Copa Mundial de Quadribol




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QUARTO ANO

“Kaa abaixou a cabeça e pouso-a suavemente no ombro de Mowgli por um momento.

-Um coração valente e uma língua gentil – ela elogiou. – Assim você vai longe na selva, filhote de homem. Mas agora vá embora depressa com seus amigos. Vá dormir, pois a lua já está se pondo e o que vai acontecer agora não é para os seus olhos.”
O livro da selva, Rudyard Kipling.





Capitulo 1:
Copa Mundial de Quadribol

Era uma mansão grande, mas parecia abandonada. Havia várias janelas quebradas e canos e madeiras caindo no chão. Musgo e heras cresciam sobre as paredes e chegavam até o topo da mansão.

Frank Bryce, o jardineiro dos Riddle, estava em sua casinha humilde no quintal da mansão. Ele estava fazendo chá quando percebeu que uma luz dos andares de cima havia se acendido. Irritado, deixou a chaleira ligada, pegou as chaves e o casaco e começou a longa caminhada até a mansão de seus patrões.

Chegando na mansão, ele começou a subir as escadas lentamente quando ouviu vozes na sala em que a luz havia sido acendida. Desligou a lanterna e viu, na porta entreaberta, uma criatura estranha sentada na poltrona em frente a lareira. Estranhando, se aproximou para ver melhor.

A criatura não estava sozinha. Havia um homem rechonchudo e baixinho, com as unhas longas e dentes afiados, como de um rato, com o cabelo ralo e ruivo. Outro homem era alto, forte, de cabelos negros e bagunçados, e tinha uma expressão mal-humorada. A terceira pessoa na sala estava vestida com uma capa preta, e ela havia baixado o capuz.

Frank ficou confuso e surpreso ao ver que a terceira pessoa era uma garota jovem, imaginou ele, mas ele não conseguiu ver melhor o seu rosto porque ela estava escondida nas sombras.

Ele ouviu as três pessoas e a criatura falarem algo sobre “bruxaria”, “ministério da magia”, “copa mundial de quadribol” e algo sobre um garoto chamado Harry Potter. Ele achou que talvez fosse um sonho, ou até mesmo um pesadelo.
Ele sentiu algo frio e liso deslizar perto de seu pé. Quando olhou para baixo, viu uma enorme cobra negra passar ao seu lado.


-Nagini está dizendo que há um trouxa parado atrás da porta. – disse uma voz fria e aguda da criatura. O homem baixinho abriu a porta – Saia da frente, Rabicho, para que eu possa dar boas-vindas ao nosso visitante.

O homem que se chamava Rabicho sorriu e abriu a porta. A ultima coisa que Frank viu foi a criatura de frente para ele, e um jato de luz verde.

-Harry! – gritou uma voz familiar – Harry, acorde! O café da manhã já está pronto!

Ele abriu o olho lentamente e viu Hermione andar até Ron, sacudindo ele para tentar acordá-lo.

-Vamos, senão chegaremos atrasados! – disse Hermione, desistindo de tentar acordar Ron – Se arrumem depressa!


~~*~~


Harry, Ron, Hermione, Gina, Fred e George estavam já haviam tomado o café da manhã e entraram floresta adentro junto com Arthur Weasley. Ron parecia um sonâmbulo, mas estava animado para a Copa de Quadribol.

Hermione, Harry e Ron estavam andando na frente, e Fred e George estavam implicando com a irmã mais nova, Gina.

-...Eu estou doido para ver Krum! – disse Ron, ao lado de Harry – Ele é um dos melhores jogadores de Quadribol do mundo!

-Você torce para Bulgária, então? – disse Harry, animado.

-É claro! – disse Ron, sorrindo.

-Por que Lilly não veio? – perguntou Hermione, interrompendo os garotos.

-Eu tentei falar com ela as férias inteiras – disse Ron – Mas ela praticamente saiu do mapa! Acho que foi viajar...

Eles caminharam mais um pouco e viram um homem encostado no tronco de uma árvore, e quando viu Arthur, o cumprimentou.

-Arthur! – disse o homem, bem humorado – Finalmente, achamos que você não viria!

Harry estranhou o plural na frase. Ele não viu mais ninguém além daquele homem.

-Alguns aqui demoraram para sair da cama – disse Arthur, olhando para Ron e Harry – Mas tudo bem, chegamos a tempo. Pessoal, esse é Amos Diggory!

Amos Diggory cumprimentou todos, e de repente, um garoto pula de um galho. Harry o reconheceu como Cedric Diggory, um aluno da Lufa-Lufa.

-Nossa, como você é humilde, Ced. – disse uma voz familiar a Harry, sentada no mesmo galho aonde Cedric havia pulado. Ela desceu e ficou parada ao lado de Cedric.

-Acho que vocês já conhecem meu filho, Cedric – disse Amos, dando palmadinhas no ombro do rapaz. – E acho que vocês conhecem também a namorada dele, Kate Jackson.


~~*~~


Kate, Cedric estavam na frente, conversando e rindo, enquanto Amos e Arthur iam atrás, e depois Hermione, Gina, Harry e Ron, e por ultimo Fred e George.

-Eu achei que ela namorava o Draco Malfoy! – disse Ron, confuso. – Os dois não desgrudam, praticamente!

-Não, eu acho que o Malfoy namora a Pansy – disse Hermione, com um tom de voz indiferente.

-Podemos mudar de assunto, por favor? – disse Harry, interrompendo os dois.

Ron olhou para a cara de Harry e depois para aonde que a Kate estava e riu.

-Você gosta da Kate? – perguntou, rindo.

-Não! – disse ele rápido, corando.

-Você gosta dela sim! É só você olhar para os dois, - disse Ron, ainda rindo, apontando para Kate e Cedric – que você fica cheio de ciúmes!

-Cala boca, Ron!

Hermione se virou para os dois garotos.

-É verdade, Harry? Você gosta dela?

-Não! – disse ele, cansado de repetir a mesma coisa.

-Garotos... – disse ela, rolando os olhos – Nunca falam a verdade.

Ron ainda estava rindo de Harry, e as duas pessoas que Harry não queria que ouvissem, apareceram ao lado de Harry e Ron.

-Oh meu deus, Frederick! – disse George, em um tom de sarcasmo - Você ouviu o que eu acabei de escutar?

Fred imitou a cara de papai orgulhoso e colocou as mãos na boca.

-Nosso Harryzinho está crescendo! – disse Fred – Ah, como as crianças de hoje em dia crescem rápido!

-Calem a boca! – disse Harry, já mal-humorado.

-Harryzinho, quando você finalmente iria confessar sua paixão pela Kate? – perguntou George, ainda com um tom de ironia em sua voz.

-Eu não gosto dela, pelo amor de deus! – disse Harry – Eu só a acho bonita, só! E ainda por cima, ela está namorando Cedric.

-E? – falou Fred, olhando para o casal que andava na frente. – Isso não impede nada!

Hermione olhou para Fred com uma expressão de incredulidade.

-Vocês dois são impossíveis! – disse ela.

Fred e George cochicharam alguma coisa entre eles, e depois sorriram. Os dois abandonaram o trio e caminharam até Kate e Cedric.

Toda a cor que havia no rosto do Harry sumiu.

-O que os dois irão fazer? – perguntou ele.

Nem Ron nem Hermione responderam. Os gêmeos estavam falando, sorrindo, algo para Kate. A garota sorriu e olhou para trás, e depois respondeu algo a Fred e George. Enquanto ela estava virada para trás, os gêmeos piscaram para Harry.

Os gêmeos sorriram e voltaram para aonde Harry, Hermione e Ron estavam.

-O que vocês dois disseram? – perguntou Harry, mal-humorado.

Ele viu a Kate olhar para trás e sorrir.

-Calma, calma Harryzinho! – disse George. – Não dissemos nada para ela.

-Só perguntamos para que time ela torce! – disse Fred, rindo – Mas ela está toda hora olhando para trás, se você ainda não percebeu.

Os gêmeos saíram dali e começaram a implicar com as trancinhas de Gina.


~~*~~


Harry foi se levantando aos poucos, com dor de cabeça. Ele se lembrava de Arthur Weasley ter entrado na barraca após o jogo, dizendo que estava tendo um ataque de Comensais da Morte. Ele e os irmãos Weasley e Hermione saíram da barraca, correndo longe dos comensais, que estavam torturando pessoas só para se divertirem. Depois, ele sentiu alguma coisa batendo em sua cabeça e desmaiara.

Já era noite, e não havia mais ninguém no território do acampamento. As barracas e pertences estavam todos queimados, e aqui e ali ainda via algumas coisas queimando. Ele viu de repente dois vultos, e se escondeu atrás dos restos de uma barraca.

O primeiro vulto era um homem alto e forte, e Harry viu uma marca estranha em seu braço esquerdo. Ele chutou alguns destroços e apontou a varinha pro céu, berrando “ Morsmordre”. Harry reparou que a marca que apareceu no céu era a mesma que a marca no braço do homem; um crânio com uma cobra saindo de dentro dele. O segundo vulto se aproximou do homem, sorrindo.

-Bom trabalho, Jr. – a voz do segundo vulto era feminina, e Harry a achou bem familiar. – Agora vamos, nossa parte aqui acabou.

Harry percebeu, pela voz dela, que era uma adolescente, e ela parecia ter uma certa autoridade com o homem que ela chamava de “Jr”.

“Jr”, porém, não se moveu. Harry, acidentalmente, pisou num pedaço de madeira que se partiu ao meio, fazendo um “craque” baixinho. O homem olhou em sua direção, e começou a caminhar até ele.

-Você não me ouviu? – disse a garota, irritada. – O Lorde das Trevas disse que
era para gente vir aqui e depois voltar!

Vários aurores aparataram, e quando Harry voltou a sua atenção para os Comensais, eles já haviam sumido.

Todos os aurores formaram um circulo em volta de Harry, apontando a varinha em sua direção. Arthur Weasley apareceu, parecendo irritado.

-Parem! – berrou – Ele está comigo, Bartô!

O homem chamado Bartô examinou Harry com os olhos, e quando viu que ele não tinha uma marca no braço esquerdo, abaixou a varinha. Em seguida, todo o resto também guardou a varinha.

Hermione e Gina apareceram, e uns instantes depois, Fred, George e Ron. Amos Diggory também apareceu, e ele e Arthur começaram a conversar sobre o ataque com os aurores.

Logo depois Cedric apareceu, preocupado.

-Eu não consigo achá-la! – disse, para Amos e Bartô. – Ela simplesmente sumiu!

Um terrível pensamento apareceu na mente de Harry. Aquela voz era mesmo
muito familiar... Será que...?

Ele foi interrompido quando Kate apareceu, meio tonta. Cedric correu até ela e a segurou antes que ela caísse no chão.

Não, com certeza não podia ser. A garota que Harry vira, junto com o comensal, era diferente. Usava roupas diferentes, mais escuras, e o seu jeito de agir também era diferente. Bartô havia arregaçado as mangas dela; nenhuma marca em seu braço esquerdo. Harry esqueceu aquele pensamento e começou a conversar com Ron e Hermione.










**






Serena: Obrigada pelos comentários, estou percebendo que você virou uma grande fã da nossa fic! ;D
Bom, em relação ao curto terceiro ano... Confessamos; não tivemos idéia alguma, com exceção daquela pequena passagem. E tenho certeza que o quarto ano agora irá realemente lhe prender ;)








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