o único a reparar.

Todos pararam de conversar passando a fitar a morena, que nervosamente balbuciava algumas palavras desconexas.

-BOA TARDE A TODOS. –Cumprimentou Fred alegremente, recebendo um olhar reprovador de uma enfermeira que passava.

-Essa com toda certeza se apaixonou por você meu caro irmão. –Comentou Jorge, rindo do gesto nada educado que a mesma fez.

A cópia idêntica de Jorge jogou os cabelos para trás de maneira convencida.

-Fazer o que se as mulheres não resistem ao meu charme. –Falou totalmente convencido no que a Sra. Weasley revirou os olhos.

“Salva pelo gongo! –Pensava Hermione.”

Suspirou aliviada, porém ao ver o ruivo que havia sido o causador de sua insônia na “noite” anterior apareceu na sua frente com o mesmo sorriso tentador que fazia esquecer o que eram palavras, o mesmo sorriso que se formou nos lábios dele antes de tocar nos seus, e que sabia que não importava quantos anos iria viver pela frente, mas sabia que nunca seria capaz de esquecê-lo.

-Como vai Hermione? Dormiu bem? –A voz dele saíra em um tom casual, e aquilo fez com que o coração da morena se enchesse de duvidas.

-Bem. –Respondeu simplesmente no que ele arqueou as sobrancelhas. –Eu tenho... já volto!

E antes que pudesse dizer ou tentar impedi-la saiu de perto dele em direção ao banheiro.
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Harry ainda conversava com Sirius quando de repente se viu cercado por seis ruivos altos e fortes, automaticamente sentiu a boca ficar seca e uma leve sensação de insegurança, numa tentativa de esconder o nervosismo o moreno arqueou as sobrancelhas.

-O que houve? –Perguntou indeciso.

-Isso vai depender... –Começou Jorge.

O moreno sentiu uma mão lhe dar leves tapas em seu ombro.

-Tudo depende de você Sr. Potter. –Falou desta vez o que deveria ser Fred.

Novamente alguém lhe tocou o ombro, ao encarar viu a imagem de um ruivo de cabelos compridos e com um brinco na orelha esquerda, pelo que Gina havia contado aquele era Gui o irmão mais velho da garota.

-Eu e meus irmãos queremos saber o que você anda fazendo com nossa irmãzinha quando estão sozinhos. –Falou com a voz tranqüila.

Harry olhava cada um dos ruivos com certo receio, seu olhar se demorou em Rony e Sirius que não faziam questão nenhuma de esconder o quanto estavam achando engraçado sendo aquela cena para eles.

-Nada do que vocês estão pensando...

-E o que estamos pensando Harry Potter? –Perguntou Carlinhos, olhando diretamente em seus olhos.

-Eu... vocês... –Gaguejava o moreno sem saber o que dizer. –Droga!

Os ruivos o encararam de forma duvidosa, estava só piorando a situação, como odiava naquelas horas não ser bom com as palavras como Sirius ou seu pai.

-Posso saber o que está acontecendo aqui? –Perguntou uma voz bastante conhecida atrás dos rapazes.

Estes logo se afastaram do moreno, no que Harry pode vislumbrar a imagem de Gina bastante corada com as mãos na cintura enquanto olhava de maneira reprovadora os irmãos que lhe sorriam sem graça.

-E então ninguém vai me dizer por que raios estavam em cima de Harry como um bando de urubus? –Perguntou novamente a ruiva desafiadora.

-Estávamos apenas conversando. –Tentou se justificar Percy.

-Sobre o que? –Perguntou indo em direção ao moreno e ficando na frente dele, como se fosse protegê-lo de algum mal.

-Sobre as intenções dele, pronto falei. –Disse Jorge irritado se jogando numa cadeira qualquer ao seu lado.

Os olhos da garota faiscaram no que Harry viu com certo gosto aquele bando de ruivos tremerem.

-Eu não acredito nisso! –Exclamou irritada.

-Ora Gina, isso foi apenas uma brincadeira, mas como sempre você tem que estragar defendendo seu namoradinho, ops! –Falou Fred dando ênfase na palavra namoradinho.

-Escutam bem o que eu vou lhes dizer, pois não irei repetir. –Falou com a voz falsamente calma. –Eu e Harry somos apenas AMIGOS e mais nada do que suas cabeças pervertidas podem fantasiar.

Depois disso todos deixaram Harry em paz, logo depois de Gina obrigá-los a pedirem desculpas, já Sirius permanecia em seu lugar rindo da cena que havia se desenrolado.
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Todos estavam no refeitório quando Tonks e Remus aparecem na porta, tentando serem os mais discretos possíveis, porém justo naquele momento Fred e Jorge olhavam entediados para a porta, ao vê-los juntos daquela forma seus olhos faiscaram em maldade.

- Veja só quem chegou atrasados, Jorge. –Falou indicando a porta, chamando a atenção de todos.

-Realmente Fred, pelo horário os dois deveriam estar bastante ocupadas fazendo algumas coisas mais importantes, ou talvez mais divertidas... –Comentou Jorge em tom casual, no que a Sra. Weasley gritou o nome do filho em repreensão.

Todos tirando a Sra. Weasley, Remus e Tonks gargalharam perante o constrangimento do casal, Sirius que era o que mais ria se levantou e caminhou em direção aos dois.

-Sabe garotos, acho que vocês estão certos, olha só como estão corados, sem falar que meu caro Aluado aqui nem ao menos se deu ao trabalho de trocar de roupa.

Os dois haviam sido motivo de riso por um bom tempo, tanto que Tonks havia preferido ficar um pouco distante de Remus, apesar de não ligar muito para as opiniões alheias e estar de folga naquele dia em especial ainda sim aquele era seu local de trabalho e deveria o respeitar.
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Logo estaria na hora do horário de visitas terminar e até aquele momento não havia tido coragem de conversar com o ruivo, o pior de tudo era que enquanto se preocupavam em procurar mil e uma formas de puxar conversa sobre o que tinha acontecido entre eles ontem, o ruivo parecia estar indiferente.

Mesmo com o orgulho ferido não conseguia deixar de vez ou outra encará-lo na esperança de encontrar com seu olhar sobre si, mas nenhuma das vezes isto havia acontecido.

-Não vai adiantar ficar o olhando. –Falou uma voz as suas costas, surpresa por ter sido pega no fraga se virou para trás se deparando com a imagem de Sirius lhe sorrindo amigavelmente. Pasma o assistiu se sentar ao seu lado em silêncio. –Acho que você deveria mudar de tática.

-Do que você esta falando? –Tentou desconversar no que o homem a encarou descrente.

Segundo depois este balançava a cabeça de um lado para o outro em quanto fazia pequenos gemidos de desaprovação.

-De Ronald Weasley. –Falou o mais direto possível, a garota não pode deixar de arregalar os olhos, mesmo já tendo noção que tinha sido descoberta. –Ficar o olhando a distância não vai ajudar em nada.

A morena desviou o olhar ao ruivo que conversava entretido com Harry, com um suspiro cansado e se achando uma perfeita idiota voltou a olhar para Sirius que a observava atentamente.

-O que acha que devo fazer? –Perguntou em um sussurro.

Um grande e belo sorriso maroto se formou nos lábios do homem, que passou a dizer algumas coisas no ouvido da garota. Em princípio Hermione tinha achado todo o plano louco demais, entretanto ao ouvi-lo atentamente o que o Sirius planejava realmente passou a acreditar que pudesse dar certo.

Depois disso Hermione se esforçou em manter-se ocupada na conversa do homem, se recusando a desviar o olhar nenhuma vez se quer ao ruivo, tudo bem que na presença de Sirius a tarefa não tinha sido tão difícil quanto pensara a inicio, logo os dois haviam se tornado mais amigos do que antes e o homem já tomava a liberdade de lhe aconselhar algumas coisas, tinha que admitir que a forma com que falava as coisas apesar de serem cômicas e inusitadas era bastante inteligente.

Na hora que o horário de visitas acabou a garota tratou de ir se despedir de todos, em especial de Sirius cujo deu um forte abraço, ao chegar à vez de Rony teve o cuidado de ser o mais formal possível fazendo com que ele lhe fita-se aturdido. Sem mais nada para fazer deu lhe as costas e passou a caminhar em direção a saída tranquilamente fingindo não escutar a voz de alguém lhe chamar com insistência.

-Hermione. –Chamou o ruivo tocando em um de seus braços.

Segurou o pequeno sorriso convencido que pedia licença para dar o ar da sua graça. Com o semblante mais inocente que conseguiu se virou para encarar os olhos azuis.

-O que quer? –Perguntou usando o mesmo tom que ele tinha usado com ela antes.

-Estava em pensando se não gostaria que eu a acompanhasse até sua casa? –Perguntou com um sorriso extremamente sexy, Hermione fingiu não se abalar com isto.

-Não será preciso, irei com Lilian até a casa dela. –Respondeu voltando a dar as costas para ele o deixando sozinho e perdido em seus próprios pensamentos.

“-Sirius estava certo! –Pensava Hermione empolgada. –Se ele quer brincar eu também irei fazer o mesmo joguinho que o dele.”
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Sirius e Remus estavam se despedindo no refeitório enquanto Tonks acertava algumas coisas com sua supervisora.

-Então quer dizer que meu caro amigo Aluado voltou a se apaixonar? -Perguntou contemplando o brilho de diferente nas Iris amêndoas do amigo.

O homem corou levemente enquanto observava Tonks um pouco ao longe conversar com uma mulher severa, as mãos dela se mexiam de um lado para o outro numa tentativa desnecessária de tentar se expressar melhor.

-Nem é preciso dizer mais nada Aluado, com este olhar você já disse tudo mesmo sem dizer uma palavra se quer. –Falou Sirius feliz.

O homem de cabelos negros deu um grande abraço no outro com um sorriso verdadeiro.

-Fico feliz que esteja voltando a acertar sua vida meu amigo. –Disse Sirius, havia muito sinceridade em suas palavras e Remus reconhecia isto.

-Obrigada Sirius, sei que é sincero. –Respondeu Remus um tanto emocionado. –Você vai ver que logo a sua vida irá voltar aos eixos.

Algo dentro de Sirius lhe dizia que aquilo não era verdade, e por mais inacreditável que fosse aquilo não o deixava abalado, contudo tinha consciência de que nem todos iriam pensar da mesma forma. Vendo o amigo o fitar como se quisesse desvendar o que se passava em sua cabeça apenas balançou os ombros de maneira displicente.

-Não falaremos disto neste momento. –Falou Sirius olhando para Tonks que caminhava na direção deles. –A vida te deu uma segunda chance de ser feliz, vê se não vai desperdiçá-la...
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Era 10 horas da noite e tanto Harry quanto Gina não sentia a menor vontade de ir dormir cedo, os dois então concordaram em ir acordar Sirius que ao invés de ter ficado os perturbando como todos os outros dias desta vez preferiu ir se deitar queixando estar velho demais para esse tipo de bagunça, o que era engraçado já que a maior parte da bagunça tinha sido protagonizada por ele, Fred e Jorge.

O moreno abriu uma pequena fresta por onde colocou sua cabeça para dentro do quarto, estava com medo de que o homem estivesse acordado em algum traje indecente ou “lendo” aquelas benditas revistas de sua coleção, preferiu adentrar o quarto pequeno primeiro para se certificar que estava tudo bem antes de Gina entrar, ao se deparar com a imagem do rosto sereno do homem puxou a ruiva para dentro do pequeno quarto.

Os dois caminharam cautelosamente até a cama do homem, com gestos Harry fez sinal de uma contagem regressiva, quando chegou no 1 os dois gritaram juntos o nome do moreno, porém este nem se quer se moveu.

Apreensivo Harry se aproximou de Sirius e lhe sacudiu levemente, nem um sinal de vida por parte deste, voltou a repetir o gesto só que de maneira mais forte e novamente havia sido em vão. Gina deixou soltar um pequeno gemido enquanto tampava a boca amedrontada. O moreno não pensou duas vezes em correr para fora do quarto gritando por ajuda.

Logo os dois foram afastados do quarto de Sirius enquanto este era tirado em uma maca correndo em direção a UTI.
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Remus estava acordado entretido em mexer nos fios dos cabelos rosados da mulher que dormia em seu peito, deixou que um sorriso de pura alegria fosse parar em seus lábios, se fechasse os olhos era capaz de lembrar cada gesto, palavras desconexas ou gemidos que haviam partilhado momentos antes, a felicidade que enchia seu peito era tamanha que se não fosse incapaz de se afastar daquela mulher naquele momento seria capaz de sair pelas ruas de Londres gritando a todos que era novamente o homem mais feliz do mundo.

Há muitos anos não se lembrava o que era sentir-se vivo novamente.

Em meios a esses pensamentos ouviu com pesar o toque de seu celular passar a soar pelo quarto, despertando Tonks de seu leve sonar. Esta como uma gata se alinhou ainda mais em seu corpo e passou a distribuir pequenos beijos em seu pescoço, o som do toque do celular pareceu dissipar para a alegria dos dois, Remus a puxou um pouco mais para cima e passou a trocar um ardente beijo com a mulher, porém o celular voltou a tocar incansavelmente novamente.

Irritado Remus se levantou e atendeu o celular, a princípio não havia acreditado na mulher, porém quando esta afirmou que não era nenhuma espécie de brincadeira desligou o celular sem se preocupar se teria sido grosso com a mulher ou não.

Sem dizer nada a Tonks passou a caçar suas roupas espalhadas pelo quarto.

Não havia tempo, precisava correr antes que fosse tarde.

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25 de dezembro as 23: 15hras


Na opinião de Harry e que provavelmente seria a dos demais era o cumulo ser obrigado a ficar sentado naquela pequena sala fria esperando que alguém tivesse a boa vontade de dizer o que estava a se passar com o amigo deles.

De repente a porta se abriu de onde saíram vazios médicos em passos apressados, alguns deles foram abordados por eles, mas nenhum havia dito nada de importante. Como poderiam ser tão frios perante o sofrimento alheio?

Novamente a porta se abriu e dela saiu Philipe e mais um médico muito parecido com ele o médico mais novo cumprimentou os Weasley e saiu da sala.

-Quem de vocês é parente ou amigo do Sr. Black? –Perguntou o médico, no que todos levantaram as mãos. O velho médico suspirou de maneira cansada e colocou as mãos dentro do bolso de seu jaleco.

-O que tenho a dizer não será fácil... –Começou no que o moreno sentiu os pelos da nuca se arrepiar. –O Sr. Black foi encontrado desacordado, quando nós o trouxemos para UTI ele foi submetido a uma grande sessão de exames dos quais nos mostraram uma necessidade imediata de operação, foi convocados três dos melhores médicos que temos para esta cirurgia delicada procurando fornecer o melhor que temos ao Sr. Black, porém as exatamente 23:02 minutos o paciente teve parada cardíaca, tentamos reanimá-lo, porém era tarde demais para ele. Lamento informar que o senhor Sirius Black às 23:06 minutos faleceu...

Naquele momento não houve ninguém que não tivesse chorado a perca daquele homem, entre todos Remus era o mais afetado, tanto que o homem antes que o médico pudesse impedir invadiu a UTI, porém logo foi trazido de volta pelos seguranças.

Mas tudo aquilo na cabeça de Harry parecia estar acontecendo à parte, afinal naquele momento o moreno estava a tentar aceitar o fato que aquele homem que havia lhe ensinado a sorrir mesmo nas horas mais impróprias, que naquele mesmo dia andava entre eles conversando animadamente e fazendo piadas estava morto.

Era difícil de aceitar isso, sua cabeça se recusava. Mas no fundo o moreno sabia da verdade, Sirius Black estava morto e nunca mais iria vê-lo novamente.
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N/A: O que dizer além de UFAAAAAAAAAA
Nossa sinceramente pensei que este capitulo não fosse sair tão cedo =S Não tinha idéia, e quando tinha não estava nem próxima do PC para poder escrevê-las.
Espero que não Tenha decepcionado ninguém com este capitulo, era pra ele ter no máximo 8 páginas do Word e me orgulho a dizer que ele saiu um pouco mais que o dobro disto.
Procurei deixar um pouco mais de lado o casal principal que é Harry e Gina, para ter a oportunidade de trabalhar um pouco mais com os outros personagens da trama, fiquem tranqüilos que não me perderei do meu foco (H/G), apenas achei importante falar um pouco mais sobre eles neste momento por que talvez não sobre tanto espaço para eles nos próximos capítulos.
Dessa vez serei boazinha ou má dependendo do ponto de vista e darei uma dica sobre o próximo capitulo... Nele irá aparecer o Funeral de Sirius... e toda morte de uma maneira ou de outra faz nós rever nossos conceitos.
Pensaram que eu me esqueci neh?! Pois se enganaram!
Quero agradecer a todos os comentários, vocês não tem idéia de como foi importante eles neste momento, foi por causa deles que apesar de ter chegado tarde me encontro aqui no PC abdicando por algumas horas da minha convidativa cama.
AMEI TODOS ELES, SÓ POSSO AGRADECER DO FUNDO DO CORAÇÃO O APOIO DE VCS.

Respostas a comentários.

Maria Lua:
Realmente ainda não é morte, mas pode virar, isto vai depender do desenrolar da história. Hehehe vc não perdeu nada não, até este exato momento não havia dito nada sobre o James, iria escrever isto um pouco mais pra frente, porém coincidiu que a morte de Sirius fosse agora, ai aproveitei a oportunidade. Que bom que gostou do presente de Harry e a participação R/H, apesar de amar o casal nunca escrevi nada envolvendo diretamente eles, então eh sempre bom ver opiniões positivas. Ps: desculpa ter matado o Sissi. Obrigada pelo comentário.

Brousire: Opa tudo na mais perfeita bagunça e com você? Fico feliz que tenha gostado da fics, não postei em uma semana como queria, mas duas semanas de espera não é tanto assim não é mesmo? Obrigada pelo comentário.

Patty Potter Hard: rsrsr Que bom que achou fofo o capitulo, tentei deixá-lo o mais romântico possível , espero que tenha gostado deste. Demorei um pouquinho, mas juro que me esforcei para posta-lo hoje como o prometido. Obrigada pelo comentário.

Bruna Star: Que bom que esta gostando do Harry deste jeito ^^ Meu Deus estou até vendo a minha morte se eu matar a Gina =S Fico feliz que esteja gostando tanto da fics assim, espro não ter decepcionado neste capitulo. Obrigada pelo comentário.

Dhanny: Que bom que esteja gostando da fics, Procurei deixar o Harry mais fofo possível no terceiro capitulo, ahuahuahauahau digamos que Tonks não pisou por muito tempo em Remus, espero que tenha gostado do que aconteceu com o casal até o momento. Obrigada pelo comentário.

Fl4v1nh4 : Não queria ter sido má com eles, fico a imaginar como deve ter ficado após este capitulo que eu verdadeiramente matei um dos personagens. Ficou com medo que eu mata-se Gina foi? Bom tentarei não ser tão cruel assim, se por alguma hipótese Gina morrer isto irá acontecer no penúltimo ou último capitulo, pode tanto acontecer quanto não. Fico aqui a pensar quem vai me achar primeiro caso faço realmente isto.

marcela h. : Nossa obrigada pelos quatro comentários, estou muito feliz que você tenha gostado tanto assim da minha humilde fics ^^ Sobre matar Gina digo e repito que pensarei com carinho sobre o assunto, e principalmente sobre a opiniões de vcs, se serve de consolo eu tenho uma amiga que vive a tentar me convencer de não matar os meus personagens. Peço desculpa pela demora, entretanto espero que tenha válido a pena. Obrigada pelos comentários.

Yumi Morticia voldemort: Fico feliz que tenha gostado da fics. Obrigada pelo Comentário.

Guta Weasley Potter: Nossa muito obrigada pelo elogio, bom nem preciso repetir que fico imensamente feliz que tenha gostado do capitulo. Que bom que esta aliviada que Harry não tenha nada grave ainda, ops! Brincadeira!? xD Espero sinceramente que tenha gostado deste capitulo. Obrigada pelo comentário.

NATALIA REIS: Fico feliz que esteja a gostar da fics, uma nova fã eh? xD que honra! Espero que tenha gostado deste capitulo assim como o outro. Ah e Obrigada tanto pelo comentário na minha outra fics quanto nesta.

Lility: Que bom que gostou da fics, esta semana eu não tive muito tempo para ler fan fics mas com certeza estarei passando na sua fics esta semana. Obrigada pelo comentário.

•´¯♥¯`• Ju Silveira •´¯♥¯`•: Meu Deus e o fã clube do não mate a Gina só cresce! Que bom que gostou do capitulo, espero que tenha gostado deste aqui também. Bom nem demorei tanto assim para atualizar não é mesmo? Obrigada pelos comentários.

-Júlia-: Hmmm foi um palpite curioso o seu, muito bom por sinal xD Se vc for como eu que chora e xinga a autora da fics por ter matado algum personagem pode ser que você chore se houver realmente mais morte.



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