Problemas



Capítulo III – Problemas

Grifinórios idiotas! Foi o primeiro pensamento que Snape teve ao identificar os responsáveis pela explosão. Potter e Weasley invadiam a Ala Hospitalar após explodir as portas. O professor de DCAT observou Minerva caminhar apressadamente até eles, pronta para puni-los:
- O-que-vocês-pensam-que-estão-fazendo? – a professora berrou., enquanto Dumbledore reconstruía as portas com um simples aceno de sua varinha.
Nenhum dos dois prestou a mínima atenção à diretora de sua casa. Vieram correndo em direção ao leito de sua melhor amiga. Potter, mais precisamente, voou para cima do diretor da sonserina.
- Vamos, Snape! O que você está esperando? Faça o contra-feitiço! Hermione está morrendo! Ela está morrendo!
- Potter... – começou Snape, sem sua habitual frieza, mas Harry não o deixou continuar.
- Faça logo! Eu sei que feitiço é esse! É o Sectumsempra! Eu sei que é! Ajude-a! Você já fez isso antes! Eu vi. Em Draco Malfoy! Ajude-a logo!
- Já fiz tudo que podia, Harry... – o uso do primeiro nome e a voz desprovida de qualquer sarcasmo chamou tanto a atenção do garoto que o fez olhar nos olhos de Snape. Perceber que Snape estava mesmo preocupado com sua amiga pareceu acalmá-lo bastante. Com a voz mais controlada, perguntou:
- Então por que ela não está acordada? Por que ela parece tão... tão... – ele não conseguiu terminar a frase. Começou a chorar. Gina o abraçou silenciosamente. Rony, de cabeça quente e tão vermelha quanto seu s cabelos, respondeu:
- Talvez não queira cuidar dela tão bem quanto cuidou do seu querido sonserino...
Ao ouvir isso, Harry se separou de Gina e, virando pro amigo, disse:
- Não diga isso, não é verdade.
Todos se surpreenderam, Harry Potter defendendo aquele que tanto o maltratou durante os seis anos e pouco que vivia em Hogwarts? Inacreditável! O próprio Snape estava surpreso. Pretendia dar uma resposta desagradável, ou tirar uns 100 pontos da grifinória, ou ainda castigar o garoto Weasley. Todas as alternativas lhe pareciam muito tentadoras, mas antes que pudesse colocar alguma em prática... Harry Potter estava defendendo-o? Alguma coisa estava errada. Alguma coisa estava terrivelmente errada! Bom, talvez estivesse certo em suas considerações anteriores: Harry Potter não era mais um garoto idiota e cheio de si; ou será que nunca fora? Será? Enfim, é melhor parar com as divagações e prestar atenção no pequeno barraco vermelho e dourado; pensou sarcástico.
- ... defendendo esse....esse... ELE? – indagou Rony Weasley, indignado.
- Não estou defendendo-o, Rony. É apenas a verdade. – respondeu Harry calmamente.
- A verdade? O que está havendo com você, Harry? Snape sempre foi injusto com os grifinórios, por que não seria agora? Virou amiguinho dele, é?
- Cale a boca, Rony! – exclamou Gina, a fim de encerrar o assunto.
- Deixe-o falar, senhorita Weasley. Agora ele poderá esclarecer todas as suas dúvidas e receios. – interviu Dumbledore. Snape olhou-o desconfiado. Dúvidas e receios? Do que ele estava falando?
- Rony... Você não se lembra de tudo que ele fez por nós durante a guerra, quando ninguém confiava nele? Ou melhor, quando quase ninguém confiava nele...
- Quase, Potter? – perguntou Snape em tom de descrença. O menino-que-sobreviveu com certeza (COM CERTEZA!) não estava falando que confiava no seu “querido” professor de poções. Estava?
- Quase, sim, Professor Snape. Havia uma pessoa, uma única pessoa, que sempre, sempre confiou no senhor. Desde o início... – comentou Gina.
- Quem? – perguntou Snape irônico. Estava certo de que aqueles grifos insolentes estavam tentando lhe pregar alguma peça. A amiga gravemente ferida e eles brincando! Só estava esperando pelo grito “1º de Abril” para azará-los.
- Hermione... – respondeu Harry, virando para olhar sua amiga com um sorriso triste e os olhos brilhando com as lágrimas que ainda estariam por vir.
Snape virou-se surpreso para o leito de sua “salvadora”. Ela? Ela confiara nele? Confiara nele desde...desde sempre? Não, não é possível. Como ela confiaria em alguém que nunca demonstrou realmente algo que justificasse a sua lealdade ao lado do bem. Olhou mais fixamente para o rosto dela. Talvez esperasse extrair as respostas a todas as suas indagações dessa forma. Será que foi por isso que ela recebeu o feitiço no meu lugar? Por confiar em mim? Mas, não faz sentido! Ninguém serviria de escudo a outra pessoa por confiar nela...
Suas divagações foram interrompidas pela voz do Potter, que parecia estar continuando um assunto inacabado:
- Ela sempre defendia você, professor... Sempre discutíamos com ela por isso. Eu e Rony, sinceramente, nunca acreditamos no senhor...
- Acho que isso eu consegui perceber, apesar do empenho de vocês dois em esconder. – retrucou Snape, ácido. Não me conte o que eu já sei, garoto idiota! Pensou.
- ... até que soubéssemos de tudo... Mas Hermione...- continuou Harry, ignorando a interrupção. - ... ela nunca desconfiou do senhor. Nós pensávamos que era por causa da confiança que o professor Dumbledore depositava no senhor. Mas depois... depois que vocês encenaram aquilo na Torre de Astronomia, não entendíamos mais nada! Ela chorou muito, muito mesmo. Durante dias...
- Meses, durante as noites. – completou Gina baixinho. Harry assentiu pesaroso antes de continuar. Todos os adultos olhavam para Hermione estupefatos, inclusive e principalmente, Severus Snape.
- Isso. Não vi mais um sorriso dela até o fim da guerra. E vivia escrevendo num caderno... Quando pegamos esse caderno para saber o que ela estava fazendo, descobrimos que ela pesquisava feitiços que simulavam a morte e anotava suas características. Fomos perguntar a ela o que significava aquilo e ela disse... – Harry parou quando Rony andou até o seu lado e fez menção de falar.
- Ela disse: “Vocês não acreditam mesmo que o professor Snape faria isso, não é? Ele está do nosso lado, tenho certeza disso!” Ainda não entendo como ela pôde confiar tanto no Snape, esse morcegão injus... – Rony terminou, inicialmente mais calmo, mas perdendo essa característica ao longo do seu pequeno discurso.
- Ainda estou aqui, senhor Weasley, se não percebeu. – interrompeu-o Snape, saindo do seu estado de torpor, causado pela surpresa ao saber de tais fatos.
- Talvez ela confie em Severus porque ele mereça essa confiança. – declarou Dumbledore. Todos se viraram para ele.
- Mas como? – perguntou Rony. – Se ela não tinha como saber que ele era inocente?
- Será que não? – retrucou suavemente o diretor.
Todos encararam o diretor, intrigados com o que ele acabara de dizer, enquanto o mesmo olhava para Rony. Snape olhou para o diretor, sentindo diversas emoções passarem por si. Raiva, por Dumbledore ter contado algo do plano para terceiros sem nem ao menos avisá-lo. Alegria sádica, por Dumbledore ter omitido do “grande” Harry Potter uma informação tão importante. Confusão, por que ele escolhera a Granger? E até um pouco de tristeza, tivera a ilusão momentânea de que alguém confiara nele apesar de tudo. Resolveu esclarecer logo algumas coisas:
- Albus, o que... – tentou perguntar, mas o diretor, prevendo sua pergunta e respondendo a outras que provavelmente seriam feitas, se adiantou.
- Não, Severus. Não contei nada sobre o plano à Senhorita Granger. Nada que o Harry ou o senhor Weasley também não sabiam. Ela é uma garota muito inteligente, sabem, embora isso não tenha sido o fator fundamental nessa história.
O quê? Severus não estava entendendo mais nada e a julgar pelas caras de dúvida dos outros, não era o único. De tudo que Dumbledore acabara de lhe contar, só conseguiu concluir uma coisa: a Senhorita Granger realmente sempre confiou nele. Mas o porquê disso, ainda não entendia. Harry Potter, que parecia um peixe já que olhava boquiaberto para o diretor de Hogwarts, como se estivesse surpreso com a capacidade do velho em lhe confundir, resolveu mudar um pouco de assunto:
- Professor Snape, eu gostaria de lhe perguntar, o que eu deveria ter feito desde que cheguei, como Hermione está?
- Mal. – respondeu Snape sério. Minerva, que permanecera em silêncio até agora, irritou-se com a economia de palavras de seu colega de trabalho.
- Seja mais específico.
- Quer que eu seja mais específico, Minerva? – perguntou, virando-se rudemente para a mulher. – A senhorita Granger está com 42° de febre, com cortes provocados pelo Sectumsempra que não estão fechando com o único contra-feitiço que existe. Ela também foi atingida pela Maldição Cruciatus e isso está prejudicando a cicatrização de outros pequenos cortes e afetando seu sistema nervoso central. Além de sua taxa de energia vital e batimentos cardíacos estarem muito baixos. Satisfeita?
- Severus... – advertiu o diretor. Minerva arregalou os olhos ante a resposta de Snape e pôde-se perceber que estava á beira de lágrimas. O Weasley se apoiou na borda do leito da amiga para não cair, enquanto a Weasley se abraçava no namorado para abafar seus soluços.
Bem feito! Pensou Severus cruel. Deveriam ter ficado com a resposta curta. Ele fez de tudo para que não contasse o que se passava exatamente com a garota. Parecia que dizer tornava aquilo tudo muito pior. Parecia que dava certeza de que não havia solução. Droga! Suspirou cansado e sentou-se novamente na cadeira.
Ficaram em silêncio durante algum tempo. Dumbledore consultou seu relógio de doze ponteiros e se levantou dizendo:
- Bom, tenho que ir agora. Preciso conversar com os alunos sobre o ocorrido. Minerva, gostaria que me acompanhasse. Senhores Potter e Weasley e Senhorita Weasley, vocês também. Severus, você pod...
- Eu vou ficar aqui, Albus. – disse Snape. E havia um tom de determinação na sua voz e uma certeza no olhar que não permitiu a Dumbledore discordar.
- Tudo bem. Mas me avise, se algo mudar. – pediu o Diretor e Snape assentiu.
- Nós também queremos ficar... – disse Rony.
- Não, vocês devem voltar para seu salão comunal. Papoula e Severus cuidarão da Senhorita Granger. Vocês devem descansar.
Harry, Rony e Gina assentiram contrariados e seguiram Dumbledore e Minerva em direção a saída da Ala Hospitalar. Snape suspirou. Agora tinha que esfriar a cabeça e pensar no que fazer. Precisava encontrar uma alternativa para o estado de Hermione. Mas não conseguia parar de pensar em tudo que soubera sobre ela na última meia hora. Talvez mais do que descobrira durante os seis anos que em que conviveram! Porém, todas as coisas que soubera sobre ela deixaram-no mais confuso do nunca estivera com relação à Hermione Granger. Sempre tivera uma imagem totalmente diferente da garota. Acreditava que ela era a mais cética do trio de ouro e justamente ela acreditar e defender algo sem provas? Não parecia com algo do seu feitio. Por quê? Era a pergunta que mais fazia a si mesmo. Por que ela confiava nele? Por que ela recebera o feitiço no seu lugar?
Todos esses pensamentos já estavam lhe dando dor de cabeça. Pensou em pedir uma poção madame Pomfrey. Foi aí que se lembrou que ela ainda não voltara. Cadê o ditamno? Levantou-se para procurar a medibruxa no momento em que ela surge pela porta lateral exclamando preocupada:
- Severus! Não há mais ditamno no estoque da Ala Hospitalar!
- O quê? – gritou Snape desesperado. Mais essa? Pensou.

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Bom, esse foi o terceiro capítulo (também não betado! Mas não se preocupem, vou encher tanto a paciência da minha beta-amiga, que ela vai betar só para que eu a deixe em paz. :D )....

Ah! Eu queria avisar que tirei uma frase pequenininha do capítulo anterior. Não em lembro dela porque apaguei direto :P . Eu a retirei logo no dia seguinte à postagem, portanto gostaria de pedir a quem leu no mesmo dia em que postei (no dia 05/04), para dar uma lida novamente... Desculpem por isso, mas se eu deixasse a frase lá, esse capítulo perderia o sentido.

Harry Potter defendendo Severus Snape?! Calma, eu não estou delirando. Harry só quis ser justo. Apenas respeita Snape, mas continua não gostando dele. Pelo menos por enquanto...?! *plantando a sementinha da dúvida no leitor*

Viram que o Snape continua confuso? Todos esses sentimentos são novos para ele, logo ele não sabe identificá-los ou entendê-los. Mas esse discernimento vai chegando aos poucos (ao longo da fic! ;P )

Estou tão feliz por ter recebido 14 comentários! *sorridente* Acho que significa que a história não está tão ruim assim, né?

Vamos aos agradecimentos:

Pathy Potter: Que bom que você está gostando da fic! Fico realmente feliz! *olhos brilhando* Também adoro esse tipo de fanfic, mas é a primeira vez que escrevo uma! Espero que fique boa. : ) Bom, a explosão já foi explicada. Não era nada realmente sério, mas achei que Harry e Rony precisavam descarregar as emoções de alguma forma. Tomara que tenha gostado desse capítulo também. Bjs, Thayz 8)

Gislene B.Pizzol Tristão: Nossa, obrigada! Estou me esforçando ao máximo para construir uma boa história, e é muito bom saber que você está gostando. Eu sempre tive um certo bloqueio para contar histórias. Alguma coisa sempre dava errado! Sempre reclamava quando tinha que escrever uma narração no colégio. Mas depois que comecei a ler fanfics, as idéias começaram a brotar na minha mente e eu senti vontade de escrever. Agora estou aqui! *emocionada* Obrigada pelo apoio e espero que goste desse capítulo também. Bjs, thayz 8)

Rosy SS: Eu estou tão feliz que você esteja lendo a minha fanfic, e gostando dela, e comentando nela! Sabe, eu percebi, há algum tempo, que você tem os mesmos gostos para fanfics que eu! (descobri pelos comentários! ;D ) Então, toda vez que encontro uma fanfic nova, vejo se você comentou alguma coisa por lá, aí sim eu leio! *dando pulinhos de alegria* Tomara que você continue acompanhando a fic. Bjs, Thayz 8)

Pedro Snape: Oi, Pedro! Adorei você ter comentado a minha fanfic. Fiquei realmente muito feliz! Adorei as suas duas fanfics: 1ª) Tempo e 2ª) Adeus - fazendo propaganda! - embora eu duvide muito que alguém ainda não tenha lido! São tãooo lindas! *suspirando* Desculpa por não ter postado o capítulo no sábado passado; a Floreios estava fora do ar. Espero que você também goste deste capítulo. Bjs, Thayz 8)

Dark Mell Lestrange: Você está gostando da minha fanfic! Que ótimo! *-* Estava torcendo para você gostar dessa também! Nossa, é tão bom saber que existem outra pessoas que gostam desse shipper e que gostam do Sev, principalmente! *-* Sabe, nenhuma das minhas amigas gosta dele. Elas não conseguem ver o quão perfeito ele é! *pensamentos mudando de rumo* Ops, bom, espero que continue lendo e gostando dessa fic. Bjs, Thayz 8)

Lety Snape: Bom, a você eu só tenho o que agradecer. Você foi a primeira a comentar a fanfic e vem acompanhando cada capítulo. Eu também adoro a Gina. Gosto quando ela aparece nas fanfics como a melhor amiga de Hermione; quando elas compartilham segredos; quando Gina vira aquela amiga decidida, alegre, corajosa, compreensiva e ativa e ajuda Hermione em meio às suas dúvidas. É o que eu tenho tentado fazer: tornar a Gina da minha fanfic tudo isso. Espero que esteja conseguindo. Quanto ao Sev, devo dizer que é muito difícil escrever do ponto de vista de um homem, principalmente do ponto de vista dele! Mas me esforço para que fique fiel ao personagem da história original (com algumas pequenas modificações - para o bem da fic, é claro! ;P ) Obrigada pelos elogios e torço para que goste desse também. Bjs, Thayz 8)

Sophie Granger: Adorei o seu comentário! É, a Hermione quase morreu, mas ela não está em situação muito melhor agora. Seu estado não é dos melhores (eufemismo!). O Sev vai continuar preocupado com a Hermione, afinal ela vem despertando novos sentimentos nele; sentimentos esses que eram desconhecidos até agora. E, sobre o segredo de Hermione, eu sei que é totalmente óbvio (foi de propósito!), só que o Snape não percebe. Essa idéia nem lhe passa pela cabeça, de tão absurda que pensa ser. E é por aí que gira a história: Severus tem que se aventurar no mundo dos sentimentos e deixar-se levar por eles, confiando cegamente em seu coração. *filosofando* Será que ele consegue? Tomara que continue gostando da fic! Bjs, Thayz 8)

Elane Black: Que bom que você está gostando da fanfic! *feliz* Torço que você continue acompanhando e que goste dos próximos capítulos. Bjs, Thayz 8)

Lola: Aqui está a atualização. Espero que goste deste novo capítulo. Estou tentando caprichar nos próximos episódios. *-* Espero que continue acompanhando. Bjs, Thayz 8)

Gente, por fim, queria avisar que o próximo capítulo talvez demore (semana de provas no colégio!). Mas vou fazer tudo que puder para postar no próximo sábado, como sempre, ok?

Continuem comentando! Estou muito feliz pelos que já recebi, mas comentários são sempre bons, né? Mas agradeço também àqueles que estão leno a fanfic, mas não comentam!

P.S.: Tenho a impressão que as notas da autora ocuparam mais espaço que a fanfic. *mania de escrever muito* Desculpem...


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