Uma Nova Integrante



Segundo Dumbledore, aquela reunião da ordem ia ser especial. Até os adolescentes estavam curiosos para descobrir qual era o motivo. Era sobre isso que discutiam naquela tarde:
- Eu não sei, acho que mamãe vai imperturbar a porta de novo. – Fred estava deitado na cama de Ron.
- Será que Tonks não poderia fazer o contra-feitiço? – Arriscou Ginny, entrando no quarto e sentando-se ao lado de Harry.
- Não sei. Alguém tem que pedir a ela. – Hermione disse, pensativa, sem perceber que todos tinham-na olhado. Ela arregalou os olhos quando percebeu:
- Ah não! Eu não!
- Por favor, Hermione, você tem jeito para persuadir as pessoas. – Apelou Harry.
- É, Mione, qual é o grande problema? O “não” você já tem. – Ron cruzou os braços.
- E eu duvido que a Tonks se negue, ela é muito gente fina.- Ginny argumentou.
- E quase sempre é nossa cúmplice quando precisamos. – Fred sentou-se decentemente.
- É isso aí. – Apoiou George. Hermione ficou completamente derrotada diante de tantos argumentos.
- Ah, está bem. Ela já está aí?
- Está sim. Parece que é capaz que ela fique aqui hoje a noite. – Respondeu George. Hermione desceu as escadas e quase topou com Sirius.
- Ei, Mione, você devia estar no quarto. Daqui a pouco a reunião vai começar.
- Eu sei, Sirius, mas eu preciso falar uma coisa urgente com a Tonks.
- Sobre? – Hermione já tinha a resposta pronta:
- Garotos, Sirius. VOCÊ não pode me responder isso, pode?
- Eu acho que a minha opinião não deveria ser levada em conta. – Hermione riu e continuou descendo as escadas:
- TONKS! – A moça apareceu na porta da cozinha, procurando de onde vinha o chamado, e então avistou Hermione.
- Ah, diga, Mione.
- Preciso de um favor. – Ela sibilou. Tonks percebeu que era um segredo e se aproximou.
- E qual é?
- Se a Sra. Weasley mexer na porta, faz o contra-feitiço, tá? A gente quer ouvir a reunião. – Tonks lhe lançou um olhar de falsa censura.
- Está bem. Mas é só porque eu sei que não deve ser nada de tão sério. Mas agora suba, antes que os outros desconfiem.
- Obrigada, Tonks. – Hermione subiu correndo, novamente quase topando com Sirius, que desta vez descia. Ele olhou pra trás antes |\de ir falar com Tonks.
- O que ela queria? – Sirius perguntou, curioso.
- Saber se não ter beijado na idade dela é normal.
- E o que você respondeu?
- Que é normal, ué. Não ia dizer pra coitada que não era.
- Mas não é, priminha. Eu beijei pela primeira vez com 11 anos.
- Sim, Sirius, mas estamos falando de pessoas normais, não de você. – Ela foi correndo para dentro da cozinha, com os longos cabelos roxos balançando nas costas (N/A: tudo bem, no livro ela não usa cabelos longos e roxos nunca, mas eu acho tão lindo), deixando-o estacado no lugar.
- O que ela quis dizer?
- Provavelmente que você é galinha, Almofadinhas. – Disse Remus, que estava parado ao lado do Sirius, olhando para frente, como se os cabelos da moça o hipnotizassem.
- AHHH, que susto, Aluado! De onde você surgiu?
- Da biblioteca. – Remus ainda parecia olhar para a direção de Tonks, embora a moça já tivesse entrado na cozinha há horas.
- Aonde mais você estaria? Inclusive eu preciso... Aluado, ainda está aqui? – Sirius passou a mão na frente dos olhos do amigo. – Alôôô! Terra chamando Aluado! TERRA CHAMANDO ALUADO! MEU DEUS, HOMEM, REAJA! – Sirius sacudia Remus pelas vestes, visivelmente preocupado com o amigo.
- Ai, Sirius, me solta! Eu estou aqui.
- Ah, você reagiu! Graças a Merlin. Onde você estava? – Agora que a preocupação passara, Sirius parecia muito curioso.
- Olha, vamos para a reunião. Dumbledore disse que é importante. – Remus corou ao desviar de assunto. “Eu vou descobrir o segredo do Remus.” Sirius pensou, entrando logo depois de Remus na cozinha.
Um andar acima, Fred e George distribuíam orelhas extensíveis para os outros:
- Vamos. Tonks já deve ter feito o pequeno favorzinho que pedimos. – Eles colocaram as orelhas nos ouvidos e elas passaram por debaixo da porta, na mesma hora que Dumbledore falava:
- Bem, vocês devem estar se perguntando por que eu disse que essa reunião seria especial. Hoje teremos uma integrante nova na Ordem da Fênix. Ela é uma moça de 26 anos, idade da Tonks aqui. - Dumbledore indicou-a com a mão. - É uma bruxa norte-americana, mais precisamente dos Estados Unidos.
- E como é o nome dela? – Indagou Molly.
- Dahiane Winston. É uma muito corajosa, bonita, e tem um, digamos, talento para problemas. – Dumbledore sorriu antes de continuar. - Imagino que Sirius não se importará de ela ficar hospedada aqui na nossa sede, se importará? – Sirius, que estava balançando na cadeira até agora, deixou-a bater no chão com estrépito.
- Claro que não... Quer dizer, se tivermos mais espaço, já que os Weasley estão aqui, e a Tonks...
- Eu posso dividir o quarto com as meninas. – Tonks rabiscou rapidamente algumas coisas que anotava num papel ao perceber o olhar de Remus bater nele.
- Então não há problema.
- Que bom, Sirius. Ela já devia estar aqui. Provavelmente perdeu a hora.
- Então ela é definitivamente parecida com a Tonks. – Sirius voltou a balançar a cadeira.
- Ei, eu nunca me atraso! – Tonks estava indignada. Depois de um pequeno silêncio, todos riram, inclusive ela. No momento seguinte, a campainha tocou, acordando o retrato da Sra. Black. Enquanto Sirius e Remus a faziam silenciar, a Sra. Weasley foi atender a porta. Ali, na soleira, estava parada uma moça com belos cabelos negros, presos em um rabo-de-cavalo.
- Presumo que você seja Dahiane, não? – A Sra. Weasley analisou-a de cima a baixo.
- Sim, e a senhora é?
- Molly Weasley. Não quer entrar?
- Sim. – As duas entraram na cozinha. Dumbledore se levantou:
- Ah, que bom que você chegou! Pessoal, esta é a Dahiane.
- Por favor, Dumbledore, é só Dahi. – A moça sorriu. Era muito bonita. Embora disfarçasse, Sirius não conseguia parar de olhar para ela. Remus olhou para Tonks, que depois de trocar um olhar bem significativo, o desviou depressa com um sorriso.
- Bem, esse foi o único motivo de eu ter convocado essa reunião, agora tenho que voltar a escola. Adeus. – Dumbledore se encaminhou até a porta e a fechou com um ruído seco.
- Tonks, poderia fazer o favor de chamar as crianças lá em cima?
- Claro, Molly. – Ela levantou correndo e andou em direção a porta, mas tropeçou na perna de uma cadeira. Remus, que estava bem pertinho, ofereceu a mão para ajudá-la a levantar.
- Obrigada, Remus. – Ela passou a mão em torno do pescoço dele.
- De nada, Nymphadora. Você se machucou? – Remus ajudou-a a se levantar, e as mãos dele envolveram sua cintura ao fazer isso. Os dois coraram, sem nem perceber que estavam sendo observados por Sirius e Dahi.
- Bem, eu... vou fazer o que a Molly me pediu.
- É... tá. Quer ajuda com a mesa, Molly?
- Ajuda é sempre bem-vinda, Remus. – Dahi virou-se para Sirius:
- É impressão minha ou rola um clima com eles?
- Impressão sua? Esses dois se amam mais que Romeu e Julieta. Mas são os únicos idiotas que ainda não perceberam. Essa tem sido uma das minhas tarefas mais difíceis nos últimos tempos. Fazer eles perceberem.
- E você aceitaria ajuda nessa tarefa? – Ela cochichou, já que Remus estava se encaminhando para eles.
- Sua? – Ele admirou-se.
- Por que não?
- Vamos dizer que eu aceite. Primeiro você vai ter que provar o seu valor. – Dahi abriu a boca, não para falar, mas de indignação.
- Achei que ser membro da Ordem já era o suficiente para provar que sou corajosa e esperta!
- Para provar que é corajosa. Mas para me provar que é esperta, vai ter que passar por um teste que eu ainda não elaborei. Depois do jantar eu te digo, mas se você não o cumprir, eu vou continuar minha missão de cupido sozinho, savy?
- Está bem. – Os dois silenciaram, até que o barulho das crianças descendo as escadas (correndo, claro) o cortou.
- JÁ FALEI PARA NÃO CORREREM NAS ESCADAS! – Censurou-os a Sra. Weasley. –Muito bem, crianças, essa é a Dahiane. Dahiane Winston.– A moça deu um pequeno aceno.
- Querida, esses são Fred, Jorge, Rony, Ginny e Harry.
- Olá. Por favor, podem me chamar de Dahi. – Embora só Hermione e Sirius tivessem notado, Dahi tinha causado no Rony o mesmo efeito que as veelas causavam nele.
- Muito bem, apresentações feitas, presumo que o jantar também, então vamos comer. – Sirius disse depressa, com certo ciúme. Ele passou o jantar todo pensando no que mandaria Dahiane fazer, até chegar finalmente a uma conclusão que não parecia nem idiota, nem complexa demais. O plano dele, na verdade, é que ela conseguisse a tarefa, mas ela deveria ser difícil, para que ao mesmo tempo Dahi provasse que poderia ajudá-lo. Quando só os quatro estavam acordados e Remus e Tonks estavam tirando a mesa, Dahi sibilou para Sirius:
- O que eu vou ter que fazer, Sr. Savy?
- Espera um pouco que eu te digo. – Ele sibilou, mas depois aumentou a voz. – Ah, e é Sirius, viu? Sr. Savy é mais ridículo que Almofadinhas!
- Que?
- Longa história. – Que respondeu agora foi Remus. – Comprida demais e que iria durar a noite inteira. Você com certeza vai preferir esperar alguns dias para ouvi-la completa.
- É, acho que vai. Posso falar com você, Dahi? Em particular? – Sirius lhe lançou um olhar cheio de significado.
- Hmm... eu sabia! – Riu Tonks. – A cara de peixe morto do meu primo nunca me engana!
- Quieta, Nymphadora. A SUA cara de peixe morto não me engana.
- JÁ DISSE QUE É TONKS! – Ela corou, pois sabia do que Sirius estava falando.
- Engraçado. Você não diz pro Remus não te chamar de Nymphadora.
- É... vocês dois não iam falar em particular?
- Íamos. Lá na sala.
- Eu vou à biblioteca enquanto isso. – Disse Remus, para não ficar a sós com Tonks no mesmo cômodo.
- E eu vou ficar esperando as três bonecas voltarem?!
- Vai! – Os outros três disseram, em coro. Na sala, Sirius disse:
- Vê? Eles nem ficam sozinhos no mesmo cômodo. E vai ser essa a sua missão. Mas, como tem que provar que é esperta, NADA de magia.
- Você verá, Sr. Savy. Provarei que sou melhor que você.
- Ótimo, Srta. Rabo-de-cavalo. Esqueci de dizer que você tem três semanas. Semana que vem, essa casa vai ficar praticamente vazia. As crianças voltam a Hogwarts. Então, se você preferir, pode deixar pra lá. Mas vai ter que fazer, se quiser mesmo ser cupido. Savy?
- Savy. Em três semanas, já teremos um casamento.
-Não exagere, Srta. Rabo-de-cavalo. Vamos logo para a cozinha. ALUADO, PODE DESCER! – Ele se encaminhou para lá, com Dahi em seu encalço, esta com o pensamento de que não iria demorar nada fazer o que ele pedia.



N/A: oi meu povo querido e amado! Aí está o primeiro capítulo da minha nova fic! Que vale a pena ressaltar, é toda dedicada a Dahiane, uma grande amiga virtual! Beijos e... comentem, por favor.

N/B: Oi gente. Agora sem querer ser puxa-saco, mais já sendo, esse capítulo ficou maravilhoso, magnífico, e mais tudo que se consegue imaginar de elogios. Ainda mais porque foi a Gab! que escreveu...a melhor autora de fics daqui do FeB (puxa-saco demais, né?!). Beijinhos, até o próximo capítulo.

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