A casa de Edgar




   Glover tentou fugir, se libertar, para não ser preso, contudo não conseguiu, foi preso em flagrante por suas próprias palavras. O fato de Morgan imobilizar o bruxo e forçar ele beber a poção veritaserium tinha sido motivo obvio para que todos os outros Membros da Ordem a colocassem como nova chefe, mas Morgan não queria isso, ela se achava nova demais para dirigir uma ordem como tal, então sugeriu outra pessoa, Matthew Marsden. O bruxo ficou realmente lisonjeado com a mulher, e aceitou o cargo sem protesto, em seu primeiro ato, ordenou prisão perpetua para Glover em Salem, todos ficaram realmente satisfeito com isso, não só por ele ter sido condenado, mas também por ter passado informações valiosas a eles, como do aliado de Edgar, Bartok.


   Em todo o caso, com a inocência em mãos, Harry agora poderia entrar de volta no Ministério, pegar aurores para a vigia, contar aos bruxos a verdade, que nem tudo está em perfeita paz, que Edgar está juntando um exercito de bruxos para juntar-se ao Lord das Trevas quando ele renascer da morte. Mesmo parecendo um absurdo a sociedade, o fato do renascer do Lord não poderia ser escondido, até porque, ele acha que isso é possível.


   Uma semana depois da audiência, Lawrence, que estava ocupando o cargo de chefe do Departamento dos Aurores, foi preso por ser espião direto de Edgar. Eles não conseguiram muitas informações com bruxo, apenas as coisas que já sabiam, que Edgar e Bartok estavam reunindo bruxos, bruxas e comensais da morte para aguardarem juntos a regressão do Lord das Trevas. Depois da prisão do bruxo, Harry tomou seu posto novamente e foi recebido muito bem pelos aurores do seu departamento. Ele reparou que as coisas estavam mais bagunçadas do que nunca, o tal Lawrence não havia feito nada ali.


   O Sr. Weasley quase quebrou a coluna quando soube que fora indicado para ser o novo Ministro da magia, ele caiu da cadeira e derramou café quente em si mesmo. Rony e os outros ficaram satisfeito com aquela indicação, afinal, o Sr. Weasley tinha tudo para ser um grande Ministro. Kingsley fez questão antes de deixar seu cabinete, de passar todas as informações ao novo Ministro. Os outros amigos ficaram muito bravos quando souberam que ele, Kin, Rony e Ted estavam tramando um plano de defesa contra Edgar.


   - Vocês podiam ter pedido nossa ajuda!


   - Não queríamos passar essas informações para todo mundo – se explicou Kin – sabe como é, tínhamos espiões no Ministério.


   - E também não queríamos envolver vocês em confusão de novo – disse Harry – já lutaram tanto contra Voldemort em épocas passadas...


   - Estamos sempre querendo ajudar querido – disse a Sra. Weasley.


   - Você e Rony não deviam ter escondido essas coisas da gente – disse uma Hermione seria ao lado de uma Gina igualzinha.


   - Bem que eu achei estranho àquela ida a Hogwarts e aquelas coisas de poção troca de corpos – disse Gina.


   - Estamos bem não estamos? – disse Rony irritado com elas – estamos todos juntos agora...


   - Não estamos também em perigo total – disse Ted – estávamos só investigando as coisas.


   - Agora que Harry não corre risco de ser preso podemos capturar o Edgar rapidinho – explicou Kin – além disso, fizemos aliados fortes, Morgan e Marsden estão junto com a gente, quem é Edgar perto deles.


   - Exatamente, exatamente – concordou Harry – e falando em Morgan, ela ainda me deve explicações sobre sua vida passada!


   Morgan havia sumido desde audiência, ela prometeu encontrar eles pouco tempo depois, mas não havia aparecido desde então.


   - Morgan? – repetiu o Sr. Weasley – já ouvi falar nela, dizem que é uma bruxa e tanto!


   - É muito inteligente – disse Harry.


   - Morgan disse que irá marcar um encontro conosco no três vassouras em breve – contou Kin – para discutirmos como pegaremos Edgar e os outros.


 


 


   Dois homens andavam numa noite fria e assombrosa. Um leve chuvisco caia naquela rua deserta, onde a única coisa que se materializava era os corvos. Havia varias casas, imensas, de tamanhos incomparáveis, casas de bruxos poderosos com sangue puro. Ao extremo da rua, bem no fim dela, isolada de todas as casas grandes, estava uma, negra e sombria. As janelas quadradas não escondiam aquela má iluminação amarelada e estranha.


   Os dois bruxos caminhavam rapidamente olhando de esguelha para os lados, eles trajavam capas pretas e capuzes sobre a cabeça, pareciam inquietos.


   - Acha que é verdade? – perguntou um deles enquanto caminhavam em direção da casa preta.


   - O que? – perguntou o outro.


   - O que estão dizendo ai oras – disse o homem impaciente – sobre o Lord das Trevas, acha que ele vai voltar?


   - Sinceramente Dolohov... acho que não... afinal é impossível trazer os mortos de volta a vida.


   - Mas eles parecem tão confiantes – disse Dolohov – até deram um jeito de fazer os comensais da morte fugirem de Azkaban.


   - Sei que parecem, mas reviver uma pessoa? Sinceramente!


   - Parece que está com medo de ver o Lord de novo Rabastan...


   - Sabe que não é isso, só estou dizendo o que acho – indagou o bruxo agora que estavam bem perto da casa.


   - E sua cunhada?


   - O que tem ela? – perguntou Rabastan rispidamente.


   - Ela não estava morta, e agora simplesmente apareceu viva!


   - Deve haver alguma explicação, Bellatriz sempre é imprevisível.


   - Ela vai ter muito que explicar – resmungou Dolohov quando chegaram à frente dos portões da casa.


   Dolohov pegou sua varinha e deu três toques na grade. Algo veio voando de dentro da casa feito um pássaro e parou bem ao lado oposto deles, era uma carta, preta, com dois olhos e uma boca.


   - Identifiquem-se – disse a carta.


   - Antonio Dolohov e Rabastan Lestrange – disse Dolohov.


   - O que fazem aqui? – perguntou a carta.


   - Estamos nos juntando ao chamado de Teobot, para discutirmos o assunto da regressão do Lord das Trevas – disse Rabastan.


   - Diga a frase – mandou a carta.


   - Desprezamos trouxas e sangue ruins, limparemos o mundo dessas raças malditas!


   - Sejam bem vindos a nobre casa dos Teobot – disse a carta e o portão se abriu.


   Os dois bruxos se olharam desconfiados, depois entraram nos terrenos da casa. O lugar era mal cuidado, havia uma pequena estrada de pedra que conduzia até a porta de entrada, ao lado o matagal era enorme, provavelmente não cortavam a grama a um bom tempo. Pouco mais além havia arvores, grandes com galhos assombrosos, o contorno da casa parecia ser feito de madeira, uma madeira escura e velha.


   - Sabe uma coisa que eu tenho notado? – perguntou Dolohov analisando o lugar caminhando.


   - O quanto você está ficando irritante? – respondeu Rabastan mal humorado.


   - Olhe como fala! – advertiu o outro.


   - Não precisa ficar nervoso.


   - Não estou, você que está impaciente.


   Rabastan não respondeu.


   - Já notou sua marca negra?


   - Que tem ela?


   - Está ficando mais nítida a cada dia que passa – disse Dolohov – acha isso normal?


   - Não sei.


   - Nos últimos anos ela esteve quase apagada – o bruxo esticou a veste de seu braço e mostrou a marca negra para o outro – está vendo, está mais forte, talvez isso seja um sinal que o Lord das Trevas está prestes a retornar.


   - Só acreditarei nesse assunto quando acontecer – disse Rabastan agora que chegaram frente à porta da casa.


   Ele girou a maçaneta e entrou, Dolohov o seguiu. O hall de entrada meio sem nexo, não tinha nenhum móvel, nem quadro, nada. O lugar era mal iluminado, apenas um lampião enfeitiçado para flutuar emitia luz. Na esquerda havia uma escada que levava ao andar de cima, ao lado direito uma porta que provavelmente levava a outros cômodos, e a frente um longo corredor onde bem no fundo havia uma outra porta entreaberta onde uma luz amarelada atravessava os vãos.


   Eles se adiantaram e começaram a andar em direção da porta entreaberta ao fundo, quanto mais se aproximavam, mais começavam a ouvir murmúrios. Dolohov se pos à frente e empurrou a porta revelando um novo lugar. Havia muitos bruxos ali, a maioria conhecida, parceiros comensais da morte, a sala era grande e circular, no centro dela tinha uma grande mesa redonda com varias cadeiras postas em volta, em cima da mesa havia umas jarras onde os presentes se serviam de alguma bebida, no teto havia um globo onde uma luz amarela forte iluminava o lugar, as paredes provavelmente eram brancas, mas estavam tão sujas que um bruxo qualquer podia achar que eram cinzas, parecia também que tinha sido escovada fortemente no passado.


   Olhando ao redor da mesa os dois começaram a reconhecer os bruxos que estavam presentes, uns eles nem sabiam que ainda estavam vivos, Lucio Malfoy, Augusto Rookwood, Rodolfo Lestrange, Barto Crouch Jr, Aleto Carrow, Amico Carrow, Mulciber, havia também uns outros que eles não conheciam...


   - Chegaram mais cedo do que o esperado – disse uma voz feminina atrás deles.


   Era Bellatriz.


   - Pelo jeito conseguiu juntar todo mundo, e um pouco mais – riu Dolohov satisfeito em ver os velhos comensais da morte.


   - Todos ainda fieis como sempre – disse ela passando o olhar para Rabastan – por que esta com essa cara?


   - Impressionado apenas que ainda esteja viva – disse ele.


   - Tenho meus meios para me manter viva se quer saber – disse ela fechando a cara – podem se sentar começaremos a reunião assim que chegarem todos.


   - É melhor que essa reuniãozinha não nos leve para Azkaban de novo – advertiu Rabastan.


   Bellatriz ignorou o comentário e deu as costas. Ela ficou parada na frente da porta com os braços cruzados, parecia impaciente, uma vez ou outra ela colocava a mão na cabeça e fechava os olhos irritada.


   - Não acredito que ainda esteja aqui, Malfoy – disse Dolohov sentando-se, Rabastan fez o mesmo.


   - Surpreso? – perguntou Lucio amargamente – sabe que estou sempre disposto a ajudar o Lord das Trevas.


   - Lord das Trevas? – disse a Aleto se curvando – ele está morto, não tem como trazê-lo de volta!


   - Não diga bobagens – disse Barto – nada é impossível para o Lord!


   - Sei que ele é incrível e tudo mais, mas reviver!


   - Concordo plenamente com você minha cara Aleto – disse Rabastan pegando um copo limpo na mesa e se servindo no liquido que havia na jarra.


   - Parece que muita gente aqui não confia muito nessa regressão – comentou Rodolfo.


   - Eu acredito – se apressou a dizer Dolohov.


   - O lord das trevas saberá quem não confiou em sua volta – disse Barto – vocês vão ser torturados.


   - Não tente saber o que o lord das trevas faria – disse Lucio irritado – a mente dele é uma caixinha de surpresas.


   - Acha que quando ele voltar, ele vai te receber de braços abertos? – perguntou Barto rindo – não mesmo Lucio, você foi um dos mais infiéis servos!


   - Estou ajudando em sua regressão, vou ser recompensado!


   - Vai acabar com uma mão de prata igual o Rabicho, isso sim – disse Amico.


   - Não vou discutir com vocês.


   - Nem tem o que discutir né – riu Barto, alguns riram também.


   - Alguém ai sabe como ela sobreviveu? – perguntou Rabastan apontando para Bellatriz – me lembro de ter ouvido comentários dela ter sido morta quando estavam me levando para Azkaban.


   - Eu ouvi também – disse Rookwood – morta por alguém da família Weasley.


   - Weasley? – repetiu Lucio.


   - Isso, mas não sei como está viva.


   - Ela tinha muita intimidade com o Lord das Trevas – disse Rodolfo parecendo mal humorado – ele deve ter ensinado uns truques para ela.


   - Sei muito bem os truques que ele ensinou pra ela – riu Lucio – um belo de um cruciatus por ela ter perdido um objeto em Gringotes para Potter.


   Bellatriz continuava na porta com os braços cruzados sem sequer ouvir a conversa deles, ela estava estranha.


   - Onde está esse tal Teobot? – perguntou Rabastan.


   - Saiu com Fenrir há pouco tempo – respondeu Lucio.


   - Fenrir? Fenrir Greyback? – perguntou Dolohov.


   - Ele mesmo.


   Um barulho ranzinza soou, alguns viraram a cabeça para ver o que era. Um novo visitante tinha chegado, era Yaxley, estava cumprimentando Bellatriz. Alguns à volta soltaram uma exclamação de surpresa. O bruxo caminhou até a mesa e se juntou a eles. 


   - Yaxley seu desgraçado, está vivo ainda – disse Aleto se levantando furiosa.


   - Se acalme ai Aleto – advertiu Bellatriz olhando a mulher – Yaxley é um dos nossos.


   A bruxa se sentou inconformada, mas continuou lançando olhares ao novo membro. A discussão na mesa voltou, Dolohov e Rabastan foram apresentados aos bruxos que eles não conheciam, eram, diziam eles, seguidores de um tal Bartok.


   - Nunca ouvi falar – resmungou Rabastan.


   - Ele pode te matar... num piscar de olhos – disse Lucio.


   - Quero ver ele tentar!


   - Ousa questionar os poderes do mestre Bartok? – este era Yorgo.


   - Não me intimido com qualquer um!


   - Ele não é um qualquer – disse Dimitri.


   Depois de algum tempo de conversa, a porta da sala se escancarou e um Edgar mal humorado entrou sem dizer nenhuma palavra. Atrás dele vinha um outro bruxo, desconhecido para os comensais morte de Voldemort, mas muito conhecido para Yorgo e os outros, Bartok.


   - Estão todos aqui? – perguntou Edgar se sentando na mesa, Bellatriz veio logo atrás junto com Bartok e se sentaram.


   - Onde está o Fenrir? – perguntou Lucio.


   - Já vem ai, está dando ordens aos outros lobisomens – disse Edgar.


   - Então, o que estamos fazendo aqui? – perguntou Rabastan impaciente.


   - Estamos aqui para por em dia as informações e nossos planos – disse o bruxo – e também reunir de volta os que são fiéis ao lord das trevas.


   - Você não era tão fiel ao Lord em tempos antigos – atacou Rookwood.


   - Os tempos mudam – disse ele – agora...


   A porta voltou a se abrir e Greyback entrou seguido por alguns de seus homens, um deles estava trazendo um corpo em seus braços, o lobisomem caminhou para perto de Edgar, os outros se acomodaram perto da parede, de pé, ao redor da sala.


   - Devemos matá-lo? – perguntou Greyback se inclinando e indicando o corpo que estava nos braços do lobisomem na parede.


   - Ainda não, sente-se – mandou Edgar levantando – então vamos ao que interessa – ele sacou a varinha do bolso e facilmente fez o corpo voar da mão do lobisomem e sair flutuando pela sala indo parar bem em cima da mesa.


   O corpo do homem estava coberto de sangue, havia alguns hematomas roxos em volta da pele, provavelmente tinha sido torturado, na sua face havia alguns cortes, dificultando assim distinguir quem era o homem, alguns dos bruxos em volta da mesa fizeram uma careta de nojo ao ver o corpo.


   - Jantar? – perguntou Amico.


   Alguns riram.


   - Figuradamente para vocês, literalmente para os lobisomens – respondeu Edgar sem dar muito credito ao comentário – alguém sabe quem é esse?


   Alguns se inclinaram na mesa para ver melhor, murmuraram uns cons outros, mas ninguém arriscou um palpite.


   - Bartok, por favor.


   - Zacharias Smith, professor de defesa contra as artes das trevas de Hogwarts – respondeu.


   - Para que trazer um professor de Hogwarts para cá? – perguntou Barto olhando Zacharias.


   - Irei explicar – disse Edgar – eu e Bartok... ah, vejo que alguns aqui não conhecem ele, permita que eu apresente – ele fez sinal para o bruxo se levantar – Bartok é meu aliado, está ajudando-nos a trazer o lord das trevas de volta a ativa.


   - O lord morreu – disse Aleto.


   - Morreu – disse Bellatriz – mas ele pode voltar.


   - Como?


   - Não precisamos falar pra vocês como – disse ela – bastam saber, que é possível!


   - Só vou acreditar quando acontecer – disse Aleto cruzando os braços.


   - Acha que tiramos vocês de Azkaban à toa? – perguntou Yorgo.


   A bruxa não respondeu, então Edgar se sentiu convidado a continuar seu discurso.


   - Bartok é um bruxo jovem ainda, tem apenas dezessete anos, estuda em Hogwarts...


   Ele se calou, alguns na mesa começaram a rir, outros balançaram a cabeça em indignação, os seguidores de Bartok olharam feio para os comensais.


   - SILÊNCIO! – gritou Edgar dando uma bancada na mesa, e todos se calaram – estão achando que isso é brincadeira?


   - Não, mas um bruxo de dezessete anos... – começou a dizer Rabastan.


   - E quantos anos tinha o bruxo que matou o lord das trevas? – perguntou Greyback – quantos?


   O outro não respondeu, fechou a cara.


   - Se ninguém aqui sabe, Potter tinha apenas dezessete anos quando matou o Lord das Trevas, então não subestimem um bruxo jovem.


   - Bruxos jovens são muito perigosos – disse Edgar – conheci muitos.


   - O nosso lord era talentoso quando jovem também – lembrou Bellatriz.


   Ninguém falou mais nada, todos pareciam ter entendido o recado.


   - Está certo então – disse Amico ainda inquieto com o corpo – por que esse corpo está aqui?


   - Ele está aqui porque vamos nos utilizar dele – disse Edgar – e vamos nos utilizar de outros.


   - Outros? – perguntou Yaxley – vai fazer algum tipo de leilão é? – alguns riram.


   - Greyback, pode buscar para mim? – perguntou sem dar atenção – segundo quarto à esquerda.


   O lobisomem levantou sem protesto e caminhou para fora da sala. Edgar meteu a mão no bolso e tirou um pequeno papel.


   - Engorgio – murmurou e o papel ficou enorme – então – começou ele – vamos ao que interessa de uma vez, precisamos trazer o lord das trevas de volta a vida, isso é possível? Sim é possível, e descobrimos isso graças a nossa amiga Bellatriz Lestrange.


   A bruxa deu um sorriso, depois balançou a cabeça inquieta, colocou a mão sobre ela.


   - Por pura sorte eu tive o prazer de encontrá-la, quase morta, porém ainda assim ela conseguiu mais informações do que muitos de nós. Estivemos agindo sozinhos... eu, Bella, Lucio e Greyback, algumas vezes tivemos ajuda do Bartok para concluir nossos planos de trazer o Lord de volta, mas nossos esforços foram por água abaixo nessas ultimas semanas.


   “Estávamos com um espião no Ministério da magia, Bartok tinha conseguido fazer Potter ser expulso de lá por receber a culpa da fuga de vocês de Azkaban, tínhamos ajuda de Glover, o chefe da ordem de Merlim, estava tudo em perfeitas condições, contudo Potter conseguiu interferir em nossos planos”.


   “Glover, que estava dominado por uma jinki, desde meu ultimo encontro com ele é claro, foi condenado no lugar de Potter para a prisão, por ter sido o mandante da fuga de vocês, foi ele quem mandou Andrew para lá aquele dia, e nosso espião no Ministério foi pego também, parece que usaram um Veritaserium muito forte no Glover e ele acabou entregando ele”.


   “Graças a isso, perdemos nosso comando na ordem de merlim, e perdemos nosso espião no Ministério, tínhamos em mente ter um Ministro, mas como nosso querido Glover falhou, vamos ter que usar o plano B. O que precisamos para trazer o lord das trevas de volta do mundo dos mortos, para a viva, está dentro do lago de Avalon, acredito que muito de vocês já ouviram falar de Avalon, é uma escola de magia e bruxaria fundada pelo mago Merlim”.


   “Bellatriz descobriu algo inquietante que tem naquele lago, muito raro, que ajudará na regressão do Lord. Apesar de termos todas as informações na mão, não podemos chegar em Avalon já que sua localização é muito bem escondida, o único jeito de chegar lá é usando o armário do código, objeto muito antigo, porém, muito valioso”.


   “Conseguimos um armário do código... nosso amigo Yorgo, vampiro por muitas gerações, sabia o local exato de onde encontrar um, na casa de um tal Lovegood, Xenofílio Lovegood não? Então, fizemos a encomenda do armário para Yorgo, ele conseguiu é claro, teve que matar o pobre Xenofílio, pena...”.


 


- Já fez o pedido da nossa encomenda? – perguntou Greyback encostando-se em uma arvore.


   - Já sim... Yorgo não deve se demorar para trazer seu pedido.


   - Nós esperamos ansiosamente...”.


 


“- Então? – perguntou Edgar, agora finalmente, demonstrando algo em seu rosto...curiosidade.


   - Sua encomenda está a caminho – respondeu Yorgo encarando o outro – foi mais fácil do que imaginamos, acredito que nem o ministério irá perceber”.


 


   “Em todo caso, o Ministério da magia não sentiu nenhum pouco a falta do armário do código” falava Edgar sem parar “uma sorte para nós, nosso espião conseguiu o código pra gente, afinal ele era o chefe do departamento dos aurores e acreditávamos que...”.


   Edgar parou de falar, a porta da sala havia se aberto Greyback entrou por ela carregando dois corpos, um em cada braço, Bellatriz arregalou os olhos ao ver de quem eram...


 


   A uns trinta quilômetros daquela casa, Harry subia a escada segurando um copo de água que escutara Gina gritar para ele trazer, indo em direção de seu quarto. Ele estava irritado com algo estranho que sentia em sua cabeça, estava sentindo agulhadas na cicatriz desde que esposa tinha ido tomar banho, o que está havendo? Claro, eu estou chateado por Morgan ter nos deixado no vácuo há duas semanas, mas talvez isso não seja um assunto que mecha com a cicatriz. Na parte de baixo da casa estava Lílian brincando com Hugo, que estava com Rony, ambos estava fazendo uma visita a casa deles. Outra agulhada na testa...NÃO! Pare, não quero sentir mais nada ai! Eu sei me controlar, posso estar irritado com aquela mulher de novo, mas não é motivo para tanto. Entrou no quarto escuro e caminhou um pouco nele sem acender as luzes.

   Sentiu um puxão, o copo caiu no chão, mas o tapete fofo amorteceu o barulho, sentiu os braços dela, os lábios dela, ela sorriu, era tudo que podia ver na naquela penumbra escura, e o cheiro, cheiro de pele fresca, de banho... 

   - Até que enfim, a Lílian não te deixa mais em paz – riu Gina – vou ficar com ciúmes.

   Ele riu leve, a cabeça doída. 

   - Sabe como ela é, agora agüenta.

   Gina o olhava séria, ou parecia olhar, estava escuro. 

   - Você tem cara de safado – sibilou ela. 

   - Eu tenho cara de safado? – outra agulhada na cicatriz. 

   Ela sorriu, passou a mão no rosto dele, ele a abraçara. 

   - Não tem não – ela fechou a cara.– o que foi? 

   -Hã? – ele meio que despertou, “Pôxa... que hora pra começar a doer...” – nada, mas você me deve um beijo...
 
   Gina não se moveu. 

   - Harry... 

   - O que foi? 

   - O que está acontecendo? – ela começou a tremer – o que é isso? 

   - Isso o quê pombas? – “Não seja grosso com ela seu idiota!”.


   - Harry... seu rosto está estranho... 

   - Como assim? – seu coração apertou. 

   Ela acendeu a luz do quarto com a varinha e o olhou com terror. 

   - Está aberta! Harry! Você está sangrando um monte! 

   -Como? – passou a mão no rosto – que DROGA! 

   Seu sangue estava escorrendo pelo rosto, até a Gina estava suja de sangue, era uma visão horrível, ela suja de sangue, sussurrou. 
   - Você se sujou... 

   - Harry, você não está legal, devia deitar... quanto sangue... – ela dizia preocupada apertando um lenço contra a cicatriz. 

   - Não aperta...dói mais! 

   - Desculpe. 

      Escutou barulho das escadas, alguém estava subindo ali, não demorou para ver uma pequena Lílian na porta.

   - Pai...  a tia acabou de aparatar lá na sala querendo falar com vo... – mas ela parou ao ver a cena.

   - Ele ta sangrando muito! – disse Gina nervosa. 

   Uma outra pessoa entrou no quarto atrás de Lílian, era Hermione. Hermione parou no meio de um grito, e olhou para Gina assustada e para Harry que agora apenas segurava o lenço no rosto, sentindo um estranho zunido nos ouvidos... 

   “Eu lembro dessa sensação... não gosto... não gosto mesmo...”


   - Harry está me ouvindo? – perguntou Hermione. 

   - É a cicatriz que está sangrando, não meus ouvidos! – “não seja grosso!”. 

   - É melhor deitar. 

   - NÃO! – ele não sabia se protestava com elas ou contra a dor lancinante. 

   - Harry... ela está certa – disse Gina. 

   - Eu não quero deitar ta bem? – disse – não quero mesmo... 

   - Papai...? – sibilou Lílian assustada.


   - Lílian chame o Rony pra mim – mandou Hermione correndo até perto dele.

   -Caramba... – resmungou Harry fechando os olhos com a dor. 

   Mal reparou que estava escorregando, Gina tentou segurá-lo, mas ele acabou sentado no chão...


   Então Rony apareceu na porta, ofegante, tinha subido correndo. Olhou para ele, e a primeira coisa que disse foi:

   - Hermione... vá chamar alguém... – entrou no quarto e se abaixou ao lado do amigo – sua cicatriz está sangrando...isso não é normal... Mione vai logo!

   Foi à última coisa que ouviu antes de desmaiar...


      
   Essa horrível sensação de pressão nos ouvidos e dor intensa, a garganta arranhando tanto que parecia se rasgar, ele conhecia, odiava, lembrava dessa sensação, de ter a mente invadida, Voldemort fazia muito isso... mas quem era agora... será que era Bellatriz? Não, ISSO ESTÁ ERRADO, sentia-se como se estivesse sendo possuído, se debatia horrivelmente... ele fechou os olhos tentando se concentrar, tentando fazer aquela dor parar...


   Abriu os olhos, estava numa sala, numa sala circular, ela era bem suja... havia um globo no teto onde uma luz era emitida, no meio havia uma mesa, uma mesa redonda, havia vários bruxos sentados em volta dela, no meio da mesa tinha um corpo, ele não reconheceu de quem era... sentiu uma dor terrível vindo de dentro... agora ele estava na mesa, estava sentando, era um dos bruxos... olhou em volta e começou a reconhecer os outros... Lucio Malfoy... Barto... Crouch Jr, não é possível, está vivo.


   - Cubra seu rosto Bartok – mandou uma voz à esquerda.


   Ele olhou bem a tempo de ver um bruxo cobrir a cabeça, não conseguiu ver o rosto dele, mas sabia que o conhecia, tinha visto ele... era aquele da floresta... que estava em Hogwarts... e o outro era... Edgar.


   - Greyback está com alguém que você provavelmente conhece – explicou Edgar.


   Bem ali atrás caminhando, segurando dois corpos, um em cada braço, estava Greyback. O lobisomem andou até a mesa, dois bruxos afastaram as cadeiras para ele passar, Greyback atirou os corpos na mesa junto com o outro que já estava lá, depois voltou e se sentou perto de Edgar.


   - Creio que você pode identificar esses dois corpos antes que eu possa prosseguir, Lucio – disse Edgar indicando a mesa.


   Lucio Malfoy se levantou da cadeira meio desconfiado, olhou os corpos, com a varinha deu uma cutucada nos rostos deles, Harry esticou o pescoço para ver quem eram...


   - É o Draco – disse Lucio sem demonstrar compaixão alguma – e o outro... acredito que seja...


   - Escórpio Malfoy, seu neto – disse Harry, mas não era sua voz, era uma voz feminina, uma voz que ele conhecia, era a voz de... Bellatriz.


   - Claro... Bella – disse Lucio olhando para Harry – realmente pensei que... era um Malfoy.


   - Vamos, podemos prosseguir então – disse Edgar.

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