Perseguição



Versão da Hermione

Não penso, não falo, não como nada desde ontem, depois que eu tive a brilhante idéia de abrir a bendita agenda daquele ser desprezível que atende pelo nome de Draco Malfoy.
Hunf! Agora estou com raiva dele! Quer saber? Se ele quer me trair, ele que me traia. Mas, eu vou investigar, vou descobrir tudo! Vou descobrir quando ele me traiu, onde ele me traiu e com quem ele me traiu. Ah! Vou mesmo. Vou começar isso agora mesmo: vou me arrumar e tomar café, depois, vou segui-lo.. Ah, mas eu vou descobrir tudo! E o Draco que me aguarde.




Aqui estou eu, dentro de uma lata de lixo! [ Arg, que nojo.. ] É sério! Eu estou observando tudo o que aquele safado do Draco está fazendo. Bom, enquanto ele não sai daqui (acho que ele está esperando alguém), vou contar tudo o que aconteceu: Depois do café, eu comecei a seguir o Draco. Até um pouco antes do almoço, ele ficou nos jardins do colégio, mas depois, ele saiu do colégio. Ele desceu a “rua” até onde o expresso fica, sabe? Onde o expresso deixa a gente no começo das aulas, sabe? Bom, a partir de lá, ele seguiu o caminho pelos trilhos. Eu fiz o mesmo, mas, numa distância razoavelmente segura. Hora ou outra, ele olhava para trás, mas, antes, quando eu percebia seus movimentos, me escondia.
Bom, depois de uns dez minutos andando pelos trilhos, ele entrou a esquerda, numa rua. Tinha umas lojas que eu nunca vi. Eu andei pela aquela rua, ainda seguindo o Draco. Achei que ele ia até o final, mas não foi. Depois de passarmos por umas sete entradas para ruas, o Draco finalmente entrou numa das ruas: era uma rua sem saída! Na verdade, eu acho que era o fundo de alguma coisa.
Ele entrou pela porta que havia lá. Eu ia entrar, se não tivesse olhado pela janela: o Draco estava voltando. Não tinha como eu me esconder! O que tinha: algumas latas de lixo e umas caixas. Todas as caixas estavam lotadas de coisas. Entrei na primeira lata que eu abri. A rua é muito comprida, mas muito clara, então ou eu me escondia no lixo ou era bye, bye pra minha investigação.
Estou aqui há uns dez, quinze minutos. Ele só fica chiando e chiando. Vez ou outra, se pergunta se ela vem mesmo ou se vai ter que esperar pela próxima vez, de novo.
Eu...




Desculpa pela pausa repentina. Eu ouvi passos, então, eu tive a necessidade de parar de escrever pra ver o que estava acontecendo.
Agora, estou no meu quarto, de banho tomado (graças a Deus) e cheia de perguntas na cabeça. Bom, continuando: Quem tinha chegado? Adivinha. Mas, tá bem difícil. Como você acertou? Sim, era a Pansy Parkinson (oh, really?). Eles se abraçaram e saíram do beco, como se soubessem que aquele não era O LUGAR! Quando consegui e pude sair da lata de lixo, já era tarde: já os tinha perdido de vista. A única saída? Voltar para Hogwarts. No meio do caminho de volta, eu parei numa lanchonete que encontrei pelo caminho e acho que tomei só um suco. Não tinha cerveja amanteigada. Justo hoje que eu queria beber bastante para esquecer a traição do Draco, mas, fazer o que né? Não se pode ter tudo na vida. Pelo menos, tenho minha saúde.
Bom, depois de relaxar um pouco, por uns vinte, trinta minutos, voltei para Hogwarts e adivinha quem foi que eu vi sentando em frente ao lago, junto da Pansy, rindo com ela? Adivinha, adivinha! Sim, o próprio: Draco Malfoy.
Eu fiquei com muito ódio: de mim e dele, lógico. Estava fora de mim, para variar um pouco. Andei furiosa até ele e, gritando, chamei por ele. Ele olhou para mim assustado e quando viu que era eu, levantou-se num salto. Eu percebi que ele escondeu algo quando levantou, mas não falei nada, porque estava furiosa.
-Mione! – ele disse, com um sorriso no rosto, provavelmente um sorriso fingido – Te procurei o dia todo.
Hunf! Essa foi quase! Quase tive vontade de falar pra ele tudo o que eu vi, li e ouvi, desde ontem. Mas, me segurei de certa forma. Bom, eu quero dizer... Er, eu quero dizer... Bom, eu virei a cara e sai andando. Ou melhor, correndo pra dentro do castelo. Só deu para ouvir o Draco perguntando ou pra ele mesmo ou pra oferecida da Pansy o que havia aconteceido comigo.
Agora, como disse, estou no meu quarto. E, daqui a pouco, eu vou jantar. Como fiz no café da manhã, não pretendo falar com o Draco. E se ele vier falar comigo, vou ignora-lo.

Versão do Draco

Hoje o dia foi, sem sombra de dúvida, perfeito. Quero dizer, quase perfeito. Por culpa de quem? Da minha queridíssima Hermione. Eu a amo, mas, sei lá, ela tem agido muito estranho: um dia ela some e no outro me ignora. Isso tudo é muito estranho.
Mas, falando de coisas boas: hoje sai um pouco do colégio e... Bom, depois do café, eu fiquei um tempo no castelo, até um pouco antes do almoço. Ai, eu sai dos terrenos e fui seguindo pelos trilhos do trem de Hogwarts. Tive a impressão de estar sendo observado e seguido o tempo todo, mas não vi ninguém. Fazer o que?
Fui até um beco sem saída e lá entrei pelas portas dos fundos de um bar. Procurei a Pansy, mas ela não tinha chegado. Então, sai e fiquei esperando na porta dos fundos, uns dez, quinze mintos. Quando, ela chegou fomo direto pra...
Enfim... Foi um dia ótimo. Depois de termos feito o que devíamos, eu e a Pansy voltamos pro castelo e lá, dei uma procurada pela Mione, mas, nada. Então, sentei em frente ao lago com a Pansy e fiquei conversando com ela. Foi então que a Mione apareceu gritando meu nome. Quando eu falei que eu tinha procurado ela, a louca saiu correndo.
Será que ela tem problemas?

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