A proposta



Cap 4.: A proposta.


“E porque é que eu tenho que fazer isso mesmo?”, perguntou Tiago, erguendo uma das sobrancelhas, cético.


“Porque é verdade”, respondeu Ted, por entre os dentes cerrados, “E por que nós queremos ajudar sua prima Victoire a conquistar um namorado”


“Por quê?”, o menino olhou horrorizado para o amigo, “Você nem gosta dela!”


“É, mas eu acredito no...”, hesitou, buscando pela palavra acurada.


“Amor verdadeiro?”, sugeriu Justin, enfiando as mãos no bolso e divertindo-se com a cena.


Ted fuzilou-o com os olhos, depois soltou o ar, lentamente, e lançou um olha benévolo para o primeiro-anista.


“É, porque eu acredito no amor verdadeiro e quero que a sua prima e o encontre”, disse, lentamente.


“Então, por que ouvi a Victoire reclamando que você estava estragando tudo entre ela e o Brandon?”, Tiago fitou-o, com uma cara que deixava claro que não estava acreditando em nada do que os outros dois diziam.


“Eu estava...”, Ted hesitou novamente, buscando pelas palavras exatas, “Ajudando a ver se o Brandon é um bom homem. Já vi que é e agora quero que eles fiquem juntos, mas, para isso, preciso da sua ajuda”


“Da minha ajuda?”, ecoou o garoto, erguendo uma sobrancelha.


“Olha, você acredita na gente, não acredita?”, perguntou Justin, levemente impaciente, “Nós somos seus amigos, não somos?”


“São, mas mesmo assim...”, encolheu os ombros.


Ted gemeu quando viu Victoire saindo da sala de aula e puxou o filho do padrinho.


“É o seguinte: a Victoire não acreditaria em mim, nem no Justin em relação a isso. E nós queremos que ela saiba disso, entendeu? E ela só vai acreditar se for você”, apontou, enfático, para o garoto, “E então?”


O garoto olhou para as costas da prima, que estava rindo com as amigas, e assentiu.


xXxXxX


“Então, o que nós vamos fazer?”-perguntou Margo.


“Eu vou me encontrar com Travis.”-disse Verônica.-“Ele disse que tinha uma surpresa para mim e...”


Só que antes que a garota pudesse se gabar por ter um namorado, Justin e Tiago passaram por elas e começaram a andar na frente.


Victoire franziu o cenho.


Aquilo não era um bom sinal.


“E sabe o que o Brandon, disse?”-perguntou Justin.


Quando Tiago não disse nada, o garoto lançou um olhar cortante.


“Ah, que Brandon?”-perguntou o garoto, um tanto lentamente.


“Aquele cara, o bonitão da Corvinal.”-e Justin fez uma careta.-“Sabe, aquele que gosta de fazer as meninas cabularem as aulas?”


Victoire lançou um olhar mortal para o garoto.


Justin, que percebera o olhar, continuou:


“Então, ele estava me contando algumas coisas.”


“Não sabia que você conversava com ele.”-disse Tiago.


“Nah, eu perguntei como que ele consegue convencer as garotas a cabularem aula.”-disse Justin.-“Só que, assim que ele me viu, ele começou a perguntar sobre uma certa garota.”


“Que garota?”-perguntou Tiago, parecendo interessado.


Margo começou a abrir a boca, mas a loira fez um sinal para que ela se calasse.


“Você promete não contar a ninguém?”-perguntou Justin.-“Ou melhor, você promete não contar para ninguém da sua família?”


Tiago apenas assentiu.


“É a sua prima.”


“Como assim a minha prima?”-repetiu Tiago, bravo.-“Ela ainda é uma criança!”


A garota rolou os olhos.


“Bom, ele não acha isso, cara.”-ele disse.-“Então, voltando ao assunto, ele começou a perguntar os interesses da Victoire.”


“E o que você respondeu?”-perguntou Tiago.-“Você disse que ela ainda brinca de boneca com a minha irmã, não disse?”


“Ah, mas não tive a oportunidade, saca?”-disse Justin.-“Ele começou a dizer que se a Victoire não sabe jogar quadribol, ele não iria querer nada com ela.”


A garota olhou assombrada.


“Ah, e o que você disse?”-perguntou o garotinho e franzindo o cenho, ele continuou.-“Você falou que ela é uma aberração da família, né? Porque todos os Weasley’s sabem jogar muito bem quadribol.”


“Eu disse que não sabia, Tiago.”-respondeu Justin.-“Eu não quero estragar as chances que a sua prima tem, porém, o cara tá tão desesperado que pediu que eu investigasse.”


Victoire sorriu satisfeita, porém, Justin logo continuou:


“Bom, ele, provavelmente, vai querer ver a sua prima jogando quadribol. Ou montada em uma vassoura. Pelo menos, ele falou que seria perfeito se eles pudessem voar juntos.”


“Victoire não sobe em uma vassoura desde que ela tem cinco anos, ou melhor, desde que ela voou na direção de uma grande colméia. Bom, é o que a mamãe diz.”-disse Tiago, enquanto fazia uma careta.


Justin mordeu a língua para conter a risada.


E foi quando Ted Lupin apareceu.


“E aí?”-ele perguntou.-“O que está acontecendo?”


“Nós estamos falando sobre a Victoire.”-disse Justin.-“E a aberração que ela é em cima de uma vassoura.”


“Ah, sim. A Monstrenga nunca foi boa.”-disse Ted.-“O Tiago te contou a história da abelha?”


Tiago assentiu.


“Sabe, e se você a ajudasse, Ted?”-perguntou Justin.-“Porque você sabe o quanto eu era horrível no Quadribol. E agora, você está olhando para o melhor batedor da Grifinória.”


“Ah, mas você quis que eu te ensinasse a jogar.”-respondeu o garoto, de modo inocente.-“Você acha que a Victoire vai querer?”


Victoire ia se aproximar do grupo, porém, Margo segurou o seu braço e disse, baixinho:


“Não faça isso! Você sabe que não vai conseguir!”


“Mas é o Brandon!”-berrou a garota, atraindo a atenção dos garotos.


Ted, parecendo muito surpreso, disse:


“Vicky!!! Não sabia que você estava por aqui.”-e ao ver que a garota fechara os pulsos e o encarava de modo bem estranho, ele continuou.-“Nós estávamos relembrando a infância. Lembra da história da colméia?”


“Não, Esquisito.”-respondeu Victoire.


“Ah, como não?”-perguntou Ted, se deliciando.-“Como você não lembra que bateu em uma colméia enquanto voava?”-e virando-se para Margo e Verônica, ele continuou.-“Fazer o que se ela é uma grande aberração? Os genes da família Weasley não conseguiram salvá-la.”


“Cala a boca.”-ela ordenou.-“Margo, Verônica, sério, não acreditem nesse fracassado.”


Ted rolou os olhos e perguntou:


“O que você está fazendo aqui? Por acaso, quer pedir alguma coisa?”


“Pedir para você?”-riu Victoire.-“O que você acha que eu pediria para você?”


“Nada.”-disse Ted, inocente.-“Então, Justin, conseguiu descobrir o que o Sheffield perguntou?”


“Ah, sobre a garota?”-perguntou Justin.-“Cara, vai ser a maior decepção, mas fazer o quê?”


Ted também deu de ombros.


“Bom, Monstrenga, a gente se vê.”


xXxXxXxXxXxXx


“Ela ainda não veio me procurar... por que ela ainda não veio me procurar?”, perguntou Ted, apreensivo, olhando pelo Salão Comunal.


“Ela vai vir”, assegurou Justin.


“Mas e se ela não vier?”


Justin ergueu os olhos do pergaminho que estava lendo, exasperado.


“Cara, se você continuar assim, eu vou para a biblioteca”, estremeceu com o pensamento, mas continuou olhando determinado para o amigo, “Agora cala a boca que eu preciso terminar a lição de poções”


“Mas ela vai vir, não vai? Quero dizer, ela gosta daquele tal do Brandon, não gosta?”, passou os olhos escuros pelo Salão uma vez mais, antes de ocupar o lugar ao lado do negro, que riscava o pergaminho com a pena.


“Ela gosta. Ela vai vir. Agora, fica quieto!”, sibilou Justin, massageando a têmpora, “Nem minha irmã é tão chata!”


“A Victoire é mesmo insuportável”


“Eu estava falando de você”, rosnou o outro, soltando o ar com força pelo nariz, enquanto passava os olhos pelo que tinha escrito.


Ted assentiu, percebendo que estava sendo inconveniente.


“Foi mal”, soltou o ar, e cruzou os braços sobre a mesa, deitando a cabeça neles.


Houve um breve minuto de silêncio.


“Mas e se ela não vier?”, perguntou, de novo, desesperado, “O que é que eu vou fazer?”


Justin abafou um berro frustrado, levantou-se.


“Eu vou te deixar aqui com sua crise histérica de noivo-deixado-no-altar e vou para a cozinha”, quando Ted se levantou para acompanhá-lo, Justin fuzilou-o com os olhos e gesticulou para que ele voltasse a se sentar, “Você fica ”, rosnou.


Ted sentou-se, com cara de poucos amigos, e deitou a cabeça na mesa, de novo, batendo com o pé no chão, ritmadamente.


"Ela vai vir... ela vai vir... é claro que ela vai vir” , repetia, como se fosse um mantra.


Ela não vai vir e você sabe disso. O que vai fazer agora, Ted? Deixar os treinos de lado? Tenho certeza de que Justin poderia ser um capitão tão bom quanto você...”


NÃÃÃÃÃÃÃÃO! Isso não vai acontecer! Eu não vou largar o time! Nem que eu tenha que amarrá-la e amordaçá-la... e trancá-la no banheiro todos os dias de treino!”


“Ahn... Você está me ouvindo?”, perguntou uma voz e o coração de Ted quase parou, de tanto alívio, quando ele ergueu a cabeça para fitar Victoire.


Ela estava um tanto corada e parecia levemente contrariada por algo, quando ocupou o banco de frente para o garoto.


O menino precisou de alguns minutos para simular desinteresse, embora seus olhos tenham mudado para um azul claro e luminoso e precisou de todo o seu controle para que seus cabelos também não mudassem para uma cor berrante, o que sempre acontecia quando ele estava exultante.


“Monstrenga, o que faz aqui?”, perguntou, erguendo uma sobrancelha.


Isso vai ser tão divertido” , pensou, satisfeito, enquanto observava-a, com uma sobrancelha erguida, como se não tivesse nem idéia do que estava acontecendo.


“Ahn... Olha, Ted...”, ela fez um esforço tremendo para não usar o apelido carinhoso que usava desde que tinha oito anos de idade, “Eu sei que nós temos as nossas diferenças e que... que... que... ás vezes, nossas vontades são divergentes... mas... mas...”, ela corou furiosamente, “Eu preciso da sua ajuda”


Ted fez questão de lançar o olhar mais inocente e aturdido que conseguiu.


“Mas... com o quê?”, fingindo surpresa.


“Hum...”, divertiu-se ao ver a garota lutando internamente para escolher cuidadosamente as palavras, “Eu preciso... de ajuda... com...”, ela parecia que estava a ponto de morrer de tão mortificada, “... Quadriboll ”, concluiu, num sussurro tão baixinho que ele teve que se inclinar para ouvi-la.


“Mas, Monstrenga”, o tom de voz se alternava entre suave e cínico, “Você odeia Quadriboll. Por que quer minha ajuda com isso?”


Ela passou as mãos pelos cabelos, frustrada.


“Olha, eu quero entrar no time, tá legal?”, soltou, contrariada, “E eu gosto de Quadriboll, é só que...”


“Uma ameba míope é melhor do que você”, ele concluiu, num tom carinhoso, dando um sorriso meigo e apertando a mão dela, por sobre a mesa, de maneira confortadora, “Sabe o que é, Monstrenga? Eu não faço milagres... Talvez se você for na capela de Hogsmeade todos os domingos, e orar bastante...”


“Mas você ajudou o Justin, e...”


“Sim, mas o Justin tem o QI maior do que o de um balde de areia”, ele retrucou, como se estivesse falando com uma criança debilitada.


Victoire rangeu os dentes, irritada.


“Escuta aqui, ô Esquisito!”, rosnou ela, inclinando-se mais, “Você vai ajudar ou não?”


“Com toda essa gentileza, como eu poderia recusar?”, perguntou, encolhendo os ombros, inocente, “Eu até poderia te ajudar, mas...”


“Mas...?”, ela ecoou, em expectativa.


“Você tem que pedir direitinho”, respondeu, um sorriso malévolo se espalhando pelo rosto, “Com ' por favor ' e tudo o que eu tenho direito”


“Tudo o que você tem direito?”, ecoou, sarcástica, mas calou-se assim que Ted alteou as sobrancelhas.


“Puxa, olha a hora”, bocejou, levantando-se, “Estou com tanto sono. Estou indo, Monstrenga. Mas se você quer mesmo fazer parte do time, pode ser que eu te arranje um servicinho como a garota-das-toalhas”, sorriu com o pensamento, “Você acha que o Brandon considera isso como parte do time?”


Ela engoliu em seco e observou, em pânico, enquanto ele começava a subir as escadas que davam acesso ao dormitório masculino.


“Eu...”, ela começou, e ele parou no meio da escada, dando um sorriso vitorioso que ela não poderia ver, “Eu preciso muito da sua ajuda... Ted... e se você, por favor, pudesse me auxiliar... eu seria... eternamente grata”, ao final do pedido, ela estava olhando para a lareira, os braços imóveis do lado do corpo.


Ted voltou-se para ela, mas fez questão de deixar o sorriso exultante bem à mostra.


“Todas as quartas e sextas, às sete e meia de noite?”, sugeriu, mas não deu tempo para que a garota respondesse, “Te vejo quarta, Monstrenga”, e subiu as escadas.


CONTINUA...


N/a: Nós postamos!!!


OK, eu, Ana, postei já que a Gii teve que viajar e me abandonou total (justo quando eu to empolgada e to querendo mostrar a cena do próximo cap para ela...), mas tudo bem!!! A Gii volta dia 3 e nós voltaremos a escrever o cap 5.


Bom, pessoas o que vocês acharam??? Gostaram desse cap??? Acho que as coisas estão começando a se encaixar, né? Para quem sentiu a falta do Tiago, ele apareceu nesse! E nós já podemos ver o quanto ele é possessivo em relação à Victoire (Tiago, vulgo Rony Weasley XD).


E vocês conseguem imaginar a Victoire jogando quadribol? Bom, depois de mais uma história da infância da Monstrenga e do Esquisito... eu imagino e só consigo dar risada XD.


Ah, sim, nós esperamos os comentários!!!


Beijos a todos


Anaa e Gii

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