A pedra do Alquimista



23 e 24 de Fevereiro

Ontem foi um belo dia de Sábado, e eu passei grande parte do tempo jogando xadrez com Rony, bom, eu não ganhei muitas partidas...quer dizer...eu não ganhei nenhuma.Pronto!Falei.Mas Harry e Rony dizem que uma experiência nova sempre faz bem, veja só, diário, mais um complô daqueles dois.O incrível é que Rony só ganha, não há uma viva alma que consiga ganhar dele no xadrez (pelo menos encontrei onde a inteligência dele é depositada).Harry estava em um treino para o segundo jogo da Grifinória.Foi quando ele apareceu na Sala Comunal de uniforme e antes dos outros jogadores, mais uma vez com a aparência de que tinha corrido muito.

-Não fale comigo agora. - disse Rony a Harry, quando esse se sentou ao seu lado –Preciso me concentrar.- Era certo que eu era um oponente no mínimo esforçado contra Rony.Mas este virou o rosto e viu o estado de Harry. –Que aconteceu com você?Está com uma cara horrível.

-Snape teve um súbito desejo de apitar o próximo jogo de Grifinória X Sonserina.Vocês sabem que ele não vai ser imparcial, e eu estou perdido, ele me odeia!- disse ele preocupadíssimo.

Sabíamos que Snape odiava Harry mesmo desde o último jogo, não gostava nem que Harry parecesse se sentir feliz, como naquela vez em que tirou o “Quadribol através dos séculos” de Harry, em Novembro, e devolver a biblioteca ele mesmo.

-Não jogue- eu disse na mesma hora.Agora, eu e Rony não prestávamos mais atenção ao jogo.

-Diga que está doente – aconselhou Rony.

-Finja que quebrou a perna – eu disse.Qualquer argumento vale para melhorar o ânimo de Harry, e se ele fosse um bom ator conseguiria fazer isso num passe de mágica.

-QUEBRE a perna de verdade – insistiu Rony.

-Não posso.Não temos apanhador de reserva.Se eu fujo, Grifinória não vai poder ganhar.

Nesse momento, Neville entra aos tombos com as pernas grudadas pelo feitiço de Perna presa, todos riram dele, não sei porque, mas eu continuei séria e desfiz o feitiço nele.

-Que aconteceu?- eu perguntei.

-Malfoy.Encontrei-o na saída da biblioteca.Ele disse que estava procurando alguém para praticar o feitiço.- disse ele, tremendo.

-Vá procurar a Prof ª Minerva!Dê parte dele!- eu aconselhei, mas Neville sacudiu a cabeça negativamente:

-Não quero mais confusão – murmurou.

-Você tem de enfrenta-lo, Neville!Ele está acostumado a pisar nas pessoas, mas não há razão para você se deitar aos pés dele para facilitar. – insistiu Rony.

-Não precisa me dizer que não sou bastante corajoso para pertencer á Grifinória.Draco já fez isso – continuou Neville, com cara de que iria começar a chorar.

Harry pôs a mão num bolso e tirou um sapo de chocolate dos que eu o havia dado e ofereceu a Neville, esse terminou por aceita-lo.

-Você vale doze Dracos.O Chapéu Seletor escolheu você para Grifinória, não foi?E onde está Draco?Naquela Sonserina nojenta.- animou-o Harry.

Neville se esforçou e deu um sorrisinho amarelo enquanto desembrulhava o sapo de chocolate.

-Obrigado, Harry...Acho que vou pra cama...Você quer o cartão, você coleciona, não é?- terminou Neville ao dar o cartão a Harry, se afastando de nós e indo em direção ao seu dormitório.

-Dumbledore outra vez.Ele foi o primeiro que...- e leu o verso do cartão, que dava informações sobre Dumbledore, soltou uma exclamação e continuou:

-ENCONTREI!- disse satisfeito.- Encontrei Flamel!Eu DISSE a vocês que tinha lido o nome dele em algum lugar.Li-o no trem a caminho daqui.Escutem só isso:”O Prof. Dumbledore é particularmente famoso por ter derrotado Grindewald, o bruxo das trevas, em 1945, e ter descoberto os doze usos do sangue de dragão, e por desenvolver um trabalho de alquimia em parceria com Nicolau Flamel.

Eu fiquei de pé de uma hora para outra ao ouvir Harry, pois me lembrei de um livro sobre alquimia que tinha pegado a alguns dias na biblioteca.

-Não saiam daqui!

Subi ao meu quarto, mas não o encontrei lá, então saí correndo da Sala Comunal e fui a biblioteca que já estava fechando (em dias de sábado, a biblioteca só é aberta até as quatro horas da tarde).

-Madame Pince, se lembra daquele livro de alquimia que eu havia pegado a algumas semanas aqui na biblioteca?

-Lembro-me querida: “O estudo da alquimia antiga e grandes alquimistas conhecidos” de Julke Nortam?

-Esse mesmo, Madame Pince, poderia pegá-lo para mim por favor?

-Claro. – respondeu ela com o mal-humor de sempre e sumiu por entre as seções da biblioteca, eu fiquei a espera até que ela trouxe um exemplar de um livro groso e amarelo.

-É...é esse mesmo, Madame Pince.Que dia devo devolve-lo?

Ela olhou no calendário e disse.

-No dia primeiro, querida.Creio que não há muitas pessoas a procura deste livro.

-Então, desculpe-me pelo transtorno, Madame Pince, você já ia fechando a biblioteca.Mas foi por um motivo justificante.

-História da magia, querida?

-Isso, História da Magia.- Eu disse, ela nem pode desconfiar que eu estou mesmo a procura do nome de Nicolau.

-Há, sim, nós realmente precisamos de bastante consulta quando se trata das redações de dois metros que o Prof Binns geralmente pede, já fui aluna dele, sei o batidão que é. Até segunda, Ok?

-Ok, tchau, Madame Pince.- disse animadíssima.

-Cheguei correndo na Sala Comunal e encontrei Harry e Rony que estavam no mesmo lugar a minha espera.

-Nunca pensei em olhar aqui.Tirei-o da biblioteca há semanas para me distrair um pouco.- disse exitada, procurando por algo que talvez tivesse a ver com Nicolau.

-DISTRAIR?- Perguntou Rony, surpreso me encarando, mas eu o ignorei, claro, como eu ouviria uma coisa tão absurda, ainda mais se vinda de Rony?

-Deixe me ver...- eu resmungava enquanto folheava as páginas. – Ele é um alquimista, logicamente.

-E procurei no capítulo5:”Grandes Procuras : bem- sucedidas ou não”.

-Ele deve ter descoberto algo importante...É claro...- e folheei até as procuras bem-sucedidas.

-A pedra...a pedra- continuei resmungando.

E finalmente achei a tão procurada resposta:

-Eu sabia!Eu SABIA!

-Já podemos falar?- perguntou mal-humorado Rony, mas mais uma vez não dei atenção.

-Nicolau Flamel- sussurrei teatralmente-“é, ao que se sabe, a única pessoa que produziu a Pedra Filosofal.”- li no livro, finalmente matei a charada.

-A o quê?- perguntaram Harry e Rony juntos.

-Ah, francamente, vocês dois não lêem?Olhem, leiam isso aqui.- e empurrei o livro a eles para que lessem esse trecho:

”O antigo estudo da alquimia preocupava-se com a produção da Pedra Filosofal, uma substância lendária com poderes fantásticos.A pedra pode transformar qualquer metal em ouro puro.Produz também o Elixir da Vida, que torna quem o bebe imortal.

Falou-se muito da Pedra Filosofal durante séculos, mas a única pedra que existe presentemente pertence ao Sr. Nicolau Flamel, o famoso alquimista e amante da ópera.O Sr.Flamel que comemorou o seu sexcentésimo sexagésimo quinto aniversário no ano passado, leva uma vida tranqüila em Devon, com sua mulher Perenelle (seiscentos e cinqüenta e oito anos).”

-Viram?- eu disse, quando percebi que eles haviam terminado de ler.- O cachorro deve estar guardando a Pedra Filosofal de Flamel!Aposto que ele pediu a Dumbledore que a guardasse em segurança, porque são amigos e ele sabia que alguém andava atrás dela, esse é o motivo por que Dumbledore quis transferir a pedra de Gringots.

-Uma pedra que produz ouro e não deixa a gente morrer!Não adimira que Snape ande atrás dela!Qualquer um andaria.- Disse Harry.

-E não adimira que não conseguíssemos encontrar Flamel em “Estudos recentes em magia”.Ele não é bem recente, se já fez seiscentos e sessenta e cinco anos, não é mesmo?- completou Rony.

Esse assunto parecia esgotado e nós não sabíamos mais o que fazer para impedir Snape, decidimos deixar o tempo passar um pouco sem se intrometer na história, antes que tivéssemos algum sinal de Snape querer roubar a Pedra, aí avisaríamos a Dumbledore ou a alguém extremamente ligado a ele, afinal, achamos que não acreditariam em três alunos do primeiro ano se não tivéssemos provas concretas de que Snape roubaria a pedra.Isso então, saiu rapidamente da nossa cabeça e passamos a nos preocupar com outras coisas.De fato, na manhã de hoje, durante a aula de Defesa Contra As Artes das Trevas, Harry tocara num assunto preocupante, que também envolvia Snape:

-Eu vou jogar - disse a mim e Rony.-Se não fizer isso, o pessoal da Sonserina vai pensar que tenho medo de encarar Snape.Vou mostrar a eles...vamos tirar aquele sorriso da cara deles se vencermos.

-Desde que a gente não acabe tirando você da quadra - eu disse.

Harry ficou absorto nesse problema, enquanto, no intervalo da aula, eu e Rony conversávamos sobre ele.

-O Harry vai ficar parecidíssimo com o jeito que ele ficou no primeiro jogo, mais do que nervoso com o Snape apitando.- eu disse.

-É, e o pior é que ele não vai admitir isso nunca, do jeito que ele é...

-Rony, nós temos que ajuda-lo, temos que pelo menos garantir, mesmo que uma garantia pouco confiável, de que Snape não vai fazer com que ele corra perigo.E se ele tentar mata-lo outra vez?

-Eu sei, Hermione, eu bem que queria ajudar, mas o que eu posso fazer, nós vamos ficar que nem o Neville ontem, indefesos contra o Draco, que aliás, vai achar o máximo o Snape apitar o jogo.

-Pois é...- eu disse, e foi aí que me veio uma idéia.

-Rony, eu sei que você vai achar a minha idéia muito idiota, mas olha só, talvez nós podemos conseguir impedir Snape de fazer alguma coisa com Harry se ele começar a ameaça-lo ou jogar aquele feitiço contra Harry...

-Como, Hermione?- falou Rony, com um sorriso debochado.

-Com um feitiço simples, ora, no meio da multidão ninguém vai perceber.Rony, eu sei que de primeira parece uma idéia ridícula, mas eu impedi o Snape de matar o Harry na última vez com um feitiço simples!

-Agora faz mais sentido, mas, Hermione, Que feitiço usaríamos contra ele?

-Quando você falou de Neville e Draco eu me lembrei do Feitiço das Pernas Presas...

-Tá, Hermione, só tem um probleminha, bem pequenininho...-Disse Rony.

-Qual, Rony?

-O fato de eu não saber fazer o feitiço corretamente, e depois você pode fazer isso sozinha!

-Não, Rony, um feitiço lançado por duas pessoas é bem mais poderoso que um, é lógico, você sabe disso!Nós podemos treinar esse feitiço juntos para atingir Snape...

-Tá bom, quando vamos começar?

-Quanto mais cedo melhor, pois o nosso feitiço sairá mais bem feito...Hoje á tarde, pode ser?

-Tudo bem, mas o que o Harry vai dizer disso?Que estamos com medo que ele encare Snape, que achamos que ele não conseguiria enfrenta-lo sozinho...Você o conhece!

-Ele não precisa saber, Rony.

-Ótimo, Hermione, só que como nós vamos explicar para ele os nossos atrasos para estudar junto dele?

-Nós treinamos o feitiço enquanto ele treina Quadribol, o Wood não está pedindo para eles treinarem todos os dias?Então!

-É, cada vez fez mais sentido!Tudo bem, hoje à tarde sem falta na sala do espelho Ojesed?

-É, pode ser, a sala está vazia desde que o espelho se foi...

-À tarde nós treinamos o feitiço um com o outro, depois de Olívio Wood, capitão do time da Grifinória, convocou Harry e o resto do time para treinar, ficamos lá uma hora e chegamos a Sala Comunal antes de Harry, o que foi uma tremenda sorte.

Eu realizei o feitiço corretamente todas as vezes e Rony saiu meio tonto do treino.Já o Rony conseguiu realizar o feitiço poucas vezes, mas pelo menos já decorou a fórmula:

-Locomotor Mortis!

O que é um bom passo, mesmo que pequeno.Adeus diário, te conto como foi o jogo na próxima vez que eu te escreverei.

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O livro de alquimia onde encontrei Nicolau.

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