Muitas Surpresas



À medida que fevereiro passava, as constantes tempestades de neve deram lugar a chuvas, a maioria cheia de trovoadas, às quais Dahiane atribuía os constantes enjôos que sentia.
Tonks cobriu a cabeça com o capuz e beijou Remus antes de se desaparatar na porta da casa dos pais. Bateu três vezes e escutou passos apressados vindos da cozinha. Logo em seguida, a porta abriu-se e o rosto de sua mãe abriu-se em um sorriso ao vê-la.
– Dora! – Ela exclamou, felicíssima.
– Oi, mãe. – Tonks sorriu também, abaixando o capuz. –Sei que fiquei um bom tempo sem aparecer.
Andromeda apenas sorriu e abriu espaço para que ela entrasse, e ela saiu correndo para fora da chuva. A porta foi fechada atrás de Tonks, e Andromeda apressou-se a apontar a varinha para o fogão e começar a fazer o chá.
– Então, como vão todos na casa de Sirius?
– Muito bem. Sirius e Dahiane estão juntos. - Tonks suspirou antes de continuar. Sabia que era uma revelação que tinha um grande impacto, principalmente porque Remus era um lobisomem. -E eu e Remus também.
Houve um alto estrépito quando Andromeda desviou a atenção da chaleira para a filha e a chaleira caiu, quebrando em mil pedaços.
– Você e... Remus? Remus Lupin?
– É, mãe. Remus Lupin. - Antes que a mãe sequer abrisse a boca para falar, ela completou. -Sim, sei que ele é um lobisomem. Mas eu não me importo. Ele também não. Não há nada nos impedindo de ficar juntos.
As duas se olharam, e Andromeda suspirou, resignada.
– Está feliz com ele?
– Estou. Muito feliz, mãe. E posso te dizer uma coisa: se ele me pedisse em casamento já, eu nem pensaria.
– Sabe, Dora, Remus é um ótimo rapaz. Cada vez que via Sirius e nós falávamos sobre seus amigos, ele sempre falou muito bem de Remus. E quando o conheci, vi que Sirius não estava exagerando nenhum pouco. O único problema dele é esse.
Tonks sorriu. A mãe a surpreendia, às vezes, apoiando-a em coisas que ela pensava que nunca seria apoiada.
– Concordo plenamente. - Elas conversaram por mais um tempo, entrando em outros assuntos, até que o relógio deu meio-dia, e Tonks levantou-se de um pulo.
– Minha nossa! Disse a eles que estaria em casa às onze. Mãe, eu tenho que ir. - Ela beijou apressadamente a mãe no rosto e desaparatou em casa.
Olhou onde estava. Na pressa, não havia aparatado no hall como pensara, e sim, na cozinha. Sirius deu um enorme pulo, e perguntou a ela:
– Você não pode aparatar no hall, como as pessoas normais?
– Foi um erro de aparatação, ok? - Ela disse, antes de sentar ao lado de Remus, na frente de Dahiane, que não estava com uma expressão muito boa.
– O que aconteceu, Dahi?
– Estou enjoada outra vez. - Ela pousou a mão em cima do estômago.
– Outra vez? Nem está trovejando. - Comentou Sirius, arrastando a cadeira para mais perto dela. Tonks, como se tivesse tido um estalo, disse:
– Dahi, posso falar com você em particular?
– Claro. Sem problemas. - Elas saíram, deixando Sirius e Remus com uma cara de interrogação.
As duas subiram as escadas e pararam no hall. Dahiane perguntou:
– O que aconteceu?
– Dahiane, preciso que você seja sincera comigo. No dia em que o Sirius brigou com o Snape, e você praticamente chutou eu e o Remus pra fora de casa, você e Sirius não queriam jogar Snap Explosivo, não é? - Dahi corou e respondeu:
– Bem, é claro que não. Mas isso era meio óbvio, não era?
– Era. Mas não estou culpando você de nada. Vocês estão juntos e podem fazer o que bem entendem.
– Então pra que a pergunta? - Tonks olhou-a como se ela estivesse deixando escapar algo muito óbvio. Ela parou pra pensar. Então a ficha dela caiu.
– Ai, não. Ai, não. Ai, [i]não[/i]. - Sua mão moveu-se automaticamente para o seu ventre, e sua mente moveu-se automaticamente para Sirius.
– Ah, sim. Está na cara. Bom, não, na verdade não está na cara, está na barriga, mas você entendeu o que eu quis dizer.
– Tonks? – Dahi fez o possível para parecer calma.
– Sim?
– Como eu vou contar isso pro Sirius?
¬¬– Contando, ué. – Tonks disse.
¬– Ah, você acha que é fácil você chegar para um cara, que aliás você só está namorando, e dizer que está... – Ela não queria nem enunciar a palavra. –Grávida??
– É, eu acho que não. Mas você tem que contar, Dahi. Ele tem o direito de saber. Cara, é tão bizarro imaginar o meu primo sendo pai. Não tem a ver com o Sirius.
Dahiane não sabia exatamente o que pensar. Ao mesmo tempo que estava apavorada por ter um bebê, também estava feliz , como se fosse uma coisa que ela estava esperando há tempos. Então, chegou a conclusão que deveria contar a Sirius.
– Quer saber? Vou falar com ele agora.
– É isso aí. – Sorriu Tonks, e desceu de volta para a cozinha. Ela sentou-se no colo de Remus. Dahiane estava parada na porta, timidamente, esperando que eles saíssem.
– Vem, amor. – Disse Remus, oportunamente. –Também quero ter uma conversa particular com você.
– Nossa! Estou louca pra isso! – Ela deu um sorrisinho maroto.
Os dois saíram, e Dahi entrou, nervosa.
– Sirius, eu preciso mesmo falar com você.
– Pode falar o que quiser, amor. Estou ouvindo. – Então ele sorriu do jeito que ela adorava. Subitamente, toda a coragem dela se esvaiu e, antes que ele pudesse perceber ou fazer qualquer coisa, ela começou a chorar.
– Dahiane! – Sirius levantou correndo e abraçou-a. Comprimida em seu peito, ela começou a falar:
– D-d-d-desculpe, Six... É s-s-só que não é f-f-f-ácil falar o que eu t-t-tenho que falar. T-t-tenho m-medo que não d-d-deixe você f-f-feliz como eu est-t-tou.
– Se você quer terminar, olha, sem problema. Vou ficar chateado por um tempo, mas depois isso passa. – Ele falou, achando que ia consolar a namorada, mas aí ela começou a chorar ainda mais.
– N-n-n-não é nada diss-ss-sso. – Gentilmente, ele a sentou em uma cadeira e pegou um copo de água para ela.
– Beba, amor. – Ela tomou um pouco e realmente se acalmou.
– Sirius... – Em vez de enrolar, Dahi achou melhor ir direto ao assunto, como sempre fazia: -Eu acho que estou grávida.
– Quê? - Sirius desabou numa cadeira, inteiramente surpreso.
– Eu não tenho certeza, mas a probabilidade é bem grande.
Ele passou a mão pelos cabelos, sem saber o que sentir ou pensar. O momento certamente não era propício, mas a idéia em si era simplesmente... maravilhosa.
– Como vamos ter... certeza?
– Não existe algum tipo de poção para descobrir isso?
– Pode ser. - Sirius parou para pensar, e então, os dois falaram juntos:
– Temos que perguntar pra Molly.
Nesse meio tempo, Tonks e Remus conversavam sobre a reação da mãe dela ao ela dizer que eles estava juntos.
¬– Ela poderia ter reagido pior. - Ele disse.
– Poderia mesmo. Sorte nossa que não reagiu. Mas, mesmo que ela se mostrasse completamente contra, eu não daria ouvidos. Te amo demais para ligar para o que minha mãe pensa.
Ele sorriu. Também a amava, mais do que ela poderia imaginar. Embora, às vezes, achasse que era errado ficar com ela, sempre se convencia novamente que estava certo.
– Mudando de assunto, o que você queria falar com Dahi?
– Queria apenas confirmar certas suspeitas que estavam na minha cabeça.
– Que suspeitas? Tonks, do que exatamente você está falando?
– Dos enjôos dela, Remus. Ah, meu Deus, será que eu sou a única que percebo?
– Percebe o quê? ¬– Ele pensou um pouco. ¬–Você não acha que ela possa estar grávida, acha?
¬– Exatamente.
– Você consegue imaginar Sirius sendo pai?
– Não, é estranho.
– Também acho. - Eles ficaram um tempo em silêncio, mas ele a abraçou pela cintura e sussurrou no ouvido dela. -Acho que temos um assunto mais urgente.
– Temos? – Tonks virou-se para Remus e encostou o seu nariz no dele.
– Você é sempre meu assunto mais importante. - Ele a beijou, ternamente, e ela envolveu suas mãos no pescoço dele. Então, Tonks desgrudou os seus lábios dos de Remus, e sibilou:
– Eu te amo.
¬– Agora você é minha vida. (N/A: Crepúsculo 4everrrrr) - Ele respondeu, simplesmente, antes de beijá-la novamente.
– Amor, isso foi lindo. Como posso me igualar a você, quando você consegue ser inteligente, bonito e meigo, ao mesmo tempo?
¬– Você não deveria querer se igualar a mim. A maioria das pessoas não quer.
– Sabe que não é disso que estou falando, Remus. Você não é apenas um lobisomem. Aliás, isso só acontece uma vez por mês. Durante todo o resto do tempo, você é Remus Lupin, o homem maravilhoso pelo qual eu me apaixonei. E que eu vou amar por toda a minha vida.
– Vendo por essa perspectiva, eu acho que sou o homem mais feliz do mundo. - Ele a beijou, novamente.
Na reunião que aconteceu alguns dias mais tarde, todos eles estavam nervosos à sua maneira. Remus e Tonks, apenas como espectadores, e Sirius e Dahiane sentiam como se a própria vida estivesse em jogo, e, de certa forma, estava. Sirius estava duplamente nervoso, porque seria o seu primeiro encontro com Snape após o dia em que eles haviam brigado.
Estavam tão nervosos, que, quando Molly e Arthur chegaram, eles se levantaram de um salto, e ela logo percebeu que havia algo de diferente no ar. Tonks foi a primeira a falar alguma coisa:
– Arthur! Molly! É bom ver vocês.
– É, principalmente porque eu e Dahiane precisamos perguntar uma coisa pra você, Molly. - Disse Sirius, apertando a mão da moça, que estava tremendo.
– Podem perguntar, queridos. - Ela sorriu, e nenhum dos dois arranjou coragem pra falar.
¬– Bom, o caso é que... - Começou Dahiane, mas parou, se sentindo mais enjoada que nunca. A sra. Weasley esperava, paciente. Sirius, resolvendo provar porque tinha ido parar na Grifinória, falou:
– O caso, Molly, é que a gente queria saber se você conhece algum tipo de poção que prove que uma mulher está grávida. – Dahiane confirmou.
– Ah, claro que conheço. Vocês querem que eu deixe a receita por escrito?
– Com certeza. - Disse Dahiane, com a voz ansiosa.
Eles pararam de conversar, pois, durante a conversa, todos já haviam chegado e a reunião iria começar. Sirius e Dahi, porém, não conseguiram prestar a mínima atenção. Não que isso não fosse esperado.
Depois da reunião, Dahi recebeu o papel com a receita da mão de Molly com as mãos trêmulas. A sra. Weasley já estava achando muito estranha a ansiedade de ambos, mas preferiu não comentar nada. Aquela juventude andava cada vez mais louca, tendo filhos a torto e a direito. Será que Dahiane estava mesmo grávida?
No outro dia cedo, Dahiane acordou e, na hora, não conseguiu se lembrar dos acontecimentos do dia anterior. Momentos depois, porém, a verdade atingiu-a, e ela levantou-se, alarmada.
”Eu posso estar grávida!”, ela pensou, levantando rapidamente, percebendo que ia pirar se não fizesse a tal poção de uma vez. Vestiu-se, pegou a receita que tinha deixado em cima do criado-mudo e desceu as escadas devagar, para não acordar os outros. O que não esperava era encontrar Sirius lá embaixo, andando de um lado para o outro, falando pras paredes.
– O que eu faço, Pontas? A Dahi pode estar grávida, e eu não tenho um mínimo de cérebro pra cuidar de um filho! E, o pior, eu amo essa mulher como nunca amei ninguém. Bom, se você conseguiu cuidar do Harry quando você tinha só dezessete anos, acho que agora, que eu sou pelo menos um pouco mais maduro do que você naquela época, eu posso cuidar dessa criança, não é?
Não agüentando mais ficar só olhando, Dahi entrou na cozinha, sobressaltando Sirius.
– Amor! Você... escutou tudo? – Ela assentiu.
– Principalmente a parte que você disse que me ama como nunca amou ninguém. – Sirius veio e abraçou-a, de uma forma protetora.
– Sirius... e se eu estiver mesmo grávida, o que vamos fazer?
– Como assim o que vamos fazer? Isso é lógico! Se você estiver grávida, a gente vai cuidar do nosso filho. – Ele respondeu e ela abriu um enorme sorriso.
– Então, vamos fazer logo essa poção. Por sorte, ela não é complicada.
Os dois se ocuparam em fazer a poção, sendo ajudados por Tonks e Remus quando eles acordaram. Em mais ou menos três horas, a poção ficou pronta.
Seguindo as instruções, Dahi deveria derrubar cinco fios de cabelo no caldeirão, e se a poção ficasse verde em três minutos, ela estaria grávida.
Com as mãos trêmulas, ela tirou cinco fios de cabelo e jogou no caldeirão e saiu dali, porque sabia que não aguentaria ficar olhando.
Foram os três minutos mais longos da vida de Sirius, e ele não tinha a menor ideia do que faria se a poção ficasse verde.
Tonks e Remus acharam melhor saírem, pois com certeza, aquilo era uma coisa bem intima de Sirius e Dahi.
Passeando por Londres, Tonks resolveu perguntar a Remus algo que estava pensando desde que começara a suspeitar da gravidez de Dahi:
– Remus?
– Sim, meu amor?
– Você acha que, algum dia, nós... – Ela parou, sem saber como continuar.
– Nós o que, Tonks?
– Poderíamos... ter filhos também? – Remus olhou para o céu, sem saber o que dizer.
– Quem sabe? Um dia...
Enquanto isso, no largo Grimmauld, apenas Dahiane fora olhar a poção, por que Sirius não arranjara coragem, e a poção estava de cor...
– VERDE! Sirius, corre aqui! –
Sirius foi correndo, quase caindo no meio do caminho, olhar a bendita poção, que realmente estava verde-limão.
– Isso é o nosso futuro, Dahi, o nosso futuro! - Sem nem mesmo saber por que, Sirius estava imensamente feliz, e Dahi também.
– Futuro, Six. Agora, nem que a gente não queira, o nosso futuro está entrelaçado, sr. Savy.
– Talvez, antigamente, eu não quisesse. Mas agora, todas as minhas previsões para o futuro envolvem você, srta. Rabo-de-Cavalo.
Ele a beijou, delicadamente, e abaixou-se, até a sua cabeça ficar no nível da barriga dela.
– Quer dizer, você, e essa criança. –
Ele encostou a mão na barriga dela, e ela pôs a própria mão em cima da dele. Lá fora, os passarinhos cantavam, como se soubessem da alegria que acontecia naquela casa, uma alegria tão grande que conseguia transformar aquela casa lúgubre e sombria em uma casa alegre, simplesmente pela presença do amor.

N/A: isso aí, gente, este é o capítulo final! Não, mentira, galera! Não é o último capítulo, não! Enfim, espero que vocês curtam esse cap., pq eu realmente escrevi ele com o coração! Respondendo aos comments:

Mah Bernardi: ownn, amor, q fofa, vc não desistiu!Que bom que você curtiu um pouco o cap., e q bom q vc me entende a respeito de Crepúsculo! Espero q vc curta esse cap. Bjs!

Mari Granger Weasley: pronto, amor, continuei! É, eu sei q o Remus é fofo, eu amooo ele! Tá, não vai mais ter agressões ao Snape, eu prometo, embora eu odeie ele!

Isso aí, galera, espero que curtam o cap, e até o próximo ^^

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