Severus Snape



Capítulo idêntico! A mudança foi só no título! Sugestão da Sophie Granger que eu adorei! *-* Nem tinha pensado nisso! Ah, e pode me adicionar, sim, viu? Obrigada! Bjs, Thayz...


Capítulo IV – Severus Snape

Albus Dumbledore irrompeu repentinamente no Salão Principal, assustando todos os alunos e interrompendo suas conversas. Caminhou a passos largos até a sua cadeira na Mesa dos Professores. Fez menção de sentar, mas lhe pareceu uma má idéia. Minerva postou-se ao seu lado silenciosamente e esperou que o Diretor começasse.
- A Senhorita Granger foi atacada na floresta proibida esta noite. – Algumas meninas soltaram gritinhos de espanto e um sussurro audível (“Na floresta proibida?!”) se propagou pelo Salão. – Ela está na Ala Hospitalar agora, sob os cuidados de Madame Pomfrey e do Professor Snape. Peço a todos que não tentem visitar a Srta. Granger: ninguém terá acesso a ela. Ou melhor, só pessoas com a minha autorização poderão vê-la. Isso é só o que precisam saber. Peço agora aos diretores das casas e aos monitores que levem os alunos para seus dormitórios. Boa noite.
O burburinho recomeçou assim que Dumbledore se calou. O ar sério, e tão incomum, que o diretor utilizou para dar o recado fez muitos alunos lembrarem da época da guerra, da morte de Cedrico e da Batalha Final; o que não parecia um bom presságio. Levantaram-se preocupados e seguiram seus diretores e monitores, ou melhor, só a Corvinal seguiu seu diretor, o Prof. Flitwick, pois o Diretor da Sonserina encontrava-se na ala hospitalar; a Diretora da Grifinória permanecera ao lado de Dumbledore e a Diretora da Lufa-Lufa, foi chamada enquanto se encaminhava para a porta do Salão com seus alunos:
- Pomona, peço que deixe que o Sr. Macmillan e a Srta. Abbott cuidem dos alunos, preciso de um favor seu.
O resto da escola, um tanto intrigado, saiu do Salão a passos lentos, enquanto Sprout atravessava novamente o aposento até o Diretor.
- Pois não, Albus.
- Bom, Pomona, gostaria que você fosse ao ministério e avisasse do ocorrido. Não lhes conte muitos detalhes – irei fazer isso outra hora. – apenas informe que precisam buscar os Comensais e o corpo de Lucius Malfoy.
- Tudo bem, diretor, já estou indo. – concordou a professora de herbologia e saiu. Minerva virou-se para ele.
- Eu poderia ter ido, Albus. Afinal eu sou a vice-diretora da escola. Seria minha obrigação.
- Eu sei disso, Minerva.
- Então, o que...?
- Estou apenas aproveitando a oportunidade, Minerva. Só aproveitando a oportunidade.
McGonagall não entendeu, mas não retrucou. Albus Dumbledore sempre sabe o que faz.

*HG/SS*HG/SS*HG/SS*HG/SS*HG/SS*HG/SS*HG/SS*HG/SS*HG/SS*

- Não tenho mais nenhuma essência de ditamno nos estoques da ala hospitalar, Severus. – repetiu Madame Pomfrey ao homem incrédulo a sua frente.
- Posso saber o que a senhora anda fazendo aqui dentro, em vez de controlar o estoque da Ala Hospitalar? – retrucou Snape, fora de si.
- Ora, Snape, me respeite! Eu cuido muito bem da minha ala hospitalar!
- Percebe-se! – exclamou, exaltado.
- Acho melhor você se calar, Snape, ou o expulsarei daqui. Eu controlo sim o estoque de poções e ervas medicinais, mas esse item, especificamente, NÃO é utilizado frequentemente. Aliás, se eu me lembro bem, o ditamno só foi utilizado ano retrasado, em Draco Malfoy, e durante a Guerra, em alguns aurores, no St. Mungus. Não via razão para tê-lo aqui, em estoque, já que a guerra acabou.
- Isso não justifica, Pomfrey. Que eu saiba, você é obrigada a armazenar todas as poções e ervas que possam ser úteis na cura de algum aluno enfermo. E também é obrigada a me informar os que estão em falta, para que eu possa repô-los.
- Sim, Snape, mas eu não cuido de casos graves aqui na escola. De acordo com o regulamento, eles devem ser encaminhados para o hospital.
- Ok, Pomfrey, só que repetir as regras do regulamento da escola não vai reparar o seu erro. O ditamno é essencial nessa fase do tratamento da Srta. Granger.
- Ora, Snape, é claro que eu sei disso. Eu sou a medibruxa dessa escola, sou formada nisso. Você é PROFESSOR dessa escola e só está aqui para AJUDAR.
- Apesar de estar adorando a nossa conversa, que é realmente esclarecedora e interessante, Pomfrey, eu ainda preciso do ditamno para retirar-lhe a essência. Então, eu agradeceria muito se a senhora parasse de me transmitir NOVOS conhecimentos e pedisse logo a Prof. Sprout para colher alguns. – Snape pôs um fim na conversa com um tom carregado de sarcasmo.
Madame Pomfrey bufou de impaciência e saiu pisando forte da enfermaria. Snape sorriu levemente. Ele sempre vencia uma discussão, fosse com quem fosse, ele sempre deixaria a pessoa irritada. Exceto, é claro, quando se tratava de Albus Dumbledore; aí, quem saía irritado era ele.
Sentou-se pesadamente, suspirando. Olhou para o rosto da grifinória desfalecida. Se não fosse pelo aspecto pálido de sua pele macia, se não fosse pelos cortes que, mesmo fechados, ainda marcavam-lhe o corpo, se não fosse pela febre, talvez pudesse pensar que ela apenas dormia. Dormia calma e placidamente.
Mas não. Todos esses “se” só faziam com que as lembranças dos acontecimentos anteriores voltassem a sua cabeça com uma força e nitidez impressionantes. Queria esquecer. Não agüentava mais problemas. Achara, de início, que com o fim da Guerra, teria paz; poderia terminar de viver sossegado. Agora percebera que não. Sorriu, amargo. Sempre tivera problemas na vida, porque agora seria diferente?
Minha infância não foi das mais alegres. Meu pai trouxa sempre foi uma pessoa normal. Até descobrir que minha mãe era uma bruxa. Depois disso, minha vida foi pontuada por dor e sofrimento. Minha mãe, Eileen, apanhava quase todos os dias, e o “pequeno Severus” tentava defendê-la e acabava apanhando também. Aos dez anos, quando meus poderes mágicos se tornaram absurdamente evidentes, ganhei minha própria cota de tortura. Parecia que meu pai abominava qualquer tipo de magia e descarregava isso em casa. Depois de muitos anos descobri que ele repudiava bruxos por seu tio ter sido um e tê-lo contado das maravilhas desse mundo, do qual ele nunca teria acesso.
Mas não eram as agressões físicas que -mais doíam; eram as verbais. Meu pai sempre fez eu me sentir um lixo, um estorvo, um erro. Eu não tinha com quem conversar, com quem me abrir, minha mãe passava todo o tempo calada ou chorando, agüentando tudo silenciosamente. Até morrer, um mês depois da minha entrada em Hogwarts. Passei a me fechar. Ninguém saberia o que eu sentia. Vi o que aconteceu com a minha mãe, ela morreu amando seu carrasco. Eu não queria e nem iria passar por isso. Mas não posso negar que sofri com a morte dela, era a única pessoa importante na minha vida. Não tinha mais ninguém comigo...

I open my eyes
(Eu abro meus olhos)
I try to see but I'm blinded
(Tento ver, mas fui cegado)
By the white light
(Pela luz branca)
I can't remember how
(Não consigo me lembrar como)

I can't remember why
(Não consigo me lembrar por que)
I'm lying here tonight
(Eu estou deitado aqui essa noite)
And I can't stand the pain
(E eu não consigo agüentar a dor)
And I can't make it go away
(E eu não consigo fazê-la ir embora)
No I can't stand the pain
(Não, eu não consigo agüentar a dor.)

Comecei a estudar em Hogwarts. Tudo era novo e calmo. Nem parecia que era a minha vida. As matérias eram fascinantes, menos Adivinhação e História da Magia, é claro! A biblioteca era realmente mágica. Poderia passar dias apenas consultando aquelas raridades. Achei que seria finalmente feliz. Como fui ingênuo! Sonserinos e Grifinórios sempre foram inimigos, mas eu acabei fazendo amizade com Lílian Evans, uma garota grifinória que era sempre o meu par nas aulas de poções. A partir daí, o grupinho de amigos que ela possuía passou a implicar comigo por isso, me fazendo passar pelas mais diversas humilhações. Mas eu achava que valia a pena por um amigo. Só que, no meu quinto ano, descobri que ela era nascida-trouxa. Ela era trouxa que nem o meu “maravilhoso” pai! Eu estava fazendo a mesma coisa que minha mãe fez, confiando em um trouxa, e iria acabar como ela...

How could this happen to me?
(Como isto pôde acontecer comigo?)
I've made my mistakes
(Eu cometi meus erros)
Got nowhere to run
(Não há pra onde fugir)
The night goes on
(A noite continua)
As I'm fading away
(Enquanto estou desaparecendo)
I'm sick of this life
(Estou cansado desta vida)
I just wanna scream
(Eu só quero gritar)
How could this happen to me?
(Como isto pôde acontecer comigo?)

Resolvi me afastar dela definitivamente e me aliar àqueles que partilhavam da mesma opinião que a minha. Nesse mesmo ano, acompanhado de Lucius Malfoy, virei Comensal da Morte. Aos poucos percebi que esse foi o maior erro da minha vida. Amaldiçoei pessoas inocentes, torturei trouxas e bruxos, destruí famílias, matei Lílian, indiretamente, mas matei... A segunda pessoa mais próxima da minha vida, que eu deixei se aproximar sem perceber, morreu... Morreu por minha culpa...

Everybody's screaming
(Todos estão gritando)
I try to make a sound
(Tento fazer um som)
But no one hears me
(Mas ninguém me ouve)
I'm slipping off the edge
(Estou escorregando no precipício)
I'm hanging by a thread
(Estou pendurado por um fio)
I wanna start this over again
(Eu quero recomeçar isto de novo)
So I try to hold on to
(Então eu tento me apoiar em)
A time when nothing mattered
(Um tempo em que nada importava)
And I can't explain what happened
(E eu não consigo explicar o que aconteceu)
And I can't erase the things that I've done
(E não consigo apagar as coisas que eu fiz)
No I can't
(Não, eu não consigo)

Eu tentei sair desse mundo obscuro e não consegui. Eu sabia desde o início que as trevas me consumiriam. Eu sabia que era um caminho sem volta. Mas eu não podia continuar desse jeito. Eu tinha que mudar e devia isso à Lílian. Mudaria por ela, para que ela visse, de onde estivesse, que ela não errou ao dar uma chance a mim. Honraria a ela e a minha mãe.

How could this happen to me?
(Como isto pôde acontecer comigo?)
I've made my mistakes
(Eu cometi meus erros)
Got nowhere to run
(Não há pra onde fugir)
The night goes on
(A noite continua)
As I'm fading away
(Enquanto estou desaparecendo)
I'm sick of this life
(Estou cansado desta vida)
I just wanna scream
(Eu só quero gritar)
How could this happen to me?
(Como isto pôde acontecer comigo?)

Procurei Albus Dumbledore. Contei-lhe toda a verdade. Ele é a única pessoa que sabe de toda a minha vida e só porque jurou não revela-la a ninguém. Eu confio nele. Jurei lealdade eterna e pedi que me ajudasse a sair das sombras. Ele apenas me respondeu que isso dependia de mim.
Passei a ser espião-duplo para a Ordem da Fênix, ainda tive que matar pessoas e conviver com seres da pior espécie, mas sabia que não era mais um erro, estava fazendo a coisa certa. Isso não diminuiu o peso na consciência, mas era o que eu tinha que fazer, então eu fazia. Fui espião no primeiro ataque de terror de Voldemort e continuei no segundo. A pior parte foi quando tive que matar Dumbledore. Ou melhor, fingir matar. O velho queria realmente morrer, mas eu não conseguiria. Primeiro, minha mãe morre, sem eu poder fazer nada, depois, minha melhor amiga, por minha culpa indiretamente, e agora eu teria que matar realmente a terceira pessoa mais próxima?! Claro que não! Procurei uma alternativa até achar o feitiço apropriado. Passei a guerra toda ao lado dos Comensais e sendo visto como traidor pelo lado que eu defendia. Foi horrível, mas eu sempre me dizia que era a coisa certa a fazer.

I've made my mistakes
(Eu cometi meus erros)
Got nowhere to run
(Não há pra onde fugir)
The night goes on
(A noite continua)
As I'm fading away
(Enquanto estou desaparecendo)
I'm sick of this life
(Estou cansado desta vida)
I just wanna scream
(Eu só quero gritar)
How could this happen to me?
(Como isto pôde acontecer comigo?)

A guerra acabou , eu fui inocentado e “bondosamente” premiado. Não sei como depois de tudo que passei, eu poderia ter achado que teria paz. Mas ainda há esperança. Ou não. É muito ruim relembrar tudo isso, porém já é comum: cada novo problema me faz lembrar de todo o passado. Talvez seja uma maneira de me dar forças, ou de me deprimir, ou apenas de me lembrar que há uma razão para tudo que ocorreu, ocorre e ocorrerá.
Snape respirou fundo e focou novamente sua visão em Hermione Granger e disse baixinho:
- Se para tudo há um motivo, Granger, por que será que isto tudo está acontecendo?
Pegou suavemente na mão da garota e percebeu como ela ainda estava quente. Mas soltou imediatamente, ao ouvir passos caminhando em sua direção. Virou-se para Madame Pomfrey perguntando:
- Onde está Sprout, Pomfrey? Creio que pedi para chamá-la.
- Sei disso, Snape, mas a Prof. Sprout foi ao ministério informar o ocorrido a pedido de Dumbledore e o mesmo pediu que chamasse o melhor aluno de Herbologia para ajudar.
- E quem seria? – perguntou Snape, com uma sobrancelha erguida.
Um garoto temeroso e acanhado, com o rosto vermelho de quem havia chorado a pouco, entrou pela ala hospitalar.
- Longbottom??????

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Gente, desculpem pela demora..........*morrendo de vergonha e fugindo das bombas de bosta* Como forma de me redimir, escrevi um capítulo maior e com uma música (Untitled, do Simple Plan), indicada por um amigo - que eu não imaginava que conhecesse esse tipo de música! :O Tirei a letra e a tradução da internet, se tiver algum erro, me avisem, ok? ; )

Aí está o quarto capítulo (não-betado!)! Espero que gostem!

Perceberam que eu e Dumbledore armamos para o Snape, né? Agora ele vai ter que pedir um favor ao seu aluno "preferido"! :D *Nossa, estou ficando muito má com o Sev!* Sabe, parece estranho Dumbledore saber que não havia ditamno na Ala Hospitalar, né? Mas eu gosto da idéia de Dumbledore saber sempre de tudo que acontece no castelo *Para quem não gosta, pense que ele tinha um quadro de algum diretor dentro da sala de estoque. ; ) * e também de vê-lo implicar com o Snape; é divertido!

Ah, e o Snape não é sentimental, tá? Ele apenas lembrou de algumas partes do seu passado e de como sofreu. Mas ele não sente pena de si mesmo e nem se abre com ninguém - exceto Dumbledore - , eram apenas pensamentos dele. Ele apenas se arrepende do que fez e tentou consertar seus erros.

Hoje não vai dar pra responder a todos os comentários mas eu queria agradecer a Gislene B.Pizzol Tristão, a Elane Black, ao Pedro Snape, a Pathy Potter, a Rosy SS, a Thais Lupim e a Lety Snape por estarem lendo a fanfic e pelos novos comentários. E obrigada àqueles que estão lendo mas não comentam. Bjs, Thayz 8)

Ah, Aviso! No próximo capítulo, tem muuita Gina, viu? Ela tem um papel muito importante na história...

Continuem acompanhando e comentando, hein? Bjs!

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