CAPÍTULO DEZ



DEZ

Não consigo parar de pensar em Harry. Sei que não vamos acabar juntos, que ele vai se casar com Cho em setembro, mas estou satisfeita de viver o momento e me permitir o prazer diário desta pequena obsessão. Nada dura para sempre, digo a mim mesma. Especialmente as coisas boas. Embora não seja muito comum uma pessoa se deparar com prazos assim tão definidos. Penso em outros eventos com finais concretos e predeterminados. A universidade, por exemplo. Sabia que me afastaria por quatro anos, acumularia amigos, lembranças e conhecimento, e que tudo isso terminaria abruptamente numa data marcada. Sabia que nessa data ganharia meu diploma e empilharia meus pertences num caminhão alugado com destino a Indiana, e que assim minha experiência na Duke estaria terminada. Um capítulo encerrado para sempre. Mas a consciência do fim não me impediu de viver bons momentos, sugando desse acordo toda a alegria possível.

É isso que estou fazendo com Harry. Não vou ficar pensando no fim e esquecer do aqui e agora.

Esta noite estou em casa quando Harry telefona do trabalho para dar um oi e dizer que sente saudade de mim. É o tipo de ligação que um namorado faz para a namorada. Nada de secreto ou complicado. Faço de conta que estamos juntos para valer. Assim que desligamos, o telefone toca novamente.

- Ei - digo, com o mesmo tom meigo, pensando que é Harry ligando para dizer mais alguma coisa.

- Que voz é essa?- pergunta Cho, me trazendo de volta à realidade.

- Como assim que voz? - pergunto. - Estou apenas cansada. O que houve?

Ela começa a listar uma série de detalhes de sua última crise profissional, que em geral não passa de um papel que ficou preso na impressora. Desta vez não é exceção: um erro de digitação no flyer de inauguração de uma casa noturna. Resisto à vontade de dizer que o público-alvo não vai notar um erro de ortografia e em vez disso pergunto quem vai aos Hamptons no fim de semana. Ansiosa por ouvir o nome de Harry, percebo meus sentidos se aguçarem. Ele já havia me dito que ia e me convencido de que eu também deveria ir. Vai ser meio estranho, mas vai valer a pena, ele me disse. Ele precisa me ver.

- Não tenho certeza. Parece que Pansy talvez receba uns amigos aqui na cidade. Harry vai.

- É mesmo? Ele não precisa trabalhar? - pergunto, soando meio falsa e surpresa demais. De repente fico preocupada, mas Cho não nota meu tom de voz.

- Não, ele acabou de fazer um grande negócio - disse ela.

- Que negócio?

- Não sei, algum negócio.

O trabalho de Harry deixa Cho entediada. Já percebi como ela é capaz de cortá-lo, interrompendo-o no meio de uma história e mudando o foco para suas próprias preocupações insignificantes. Você acha que estou gorda? Isso fica bem em mim? Você vem comigo? Faz isso para mim. Faça eu me sentir segura. Eu. Eu. Eu.
Como se tivesse ouvido meus pensamentos, ela me diz que está considerando a idéia de mandar uma fita para o Big Brother, que seria divertido participar do programa. Divertido para quem é exibicionista. Poucas coisas podem ser mais aterrorizantes do que estar em rede nacional de televisão, exposta a julgamentos e críticas de todo mundo.

- Você acha que eu seria escolhida? - pergunta ela.

- Teria grandes chances.

Ela é bonita o bastante e tem personalidade forte, exatamente o que eles buscam nos reality shows. Estudo meu próprio rosto no espelho, penso em Harry dizendo que pareço uma modelo da J. Crew. Talvez eu seja atraente. Mas estou longe de ser tão bonita quanto Cho, com seus traços precisos, as belas maçãs do rosto e os lábios em forma de lacinho.

Agora ela está gargalhando no telefone, contando mais uma história sobre seu dia. Ela fere meus ouvidos. A palavra "estridente" me vem à cabeça e, enquanto estudo meu reflexo de novo, percebo que apesar de estar longe de ser tão bonita, talvez eu tenha uma suavidade que ela não tem.

***

Estamos numa terça-feira, a um dia da partida para os Hamptons. Harry está aqui em casa. Havíamos planejado esperar até a semana que vem para nos encontrarmos sozinhos, mas acabamos o trabalho cedo. E, bem, aqui estamos, juntos novamente. Já fizemos amor uma vez. Agora estou recostada no peito dele. Quando ele respira, seu peito levanta ligeiramente o meu rosto. Por um bom tempo, nenhum de nós fala nada. Então, de repente, ele pergunta:

- O que estamos fazendo?

Aí está. A Pergunta.

Já pensei nisso umas cem vezes, verbalizei o questionamento exatamente da mesma forma, com a mesma entonação, a mesma ênfase na palavra "fazendo". Mas a cada vez encontro uma resposta diferente.

Estamos seguindo nossos corações.
Estamos nos arriscando.
Somos loucos.
Somos autodestrutivos.
Somos devassos.
Estamos confusos.
Estamos nos rebelando.
Ele está com medo do casamento.
Eu estou com medo de ficar sozinha.
Estamos nos apaixonando.
Já estamos apaixonados.
E a mais freqüente de todas: não fazemos a menor idéia.

Esta é a que ofereço:

- Não sei.

- Nem eu - diz ele com suavidade. - Será que devemos conversar sobre isso?

- Você quer?

- Na verdade, não - responde ele.

Estou aliviada que ele não queira conversar. Porque eu não quero. Tenho muito medo do que possamos decidir. As opções são assustadoras.

- Então não vamos conversar. Não agora.

- Então quando? - pergunta ele.

Por alguma razão digo:

- Depois do feriado de Quatro de Julho.

Parece arbitrário, mas esse feriado sempre foi uma espécie de marco, o meio do verão. Embora ainda reste mais da metade da estação depois do Quatro de Julho, a parte que se segue passa mais rápido, é a parte que sempre voa. Junho, apesar de ter um dia a menos, parece muito mais longo que agosto.

- Está bem - diz ele.

- Não vamos conversar sobre nada até o Quatro de Julho - deixo as regras bem claras, exatamente como faria no início de uma prova do curso de Direito. Minha voz está firme, embora eu não tenha certeza do que acabei de decidir. Que terminaremos no Quatro de Julho? Ou talvez... não, ele não pode ter pensado que essa seria a data em que ele diria a Cho que não pode mais levar adiante o casamento. Não, não foi isso que acabamos de decidir. Apenas decidimos não decidir nada. Só isso.

Ainda assim, escolher a data é uma coisa assustadora. Fico imaginando uma gigantesca contagem regressiva de dias, horas, minutos, segundos. Como os relógios da contagem regressiva para o novo milênio. Me lembro de observar os segundos passando em relógios como esses no correio, perto da estação Grand Central, em meados de dezembro. Aquele relógio me deixou nervosa, frenética. Eu tinha vontade de atacar minha lista de pendências, dar todos os telefonemas adiados, acabar tudo imediatamente. Ao mesmo tempo, ficar olhando aqueles números piscando me paralisava. Eu tinha tanto o que fazer, então por que deveria fazer qualquer coisa?

Tento calcular o número de horas que ainda restam antes do Quatro de Julho. Quantas noites ainda vamos ter juntos. Quantas vezes ainda vamos fazer amor.
Meu estômago está roncando. Ou talvez seja o dele. Não dá para dizer, porque estou deitada sobre ele.

- Você está com fome? Podemos pedir alguma comida - digo e beijo seu peito. - Ou posso fazer alguma coisa para a gente.

Me imagino preparando um lanche rápido e saboroso. Não sei cozinhar, mas aprenderia. Eu daria uma esposa excelente e dedicada.

Ele me diz que não quer perder tempo comendo. Pode comprar alguma coisa no caminho de casa. Ou apenas ir para casa com fome. Diz que quer me sentir junto dele até a hora de ir embora.

***

No dia seguinte pergunto a Harry se houve algum problema quando ele chegou em casa. É uma pergunta vaga, mas ele sabe do que estou falando. Ele diz que Cho não estava em casa quando ele chegou, então teve tempo de tomar um banho, contrariado por lavar um pouco de mim do seu corpo. Diz que Cho deixou um recado para ele: "São onze horas e você não atende nem o celular, nem o telefone no trabalho. Você provavelmente está de caso com alguém. Vou sair com Pansy."

Trata-se de sua tradicional brincadeirinha acusatória quando Harry trabalha até tarde. Ela pergunta se ele está tendo um caso, sem jamais acreditar que ele seja capaz de uma coisa dessas. Todas as vezes ela muda a pessoa, escolhendo o nome qualquer de alguma mulher do escritório. Quanto menos atraente a mulher, mais ela se diverte.

- Sei que você está apaixonado pela Nina - ela diz, sabendo que Nina é uma digitadora rechonchuda de Staten Island, de unhas postiças enfeitadas com pinturas cintilantes.

Penso em Harry voltando para casa na noite passada. Uma cena completa se revela em minha cabeça: Harry chegando em casa de mansinho, correndo para entrar no chuveiro e ir para a cama, esperando a chave girar na fechadura, fingindo dormir quando Cho entra no quarto. Ela se debruça sobre ele, examinando-o no escuro.

- Como foi o seu encontro com Nina? - pergunta Cho com uma voz debochada e alta.

Ele esfrega os olhos com os pulsos, como fazem as pessoas na televisão quando acordadas de um sono profundo.

- Oi - diz ele cansado, e então faz de conta que volta a dormir.

Ela se aconchega na cama, jogando um "eu te amo" em sua direção. Ele vacila, mas diz a mesma coisa de volta. Que escolha tem ele? Depois pega no sono pensando em mim. Pensando que o queixo dela é pontudo demais sobre o peito dele.


***


Observo os dois na praia, lá na água.

Cho e Harry lado a lado, em pé, sob o sol ameno de junho. Este fim de semana é o primeiro em que vejo os dois juntos desde que eu e Harry fizemos amor sóbria e intencionalmente. Estou usando óculos escuros, então posso estudá-los de onde estou, sem que isso fique muito óbvio, enquanto Pansy tagarela comigo sobre - o que mesmo? - o casamento. E se a noite for fria? Será que deveríamos comprar umas mantas combinando, uns casaquinhos bem leves e esvoaçantes? Faço que sim com a cabeça e murmuro que é uma boa idéia.

Harry acabou de dar um mergulho rápido, embora a água esteja congelante. Agora os dois estão conversando, juntos um do outro. Talvez sobre a temperatura da água. Hesitante, ela se aproxima do mar, apenas o suficiente para deixar a água cobrir os pés. Os dois sorriem. Harry chuta a água nas pernas dela, ela solta uns gritinhos, vira e se afasta um pouco dele. Posso ver os músculos dela se esticando nas pernas alongadas e bronzeadas. Ela está usando o biquíni cor da pele. a cabelo solto fica caindo em seu rosto. Ele ri e ela ergue o indicador em sua direção, como se fosse lhe dar uma bronca, e aí caminha para junto dele novamente. Estão na maior galinhagem. É uma visão dolorosa, mas não consigo evitar. Não consigo desviar o olhar.

Sinto como se estivessem apresentando um espetáculo. Bem, Cho está sempre apresentando um espetáculo. Mas Harry participa cheio de disposição. Certamente ele sabe que estamos todos observando. Que eu estou observando. É sempre assim quando se está num grupo e alguém decide ir nadar ou andar até a água. O mar é como um palco gigante. É natural que os outros olhem, nem que por apenas um momento. Harry deve estar consciente disso; ainda assim, parece bem à vontade fazendo o gênero casal brincalhão. Ele deveria estar pensativo em sua toalha, cochilando ou lendo um livro - alguma coisa sombria, para me dar a impressão de que está confuso, chateado, dividido. Em vez disso, ele joga água em Cho e sorri.

Draco põe as mãos em concha e grita para eles:

- A água está muito fria?

- Fria pra caramba! - anuncia Cho, batendo nas costas de Harry enquanto ele solta um comentário bem másculo:

- Que nada, está ótima. Vem para cá!

A raiva se mistura à mágoa. Pela primeira vez, me arrependo completamente de ter transado com Harry. Eu me sinto idiota, de repente tenho certeza de não significar quase nada para ele. As lágrimas começam a embaçar meus olhos, enquanto me esforço para não olhar para eles, refugiando-me nos fones de ouvido. Proíbo a mim mesma de chorar.

Quando vou apertar o play, Draco me pergunta o que estou ouvindo. Só o encontrei uma vez desde a nossa saída e mesmo assim para um rápido almoço no meio da semana, numa delicatessen perto do meu escritório, mas nos falamos algumas vezes e uma dessas conversas durou mais de uma hora. A única razão aparente para o encontro número dois não ter acontecido, ao menos pelo que sei, é meramente circunstancial. Ele está ocupado, eu também. O trabalho tem sido enlouquecedor. Toda essa rotina. Então a porta ainda está bem aberta, felizmente. Preciso me concentrar mais nele. Os sentimentos podem surgir uma vez que eu deixe Harry para trás. Sorrio e digo:

- Tracy Chapman. Este CD é ótimo. Quer escutar?

Passo a ele o meu fone de ouvido enquanto Cho e Harry vêm em nossa direção. Draco ouve por alguns segundos.

- Legal - ele me devolve o fone e pega uma Coca do isopor. - Quer um gole? - pergunta, exatamente quando Cho e Harry chegam.

Digo que sim, pego a Coca e, depois de beber, limpo a lata com a ponta da toalha.
Ele diz com um ar intencionalmente pateta:

- Eu não me importo com seus germes. Se é que você me entende.

Rio e balanço a cabeça como se dissesse: "Draco, seu maluquinho." Draco pisca. Rio novamente.

O momento não poderia ser melhor. Harry percebe toda a interação. Não olho para ele. Não vou olhar.

- Mais alguém vai entrar na água? – pergunta.

Pansy dá a resposta padrão.

- Ainda não. Ainda não estou quente o bastante.

Draco diz que odeia nadar, especialmente em águas geladas.

- Por favor, você pode me explicar como isso pode ser divertido? - Cho dá umas risadinhas.

- Não é divertimento. É tortura!

Não digo nada, aperto o play no meu discman.

- E você, Hermione? - pergunta Harry, ainda perto de mim.

Eu o ignoro, fingindo que o volume está alto demais para conseguir escutá-lo.
Ele e Cho voltam para suas toalhas, do outro lado de Pansy. Cho tira a areia dos pés e dos tornozelos, enquanto Harry senta de pernas cruzadas olhando o mar. De esguelha, posso ver seus ombros e suas costas. Tento não pensar em sua pele suave e na sensação de estar encostada nele. Não vou mais sentir isso. Digo a mim mesma que não é o fim do mundo. Que é melhor assim.


***


Nesta noite, antes do jantar, enquanto estou me vestindo, Cho vem até o meu quarto perguntar se eu trouxe um delineador de cílios. Digo a ela que não, que não tenho um delineador de cílios. Talvez Gina tenha, mas ela está no banho. Ela senta na minha cama e suspira, o rosto retomando uma expressão meio sonhadora.

- Acabei de sair de uma transa espetacular - diz.

Faço força para manter a compostura.

- É mesmo? - Sei que estou abrindo a porta para ela compartilhar ainda mais detalhes, mas não sei o que dizer. Meu rosto está pegando fogo. Espero que Cho não note.

- É, foi fenomenal. Deu para ouvir a gente?

Fazer esse tipo de comentário é a cara da Cho. Ela sempre foi muito explícita em seus relatos sexuais. Chega a contar que palavras foram ditas durante o orgasmo. Eu costumava ouvir, geralmente ria, às vezes até me divertia com as histórias. Mas esses dias há muito ficaram para trás.

- Não, eu devia estar tomando banho - respondo.

- É, nós também estávamos no chuveiro - ela penteia o cabelo molhado com os dedos, depois balança a cabeça para um lado e para o outro. - Uau, há meses não transo assim.

Penso em seus corpos molhados e abraçados e não consigo decidir qual dos dois odeio mais.

***

Já é tarde, passa das duas da madrugada. Evitei Harry durante toda a noite, na casa e depois no jantar. Agora estamos no Talkhouse. Acabo de pedir duas cervejas, uma para mim e outra para Gina, quando Harry me encontra no bar.

- Oi, Mione - diz ele.

Estou meio alta e mais atrevida. O álcool curou minhas mágoas, deixando ressentimento e raiva. São emoções mais fáceis de administrar mais simples.

- Sim?

- O que está acontecendo? - pergunta ele bem casual.

- Nada - disparo antes de me virar para ir embora.

- Espera um segundo. Onde é que você está indo?

- Levar a cerveja para Gina.

- Quero falar com você.

- Sobre o quê? - Faço uma voz bem indiferente.

- O que houve?

- Nada - respondo, desejando ser mordaz e vingativa. Não tenho muita prática em ser má, mas meu tom de voz ajuda, porque Harry parece magoado. Não tão magoado quanto eu na praia, ou durante o relato sexual de Cho. Não magoado o bastante. Levanto minhas sobrancelhas olhando para ele com um certo nojo, como se dissesse: "Pois não? Posso fazer alguma coisa por você?"

- Você por acaso está ... está brava comigo? - pergunta ele.

Rio... não, na verdade bufo.

- Está? - pergunta ele novamente.

- Não, Harry, não estou brava com você - respondo. - Realmente não estou nada preocupada com você. Ou com o que você faz com Cho.

Agora ele sabe que eu sei.

- Hermione... - começa ele, todo agitado. Depois tenta se justificar, dizendo que ela começou.

- Ela disse que foi a melhor trepada da vida dela - digo enquanto me afasto, deixando-o sozinho no bar. - Bom trabalho. Meus parabéns.

Mesmo meio bêbada, sei que não tenho o direito de reclamar desse jeito. Ele só transou com a noiva dele, não me prometeu nada - nem era para a gente discutir nada antes do Quatro de Julho. Não houve nenhuma promessa quebrada. De fato, nenhuma falsidade, de maneira alguma, de nenhum tipo. Estou nesta situação por livre e espontânea vontade, não fui tapeada. Mas ainda assim eu o odeio.

Olho em volta para ver se acho Gina. Harry vai atrás de mim e segura meu braço, bem abaixo do cotovelo. Deixo cair uma das cervejas. A garrafa se quebra.

- Otimo, está vendo o que você fez - digo, olhando para o estrago.

- Vou buscar outra.

- Deixa pra lá.

- Hermione, por favor... Não deu para evitar. Foi a Cho, juro.

De repente Gina aparece atrás da gente.

- O que houve?

Não tenho certeza se ela ouviu nossa conversa.

- Nada - Harry se apressa em responder. - É que Hermione está furiosa comigo porque derrubei a sua cerveja.

- Você pode ficar com a minha - oferece Gina.

- Não, fica com essa - digo, entregando a ela a garrafa.

Ela aceita relutante e pergunta onde está Cho.

- Nós estávamos justamente procurando por ela - digo.

Olho para Harry. Ele está tentando disfarçar, mas não consegue muito. Seus olhos estão arregalados, a boca esticada num sorriso apreensivo. Garanto que ele não fez essa cara no chuveiro.

Acabou, digo para mim mesma, com o tom dramático de uma mulher injustiçada. Então eu me viro e encontro Draco. O doce Draco, que me ofereceu sua Coca na praia e não está comprometido com ninguém.

_______________________
Tata, o Rony é demais, e vai ser um apoio muito importante pra Mione. Concordo plenamente com vc, também me incomoda a atitude passiva dela em relação aos desaforos da Cho, vamos ver se ela vai mudar isso...

Primo Barney, meu shipper favorito tbm é H/G, tanto que até um tempo atrás nem lia outro... + acabei percebendo que fan fictions são pra isso mesmo, pra dar novos rumos aos personagens, agora estou mais ecletica. Escolhi esse shipper, no caso dessa fic, pois achei que tinha mais a ver com a Hermione essa situação de ser toda certinha e precisar aprender a quebrar as regras.

bjss e comentem

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.