<b>Capítulo 2 –roxanenorris</b

<b>Capítulo 2 –roxanenorris</b




Capítulo 2 –roxanenorris

Snape fitava o diretor, os olhos negros cintilantes parados sobre a figura de barbas prateadas. Albus Dumbledore, acariciava a Fênix com as costas das mãos, em sua calma de sempre, olhando sobre os oclinhos meia-lua para os dois.

– A julgar pela sua entrada intempestiva em meu escritório – disse bondosamente –, devo crer que há algo de muito errado ocorrendo no castelo. – Olhando de um para outro, completou – Qual dos dois vai me contar?

– Não se fala de tolo, Albus – disse Snape estreitando seu olhar. – Você anda espalhando notícias infundadas a meu respeito e da Srta. Porcel aqui presente. Ainda não desistiu de me arrumar um compromisso?

– Professor, tenho certeza que o diretor não teve essa intenção – Fernanda tentou abrandar a ira do Mestre de Poções. – Foi um mal entendido, e como não somos mais crianças, podemos lidar com isso de outra forma.

– Não, Srta. Porcel. – Ele fitou os olhos azuis novamente. – Eu o conheço muito bem. Isso está virando seu passatempo principal, e vou colocar um ponto final nessa história hoje.

– Severus, não é uma questão minha ventilar notícias de romance dos meus professores, ou amigos – ele pigarreou –, contudo, ouso dizer que o estreitamento da amizade de vocês dois está levantando suspeitas. Afinal, você sempre manteve a fama de frio e cruel.

– Sei exatamente o que meus alunos pensam de mim, e pouco me importa – ele rosnou –, mas a Srta. Porcel não tem nada com isso.

– Eu não me lembro de ter me enfurecido com o comentário, professor – Fernanda falou baixo. – Na realidade, não me incomoda.

– Vê, Severus? – disse o diretor. – A Srta. Porcel não se importa, então, voltamos a você, que diz só se importar com ela... O que me faz acreditar que chegamos a um acordo, não?

– Sim – respondeu prontamente Fernanda.

– Não – disse Severus, seco.

– Acho melhor os dois irem descansar – ponderou Dumbledore – Estão trabalhando tempo demais na poção para o Lupin. Um descanso será bem apreciado por ambos.

– O senhor está certo, diretor. – Fernanda deu-lhe um sorriso amarelado. – Estamos muito cansados e precisamos de uma pausa no trabalho.

– Isso é um absurdo – Snape esbravejou. – Nunca estive tão bem e tão ciente de meus atos, senhorita.

– Vamos, professor. – Ela puxou-o pelo braço da mesma forma que Snape fizera com ela.

– Conversamos depois, Albus – ele sibilou crispando os lábios.

Snape passou à frente de Fernanda e saiu estrondosamente pela porta do escritório do diretor. Percorreram os corredores frios de volta às masmorras e logo chegaram à sala dele, Fernanda pôde sentir sua alma aquecer. Viu Snape deslizar até a mesa e se assustou ao vê-lo dar um soco sobre o tampo de madeira.

– Professor – disse suavemente. – Acho que deveria realmente descansar, eu posso cuidar de tudo.

– Não, Srta. Porcel – ele se virou olhando dentro da íris cor de mel. – O trabalho é um alimento para minha alma. Desculpe-me esse ato descontrolado, vamos voltar ao laboratório. Incomoda-se de continuar a poção?

– De jeito nenhum – ela rebateu. – Você melhor que ninguém sabe o quanto estou envolvida nesse trabalho. É o projeto da minha vida, e não costumo desistir de nada no meio do caminho. – Sorriu. – Vamos então?

– Gosto do seu compromisso com o trabalho, Srta. Porcel. – Os olhos pretos brilharam. – São poucos os que têm essa dedicação ao exercício contínuo do aprendizado. Admiro isso em você.

Sem saber exatamente o que ele pretendia com tal observação a seu respeito, já que Snape era pouco propenso a tais demonstrações de afeto, Fernanda se limitou a um leve assentimento de cabeça. Vendo que a deixara encabulada, ele tomou o caminho do laboratório, sendo seguido por ela.

Passaram a noite quase toda dedicando-se aos polímeros, mas a exaustão chegou aos poucos. Deixando seus reflexos mais lentos, a idéias confusas, embaçadas. Snape decidiu encerrar por aquele dia os trabalhos na Poção Wolfsbane. Fernanda ajudou-o a limpar o laboratório, e vendo tudo em ordem, voltaram à sala da masmorras.

– Boa noite, professor – disse colocando a capa por sobre os ombros. – Amanhã no mesmo horário?

– Se lhe for conveniente – ele a encarou, a resposta exigia outra.

– Por mim está bem, professor. – Fernanda tomou o caminho da porta finalizando – Até amanhã.

Snape a fitou demoradamente enquanto cruzava a sala e, com um gesto de varinha, destrancou a porta para que ela saísse. No instante seguinte repetiu o gesto, trancando-a novamente. Fernanda estacou e, virando-se lentamente, deu com Snape atrás de si. A figura do professor envolto em preto, tão próximo, a fez paralisar.

– Srta. Porcel. – O hálito morno aqueceu seu rosto. – Preciso lhe pedir que não leve em consideração minhas atitudes de hoje.

– E por que deveria? – a pergunta saiu num sussurro.

– Era exatamente essa postura que imaginei que fosse adotar – ele crispou os lábios. – Eu agradeço sua discrição.

– Eu admiro o homem por trás da máscara, professor. – Seus olhos sorriram. – E o respeito. Só isso.

– Obrigado por sua amizade, Srta. Porcel – sua voz adquirira um tom calmo, pouco peculiar a sua pessoa. Snape se surpreendeu ao dizer aquilo, mas era exatamente como se sentia.

Destrancou a porta uma vez mais e a viu sumir no corredor escuro. Deixou-se ficar ainda alguns instantes fitando a madeira escura que fechara atrás dela. Estava ficando louco, e velho. Amiga? Será que é isso mesmo que a Srta. Porcel representa em minha vida? – pensou. Lembrou do diretor, e sua sobrancelha arqueou.

Em seu apartamento no bairro trouxa da cidade, Fernanda estava confortavelmente mergulhada numa espuma de rosas brancas, imersa no calor de sua banheira e entregue às meditações do seu dia. Apontou a varinha para o som sobre o balcão do banheiro, a música trouxa começou a tocar, e ela fechou os olhos, afundando na água. Severus encheu seus pensamentos.


Anytime you feel
Like you just can't hold on
Just hold on to my love
I'll help you be strong

But you're so afraid to lose
And baby I can't reach your heart
I can't face this world it's keeping us apart
And I could be the one to show you
Everything you missed before
Just hold on now
'Cause I could be the one to give you more


Chorus
Anytime you need a love baby I'm on your side
Just let me be the one that can make it all right
Anytime you need a love baby you're in my heart
I could make it all right

I look into your eyes
And I feel it coming through
I can't help but want you more than I want to
So baby take our love your way
Cast them all on me
That's all I ever wanted was just to make you see

But I could be the one to heal you
All that you've been searching for
Just hold on to my love
And baby let me give you more


Chorus
Anytime you need a love baby I'm on your side
Just let me be the one that can make it all right
Anytime you need a love baby you're in my heart
I could make it all right

Now there's no way out
And I can't help the way I feel
'Cause baby I'm on fire
And I'll be waiting right here
You know my love is real


Chorus
Anytime you need a love baby I'm on your side
Just let me be the one that can make it all right
Anytime you need a love baby you're in my heart
I could make it all right
( Anytime – Kelly Clarkson )

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