<b>Capítulo 1 –magalud </b>

<b>Capítulo 1 –magalud </b>



Feliz Aniversário (muito) atrasado, Fer!

Título:Somente amigos?

Autora: Várias - veja abaixo

shipper: Severus/???

Resumo: Fernanda Porcel jura que sua relação com Severo Snape é apenas uma pura amizade. Será???

Disclaimer: Qualquer personagem conhecido foi criado por J. K. Rowling,esta história é apenas resultado de um bando de loucas que se encontram casualmente no MSN e não procuram nenhum lucro com isso.

Capa: Art by clau snape & Lu


Capítulo 1 –magalud


Severus Snape assinou com grande satisfação os comentários ácidos e mordazes para um Gryffindor merecedor de um D. A tinta vermelha escorreu como veneno da pena, e o professor desfrutou do prazer de colocar o cabeça-oca no seu devido lugar.

Ele recolheu as redações do quinto ano, e ouviu a batida à porta. Bem na hora, pensou.

- Entre!

- Boa noite, professor – disse a recém-chegada. – Atrapalho?

- Claro que não, Srta. Porcel. Por favor, sente-se.

- Obrigada. – Ela obedeceu, ajeitando as vestes de um azul profundo que Severus achou de muito bom gosto. – Muito trabalho?

- Corrigindo redações. – Ele se dirigiu a um pequeno armário. – Poderia jurar que estes alunos estão em constante processo de emburrecimento acelerado a cada ano. Acredite, sua visita é um refresco nesse mar de mediocridades.

- Refresco? Trabalhar numa pesquisa de polimerização de materiais botânicos com catalisadores mágicos é refresco?

- Com certeza, senhorita.

Fernanda Porcel sorriu. Como poucas pessoas podiam perceber a ironia e a sutileza nos gestos do mestre de Poções de Hogwarts. Ela era sortuda em chamá-la de amigo. Fazia algum tempo que eles estavam envolvidos numa pesquisa de polímeros mágicos que poderiam ter importantes propriedades para poções. Cadeias poliméricas obtidas a partir de componentes mágicos poderiam vir a ser o equivalente à pesquisa Muggle com células-tronco. Guardadas as devidas proporções, claro.

A moça tímida e modos doces de Ravenclaw, que detinha as mais altas notas de Hogwarts naquele milênio, trabalhava na pesquisa com esses materiais. Portanto, tinha sido natural que o mestre de Poções mais requisitado da Grã-Bretanha a chamasse para estudar avanços com componentes de poções. O objetivo comum dos dois era bem concreto: ajudar a condição crônica de um dos professores.

O dito professor logo bateu à porta e foi admitido.

- Boa-noite, Severus. Cheguei cedo?

- Em absoluto, Lupin. A Srta. Porcel já está no castelo.

O professor de Defesa contra as Artes das Trevas sorriu para a moça:

- Fernanda, boa-noite. Encantadora como sempre.

- Você é muito bondoso, Remus.

Severus olhou a interação da moça com o lobisomem e conjurou uma garrafa azul e duas taças de cristal. Serviu uma e ofereceu:

- Vinho, Srta?

- Obrigada, professor.

Severus serviu outra taça e bebericou.

- Severus – Remus parecia um tanto incomodado. – Onde está sua educação? Não vai me oferecer vinho?

- Só se fosse minha intenção vê-lo convulsionar no chão dos meus aposentos. Você vai tomar o Wolfsbane modificado daqui a alguns minutos, Lupin. A reação não será nada agradável, acredite. – Severus se virou para Fernanda. – Podemos passar ao laboratório, então?

- Excelente. Vou levar minha taça. Então conseguiu preparar a poção?

Severus ia andando e explicando:

- Quase, as polimerizações por adição são normalmente conduzidas na presença de catalisadores, os quais, em certos casos, exercem controle sobre detalhes estruturais que têm efeitos importantes nas propriedades do polímero. Esses catalisadores mágicos realmente podem fazer toda a diferença no caso das moléculas do acônito.

- Entendo o que quer dizer – disse a moça. – A abordagem é inédita. Mas foi possível trabalhar com cadeias regulares?

- Acho que não. Como as cadeias poliméricas são normalmente formadas pela união de um número aleatório de moléculas de monômeros, os polímeros não são constituídos de cadeias do mesmo tamanho.

Remus suspirou:

- Vocês estão falando grego para mim.

Fernanda sorriu:

- Estamos tentando facilitar sua vida, Remus.

- Claro – Ele deu uma risadinha. – E essas visitas quase diárias a Severus são só para falar de polímeros, moléculas e essas coisas, certo? Sei, sei.

O comentário fez Fernanda enrubescer, e Severus franziu o cenho:

- O que está insinuando, Lupin?

- Nada, nada... – Ele mal escondia o sorrisinho.

- Você me parece extremamente bem-humorado para estar tão perto da lua cheia.

- O problema é que ninguém acredita que vocês sejam apenas amigos.

- Isso é absurdo! Insultuoso! – Severus parecia nervoso. – Sem mencionar que é um desrespeito à moça! Você vai parar imediatamente com essas insinuações, Lupin!

- Professor, por favor – tentou conciliar Fernanda.

O lobisomem deu de ombros:

- Posso até parar, mas não fui eu quem começou com essas insinuações. Toda Hogwarts acha que vocês dois... bem...

Fernanda se espantou:

- Toda?

Severus explodiu:

- Isso é coisa de Albus! Tenho certeza de que aqui tem o dedo do bode velho nisso!

- Bom, mas ele não é o único – garantiu Remus. – Minerva também acha, Flitwick jura de pé junto, Madame Pomfrey também. Até madame Pince comentou. Sem mencionar Sibila, que afirma já ter visto isso há muito tempo.

- Já chega! – A ira do Mestre de Poções estava chegando ao máximo. – Vou resolver isso agora mesmo! Vamos, Senhorita!

Pegou Fernanda pela mão e arrastou-a para fora. Assustada, a moça indagou:

- Severus! Para onde vamos?

- Ver Albus! Quero ver se ele terá coragem de me dizer essas sandices face a face!

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