Ojesed : O espelho



29 de Janeiro DO NOVO ANO DE 1992

Feliz Ano Novo, querido Diário!< p>Cheguei no dia 20 à noite na cidade de Forres e papai achou melhor ficarmos em um hotel, pois chegaríamos muito tarde a fazenda do Vô Donald.No outro dia, encontrei Kerry Powell em Forres e conversei um pouco com ele antes de viajarmos para nossa fazenda, ele está diferente, mais alto e menos ingênuo, e me disse que as coisas em Applegrove Primary School vão bem.

A viagem até a fazenda transcorreu bem e eu fiquei alegre de rever a fazenda.A casa-sede parece que esperava a minha chegada, não mudou nada, a não ser a decoração de Natal, nos alojamos e a vó Fiona disse que iria “antecipar” a comemoração do Dia de Santo André para que eu comemorasse esse ano, e essa festa foi hoje.Eu comprei uma máquina fotográfica para fotografar muito todas as festas, e comprei também vários cartões como prometi a Rony.

Mudando de assunto, o Natal na fazenda foi uma maravilha, foi ótimo ver como Karl e Marx cresceram, a ceia teve três perus, dois leitões, uvas cristalizadas, tortas de todos os gostos e tamanhos: parecia até a comida de Hogwarts, aliás, graças a Deus tirei umas férias da Inglaterra, parece que eu já tinha me esquecido do gosto da boa comidinha escocesa!A ceia teve a participação de praticamente toda a família, só senti falta do tio John, pois ficamos muito amigos após a minha entrada para Hogwarts.

O Natal foi comemorado com mais um almoço e a troca de presentes.Além dessa troca normal de presentes também tivemos um amigo secreto muito animado na varanda que tem vista para o monte Califer Hill, lembrei-me da corrida sobre o monte, quando tivemos um amigo-secreto e uma festa na varanda também.Eu saí com a tia Julien, mãe de Karl e Marx, e mulher do tio Jack, e eu lhe dei uma grande garrafa de Uísque escocês (mas dessa vez não de um malte), e quem saiu comigo foi o Sr.Morgan, amigo da família, que me presenteou com um filme sobre os The Beatles( pois eu continuo fã assídua deles, embora eu ser bruxa).

O tempo se passou e tivemos a festa da passagem de ano, comemorada com um leitão bem gostosinho e muito champagne e Uísque.A família inteira se vestiu com o kilt (a saia escocesa, que é famosa por serem vestidas até por homens) do nosso clã, como mais uma das superstições escocesas, mas além dessa eu não realizei mais nenhuma: não acho que comer lentilhas na passagem venha a me trazer sorte no ano novo, uma coisa não tem nada a ver com a outra.Os fogos foram lançados por nós mesmos, mas a cidade inteira lançou fogos também, o que percebemos ao ver a montanha de fumaça subindo pelo monte Califer Hill.

Hoje comemoramos a festa de Santo André antecipada (obra da minha mãe, que insistiu que tivéssemos uma festa comemorando o que tinha acontecido comigo), todos mais uma vez se vestiram de kilt e se embebedaram de Uísque de um malte, feito por nós mesmos da família, depois fomos a missa, todos juntos.

Depois da festa todos me acompanharam até Forres, de onde eu tomaria a viagem de volta, mais uma vez quase toda a população da cidade nos seguiu, pensando se tratar de um enterro, as despedidas dessa vez foram muito mais alegres com promessa de que voltaríamos para o próximo Natal.

O trem de volta foi tranqüilo e o tio John esperou por nós na estação, estamos ficando cada vez mais próximos.Eu fiquei uma semana na casa do tio John para compensar o Natal que passei longe dele e descobri que os inquilinos da república são bruxos que pretendem trabalhar na Grã-Bretanha e como não poderiam fingir para uma família trouxa que não são bruxos escolheram a casa do tio John, com o pessoal da República eu fui descobrindo cada vez mais coisas sobre os locais bruxos na Grã-Bretanha, mas ninguém sabia me informar sobre Nicolau Flamel. Eles também me foram um incentivo para que eu lesse muito nas férias, pois, de acordo com eles, isso é muito proveitoso, fui lendo todos os livros que eles tinham, inclusive os de magia mais avançada, mas não me atrapalhei.

Fui com tio John, meu pai, minha mãe e meus amigos da República para a viagem de volta a Hogwarts, dessa vez eu fui no Nôitibus Andante, um ônibus roxo de três andares, que balança bastante e possui cadeiras que não são pregadas no chão, na verdade, Lalau, a pessoa que me guiou no ônibus disse que apesar do nome, o ônibus poderia viajar tanto de dia quanto de noite, embora viagens a locais que tenham trouxas fossem feitas quase que sempre a noite.O Nôitibus também viaja para qualquer lugar, desde que seja em terra, não funciona debaixo d’água, então ele poderia viajar apenas para a Inglaterra, País de Gales e Escócia, a Ilha da Grã-Bretanha, pensei comigo mesmo.

Cheguei mais cedo do que os outros estudantes, na verdade um dia antes do começo do ano letivo e achei Rony no dormitório dele, logo depois de me alojar no meu dormitório.

-Hermione!Você chegou mais cedo?Que bom!Trouxe as coisas que te pedi?- disse ele animado.

-Claro, Rony, até as fotos das festas.Toma aqui.

-Legal!Adorei seu presente, já estou ficando mais esperto com os sabores desagradáveis dos feijõezinhos!E o que você achou do meu?- disse ele folheando as fotos.

-Ótimo, Rony, o livro é de muito bom gosto.

-Eu sei, a McGonagall que fez um feitiço de conjuramento para aparecer lá na Escócia, eu dei o endereço que você me deu para ela.Senta aí, deixa eu te contar uma história estranha sobre o Harry.

-História estranha?

-Pois é!Harry recebeu de presente de alguém que não se identificou uma capa da invisibilidade, sabe o que é, né?

-Sei, a capa que faz invisível o corpo que ela cobre por completo.

-Isso mesmo!Daí o Harry ficou empolgadérrimo quando ganhou essa capa, vestiu ela á noite e foi para a Seção Reservada da Biblioteca escondido...

-Você teve alguma coisa a ver com isso, Rony?- perguntei séria.

-Não, nadinha, eu estava era no sétimo sono quando ele foi fazer isso.Aí, ele foi pegar um livro qualquer, e como ele é bem desinformado no mundo da magia abriu o livro duma hora para a outra, e o livro começou a berrar ele diz que fechou o livro, mas ele continuou berrando.Daí o Filch ouviu e foi ver o que estava acontecendo e ele descobriu que alguém estava lá por causa da lâmpada que ele deixou cair no susto.

-Ai, meu Deus, então ele está mais do que encrencado.

-Não, ele escapou, mas Filch foi chamar Snape e os dois foram correndo procurar ele, né.Daí ele entrou escondido em qualquer sala pra não esbarrar nele.E o que ele encontra na tal sala?Um espelho.

-Um espelho?

-Isso, só um espelho, daí ele vai observar o espelho e percebe que ele não vê só o reflexo dele, mas todos os parentes dele, sabe mãe, pai, tio, tia, todos os Potter, só que não tem ninguém na sala, só ele e o espelho.

-Mas, como é que pode?

-Pois é, intrigado com isso, o Harry me acorda para ver o espelho e lá vamos nós, vestindo a capa para tal sala, quando eu olho o espelho me vejo só eu monitor-chefe e capitão do time de quadribol da Grifinória, alto, bonito e inteligente, sabe, o cara!

-Rony, você está delirando?

-Não, é sério, Hermione, daí nos voltamos para o nosso dormitório, e eu falei para o Harry não voltar mais lá que aquele espelho é muito estranho...

-Aham, Rony.

-É sério, Hermione, meu pai sempre diz: “nunca confie em algo que pensa se não pode ver onde está seu cérebro” e decididamente aquela coisa tem cérebro porque deixou o Harry fissurado, fanático,mesmo pelo espelho,ou, Hermione, ele estava estranho demais, toda noite, todo o dia o Harry ia lá ver a família dele no espelho.

“Aí você sabe, né? Ele fez isso por três dias, e não há nada que fazia o Harry sair desse espelho, na terceira noite ele encontra quem na sala? Dumbledore.

-Nossa, agora ele está ferrado foi pegar detenção?

-Não, pior, Dumbledore disse que ele estava fissurado no espelho e que era por isso que ele iria tirar o espelho dali, muitas outras pessoas iriam querer o espelho.Dumbledore disse que mostra os desejos mais profundos que a pessoa tem e vicia, sabe?Daí ele mandou tirar o espelho de lá.Mas o Harry, coitado, ficou acabado, agora mesmo ele está lá na bendita sala, não se conformando de deixar o espelho.Depois o Harry teve pesadelos, tudo, olha, Hermione se Harry tivesse continuado estava louco, completamente louco, ele já está até meio ruim da cabeça.Hermione, quem vê acha que o Harry está com depressão vai lá falar com ele, Hermione, quem sabe ele não se alegra te vendo?Vem eu vou te mostrar onde é que é.

Rony me levou a uma sala vazia no primeiro andar, Harry estava sentado no chão, olhando para a parede, parecia estar inconformado.

-Harry, olha só!A Hermione chegou antes de todo mundo!

-Ah, oi, Hermione.

-Harry, eu tenho uma ótima coisa para a gente fazer, por que a gente não vai fazer uma visita na cabana do Hagrid?Depois vamos almoçar junto com os professores e comer muito, muito doce, o que você acha?E aí eu posso te mostrar as fotos e cartões que eu trouxe lá da Escócia e você pode me contar como foi seu Natal?Foi melhor que na casa dos Dursley?

-Foi.Adorei seu presente...! – Disse Harry.

-Então, vamos?

-Para a cabana do Hagrid?

-Isso, Harry, para a cabana do Hagrid.

-Eu estou desanimado.

-Mas a gente só se anima quando está fazendo coisas divertidas!Vamos, quem sabe o Hagrid não tem uma novidade emocionante para contar?A gente pode até saber um pouco mais sobre Nicolau Flamel se falarmos com jeitinho a ele.

-Nicolau...- disse ele abrindo um sorriso – Talvez ele fale algo.- disse animado.

-Não é?- disse alegre.

-Mas...Hermione, eu e o Rony não descobrimos nada de Nicolau.

-Olha aí uma coisa para a gente fazer!- mas não deixei de ficar desapontada - Podemos ir falar com Hagrid sobre isso e talvez a Madame Pince concorde em nos ajudar, mas você só vai para a biblioteca depois de comer muitos dos sapos de chocolate.

Os sapos de chocolate fizeram grande efeito em Harry, ele começou a rir bastante depois de come-los, e até se esqueceu de guardar os cartões que vem nos sapos para sua coleção.É claro: se ele não vê nada que lembre o espelho, ele ficaria mais feliz.

Na cabana de Hagrid, tomamos chá e eu mostrei as fotos e os cartões da Escócia para os três, Hagrid achou o monte Califer Hill “uma gracinha” enquanto Rony olhava comicamente para os homens que vestiam kilt nas festas.

-Homem que usa saia...!?Essas fotos são engraçadas, olha Rúbeo, elas não se mechem!Legal!- dizia ele apontando para cada um.Harry gostou de ver os cartões da nossa igreja, disse que era bastante bonita.No final, eles estavam tão animados com aquilo que Minerva foi ver também as minhas fotos.Ela não morava em Moray e disse que fazia muito tempo que havia saído da Escócia:

-A minha maior vontade é de voltar para a Escócia.

-A sua maior vontade... – disse Harry triste, ao ouvir McGonagall.

-Ora, Harry, veja o lado bom da situação.E se Filch tivesse te apanhado!Dumbledore não poderia salvar a sua pele.

-É... e além do mais agradeça a Deus por não ter ficado doido por completo, com aquele “Espelho de Ojesed”.

-É...vocês tem razão, meus pais de qualquer forma não vão voltar!

Fomos a biblioteca e perguntamos, mas Madame Pince não estava lá, por isso decidimos voltar amanhã, e ficar dez minutos do intervalo de cada aula procurando sobre o tal Nicolau até que nós o achássemos.

Nessa noite, os Weasley, Harry e eu ficamos jogando Snap Explosivo até a meia-noite, os Weasley trajavam o que Rony chama de “suéter Weasley”, Rony tinha um suéter “cor de tijolo” como ele diz, que ele detesta, já os gêmeos tem dois suéteres azuis com um F e um J, eu que não reconheço um do outro achei a idéia brilhante, pois pelo menos agora conseguirei distingui-los, mas eles falam que talvez alguns dias eles mudem o nome deles para Jred e Forge, ou seja, vão trocar de blusas.

Percy tinha um M estampado no suéter, de “Monitor”disse Rony, que ganhou, junto com Fred, a maioria de Snap Explosivos.Tchau, diário, até outro dia!

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