Um tal pó de flu...



28 e 29 de Novembro

O dia transcorreu maravilhosamente, até o final da aula de McGonagall:

-Bastante atenção no que eu vou dizer agora, Grifinórios: eu estou passando essa lista para vocês para que a escola se prepare para o número de alunos que ficaram em Hogwarts no Natal.Quem pretende passar o Natal em Hogwarts assinem a lista e quem não tem certeza assinem também para evitar imprevistos, a lista vai passar de fila em fila e atenção, ela só serve para Grifinórios, os alunos de outras casas vão receber a lista por seus respectivos diretores.-Disse Minerva ao passar a lista.

-Isso é bom- murmurou Harry- o Natal em Hogwarts deve ser decididamente melhor do que os que eu passo na casa dos Dursley.

-Nossa.- eu disse - eles são tão desprezíveis assim?

-Nem me pergunte!As más características deles parecem se acentuar no Natal.Primeiro, tia Petúnia com a mania de perfeição dela em relação a decoração e a comida que ela mesma prepara e quem é que vai ajudar ela nisso tudo?Claro, sobra pra mim.Depois tio Valter, convidando sempre amigos de trabalho tão chatos como ele e a irmã dele, nem me lembre, ela só sabe criticar.E depois, e pior o filho deles, Duda, que sempre tem uma mania de grandeza e recebe trinta e tantos presentes de Natal enquanto o Harry no máximo recebe meias usadas, não, venhamos e convenhamos: um Natal aqui vai ser a melhor experiência da minha vida.

-Harry, você não acha que está exagerando?- perguntei.

-Quando você conhecer eles vai achar que eu fiz foi elogia-los.

-Puxa, lá em casa os Natais são sempre comemorações memoráveis, com uma família grande e simpática.

-Claro, sua família é escocesa!Nessa data todo mundo queria ter família escocesa.No mundo inteiro as pessoas imitam o Natal escocês: desde o xadrez do forro de mesa até os perus enormes que tem lá e o Uísque, fartura até mandar parar.- Disse Rony.

-Você vai passar o Natal aonde, Rony?

-Acho que em Hogwarts, sabe papai e mamãe vão passar o Natal na Romênia com o meu irmão Carlinhos, a Gina e o Gui, você sabe...eles já tem que pagar a passagem da Gina e o dinheiro está curto, sabe?

-Ah, sei, eu vou passar o Natal na Escócia mesmo.

-Sorte sua!- disseram Rony e Harry juntos ao começarem a assinar a lista, que já tinha sido levada para os alunos de outros anos:

Alunos que passarão o Natal em Hogwarts – Grifinória

1.Fred Weasley;

2.Jorge Weasley;

3.Percy Weasley;

4.Ronald Billius Weasley;

5.Harry James Potter;

A lista só ia até o número dez, estava certo que a lista já mostrava bastante gente.O salão hoje estava espetacular, provavelmente por que hoje é o penúltimo dia de aula.Há visco e azevinho por todos os cantos e doze árvores de Natal bem decoradas com velas e bolas de Neve e também bem dispostas pelo Salão.

Encontramos Hagrid ao sair da aula de poções, ele estava carregando mais uma árvore de Natal.Após um belo desentendimento em que Draco insultou a família de Rony e esse se pôs a brigar com Draco, Snape descontou cinco pontos da Grifinório, mesmo Hagrid falando exatamente o que acontecera: que Draco havia xingado a família de Rony.Estou começando a cada vez mais simpatizar menos com Snape e suas injustiças.

-Odeio os dois - disse Harry após esse desentendimento - Draco e Snape.

-Vamos, ânimo, o Natal está aí.Vou lhes dizer o que vamos fazer, venham comigo ver o salão principal, está lindo. – disse Hagrid.

E estava mesmo, o Prof. Flitwick e a Prof.ª Minerva estavam terminando a decoração quando Hagrid chegou com a árvore:

-Ah, Hagrid, a última árvore – ponha naquele canto ali por favor.

Após fazer exatamente o que o Prof. Flitwick pediu, Hagrid perguntou:

-Quantos dias ainda faltam até as férias?

-Um.Ah, isso me lembra: Harry, Rony, falta meia hora para o almoço, devíamos estar na biblioteca.- eu disse.

-Ih, é mesmo – disse Rony, chateado por ter de parar de olhar Flitwick decorando aquela última árvore.

-Biblioteca?- perguntou Hagrid – Na véspera das Férias? Não estão estudando demais?

-Ah, não estamos estudando. – respondeu Harry, com uma animação nunca vista antes ao receber a notícia de que vai a biblioteca. – Desde que você mencionou o Nicolau Flamel estamos tentando descobrir quem ele é.

-Vocês o quê? – perguntou Hagrid chocado – Ouçam aqui: já disse a vocês, parem com isso.Não é da sua conta o que o cachorro está guardando.

-Só queremos saber quem é Nicolau Flamel, só isso. – menti.

-A não ser que você queira nos dizer e nos poupar do trabalho?- disse Harry mais animado ainda. – Já devemos ter consultado uns cem livros e não o encontramos em lugar nenhum.Que tal nos dar uma pista?Sei que já li o nome dele em algum lugar.

-Não digo uma palavra – disse Hagrid decidido.

-Então vamos ter de descobrir sozinhos. – disse Rony.

Saímos dali rapidamente e entusiasmados, apesar de ter procurado muito, o que deixou Hagrid mais desapontado consigo mesmo do que no dia que deixou escapar da existência de Nicolau Flamel.

Já na biblioteca, eu fiz uma lista dos livros que Nicolau Flamel deveria estar.Ele não estava nem em “Grandes sábios do século XX”, nem em “Nomes notáveis da mágica do nosso tempo”, nem em “Importantes descobertas modernas da magia” e nem em “Estudo dos avanços recentes da magia”, é claro que eu achava que era uma pessoa importante, assim como Dumbledore, por isso a procura só por livros recentes.

Mas nada, nada, nada, Rony, que não tem muita paciência foi tirando os livros na sorte, pegando uma pilha de cada prateleira, o que é mais desanimador é o tamanho da biblioteca, centenas de milhares de livros, é preciso muita força de vontade para achar um livro dentre tantos, mas se Harry já tinha ouvido falar de Flamel, nossa esperança era maior.Será que ele viu no “Profeta Diário”?Eu só sei que quanto mais demoramos, mais longe de saber o porque de Snape querer a coisa que está sendo guardada estamos.Primeiro devemos saber por que foi guardada, e certamente é uma coisa sigilosa talvez por isso seja difícil de achar, mas ainda acho que estamos perto, já que Hagrid se desanimou de saber que estamos sempre na biblioteca.

Harry foi procurar em uma prateleira distante, que depois fui descobrir que era na Seção Reservada, lugar onde existe livros sobre Magia Negra Avançada, que só poderiam ser lidos com uma autorização escrita do professor, Pince deveria ter dado um rala desanimador nele, decidimos não consulta-la sobre um livro referente a Flamel, pois certamente ela ficaria desconfiada, pois saberia o que estava sendo guardado, e depois não queríamos que Snape ficasse sabendo da nossa procura incessante.

Harry nos esperava no corredor de fora da biblioteca e não ficou surpreso quando falamos que não achamos nada, balançando a cabeça negativamente, isso já havia se tornado um hábito.

Fomos almoçar após isso e conversamos sobre essas férias:

-Vocês vão continuar procurando quando eu estiver fora não vão? – eu recomendei – E me mandei uma coruja se encontrarem alguma coisa.

Apesar de que eles não iriam mandar porque com no clima que o inverno está proporcionando, poucas corujas sobreviveriam a uma viagem até a Escócia.

-E você poderia perguntar aos seus pais se sabem quem é Flamel. Não haveria perigo em perguntar a eles. – falou Rony, continuando a conversa.

-Nenhum perigo, os dois são dentistas. – respondi desanimada. O dia transcorreu normalmente, e no dia 29, pegamos só as aulas da manhã e aprontamos nossas malas.

-Gente, será que eu não esqueci de nada?

-Não esquenta, Parvati, se esqueceu você vai fazer falta nas férias e vai encontrar o objeto esquecido no lugar onde você deixou, aqui em Hogwarts. – Eu falei.Nenhuma das meninas iria ficar em Hogwarts e a maioria esmagadora de estudantes também não, fiquei com pena de Harry e Rony, vão passar o Natal meio...solitários.

-Tchau, Hermione, não esqueça os nossos presentes, peça para o seu tio tentar um feitiço de conjuramento, já que as corujas não vão conseguir viajar nesse inverno. – Disse Rony.

-E mande um cartão da sua cidade também, Hermione, quem sabe não passamos o próximo Natal lá com você se acharmos a cidade bonita?- disse Harry.

-Bom, gente, seus pedidos são uma ordem, até janeiro próximo, Feliz Natal e um ano novo cheio de alegrias.

-Aliás, esquecemos de perguntar a você como vai passar o Reveihon, Hermione.

-Ai, Rony, eu tiro fotos e trago o álbum em janeiro, com todas as festas que passamos lá na Escócia tá bem?

-Então, tá.Feliz Natal, Boa Viagem e um ano Novo Prospero, é o que eu e o Harry desejamos.Quem vai com você na carruagem?

-Se incomodam de ir chamar o Simas para mim, por favor, ele pediu para viajarmos juntos.

Rony e Harry prestaram continência com um ar cômico e foram ao castelo chamar Simas, logo ele já tinha chegado.

A carruagem de Hogwarts era quentinha por dentro, embora o inverno não contribuísse para tal, e não tinha cavalos puxando-a, na verdade, parecia se locomover sozinha. A despedida foi boa, eu via Harry e Rony dando tchau bem de longe enquanto eu e Simas não cansávamos de gritar Tchau animadamente, e até em outras línguas.

Foi quando começamos a conversar:

-Você vai passar as festas na Irlanda, Simas?

-Graças a Deus, chega de Inglaterra por uns tempos!

-O mesmo falo eu!

Chegamos no trem rapidamente, passando pelo lago congelado com a carruagem e procuramos uma cabine.Ficamos eu, ele, Neville, Dino e Lilá, e comemos, conversamos, rimos e cantamos até mandar parar, a viagem foi tranqüila como a de ida a Hogwarts e é claro, os veteranos estavam aprontando mais umas com os “calouros” que ainda não tinham ficado espertos, como Neville, que saiu do trem encharcado de tinta roxa, a avó dele ficou uma fera.

Tio John me esperava na estação:

-Tio, que bom ver você de novo!Papai e mamãe estão aí?

-Não, acho que não receberam a sua coruja, ela não deve ter agüentado, coitada.E aí, como foi em Hogwarts?

-Tenho certeza que ela faz jus aos seus bons comentários, ela é demais!Tio, pode me fazer um favor?

-Fala, Hermione.

-Vamos para o Beco, que eu quero comprar um presente para os meus amigos Harry e Rony.

-Olha só, já fez amizades?Você não era tão boa em faze-las lá na Escócia.

-Bom, e acho que continuo não sendo, foi um sufoco para eu arranjar esses amigos em especial, mas só de ficar perto dos meus já é mais fácil de fazer amigos.

-É, eu também senti isso em Hogwarts.Bom, sobre o presente, no que você estava pensando?

-Em caixas de doces!Uma de sapos de chocolate para Harry e outra de Feijõezinhos de todos os sabores para Rony.E depois você faz com que eles apareçam em Hogwarts, Ok?

-E se seus pais descobrem que você anda presenteando amigos com doces?

-Eles não precisam saber, tá bom que eu não posso comer doces, mas eles são diferentes e doces não fazem mal como eles dizem!

-Voltou outra pessoa de Hogwarts, hein, Hermione?

-Pois é, deve ser a influencia dos meus amigos.Então, vamos comprar os presentes e daí você me leva para casa?Já estou com o dinheiro aqui, em valor de galeões.

-Fechado!

E passamos pela passagem, como o combinado, fomos ao Beco com o Pó de Flu que o tio John sempre guarda para situações imprevistas e saímos da lareira da recepção de um hotel, sem chamar a atenção e é claro que eu consegui de primeira.O Pó de Flu permite viajar de uma lareira para outra, diário.E de uma hora para outra, saímos da lareira do hotel para a do “Caldeirão Furado”, e compramos as caixas, de lá, paramos na lareira do apartamento dos meus pais, onde só estava minha mãe, que ficou surpresa ao me ver coberta de cinzas.

-Tio, você tem idéia de quem é Nicolau Flamel?

-Não, por quê?

E expliquei toda a história a ele.

-É, Snape já foi Comensal da Morte, seguidor de Você- sabe- quem, mas Dumbledore ajudou ele a fugir de Askaban.De qualquer forma não se meta com isso, ele deve ser perigoso!

Askaban é a prisão dos bruxos diário e após ouvir a conversa mamãe fez uma série de perguntas ao Tio John para esclarecer-se sobre o que eu estava fazendo, juntos eles me deram um rala bem bonito, mas eu ainda não desisti de impedir Snape de pegar a tal pedra, contarei a Rony e Harry no começo do segundo trimestre.

-Muito obrigada por traze-la, John!- disse mamãe.

-Não tem de quê! – disse Tio John antes de subitamente desaparecer aparatando com os presentes.

Passei a tarde comendo muita coisa gostosa que mamãe havia preparado para a minha chegada (ela sabia que eu chegaria hoje pelo tio John, e ficou em casa), comemoramos muito a minha chegada e minha mãe perguntou sobre o Chico

-Mãe, você não falou nada para os meus parentes lá na Escócia, não é?

-Falei, e por quê não?Eu já não tinha te falado que era uma coisa normal?

-Tudo bem, mas o que eles disseram?

-Que vão esperar você chegar para comemorar!

-Mãe, que vergonha!E não venha me dizer que isso é normal!

-Ah, aliás, eu já comprei nossas passagens para a Escócia, nós vamos para lá no dia 20 e você vai me ajudar a fazer as compras de Natal amanhã.

-Ah, não, mãe, você sabe que eu odeio fazer isso!Cadê o papai?

-Ele já está voltando do consultório, querida!

-Mãe, não vai dar para eu comemorar o dia de Santo André, as férias vão acabar antes.

Santo André é o padroeiro da Escócia e seu dia é comemorado no meio de Janeiro, com passeatas, etc.

-É uma pena, querida, quer falar com seus avós sobre isso no telefone?

-Aham.

-Antes, me fale como foram as coisas na sua escola.

Eu contei e ela me encheu de perguntas à medida que eu continuava falando sobre Hogwarts, foi quando chegou meu pai e também me encheu de perguntas sobre a escola, eles ficaram fascinados.

-Pai, mãe, agora é a minha vez de perguntar, onde está o telefone?Quero falar com os meus avós escoceses, Ok?

Falei com eles e assim a noite foi ficando cada vez mais escura e tive de desligar!Adeus, diário, até outro dia!

É a lareira de casa, por onde eu entrei com o pó de flu.

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