Visitas e Olho-Tonto-Moody




Capitulo 2:
Visitas e Olho-Tonto-Moody


Harry, Hermione e Ron se reencontraram com Lilly no Expresso Hogwarts, que se apresentava mais bronzeada, e sorridente.

-Para aonde você viajou? – perguntou Ron – Você perdeu a Copa Mundial de Quadribol!

-Brasil. É, e foi uma pena que a Bulgária perdeu, estava torcendo para eles. A notícia dos Comensais apareceu até no jornal bruxo brasileiro, e após uns feitiços, consegui transfigurá-lo para inglês.

Ela abriu a mochila e mostrou um jornal, amassado por tantas vezes ser relido e por ter sido enfeitiçado.

-Eu não acreditei quando eu li. – continuou Lilly, enquanto Hermione lia o jornal – É verdade?

Harry concordou enquanto lia o jornal por cima do ombro de Hermione. Muitas coisas estavam omitidas, e ainda por cima havia um trecho do comentário de uma jornalista britânica chamada Rita Skeeter.

O Ministério apresentou grande falta de proteção aos espectadores; isso mostra e prova como o nosso Ministério da Magia está em decadência e falhando constantemente.

-Essa aí vai arrumar encrenca com o Ministério por ter reportado isso. – disse Ron, olhando para a janela, enquanto o trem parava por ter chegado ao seu destino final. – Agora vamos, senão vamos ser esquecidos aqui dentro.


~~*~~


Após a seleção das Casas, todos esperavam que o jantar fosse servido. Mas Dumbledore, ao invés de dar seu discurso de boas-vindas, se dirigiu até ficar na frente de todos os alunos e correu os olhos sobre o Salão.

-Eu gostaria de fazer um anunciamento. Este ano, Hogwarts irá ser a casa de mais duas escolas bruxas. Os jogos de quadribol serão cancelados, - houve uma grande vaia vindo dos alunos, mas Dumbledore os ignorou – mas em seu lugar irá haver o famoso e legendário Torneio Tribruxo.
“Para os que não sabem, o Torneio Tribruxo junta três escolas de magia para uma série de etapas de jogos mágicos. De cada escola, um só aluno é selecionado para participar. Devo deixar claro que o escolhido ficara sozinho. Essa competição não era para os menos corajosos.
“Agora, vamos dar boas vindas a Academia Beauxbattons, vinda da França”

Da porta do Salão, moças e rapazes vestidos em um uniforme arrumado azul-celestial, entraram pela sala, atraindo olhares masculinos e femininos. Uma mulher giganta, parecendo meio esnobe, entrou seguindo elas.

Eles se sentaram espalhados; alguns se sentaram na Corvinal e outros na Sonserina. Lilly reconheceu Fleur e sua irmã Gabrielle Delacour, e as duas se sentaram ao lado de Kate, na mesa da Sonserina.

Dumbledore pigarreou, chamando a atenção dos alunos, e voltou a falar, em sua voz alta e clara:

-Agora, nossos amigos do Norte, os alunos do Instituto Durmstrang!

Meninos e meninas vestidos em vestes escuras, com casacos de pele, entraram no salão. Todos tinham um olhar superior e uma cara mal-humorada. Ron começou a cutucar Harry quando viu Viktor Krum entre os alunos.

Depois de todos visitantes estavam sentados, e jantando, um cálice majestoso fora colocado ao lado de Dumbledore. Ele começou a falar, mas foi interrompido quando um trovão foi ecoado no salão.

O céu artificial parecia estar com defeito, pois uma chuva pesada começou a cair em cima dos alunos. Um homem velho, cheio de cicatrizes no rosto, com um olho falso e com as vestes surradas, apareceu e apontou a varinha para o teto, que imediatamente parou de chover.

-Alastor Moody... – murmurou Ron – Auror. Papai disse que ele é maluco, por isso chamam ele de Olho Tonto.

-Parece que ele vai ser o nosso professor de Defesa Contra as Artes das Trevas. – sussurrou Hermione, sem tirar o olho do novo professor.

Dumbledore apontou para uma cadeira na mesa dos professores, mas Moody recusou e ficou em pé, encostado na parede no canto do Salão.


~~*~~


-Alastor Moody – disse o professor, anotando o seu nome no quadro negro – Insatisfeito do Ministério. Estou aqui porque Dumbledore me pediu. Fim da história.

Todos os alunos pareciam ter medo de Olho Tonto. Ele sorriu ao perceber isso e continuou a lecionar:

-Quando o assunto é Artes das Trevas, eu acredito em prática. Alguém de vocês podem me dizer o que é Maldições Imperdoáveis e quantas? E porque elas se chamam desse jeito?

Hermione, ao lado de Lilly, respondeu seriamente:

-Três, senhor. Elas são nomeadas assim porque são imperdoáveis. Conjurar uma delas pode te mandar para Azkaban.

Moody terminou de escrever as mesmas palavras de Hermione no quadro negro e se virou para turma.

-Weasley! – chamou – Você poderia me dizer alguma maldição?

Ron se levantou, a contragosto.

-Meu pai me falou de uma... A Maldição Imperius.

Moody concordou e pegou, em um pote em cima de sua mesa, uma aranha.

-Imperio!

Um brilho passou pela aranha. Ele apontou a varinha, dando ordens, e a aranha começou a fazer acrobacias e pular de mesa em mesa, fazendo os alunos rirem.

-Talentosa, não é mesmo? – disse, e depois continuou a falar, sarcástico – O que eu mando ela fazer depois? Morder alguém? Se afogar? Se jogar da janela?

Os alunos ficaram em silêncio. Todos olhavam atentamente para Moody e para a aranha, que voltou saltitando até a mesa do professor.

-Muitos bruxos das trevas alegam que só obedeceram as ordens do Lorde das Trevas porque foram atingidos pela Maldição Imperius. Como então descobrimos os mentirosos?

A turma estava quieta, e ninguém respondeu ou mostrou entusiasmo para ver as outras duas maldições.

-Alguém sabe o nome da segunda maldição? – perguntou, e alguns alunos levantaram a mão. – Sr. Longbottom, você poderia me dizer o nome da segunda maldição imperdoável?

Neville se levantou, e disse, com a voz baixa e tremula:

-A Maldição...A Maldição Cruciatus.

-Correto, corrreto. – Moody se aproximou da aranha e apontou a varinha para ela - Crucio!

A aranha começou a se contorcer de dor, e soltou um guincho de dor. Alguns alunos fecharam os olhos, horrorizados, e outros desviaram o olhar.

Neville desviou o olhar, mortificado, e fechou os olhos. Aquela visão da aranha torturada parecia afetá-lo, e ele ficou tremendo, com os punhos cerrados.

-PARE! – gritou Lilly – Está incomodando ele! Pare!

Moody, ouvindo o pedido de Lilly, cessou o feitiço e ficou uns instantes em silencio. Ele botou a mão no ombro de Neville, mas o aluno continuou calado, tremendo.

Ele fez uma pausa antes de demonstrar a terceira.

-Srta. Jackson? – chamou.

Kate se levantou lentamente, e encarou o professor. Moody parecia mandar uma mensagem para ela apenas com um olhar.

-Você poderia nos dizer a terceira maldição imperdoável?

Kate levantou uma sobrancelha. Lilly percebeu que ele tinha uma expressão irônica e um sorriso cínico, mas ninguém além ela percebeu. Exceto, talvez, Kate.

-Avada Kedavra. – respondeu ela – A Maldição da Morte.

Moody assentiu e apontou a varinha para a aranha. Ele murmurou o feitiço e um lampejo de luz verde saiu de sua varinha, atingindo a aranha, que caiu de costas, morta. Kate não havia virado o olhar. Estava olhando para a aranha morta, pensativa.


~~*~~


-Ver George e Fred de barba foi imensamente imperdível! – disse Ron, ainda rindo, se lembrando da imagem de seus irmãos com barba, bigode e cabelo branco.

-Mas eles mereceram, não é mesmo? – disse Hermione, com seu ar de sabe-tudo habitual – Tentando driblar a magia de Dumbledore... Hunf!

Harry, Ron, Hermione e Lilly estavam no Salão Principal, observando alunos colocarem seus nomes no Cálice de Fogo. Hermione e Lilly elogiaram Angelina Johnson, que havia acabado de por o seu nome no cálice, decidida.

-Vai ser bom ter uma grifinória participando! – disse Lilly – Seria ótimo se você ganhasse, derrotando os meninos!

Angelina riu, e as três se sentaram num dos bancos e começaram a discutir sobre quais garotos Angelina poderia derrotar com prazer.

-Mas não é perigoso? – disse Hermione, preocupada – Dumbledore disse que pessoas morrem nesse Torneio...

-Ah, Hermione, ótimo trabalho encorajando a garota! – repreendeu Lilly, enquanto Angelina ria.

Harry e Ron viram Cedric Diggory, Kate Jackson e outros alunos da Lufa-Lufa. Cedric depositou o seu nome no cálice, e depois foi aplaudido pelos seus amigos, e ele e a Kate se beijaram, saindo de mãos dadas do Salão.

A sala ficou quieta quando Viktor Krum entrou, junto com seus amigos, e escreveu em um pedaço de pergaminho o seu nome. Decidido, ele andou com passos largos até o Cálice de Fogo, onde depositou o seu nome e sorriu.

Hermione, que estava lendo o seu livro, ficou corada quando o olhar de Viktor caiu no dela. Ela levantou o livro e ficou de cabeça baixa.

Lilly riu e tirou o livro das mãos da amiga.

-Hermione Granger? – disse, sarcástica – Corada por um menino?

-Ah, cala boca Lilly!

Hermione pegou o livro de volta e retornou ao fazer o dever de casa. Mas ela não pode limitar um sorrisinho que nasceu no canto de seus lábios.


~~*~~


Lilly foi para o lago para fazer o dever de casa. Ela gostava de ter um tempo a sós de vez em quando, e o assunto da escola era sempre o mesmo; Torneio Tribruxo. Estava começando a fazer ela enjoada do assunto.

Ela estava terminando a redação de História da Magia quando ouviu passos. Ela viu Christopher e o amigo dele, Brian, entrando na orla da floresta, e os dois pareciam estar discutindo. Tomada pela curiosidade, colocou a pena, o tinteiro e caderno dentro da bolsa e começou a seguir os dois.

-...Não me venha dizer que você não está sentindo a diferença, Christopher. – disse Brian, parecendo ansioso e bravo – Eu ando me sentindo muito fraco, e se não beb...

-Cale a boca, Brian! – interrompeu Christopher, parando de andar – Você está fazendo drama, isso sim. Eu, Jasper e Alice agüentamos o dobro do tempo que você esta presenciando! Não me venha dizer que é difícil!

Lilly sentiu seu corpo tremer um pouco. Christopher havia falado com tanta raiva que a assustou.

-O eclipse está chegando, Christopher. Você não irá bancar o mocinho por muito tempo. Você conhece o nosso instinto.

Christopher ia replicar, mas Lilly escorregou, fazendo o galho ao seu lado quebrar. Isso chamou a atenção dos dois, e eles viraram para a direção da garota. Ela se desesperou, mas foi salva quando um gato saiu de trás dela. Christopher e Brian presumiram que a fonte do barulho havia sido o gato, e desviaram o olhar da direção dela.

-Nosso assunto termina aqui. – falou Christopher com veemência, e Brian se calou.

Lilly ouviu o gato rosnar a miar desesperado, e depois o barulho cessou. Ela viu os dois garotos desaparecerem, e ela saiu do seu esconderijo, levando um susto quando viu o gato morto no chão, com uma poça de sangue ao redor dele.


~~*~~


Lilly e Hermione estavam no Salão Principal, tomando café da manhã. Estava quase deserto, pois ainda era muito cedo. Hermione começara a falar sobre o dever de casa e sobre os N.O.M’s e sobre os N.I.E.M.’s, e a mente de Lilly começou a vagar.

Ela olhou para a mesa da Corvinal, e viu Christopher, e ela jurou que se estivesse de boca aberta, babava. Como aquele garoto poderia ser tão bonito assim?

Mas havia alguma coisa estranha com ele. A comida estava em sua frente, mas ele não havia tocado em nada. Parecia que ele estava com desgosto daquilo. Sua pele estava extremamente pálida, e seus olhos não estavam mais azul-claros como anteriormente, estavam profundamente negros.

-Mione! – chamou Lilly, enquanto ela falava algo sobre aprovação no Ministério, e ela contou tudo sobre o que tinha ouvido na floresta. – Você não acha meio...Sombrio?

-Não sei... Meio estranho, não é mesmo? Ele não está sempre rodeado com os amigos dele?

-É... E ele parece diferente...

Hermione se levantou subitamente, como se uma idéia houvesse aparecido na
frente dela.

-Acho que já li sobre isso. Se precisar de mim, estarei na biblioteca.

-Essa garota é realmente estranha... – falou Lilly, enquanto via Hermione saindo do Salão.






**


Serena: Heeey, nossa ávida leitora! Em questão ao Quadribol; já tentei escrever mas o que saiu foi um lixo. Coitada de mim.
Hahaha, os gêmeos são mesmo impossíveis. Adoro escrever uma cena em que eles aprontam ;D



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