A Encomenda



Algo corria na floresta. Corria bastante. Estava desesperado. A única fonte de luz vinha de sua varinha, seu capuz cobria seu rosto por completo. O vento soprou frio. O que tinha acabado de fazer o tinha abalado muito. Harry Potter estava ali, isso era perigoso. Afundou-se mais e mais para dentro daquela densa floresta, já estava saindo dos encantamentos que rodeavam a escola quando os encontrou.


   - Idiotas – urrou assim que dois vultos apareceram diante de seus olhos – sabe..sabe...


   - Porque essa exaustão? – perguntou o vulto mais próximo – não fez o que lhe pedimos?


   - Claro que fiz... – respondeu ainda nervoso – mas vocês nem sabem quem está aqui... nesse momento...no castelo...


   O segundo vulto deu um passo para mais perto dele.


   - Quem? – perguntou uma voz feminina por baixo do capuz.


   - Potter – sua voz saiu rouca, seus olhos se contrariam – Harry Potter...


   - Ah! Então ele está aqui – disse o primeiro vulto – temos que ter cautela então.


   - Você é um desgraçado Greyback! – urrou de novo o bruxo.


   - Oh, oh, vai com calma garoto – disse Greyback erguendo as mãos – você já provou sua capacidade.


   - É melhor responder minha questão agora de uma vez por todas – ele avançou rapidamente contra o outro colocando a varinha sobre seu pescoço e apertando com raiva – me arrisquei muito fazendo isso...


   - Sabe que nós mesmos faríamos se não fosse pelo feitiço de proteção que esse...castelo tem – argumentou a voz feminina do outro vulto.


   - Já dei minha prova – disse ele abaixando a varinha do pescoço de Greyback – agora me diga...


   - Se acalme jovem... – Greyback lançou um olhar ameaçador pra ele – Bartok, como prefere ser chamado.


   - Sabe que eu posso acabar com vocês dois agora mesmo!


   O vulto feminino deu uma gargalhada.


   - Então nos mate – ela desafiou ainda rindo – acabe com nossos planos.


   Bartok, porém, apenas lançou um olhar desconfiado para os dois.


   - O que querem de mim então?


   - Já fez o pedido da nossa encomenda? – perguntou Greyback encostando-se em uma arvore.


   - Já sim... Yorgo não deve se demorar para trazer seu pedido.


   - Nós esperamos ansiosamente...


   - Você ainda não me respondeu, por que matar o garoto?


   - Ele iria saber demais – disse a mulher.


   - Nada que um feitiço da memória não resolve-se – retrucou Bartok com raiva.


   - Feitiços da memória não são imbatíveis – disse uma outra voz que não estava presente.


   Som das folhas sendo esmagadas, pisadas por sapatos, um novo vulto surgiu do extremo da floresta. Este não estava usando capuz na cabeça, sua face era literalmente visível, seu rosto de poucos amigos espantou Bartok.


   - Nunca esperei algo tão absurdo vindo de sua boca – disse olhando o novo recém chegado.


   O outro apenas lhe lançou um olhar frio e ameaçador.


   - Não me olhe desse jeito, deve a mim sua liberdade! – rosnou Bartok.


   - Fico muito grato por isso – respondeu Edgar sentando-se no chão, mas com uma expressão no rosto que transmitia ódio – esperava que você fosse mais inteligente garoto, pela fama que os seus seguidores lhe trazem...


   - Não pense em me insultar Teobot...


   - Cale a boca – rosnou Edgar agitando a varinha tão rápido quanto um piscar de olhos.


   Bartok se engasgou com algo e não conseguiu mais emitir som algum de sua boca.


   - Fase A do plano já está feita – se apressou a dizer Greyback – só estamos esperando a encomenda.


   - Enquanto esperamos você pode nos fazer um outro favorzinho – disse a mulher para Bartok.


  O outro a olhou, sem emitir som algum de sua boca. Edgar moveu novamente a varinha e retirou o que o impedia de falar.


   - Não vou fazer mais nada pra vocês, esqueça, vocês três que se virem – disse irritado virando as costas.


   - Crucio!


   Algo muito forte o acertou nas costas. Edgar o havia atacado. Bartok começou a agonizar de dor no chão, seus berros eram altos, a mulher apenas tinha começado a gargalhar, Greyback o olhava com nojo, o bruxo urrava de dor no chão...


   - Vai fazer o que mandarmos você fazer – disse Edgar parando a maldição.


   O outro cambaleou, de joelhos no chão, o brilho de seus olhos tinha sumido, algo feito água caiu de seu capuz ao chão, mas ele percebeu, não era água, era sangue.


   - O que...querem agora? – ofegou.


   - Escórpio Malfoy – disse Edgar sem demonstrar expressão alguma em seu rosto, como se não tivesse sentimento algum – ele tem algo que nos pertence.


   - E...o que... é?


   - Um bracelete...traga-o aqui para nós...temos muito a resolver com ele.


   Bartok se levantou.


   - Está...certo...


   - Não fique zangado – disse Greyback do outro lado cruzando os braços – se você não cooperar o renascimento do Lord das Trevas nunca irá acontecer.


   - Está certo! Eu o trago aqui! – disse irritado.


   - Isso que queríamos ouvir.


   O vento sobrou forte, um clarão negro soou em volta deles, de repente, um outro homem surgiu naquela roda de bruxos. Este tinha o rosto extremamente pálido e cabelos cumprimos.


   - Yorgo? – exclamou Bartok surpreso ao vê-lo.


   Os outros três fitaram seus olhos no recém chegado.


   - Então? – perguntou Edgar, agora finalmente, demonstrando algo em seu rosto...curiosidade.


   - Sua encomenda está a caminho – respondeu Yorgo encarando o outro – foi mais fácil do que imaginamos, acredito que nem o ministério irá perceber.


   - Isso é ótimo – disse Edgar dando um leve sorriso – cada vez mais perto de trazer o Lord das Trevas de volta a ativa...


   - Bom, mas o que você pretende agora? – perguntou Greyback – poção polissuco? – riu, o outro também riu de leve.


   - Poção polissuco? Quanta imaturidade – debochou Edgar, e o outro se calou, a mulher deu uma gargalhada de satisfação – isso é algo meio obvio...faremos uma coisa que seja mais do que uma simples poção polissuco, algo que não nos descubram facilmente.


   - Não precisamos exagerar muito, aquele Ministério está em decadência – advertiu a mulher.


   - Andrew afirmou que o Ministério está com problemas mesmo, acho que se for agir, esse é o momento – comentou Yorgo.


   - Só precisamos de mais uma coisa antes de começar a agir – disse Edgar – Bartok vai ter que fazer mais um favorzinho pra gente...


 


 


   - O quadro dele foi retirado, ele não foi incluído aos diretores de Hogwarts...


   - Então inclua-lo – disse Harry se virando para sair da sala do diretor, mas parou na porta – aonde eu vou ficar? – nunca na vida tinha passado em sua cabeça sobre aonde os professores dormiam.


   Flitwick o dirigiu a uma sala no terceiro andar, era pequena, para uma pessoa só, tinha uma cama bem grande, ele nunca tinha imaginado que havia uma sala dessas na escola, talvez não estivesse incluída no mapa do maroto. Ele entrou, fechou a porta, suas coisas estavam ali. Despiu sua camisa, ela estava toda rasgada por causa dos feitiços que o atingiram, se aproximou de um espelho que havia ali e analisou seu próprio corpo. Conseguira adquirir umas marcas roxas nas costelas. “Espero que eu tenha te deixado pior” pensou amarrando a cara, quando trocou toda sua roupa por um pijama. Atirou-se na cama exausto. Estava frio, por um segundo desejou que Gina estivesse ali do seu lado, para abraçá-la, era tão bom. Com ela, ele esquecia de todos os problemas. Deixou seus pensamentos vagarem sob sua cabeça até que finalmente, adormeceu.


    Seu despertar veio com um barulho vindo dos corredores. Barulho de armaduras rolando pelo piso de mármore ecoando em alto som. Abriu os olhos e foi pego por um clarão de luz em seus olhos. Meteu a mão ao lado da cama para achar seus óculos. Os encontrou. Colocou-os no rosto e se levantou. Os cabelos estavam despenteados, nunca tinha conseguido ajeitá-los mesmo. Tirou a parte de cima do pijama e se olhou no espelho de novo. A marca daquelas magias ainda estava em seu corpo. Mirou os olhos para seu braço esquerdo, havia ainda a cicatriz do ataque de Greyback. Balançou a cabeça, e começou a se trocar, em pouco tempo estava pronto. Caminhou até a porta e a abriu. O corredor estava vazio, ele nem sabia que horas eram na verdade. Saiu andando e viu de relance a porta do quarto mudar de forma e ficar igual à cor da parede. Seu estomago lhe deu um cutucão, e ele percebeu, estava com fome. Começou a se dirigir ao salão principal. Hogwarts, como era bom esse lugar. Olhava de um lado para o outro como se fosse a primeira vez. Chegou às escadas e desceu-as. Deu uma olhada para uma certa porta no corredor do segundo andar. Ele, Rony e Hermione uma vez tinham se trancado lá para fazer poção polissuco. Deu uma risada, por um segundo desejou ter uns dezesseis anos só para estar aqui de novo, na sala comunal, no quadribol...


   - TIO!


   Algo se chocou contra as costas dele e lhe apertou em um abraço muito forte. Mal estava conseguindo respirar quando olhou para o lado de viu.


   - Dia Vic... – ofegou quando ela o largou.


   -Você veio mesmo – exclamou Victoire lhe lançando um sorriso.


   - É né – disse começando a caminhar de volta em direção do salão.


   - Os outros ainda estão dormindo, vão ter uma surpresa em saber que você está aqui – disse ela – principalmente o Alvo, ele estava muito empolgado quando recebeu aquela carta.


   - Imagino...


   - O que é essa cicatriz no seu braço?


   “Menina xereta, não sei como é filha de Gui e Fleur” pensou.


   - Briga... – disse ele, e a garota arregalou os olhos.


   - Os outros estão bem?...


   - Claro, menos o Rony, foi atacado por um lobisomem recentemente...mas nada grave – se apressou a dizer.


   -Tem visto meus pais ultimamente? – perguntou ela quando já estavam à frente da porta do salão.


   - Não – “Realmente Gui e Fleur andam meio sumidos” – mas estão bem.


   - Que bom – disse ela.


   Harry entrou no salão, ele estava literalmente vazio, os dois eram os primeiros a chegar. Passou os olhos em volta, nem sabia aonde ia se sentar. “Ora, você é um visitante não é, não pode ir a mesa dos professores”. Decidiu ir mesmo a velha e aconchegante mesa da Grifinória. Victoire ao seu lado tinha acabo de fitar a mesa da Corvinal e soltou um soluço ao seu lado.


   - Que foi?...


   A garota colocou a cabeça em seu ombro as lagrimas.


   - Ele morreu... mataram ele – soluçou a voz dela – nos contaram ontem a noite...


   - É lamentável – disse dando um tapinha nas costas dela em consolo.


   - Ele era um garoto legal...tio – olhou-o e o encarou com os olhos brilhando de água – foi um dos meus primeiros amigos aqui na escola.


   - Sei como é, perder amigos e pessoas de quem gostamos –os dois voltaram a caminhar para se sentarem na mesa. – perdi muitos quando eu tinha a sua idade, eram pessoas incríveis.


   Mal se sentaram, e magicamente a comida apareceu na frente deles. Um rugido de triunfo veio de dentro de sua barriga. Os dois começaram a se servir.


   - Onde está o corpo... dele? – perguntou ela ainda triste.


   - Acredito que já o levaram daqui – respondeu calmamente – ontem a noite mesmo... – ele olhou para a garota – olha, sinto muito, mas não consegui capturar o assassino, levei uma surra para ser mais sincero.


   - Não tem problema tio... é apenas tristeza...


   -Vai passar.


   Os dois começaram a comer em silencio. Harry decidiu deixá-la quieta para pensar melhor no ocorrido. A cada segundo lançava olhares para a porta do salão ao ver alunos entrando para tomar o café da manhã, estava ansioso para ver o pequeno Escórpio, nem tinha tramado uma estratégia para pegar o bracelete dele. E se estiver dentro da sala comunal da Sonserina? “Persuada o Slughorn” disse uma voz em sua cabeça. “É verdade, eu posso”.


   - Pai!


   Outra coisa se chocou ferozmente a suas costas e quase fez ele se afogar com as torradas. Era Alvo. Junto com ele estava Rosa, Tiago e Fred.


   - Tudo bem? – perguntou se virando e analisando o filho como se procurasse alguma evidencia de duelo.


   - Bem – respondeu Alvo se sentando ao seu lado.


   - Oi tio – Rosa lhe deu um beijo no rosto e se sentou ao lado do primo.


   - Fala Tio Harry – disse Fred lhe dando um soco leve no braço.


   - Vejo que estão bem – disse harry dando um sorriso para cada um, depois encarando Tiago – e você, como está? Está bem – colocou a mão na cabeça do menino – não saiu por ai na floresta proibida de novo saiu?...


   - Para com isso pai – disse o garoto ficando vermelho – todo mundo vai tirar com a minha cara se ver...


   - Fica quieto, tenho que ver se você está bem, sua mãe me mataria se não estivesse...


   Rosa riu. Tiago amarrou a cara, depois se sentou também.


   - Que você tem Vic? – perguntou Alvo.


   - Deve estar brava com aquele Roran ainda – disse Fred que enfiava meio pão de uma vez só na boca – la...eh...idta...hm...ficr...pnsr...nsso. – completou com a boca cheia.


   - Não é isso – explicou Harry “não fale nada, os estudantes mais jovens provavelmente não tenham sido informados”.


   - O que é então?


   - É...


   Para sua sorte foi salvo por um professor Flitwick, que estava na porta do salão principal lhe dando um aceno com as mãos para ele se dirigir até lá. Foi um alivio não ter que explicar nada para seus sobrinhos do ocorrido na noite passada, mas duvidava que eles ficassem sem saber por muito tempo, havia muita gente ainda no corredor quando aquele vulto carregou o garoto à força para a floresta.


   - Vejo vocês mais tarde – disse se levantando sob olhares de todos – tenho uns assuntos para resolver... se comportem na aula.


   “Que você quer Flitwick!”.


 


   - QUE!


   Harry soltou um grito de exclamação pelo que o diretor acabara de lhe propor. Sim, era o que ele menos queria, contudo era uma chance para se aproximar de Escórpio.


   - Só por alguns dias Potter, por favor – disse Flitwick – Madame Pomfrey disse que o prof. Smith se encontra impossibilitado de dar aula...


   - Sei – “Uma ova que está, deve estar querendo descansar isso sim” – e os outros também?...


   - A não, parece que só o Smith se deu mal mesmo, McGonagall, Slughorn e Longbotton estão em condições – disse ele.


   “Eu sabia, é manha desse Zacharias, eu mesmo vou estuporá-lo quando tiver oportunidade”.


   - Está bem, eu dou aula – disse vencido – mas só até Zacharias estar em condições está certo?


   - Eu sabia que você ajudaria – disse Flitwick tirando uma lista de horários do bolso e lhe entregando – aqui estão as aulas dele hoje.


   Harry pegou, passou os olhos. “Ah não”. Tinha que dar aula ao primeiro ano as nove e meia Grifinória e Sonserina a turma, depois passaria para uma turma do sétimo ano, Grifinória e Sonserina de novo, e em seguida para uma do quarto, Lufa-lufa e Corvinal. “Por que sempre colocaram Grifinória e Sonserina juntos? É pra eles se matarem mesmo?” pensou quando recebeu um cutucão nas costas.


   - E ai Harry!


   Um homem com uma cara muito redonda estava ao seu lado sorrindo a beça.


   - Neville! – exclamou dando um abraço no velho amigo – você está o.k já?


   - Claro que sim, foi só um feitiço estuporante não é? Nada de mais, só o Zacharias que ta fingindo que foi algo fatal – disse rindo.


   - É um idiota mesmo...


   - Disseram que você perseguiu...


   - A pessoa que tinha atacado vocês? Persegui sim – disse ele – mas não fui nada bem, ele escapou fácil e ainda me deu uma surra – “Será que devia contar a Neville tudo que estava acontecendo fora de Hogwarts” “Melhor não, por enquanto”.


    - Soube que o Mallot morreu – comentou Neville baixo – ele era um bom estudante, tinha tirado boas notas nos N.O.M.s da minha matéria.


   - É uma pena mesmo, mas levaram seu corpo daqui ontem à noite, deve estar em velório há essas horas, os pais deles devem estar chocados...


   - Não sei, ele era órfão – contou o outro.


   - Órfão?


   - Pelo menos é o que sei.


   Harry pensou, “Mallot? Esse nome me parece familiar” tinha certeza que já tinha ouvido alguma vez.


   - Eu vou indo então Harry – disse Neville – afinal, aula daqui a pouco não é, a gente se vê...


   Ele deu uns tapinhas no ombro de Harry e saiu andando. “Aula!” já ia me esquecendo. Saiu correndo escada a cima em direção da sala de Defesa Contra as Artes das Trevas. Mas o que dar de aula para um bando de alunos do primeiro ano? “Vou ter que improvisar” pensou, “pelo menos o Escórpio vai estar na sua aula”. Andou mais um pouco e por pouco não se esbarrou num homem gorducho que havia aparecido em seu caminho.  


   - Oho! – exclamou Slughorn ao vê-lo, o sorriso em seu rosto lhe mostrava a satisfação de cruzar com ele. – a que devemos sua visita a nosso castelo Sr. Potter?


   - Bom dia professor – cumprimentou – eu vim...é...resolver uns assuntos...achei que Flitwick tinha avisado que eu chegaria...


   - Ele deve ter mencionado...


   - Legal...então professor, eu tenho que resolver umas coisas pro Zacharias... ele ta mal sabe...


   - Vai dar aula no lugar dele?


   - Vou sim...


   - Boa sorte então com esses alunos, a maioria são uns cabeças duras...


   -Pode deixar.


   -Temos de marcar uma reuniãozinha qualquer hora sim? Pra você conhecer os verdadeiros magos que freqüentam essa escola nessa época – Slughorn deu um suspiro triste – apesar de haver poucos não é?


   - Verdade – disse sem saber, só queria se livrar do professor.


   Nove e meia. Havia nanicos em sua frente, o olhando admirados. Nem ele mesmo se lembrava que era tão difícil saber o que falar na frente de tantas crianças. Viu Alvo lhe sorrindo ao lado de Rosa, e de esguelha deu uma espiada em Escórpio. Ele era muito parecido com Malfoy. “Vou pegar seu bracelete moleque, se vou” pensou ameaçadoramente. 


  - Oi – disse finalmente – é um prazer...velos aqui... vou substituir o professor Smith por hoje, porque ele se encontra impossibilitado de dar aula no presente momento. – se licenciou esperando alguma pergunta, que não veio – então...não sei se me conhecem... – “claro que conhecem seu burro, que coisa idiota para se perguntar” – sou Harry Potter, sou normal como vocês, feito de carne como vocês, podem causar ferimentos em mim como em vocês – estava tentando ganhar um pouco de credito com os alunos mostrando que ele não era nenhum tipo de louco ou um bruxo extraordinário, a mão de Rosa se ergueu – sim?


   - O senhor vai recolher o trabalho de Defesa Contra as Artes das Trevas? – perguntou a menina.


   Alvo lhe deu um chute por baixo da mesa.


   - Não precisava lembrar – murmurou para ela, mas ele ouviu.


   - Sim claro, podem deixar em cima da minha mesa.


   Ouve um estardalhaço quando os alunos começaram a se levantar para colocar pilhas e mais pilhas de papeis em sua mesa. Depois de uns cinco minutos de muita agitação, todos voltaram a se sentar, ele se virou para a turma.


   - Me digam então, o que vocês estão estudando?


   - Criaturas das trevas – disse um garoto da sonserina ao fundo.


   - Estão fazendo pratica com eles já?


   - Claro que não – disse Rosa. – seria muita arriscado não?


   - Não? – exclamou Harry – quer dizer que Zacharias não os ensinou a remanejar uma varinha?


   Todos fizeram um grande não com a cabeça. Ele colocou a mão na testa.


   - Então vamos poupar essas criaturas por hoje – ele estava mais do que de saco cheio de ver aqueles garotos o olhando – vamos fazer uma coisa diferente nessa aula, vou lhes ensinar algumas azarações, só para pratica é claro, não é para usar em ninguém – advertiu – venham comigo.


   Ele se dirigiu à porta da sala, os pequenos alunos o seguiram. Harry os conduziu a uma sala ao lado vazia, onde normalmente tinha aulas pratica na aula de Defesa contra as artes das trevas.


   - Se alinhem por favor – pediu – acredito que tenham usado a varinha nas aulas de Feitiço e Transfiguração? – eles concordaram com a cabeça – eu vou lhes ensinar algo simples, atacar e se defender...não se preocupem, não vou ensinar nada perigoso, só azarações.


   Alguns se entreolharam. Harry conjurou um pequeno palco de duelo e subiu nele. “To parecendo o Lockhart aqui”. Os alunos se acomodaram em volta do palco.


   - Rosa venha aqui, por favor.


   Por algum motivo, via que ela seria a única a fazer certo o que ele ia pedir. A garota subiu no palco e ficou ao lado dele. Harry se abaixou e deu instruções em seu ouvido.


   - Pode fazer isso? – perguntou.


   - Acho...que sim – disse ela.


   - Não se preocupe comigo, alias, duvido que você me acerte, só quero ver se consegue lançar o feitiço – disse ele sorrindo – faça exatamente o que eu pedi, com as palavras em bastante clareza. – se virou para a turma – então, o que verão aqui é um feitiço de azaração, o feitiço das cócegas, o alvo pego por ele vai cair no chão se contorcendo de tanto rir, é realmente horrível se querem saber, eu mesmo já levei um desses na idade de vocês, e devo admitir que fiquei com a barriga doendo de tanto rir – risos na sala – contudo vocês verão também um feitiço de proteção muito utilizado pelos bruxos, é bem simples de fazer, vejam com os próprios olhos...quando quiser Rosa.


   A garota tinha um olhar assustado, talvez ela não conseguisse, estava muito nervosa. “Você é filha da Hermione e do Rony, tem que conseguir”, não deu outra, a menina ergueu a varinha.


   - RICTUSEMPRA – bradou e a luz saiu de sua varinha rapidamente contra ele.


   - Protego. – o feitiço sumiu.


   Alguns dos alunos fizeram “oh” e estavam boquiabertos. Devia ser a primeira vez que viam feitiços para atacar de suas varinhas.


   - Muito bem mesmo Rosa, dez pontos para Grifinória – disse ele, a garota corou – espero que tenham captado como fazer é simples, para lançar a azaração, Rictusempra, com bastante clareza, para se defender, Protego, então...se juntem em pares, e pratiquem, vocês vão pegar o jeito rápido – ele ajudou Rosa a descer, depois fez o palco sumir – vamos!


   Os alunos começaram a se dividir em pares, Alvo foi com Rosa. No instante seguinte a única coisa que se dava para ouvir na sala era “Rictusempra” e “Protego”. Algumas vezes alguns dormiam no ponto e eram pegos pela a azaração e caiam na gargalhada. Eles estavam se divertindo com isso.


“Me livrei dessa aula” pensou.


   O riso, e a satisfação de fazer o feitiço deixaram todos eles felizes. Harry olhou para Escórpio.


   - Sei um jeito perfeito de pegar seu bracelete – disse para si mesmo.

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