Seductive



Cap. V


Harry estacionou o carro na vaga de garagem correspondente ao apartamento de Luna e pegou o elevador de serviço. Mudou o pequeno pacote que trouxera da rua para a outra mão e enfiou-a no bolso da calça do abrigo, à procura de chaves.

Sentia cãibras no braço, e o massageou enquanto inseria a chave na fechadura. Por que decidira comprar aqueles benditos pesos?, perguntou-se. Afinal, Hermione não demonstrara entusiasmo por mais do que dois segundos. Ele estava bem cônscio de que não a impressionara com sua forma física varonil. Na realidade, estava fora de forma, e o truque de borrifar água no corpo não tivera sucesso pois, com sua esperteza, Hermione desconfiara de imediato. Na certa julgava-o um tolo querendo ludibriá-la.

Abriu a porta.

Uma onda de calor atingiu em cheio o seu rosto como se o tivesse colocado dentro de um forno aberto.

O que era aquela temperatura absurda? Estaria o ar-condicionado quebrado?

Depositou o pacote e o chaveiro sobre uma mesinha na entrada do hall e olhou em torno.

Foi quando viu Hermione deitada no sofá. Seu biquíni verde era minúsculo, cobrindo as partes mais secretas e dando margem á uma imaginação fértil sobre as delícias daquele corpo exposto.

Ela estava passando gelo sobre os lábios, aproveitando para uma pequena lambida, depois a desceu pelo peito e sobre o ventre plano.

- Está tão quente aqui! – Uma gota de gelo derreteu e pingou sobre o biquíni, e foi absorvida pelo tecido sedoso. – Abri as janelas para arejar o ambiente... tirar o cheiro desagradável de pintura... e desliguei o ar-condicionado. Não imaginei que o calor seria tamanho.

- Como assim? Isto aqui está escaldante. – Harry se sentia atordoado pela visão e pelo calor insuportável.

Chutou a porta para fechá-la e foi direto para o termostato. Um sorriso de compreensão aflorou-lhe na face.

- Muito espertinha! Você ligou o aquecedor! – afirmou, ao ajustar os controles para o modo que estavam antes que ela interferisse neles.

- Eu liguei?! – Hermione arregalou os olhos. – Imagine!

- Sim, imagino.

Harry tirou a camisa pela cabeça e atirou-a sobre a cadeira, caminhando na direção dela. Quando a alcançou, Hermione o fitou com a expressão de uma mulher que derrotara o adversário.

Pena que não o tivesse derrotado.

Ele curvou-se e pegou o gelo da mão dela, passando-o pelo seu tórax nu.

- Você tem razão, assim é melhor.

O gelo produziu de fato uma sensação agradável quando Harry deslizou o cubo, que se dissolvia, sobre os músculos doloridos.

Hermione levantou-se. O exótico perfume que ela parecia preferir usar o atingiu em cheio. Harry respirou fundo, deixando o aroma embriagá-lo.

- Se quiser, posso massagear você todo com gelo – sussurrou ela, sedutora.

- Fogo e gelo. Uma combinação letal. Eu devia ter imaginado que você estava armando um plano para me tentar.

Hermione deu de ombros, e a alça do biquíni caiu do ombro.

- Tudo é justo no amor e na guerra. – Recolocou a alça no devido lugar. – Você também poderia capitular. Sei que fará isso, mais cedo ou mais tarde. Por que colocar-se nessa tortura, Harry? Poderíamos ser maravilhosos juntos.

O olhar dele vagou sobre ela. Os mamilos estavam pressionados contra o tecido fino e verde. Como se para certificar-se de que Harry não perderia um detalhe sequer, Hermione passou as mãos pelos seios, deslizou-as pelo abdome e agarrou as coxas, mordendo o lábio. Sempre devagar, levou as mãos para a cabeça, entrelaçando com os dedos os cabelos castanhos.

Harry ofegou. Que coisa! Quanto mais conseguiria resistir àquilo tudo? Por que não se rendia de uma vez por todas? Deveria haver uma boa razão para não se render.

Não podia pensar no que era certo naquele instante. Só o que existia no planeta era Hermione, ali tão perto, como uma devassa deusa do sexo, esperando ansiosamente para fazer amor com ele.

Num gesto ousado, Harry baixou a boca em direção aos lábios dela. Antes de cerrar os olhos e beijá-la, alguma coisa faiscou no dedo mínimo de Hermione. Ele franziu o cenho. Uma visão de Luna com 10 anos de idade surgiu em sua memória como uma nuvem tempestuosa.

- Jure, maninho. – E sua irmã ergueu o dedo mínimo.

Harry cruzou seu dedo com o dela. Luna sorriu.

Jamais quebraremos uma promessa feita um para o outro, sobretudo se cruzarmos os dedos, com ou sem sangue.

Era demais. Hermione quase o tivera. Ele quase sucumbiu ao desejo. Mas não podia.

- Realizarei todas as suas fantasias, Harry. – Ela ficou na ponta dos pés para tocar a boca dele com a sua.

Ele deu um passo atrás. Hermione perdeu o equilíbrio e cambaleou. Ele a segurou. Ele se encostou a ele. Não foi o peso leve dela que lhe roubou a respiração. Rápido, Harry a afastou de si.

- Bela tentativa, e você é mesmo tentadora, mas lembre-se: está jogando contra um mestre, um jogador profissional. Não pode vencer, queridinha.

- Por que não facilita as coisas e se rende? Perder não seria uma vergonha tão grande assim.

Hermione se desvencilhou dele e cruzou os braços. Respirava tão depressa que, por um momento, Harry pensou que os seios dela iriam saltar para fora do biquíni. E gostaria que isso acontecesse. Torceu para isso.

Harry estava começando a achar que talvez o juramento dos dedos mínimos devesse ser abolido. Luna estava casada. Se lhe pedisse para fazer um juramento daquele tipo a fim de ela abster-se de fazer sexo, a irmã gargalharia.

- Ótimo – Hermione interrompeu-lhe os devaneios - , mas tem de admitir que quase consegui.Você estava pronto para fazer amor comigo.

- Não é verdade.

- É sim. Assim como eu.

- Pense o que quiser, princesa, mas eu não cheguei nem perto de quebrar a minha resistência. Só queria ver até que ponto você iria.

Ela consultou o relógio.

- Ainda tenho o resto da noite e amanhã. – Hermione sorriu, autoconfiante. – A corda arrebentará de seu lado, pode acreditar. – Deu-lhe as costas e encaminhou-se para o quarto.
- Não conte com isso! – gritou Harry, observando o meneio dos quadris dela.

Hermione quase o pegara dessa vez. Era hora de ele tirar as luvas e jogar pesado..
Meneou a cabeça e foi para a cozinha à procura de um drinque. Poderia pensar em todas as espécies de coisas travessas que gostaria de fazer com ela.

Aquilo o fez se perguntar mais uma vez que Hermione teria comprado numa loja chamada Prazeres Culposos. Sua imaginação corria solta.

Assobiando baixinho, pegou seu pacote da farmácia e foi para seus aposentos. Tão logo trancou a porta atrás de si, removeu a pomada da embalagem, e com ela massageou seu braço dolorido. Talvez agora pudesse voltar a trabalhar sem músculos doloridos. Retornou à sala de estar dizendo a si mesmo que os pesos tinham sido uma péssima idéia.





Hermione, em seu quarto, despiu o biquíni. Sabia, com o famoso sexto sentido feminino, que quase o tivera de joelhos implorando para fazer amor com ela. Harry até mesmo estivera preparado. Ela vira o pacote, que só podia ter vindo de uma drogaria. Tinha certeza de que eram preservativos.

Seus olhos estreitaram-se. Algo o impedira no último momento. O que teria sido?

Vestiu uma calcinha preta, short e uma camiseta de algodão. Sentada de pernas cruzadas na cama, abriu o pacote da Prazeres Culposos e mordeu uma barra de chocolate e uma trufa recheada com cereja.

Cerrando as pálpebras, gemeu de prazer, deglutindo a guloseima pecaminosa. Delicioso pecado. A melhor coisa para uma fogosa noite de sexo.

Tinha de haver um modo de fazê-lo render-se. Ela precisava encontrar uma maneira.
Fechou a caixa de chocolate e a pôs de volta sobre a penteadeira. Se saísse nua do quarto, aquilo poderia derrubá-lo. Mas isso era contra as regras do jogo. Bem, teria que surgir com alguma coisa, e muito rápido. Enquanto isso, era melhor manter um olho bem aberto em Harry, para frustrar quaisquer planos que ele pudesse ter.

Além do mais, ainda queria complementar a área da sala de estar antes de passar para os outros aposentos.

Deixou o dormitório e encaminhou-se até as diversas caixas na sala que ainda tinham que ser abertas. Abrindo aquela onde estavam os castiçais, olhou para o lado de Harry.

O biombo continuava lá, mas Hermione podia ver a sombra de Harry, que trabalhava no computador. Ele parecia bastante inofensivo, mas a razão lembrou-lhe de que lobos às vezes se disfarçavam de cordeiros. O lobo mau da fábula não se disfarçara de vovozinha?

Hermione pendurou um quadro acima do sofá, depois desenrolou um tapete trançado.
Os pensamentos começaram a focalizar o ambiente. Em breve, ela o teria da maneira como queria. Uma olhada para o relógio lhe informou que não pensara em sexo durante uma hora inteira.

- Luna adorará isso – comentou Harry, aparecendo ao lado do biombo.

Alarmada, Hermione teve um sobressalto. Muito bem, não pensara em sexo em... Consultou de novo o relógio na parede... Cinqüenta e nove minutos. Isso era quase uma hora.
Parada, não pôde impedir o arrepio de prazer que percorreu sua espinha em resposta ao comentário dele. E à proximidade.

- Espero que ela adore.

Harry caminhou até o sofá e, com os dedos, sentiu a textura do tapete trançado.

- Isso é bonito... macio.

- Está tentando me seduzir?

Harry sorriu, e o coração de Hermione começou a bater descompassado.

- Quer que eu a seduza?

Hermione empurrou o queixo.

- Não se você não jogar limpo.

- Eu perderia a aposta e quebraria minha promessa a Luna.

- Algumas promessas foram feitas para serem quebradas – desafiou-o.

- Que tal ir comer alguma coisa? – Ele mudou o tópico da conversa, de repente?. – Quero dizer, sair do apartamento por algum tempo?

Será que Harry achava que isso seria mais seguro para ele? Sem dúvida estava a fim de algo. Todavia, Hermione aceitaria o jogo dele, porque sentia fome. Além do mais, usaria um vestido escandaloso. Poderia também infringir uma pequena tortura enquanto o estivesse usando.

- Eu adoraria, Harry. Apenas me dê tempo para trocar de roupa.

- Fique à vontade. Continuarei o meu trabalho enquanto a espero.

Harry sabia muito bem, por tradição, o tempo que as mulheres levavam para se arrumar, pois até decidirem qual vestido usar...

Uma hora depois, Hermione abriu a porta do quarto. Ela poderia dizer, pela expressão no rosto de Harry quando se aproximou, que ele gostou do que viu.

O vestido de lantejoulas pretas pelo qual optara aderia lindamente a todas as curvas, cintilante até a bainha, que chegava aos joelhos. Hermione prendera os cabelos no alto da cabeça, deixando que algumas mechas acariciassem os ombros. Harry não sabia se era ela ou as lantejoulas que cintilavam mais. Uma aparição estonteante.

Hermione observou o olhar dele fazer um percurso total sobre ela, começando pelo decote baixo em V, descendo para as pernas cobertas com meias de seda preta e terminando nos pés com sapatos de saltos altíssimos.

Por pouco ele não teve uma vertigem. Hermione era uma deusa que descera do Olímpio para enfeitiçá-lo.

- Você está maravilhosa – Harry elogiou. – Arrebatadora, para ser mais exato.

Hermione relaxou, perguntando-se por que ficara nervosa.

- Também está muito bem, Harry.

Ela chegou bem perto dele a fim de sentir o cheiro da loção pós-barba. Fechou os olhos por um momento, inalando o aroma almiscarado.

Tudo o que podia pensar era beijá-lo, conduzi-lo para sua cama e fazer amor a noite inteira com Harry.

Hermione franziu o cenho. Teria sentido um cheiro de creme mentolado?

- Você está pronta? – Ele pegou o xale de seda do braço dela e segurou-o aberto para que o colocasse em torno dos ombros.

Hermione não hesitou quando a seda cascateou sobre seus braços.

- Mais do que pronta. Demorei muito?

- Nem tanto. Já esperei muito mais por outras mulheres.

Naquele exato minuto, Harry se deu conta de que fora indelicado, cometera quase uma leviandade, uma inconveniência. Por que não se recordara de que em boca fechada não entra mosquito, como dizia seu pai?

- Posso imaginar quantas.

Rindo, ele a conduziu em direção á saída.

- Não acho que seja seguro, para mim, ficar sozinho com você hoje à noite, Hermione. Um restaurante movimentado é melhor escolha.

-Concordo. Afinal, estamos prestes a capitular. – Lançou-lhe um olhar significativo.

Dessa vez, dando um breve sorriso, Harry ignorou o escárnio dela. Seguiram para o hall e adentravam o elevador.

- Espero que você não tenha medo de altura.

- Só se eu cair. Por que, Harry?

- Não se preocupe, eu a segurarei, se for preciso.

O coração dela batia dentro do peito. Pelo menos sabia como Harry adquirira a reputação de galanteador.

-Fiz uma reserva no restaurante Torre Eiffel. Já esteve lá? – Ele abriu a porta do carro, e Hermione e acomodou-se no assento do passageiro.

- Não. Mas pelo nome, imagino que fique no quadragésimo andar de algum edifício, e por isso você perguntou se eu tinha medo das alturas.

- Garota esperta! – Sorriu, apertando-lhe a mão. – Por isso gosto de sua companhia.
Naquele momento, Hermione sentiu que Harry estava sendo sincero, e isso a deixou feliz.

- Luna e eu fomos lá na última vez em que visitei Lãs Vegas. O ambiente é de primeira, e acho que tem a melhor vista da cidade e de um show aquático. Já viu esse show?

- Não de perto.

- Então, está convidada.

Hermione suspirou e inclinou a cabeça contra o encosto.

O ar noturno era fresco, convidativo. Não muito quente, nem muito frio. A idéia de Harry era perfeita. Talvez ela tivesse mesmo que sair um pouco do apartamento.

O trajeto do automóvel foi curto e transcorreu em silêncio, com cada um perdido em suas próprias conjecturas.

Harry estacionou na área privativa do restaurante, entregou a chave ao manobrista, e os dois saíram do veículo.

- A única maneira de chegar lá é pelo elevador panorâmico. São onze andares acima, apenas, e não quarenta.

- A vista é belíssima – comentou ela, à medida que subiam.

O olhar de Harry fez um percurso pachorrento pelo corpo tão curvelíneo antes de retornar ao rosto dela.

- Sim, é formidável deste ângulo.

Hermione estendeu a mão para ele, pretendendo acariciar-lhe a face, mas Harry segurou-lhe o pulso, beijando-lhe a palma. Um formigamento subiu pelo braço de Hermione.
O elevador parou e as portas se abriram.

O maître, que os recepcionou à entrada do Torre Eiffel, os acomodou onde pudessem ver o show aquático quando tivesse início, e em seguida chamou o garçom para anotar os pedidos.

Contrariando a sugestão do maître, que recomendava truta à moda da casa, Hermione preferiu de entrada uma salada de alface, rúcula, agrião, tomate-cereja e palmito. E, como prato principal, medalhão de filé mignon acompanhado de batatas coradas. Lembrou ao garçom que detestava cebola crua.

Harry optou por filé de peixe grelhado com purê de batata, e, de entrada, carpaccio ao molho de alcaparras. Escolheu para si um bom vinho de boa safra, e Hermione optou por suco de abacaxi com hortelã.

Eles disseram que decidiriam a sobremesa no final da refeição.

Quando o garçom se afastou, Harry inclinou-se para a frente.

- O que a fez decidir-se por tornar-se uma decoradora?

- Já lhe disse que não sou decoradora, Harry. Sou designer de interiores.
- Não vejo a menor diferença, mas tudo bem. Por que resolveu ser designer de interiores? – indagou, zombeteiro.

Com apenas a luz difusa de uma vela sobre a mesa, que deixava o ambiente mais do que romântico, Harry parecia bastante amigável. Mas tão atraente como era, Hermione sentiu que ele representava um perigo iminente.

Rony a prevenira de que não poderia deixar de se envolver emocionalmente, e tinha de admitir que o amigo poderia estar certo. Era isso o que fazia agora? Envolvia-se emocionalmente?

Hermione sentira-se mais viva nos últimos dias do que e muito tempo. Sem mencionar mais ardente. Porém, era isso a mesma coisa que perder o coração? Apaixonar-se?

Não, ela estava segura. Aquele era apenas um jogo picante. Estímulos sexuais preliminares.

- Meu padrasto ensinou-me os truques do comércio. – Seus músculos tensos relaxaram um pouco quando ela começou a contar como se decidira quanto á profissão. – Ele tinha seu próprio negócio. Eu não poderia ter tido um professor melhor.

- Pelo visto, o que você aprendeu lhe conferiu sucesso. Luna me disse que possui um bom número de lojas espalhadas por Paris, Londres e Estados Unidos.

- É verdade. Eu tive sorte.

Harry ergueu o cálice de vinho em um cumprimento.

- Eu diria que é mais do que sorte. Pelo que tenho visto, você é uma excelente decoradora. Oh, desculpe-me! Uma excelente designer de interiores.

“Não fique excitada apenas porque ele lhe fez um elogio”, ordenou para si mesma. Hermione pigarreou e tomou um gole de seu suco.

- Tudo bem, está liberado para me chamar de decoradora. Sabe que com os artistas plásticos acontece o mesmo? Eles detestam ser chamados de pintores. Para eles, pintores pintam paredes, não quadros. Entendeu?

- Sim, entendi.

Quando Hermione pôde respirar com normalidade outra vez após aquele elogio tão gratuito que Harry lhe fizera, colocou o copo de suco sobre a mesa e encarou-o.

- E você? Qual sua história? Rony comentou que você cria programas para computador. Devo dizer que não me parece um fanático por tecnologia.

Harry passou o dedo sobre a borda da taça de vinho.

- Fico feliz por você pensar assim. Não sou fanático por nada. – Piscou, o que tornou difícil para Hermione concentrar-se. – Gosto de criar programas, surgir com novas idéias e implementá-las. Só isso.

- E o programa em que você vem trabalhando? De que se trata?

Ele ficou diferente. Tornou-se mais sério. Hermione podia perceber que aquilo que ele vinha fazendo significava muitíssimo para Harry e que, por algum motivo, ele não queria falar sobre aquilo no momento. Ela o respeitaria. Não iria insistir.

A refeição que pediram chegou quase na mesma hora em que o show aquático começou, interrompendo a conversa. Eles jantaram em silencio, deliciando-se apenas por estarem juntos.

Toda vez que Hermione achava que Harry não estava olhando, observava o jeito dele... e gostou do que viu.

Acabado o jantar, o maître sugeriu deliciosas saladas tortas e pavês como sobremesa, mas ambos preferiram salada de frutas sem creme, porque se sentiam satisfeitos.

Harry, com segundas intenções, insistiu durante a refeição que Hermione experimentasse o vinho, afirmando que era divino. Ma sela, esperta como sempre, recusou e permaneceu sorvendo seu suco de abacaxi com hortelã.

Assistiram ao show aquático e divertiram-se muito, dando boas risadas e trocando risos entre si.

Houve um pequeno constrangimento por parte de Harry, já no fim do jantar, quando uma loira exuberante, aparentando seus trinta anos, muito maquiada e bem produzida, e em total traje vermelho de gosto duvidoso, pelo menos para Hermione, entrou acompanhada de um senhor de idade e o cumprimentou. Por mais que estivesse curiosa, Hermione não indagou quem era, mas sabia muito bem que só poderia ser ma das garotas que davam a Harry a sua reputação de conquistador.

Após o cafezinho e de um cálice de licor especial como cortesia da casa, Harry deu uma ótima gorjeta ao maître, e eles deixaram o Torre Eiffel.

Para Hermione, fora uma noite deliciosa. Nem tanto para Harry, todavia.




N.A.: Ufa... Até que enfim eu consegui terminar esse cap. Foi mals pessoal, mas sempre que eu estou terminando de escrever um capítulo acontece alguma coisa que me impede...Dessa vez foi pq a minha mãe me colocou de castigo sem computador XD... Mas esperem só até o próximo cap.... Tá completamente....

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