Capítulo VI



Desceram em total silêncio até o sopé da montanha, onde encontraram a margem do rio.

Hermione sentia-se purificada dentro daquela mata selvagem, ouvindo o trinado dos passarinhos e a exuberância da vegetação reinante.

Araras selvagens aqui e ali conferiam uma pincelada colorida ao ambiente, com suas penas azuis e amarelas. E os macacos davam um aspecto circense, com seus malabarismos de árvore em árvore.

Sim, não havia dúvida. Deus estava presente em sua magnificência e criatividade daquela fauna e flora.

Ainda bem que não depararam com nenhum réptil rastejante e nenhuma onça selvagem para quebrar o encantamento, pensou Hermione.

Parecia-lhe que, após tantos perigos e a possibilidade de morte iminente, tanto por parte dos traficantes armados e enraivecidos como de ter despencado do penhasco, pondo-se a segundos de uma morte acidental na profundeza do abismo, Hermione passara a dar mais valor à existência plena no meio da natureza selvagem.

Porém, o que mais a marcara, como uma chaga feita de ferro em brasa, talvez para o resto de seus dias, fora a coragem indômita de Harry e seu pertinaz senso de responsabilidade ao dever e à honra. Ela era, como ele mesmo dizia, sua missão e seu objetivo, e, sem sombra de dúvida, deveria se sentir plenamente realizado pelo dever cumprido, pelo menos até aquele momento.

Na margem do rio encontraram um barco a remo abandonado de que Harry logo tomou conta e ajudou Hermione a acomodar-se no tosco assento de madeira.

Ele não estava concentrado em remar. Sua atenção se mantinha cravada em Mione, ali sentada a sua frente.

As condições do barco eram precárias, mas eles tinham apenas algumas milhas para descer o rio. Era melhor do que seguir trilhas pela selva e depois tentar encontrar um lugar raso para cruzar o rio a pé.

O sol começava a se pôr, e as criaturas do rio Amazonas surgiam para brincar e assustar andarilhos incautos. A chuva parou, causando uma neblina fria que pairava sobre a água.

Hermione observava, vigiando, o terreno nas margens, enquanto Harry se ocupava de observá-la. Talvez uma atitude não muito segura, mas decerto uma vista melhor.

A primeira coisa que ela fez quando alcançaram a margem foi dar um mergulho para tirar a lama, e depois removeu a enorme camisa de camuflagem. O top de tecido elástico estava colado em seu torso, mostrando a Harry cada curva sedutora e sexy que ele queria possuir. Mione perdera seu boné na queda do penhasco. Ele agradeceu aos céus por isso ser tudo o que ela perdera.

Harry não queria reviver aqueles momentos, admitindo que ter ficado aterrorizado mais do que costumava ficar em situações adversas era algo de que queria esquecer-se, apesar de que tudo aquilo lhe mostrara quem Hermione de fato era. Forte, jovial, bem-humorada perante percalços e desafios, enfim, uma mulher que fazia parte de uma geração que sabia como contornar as pedras do caminho com bravura. E ele gostava aquilo. Muito mesmo. Não, corrigiu-se: adorava aquilo.

– Você está olhando para mim, e não para a direção. – Hermione o admoestou, com doçura.

– Eu sei disso.

– Gostaria de fazer amor comigo, não é?

Harry arqueou as sobrancelhas e deu-lhe um sorriso enviesado.

– Qual homem não gostaria?

– Por quê?

– Como é?

Aonde ela queria chegar?, perguntava-se Harry.

– Por quê? A fim de aliviar suas necessidades físicas? Porque estamos aqui sozinhos? Porque sobrevivemos à adversidade? Quero saber o motivo, Harry.

– Quer que eu faça uma confissão? Tudo bem, então. Sou louco por você. É uma garota sensual e esperta, e tem um ótimo astral que está me perturbando demais, atingindo meus limites... E tudo isso a manteve viva até aqui.

A expressão dela era de pura emoção quando falou:

– Você me manteve viva, Harry.

– Não irei discutir isso. Essa é minha opinião.

Hermione era mais determinada do que qualquer outra mulher que ele já conhecera.

– De que tipo de garota você gosta?

– Das fortes. Mulheres que não procedem como carneiro e deixam tudo por conta dos homens. Mesmo aquelas que têm medo de cobras.

Hermione soltou uma gargalhada.

– A maioria dos homens têm medo de mim, ou querem tomar conta de mim.

– Ou usam você? – acrescentou ele, ao rememorar a conversa que tiveram sobre a influência do pai sobre ela.

A expressão de Mione tomou-se amarga, e ela não respondeu.

– Você poderia ter sido fuzileiro naval, Mione.

Ela considerou aquilo um tremendo elogio, mas conhecia a realidade.

– Não sigo ordens muito bem. Não nasci para ser comandada. Ademais, os uniformes fariam meus quadris parecerem enormes.

Foi a vez de Harry dar uma gargalhada.

– Estou certo de que seria um crime – disse ele, enfiando a pá do remo na água.

– Bajulador...

– Diga-me, Hermione, só por curiosidade, e desculpe-me de antemão pela indiscrição... – Hesitou por um minuto. – Quando você veio para este fim de mundo, no meio do nada, deixou alguém nos Estados Unidos? Algum compromisso?

– Não. Nenhum. Sou livre como um passarinho.

– Mas nunca amou ninguém até hoje?

– Já. Duas vezes, pelo que me lembro.

Harry parou com o remo e a encarou.

– Prossiga. Eu adoraria saber.

– Nada de muito importante. O primeiro homem que amei com profundidade era um jardineiro mexicano, Draco, e eu era uma criança inocente. Não deu certo. Papai acabou com minha graça, e depois, ainda por cima, descobri que Draco era casado. Anos depois, já mulher-feita, apaixonei-me por um ex-colega de faculdade, Ronald Weasley, um executivo judeu, muito elegante, que preencheu certa parte de minhas carências, na época. Chegamos a ficar noivos, e tudo indicava que eu viria a ser a Sra. Weasley.

– Já sei. Dessa vez foi o pai dele que acabou com tudo, pois não queria uma moça não judia entrando de véu e grinalda na sinagoga. Síndrome de Romeu e Julieta.

– Tem uma imaginação fértil, fuzileiro, mas não foi nada disso. – Hermione sorriu.

– E então?

– Rony era um muito formal e diferente de mim, e passei a enxergar isso aos poucos. Era alguém que dizia “bizarro” em vez de “estranho”, usava e abusava de palavras como priorizar e teorizar... Coisas assim. Para encurtar a conversa, era um indivíduo muito afetado e certinho demais. Rico, bonito, perfeito.

– E o que mais uma mulher poderia querer?!

– Não sei. Quanto a mim, acordei a tempo. Acho que um pouco de loucura não faz mal a ninguém, nesta vida. Compreende o que quero dizer?

– Não só compreendo como concordo plenamente. E aí, terminou tudo?

– Deixei-o no altar, esperando por mim.

– Verdade? – Harry ficou atônito.

– Brincadeira, bobinho. Conversei com Rony muito antes de marcarmos a data do matrimônio e, uma vez que ele era um rapaz muito circunspecto e metódico, reagiu como tal, e não fez nenhum drama. Mas agora, Harry, chega de conversa fiada e concentre-se no caminho.

Ele fez que sim, assumindo uma expressão pensativa, e voltou a remar.

E Hermione pôs-se a observá-lo conduzir a embarcação em direção à zona segura. Músculos fortes, flexíveis e vigorosos... Ela os adorava, sem mencionar que aqueles músculos a tinham salvado de cair no fundo do despenhadeiro.

– Sabe, Mione, aprecio a sensação de tê-la em meus braços. – murmurou Harry.

Pelo jeito, ele também estivera pensando nela.

– Eu digo o mesmo.

Harry a brindou com um sorriso cheio de promessas, sensual.

– Você me excita mesmo sem fazer nada. Nós nos ajustamos, Mione. Pense nisso.

– Tenho pensado em muitas coisas nas últimas quarenta e oito horas, sargento Potter.

Uma era que os homens com quem saíra antes nunca estiveram à altura de algumas das expectativas que Mione tinha em mente quando se relacionava com eles. Mas Harry, sim. Sem retoques.

Hermione evitara fuzileiros, vendo neles nada mais que uma versão mais jovem do pai opressor, ordenando que ela andasse com rédea curta. Harry era forte, física e mentalmente. Mione recordou-se com clareza do pânico que experimentara quando o foguete atingiu o helicóptero, a cobra, a queda no penhasco... Portanto, mais que ninguém testemunhara a capacidade daquele homem a sua frente.

Harry enfrentara cada situação com fleuma e determinação. E jamais perdera, uma vez sequer, a esperança de que sobreviveria.

Nada o aborrecia, nem o intimava. Exceto talvez as mentirinhas dela.

Hermione olhou para a água, rezando para que Harry não a odiasse mais tarde. Não queria perder seu respeito.

A correnteza aumentara bastante, e Mione ficou preocupada e tensa. Agarrou a borda do bote.

Notando a reação dela, Harry explicou:

– É a corrente da queda d'água que se aproxima.

O barco ergueu-se quando ele o conduziu para um pequeno braço do rio.

E então Hermione a viu.

Água branca em abundância despencava do alto da montanha e formava uma lagoa, grande o suficiente para invadir o rio e adernar a embarcação.

Ela virou o pescoço para absorver tudo aquilo: vibrantes, com milhares de tons de verde, os matizes vívidos das orquídeas que brotavam de dentro das fendas dos penhascos. Tamanha beleza a deixou quase sem fôlego.

– Mais bonito que o Niagara?

– Até pode ser, Harry, mas não se esqueça de que Niagara Falls fica no Canadá. Eu sou americana.

– Ledo engano, mocinha. Há o lado canadense e o lado americano.

– Tem razão...

– Vamos acampar aqui, esta noite. – Harry fez a proa arranhar a margem arenosa do rio.

Pulou para dentro da água, a fim de puxar o barco para a margem até que ficasse bem apoiado no solo. Em seguida estendeu a mão para ela, com o objetivo ajudá-la a sair.

Prendendo-a pela cintura, ele a ergueu, deixando-a deslizar por seu próprio corpo. Aquele contato sólido a reanimou, afastando lodo seu medo.

Harry a beijou, um rápido toque de lábios e língua, e foi buscar a mochila na embarcação.

– Meu Deus, isto está ensopado!

– É assim mesmo que me sinto. – Hermione meneou a cabeça – Suja, ensopada... rabugenta.

– Esse é um novo estágio de que deverei tomar ciência? – Ela empinou o nariz.

– Sou uma mulher multifacetada, Harry.

Ele ainda ria quando retomou à margem.

Harry levou-a até o lado direito da cachoeira. Lá, Hermione se admirou da formosura da lagoa. Queria muito mergulhar e emergir várias vezes ali.

O sol poente brilhava sobre as águas ondulantes, deixando-a toda dourada.

– Meu Deus, como é lindo o Niagara! – Mione suspirou, provocante.

– Você deveria livrar-se dessas roupas – Harry a aconselhou, colocando a mochila no chão.

– Entendo. Sei que você quer me ver de calcinha...

Ele piscou, espantado com a simplicidade com que Hermione falara aquilo.

– Pode ficar nessa sujeira, se quiser. – Ele a examinou por um instante. – Mas sua aparência não é das melhores.

Hermione argumentou:

– Tudo que possuo está ensopado e enlameado.

– Nesse caso, lave tudo. – Harry foi para a lagoa, entrando nela para verificar a profundidade. – Parece segura. Vou vasculhar a área à procura de um abrigo para a noite. Ficará bem, sozinha?

– Sim, eu e Bertha... – Hermione bateu no rifle. –... prometemos não atirar em você.

Harry deu um passo à frente, e então se virou. Gostou de ver a expressão perplexa de Mione quando ele a puxou para si, a arma numa mão e a outra em volta da cintura fina.

– Beije-me...

– Ordens de um fuzileiro naval?

– Beije-me, Mione. Como sei que você tem a intenção de fazer.

Ela passou os braços em volta do pescoço dele com um sorriso sedutor e felino.

– É verdade. Sempre tive essa intenção, Harry.

Mione pousou a boca sobre a dele e deu-lhe o beijo mais ardente que a história já registrou. Ela era vagarosa e sexy, a língua doce contornando-lhe os lábios, e depois se insinuando para dentro deles.

Os joelhos de Harry bambearam. Os lábios dela se moviam numa provocação de gato e rato, fazendo-o arquear-se, quase subjugado por Mione. Era algo inesperado. E fantástico.

Ele gostou demais daquilo.

Quando Hermione se curvou para trás, Harry estava ofegante, os dedos afundando nas costas dela.

– Deus me ajude! Você é perigosa, mulher.

– Achei que amasse o perigo, sargento – disse ela contra a boca dele, e em seguida mordiscou-lhe o lábio inferior, arrepiando-o.

Harry gemeu e tomou posse da situação. Seu beijo era primário, selvagem e esmagador, acendendo o desejo dela, faminta de sua posse total.

Hermione ansiava pelo toque dele, sua paixão aumentando de maneira total. Sentia-se tanto aprisionada quanto liberta. Uma sensação estranha, porém muito verdadeira.

– Sim, pode apostar que amo o perigo... – concordou ele entre beijos – ...quando conheço as probabilidades, o inimigo e o terreno.

– As probabilidades são boas, não há inimigos. – Mione gemeu quando a boca dele passou por seu pescoço. – E quanto a explorar o terreno...

–... será uma missão de maior relevância. – Harry a pegou por trás e a estreitou de encontro a si.

– Não fique muito assanhado.

– Já estou. Culpa sua também.

Harry sorria quando, sem aviso, a soltou e, sem olhar para trás, caminhou em direção da floresta.

Hermione sentou-se no chão, um pouco entorpecida pela onda volúpia.

Harry era pura sensualidade. Nada como estar sozinha numa selva com um genuíno cavalheiro branco para ficar com o coração batendo forte e as fantasias borboleteando em sua mente.

Umedeceu os lábios. Precisava acalmar-se ou se atiraria em cima dele no instante em que Harry voltasse. Olhou para a água encrespada da lagoa. Parecia um céu, molhada e fria. E cristalina.

Vasculhando sua mochila, encontrou xampu e sabonete. Despiu-se e entrou no lago, onde a ondulação era maior, pois havia menos chance de encontrar cobras. Hermione se deixou afundar na deliciosa água fria.

Ensaboou-se e passou xampu nos cabelos, e então flutuou. Sentiu-se livre e feminina por estar nua sob uma cachoeira.

Mione gastou quase o frasco inteiro de xampu para tirar a lama da cabeleira e nadou como uma sereia sob a queda d' água. Depois deixou que a força das águas massageassem seus músculos doloridos.

Nadou de novo até a margem para pegar o sabonete e apanhou as roupas para lavá-las. Em seguida, atirou-as sobre as pedras antes que parasse para escrutinar a área à procura de intrusos e répteis. Sempre ouvira dizer que perto de pedra e água existia lagartos em profusão.

Sentiu a pele arrepiar-se de medo e nojo. Só depois que constatou que não havia animal algum por perto foi que se lavou e tomou a boiar. Naquele momento era a própria Cleópatra tomando seu banho de leite de cabra.

Harry saiu da mata e aproximou-se do lago dourado. E sua pulsação acelerou de novo. O sangue correu rápido nas veias, atingindo-lhe o baixo-ventre com vigor.

Nenhum homem na face da terra vira nada tão belo. Hermione, com a cabeça inclinada para trás, os lindos cabelos castanhos derramando-se pelas costas. A pele molhada brilhando sob os últimos raios solares.

As mãos dela alisavam o corpo, apalpavam os seios.

A reação de Harry, imediata, o fez arfar. Chegou a sentir dor.

Olhou em volta dela e notou o rifle bem ao alcance de Hermione.

“Boa menina”.

Assim, sua atenção se concentrou toda na doce curva das nádegas dela quando Mione se voltou, dando-lhe um perfil liso e ensaboado. Isso quase o levou à loucura, em total descontrole. Era o próprio garanhão que galopava pela colina, saltando cercas e obstáculos, ao avistar a égua no cio solta na campina.

Harry tirou a camiseta e as botas. Entrou na água, e Hermione se assustou por um segundo.

Entreolharam-se por um longo instante. Hermione não fez movimento algum para se cobrir.

– Vejo que, até que enfim, você está sem a calcinha – observou Harry.

O sorriso dela era quase sádico.

Hermione atirou o sabonete contra o peito largo.

– Você está imundo.

– Lave-me, mulher.

– Com todo o prazer, fuzileiro.

Hermione ensaboou o tórax amplo, tão perto que seus seios esbarravam nele. Harry parecia estar restringindo-se, as mãos pousadas nos quadris dela.

Mione deslizou o sabonete mais para baixo, desafivelando-lhe o cinto e tentando desabotoar a braguilha. Harry emitiu um pequeno gemido.

– Devo concluir que este tipo de calça não foi feita para ser tirada com rapidez – Hermione murmurou, sorrindo. – Uma com zíper seria bem mais fácil.

– Queixe-se com a Marinha, garota. – A ponta dos dedos dele agarram os quadris de Hermione – Você sabe aonde isto a está levando, Mione. Quem procura acha.

Ela deslizou a mão para dentro da calça dele, fazendo-lhe carícias bastante ousadas. E fantásticas.

– Eu estava certa, você é mais quente do que parece – provocou-o, apalpando-o. – Mas jamais imaginei que fosse tanto...

Hermione sabia muito bem o que fazia. E não tinha reserva alguma em fazer sexo com ele. Aquilo parecia inevitável. Ela queria contar-lhe quem de fato era, porque mantivera segredo de sua identidade, mas não pretendia estragar aquele momento.

Harry iria descobrir logo o bastante para desprezá-la. Ele não entenderia suas razões, nenhum homem jamais entendeu. Era seu pai, não ela, quem usava as duas estrelas de ouro.

Mione não sabia se Harry reagiria do mesmo modo ou não. Ela se interessara por alguns rapazes que foram sensacionais até que soubessem quem era seu pai. Aí, tudo terminava. Isso acontecera com tanta freqüência que era só o que podia esperar.

E não havia exceção. Exceto naquela hora.

– Eu quero você, Harry.

– Tem certeza?

– Tanta quanto de que necessito de oxigênio para me manter viva.

Hermione tinha uma expressão perversa no semblante quando deslizou a língua sobre os mamilos dele, lambendo sua pele salgada.

Passou os dedos sobre o centro da barriga rígida, afundando-os abaixo da linha da cintura. Levantando a cabeça, roçou a boca nos pêlos que despontavam no maxilar forte.

– O que vamos fazer nestes dois dias, fuzileiro?

– Três. E sem contato por rádio até lá.

– Quer dizer que somos as únicas pessoas aqui? – indagou, sorridente.

– A vila mais próxima fica a dez quilômetros, portanto, sim. Isso significa que você pode gritar e gemer de prazer, querida. À vontade.

– É bom saber.

Harry deslizou a mão pelo ventre dela e foi seguindo até as coxas. Ao primeiro toque, Mione ofegou com força, e suspirou.

Harry a afagava, apartando-lhe as pernas pouco a pouco. Os olhos dela flamejavam, sua respiração era opressa.

Ele encontrou o centro de sua feminilidade e começou a explorá-lo. Hermione gemeu, abrindo-se para Harry, rendendo-se.

Harry a provocava, fazendo movimentos circulares sensuais, enquanto ela pedia por mais.

– Oh, Harry.

– Sim?

– Isso está delicioso!

Ele sorriu, feliz por oferecer-lhe tamanho deleite.

Continuou a apreciá-la quando Hermione caiu para trás sobre seu braço. A água esguichava em torno deles. Ela parecia uma escultura reluzente.

Harry inclinou a cabeça, colocando os mamilos róseos dentro da boca e sugando-os com delicadeza. Hermione tremia e se retesava pelas sensações incríveis que experimentava..

– Vou fazer amor com você por três dias seguidos, Hermione.

A promessa era suficiente para arremessá-la à beira pulsante do clímax..

– Provarei cada centímetro de seu corpo, sentirei você chegar ao auge em todas as posições possíveis. – Harry se arqueou e lambeu o lóbulo da orelha dela. – Vou lambê-la toda, até que esteja sussurrando o meu nome e gemendo de loucura.

Hermione não podia responder, era incapaz de articular a fala naquele momento. Seu corpo estava totalmente sob o controle dele.

Os dedos de Harry a alisavam, e voltaram a tocar seu ponto mais sensível. Num segundo, ela chegou ao clímax, agarrando-o, devorando-lhe a boca encostada na sua, flexionando a coluna e estremecendo.

Harry a trouxe para si, abraçando-a apertado para sentir cada um de seus pequenos e ininterruptos espasmos.

A anatomia dela era como uma onda curva, o desejo crispando-se por seu ventre abaixo e pressionando-se contra a mão de Harry.

Ele ordenou de súbito:

– Olhe para mim.

Hermione o obedeceu e viu a paixão irromper. Em seguida, caiu contra ele, com a testa no peito largo.

– Meu Deus... – Mione exalou um longo suspiro.

– Isso foi bonito.

– Meu Deus – repetiu.

Harry achou graça. Ela inalou rápido e ergueu o rosto.

– Dois podem participar deste jogo.

Ele tornou a estreitá-la, com um olhar profundo e intenso.

– Não se trata de um jogo. Pelo menos não para mim. – Hermione entendeu de imediato, e uma alegria pura, genuína a dominou. Abrindo os últimos botões da braguilha de Harry, deslizou a mão para dentro e apalpou-o.

Com avidez, removeu-lhe a calça por sob a água e, em seguida, a cueca, sem que ele a impedisse, mantendo-se quieto como um menino obediente.

Quando se viu nu, Harry tirou Hermione do lago e a carregou seus braços para a margem, deitando-a no chão. Sem demora, acomodou-se sobre ela.

Hermione sorriu, e apontou para a calça dele, que boiava na água ali perto.

– Por favor, traga-a até aqui.

Harry se levantou, no esplendor de sua nudez, e foi apanhar a peça, que entregou a ela. Mione vasculhou o bolso da perna da calça e de lá retirou um preservativo.

– Apresse-se e abra isso de uma vez, porque quero fazê-la minha, só minha... Não agüento esperar mais!

– Venha até aqui, sargento. Tudo o que mais quero é dar-lhe todo o prazer do mundo.

Quando a respiração dos dois voltou ao ritmo normal, Harry levantou a cabeça, feliz. Mione afastou os cabelos do rosto dele e, em seguida, entrelaçou os dedos naquela maciez.

Então, com cuidado, com muita cautela, Harry a beijou com uma delicadeza tão inacreditável que o coração de Hermione ameaçou derreter, bem ali, no chão da floresta.

Ela ergueu o olhar para ele. Harry delineava-lhe as feições com o indicador, de um modo muitíssimo carinhoso. Mas havia algo novo nos olhos dele que ela não vira antes. Um brilho. diferente. Isso a fez sentir-se adorada. Seria capaz de flutuar, tamanha sua alegria.

E Hermione Granger Bricker soube que estava perdida, irremediavelmente perdida.

– Três dias, não é? – Hermione escorregou o polegar sobre o lábio inferior de Harry. – Você vai cumprir todas aquelas promessas?

Ele sorriu mais largo ainda.

– E mais algumas, querida.

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