A Taça Amaldicçoada

A Taça Amaldicçoada



Capítulo 3- Taça Amaldiçoada

“A fuga dos centauros foi o ponto crucial. Isso desencadeou tantas coisas que é difícil contar.” Binns parecia empolgado, mas ninguém na sala parecia compartilhar estes interesses. História da Magia não é a mais popular das matérias.
Andrew não dissera uma palavra, e anotava rapidamente.
Escorpio e Louise estavam preocupados com o amigo. Ele parecia normal, conversaram com ele, apesar de com um pouco de pressa, as eles viam algo estranho em seus olhos. Algo que incomodara o sensitivo Escorpio, e Louise percebera também. Incomodados, conversavam por meio de um pedaço de papel, para impedir os olhares de Binns e do próprio Andrew.

L:O que será essa fissura toda? Percebeu que ele está lendo um livro por de baixo da mesa?
E: Eu faço isso o tempo inteiro. O problema não é o ler, mas o que ele está lendo: percebeu que é sobre Hog.?
L: Só estou comentando por causa disso, tapado. Andrew sempre lê ficção debaixo da mesa, e não livros de história.
E: Ta, eu só comentei. Acha mesmo que ele está bem, como ele disse que estava?
L: Ta louco? Óbvio que não. Acho que ficou impressionado com a história do tal cálice, e com nossos nomes na parede.
E: Porém, eu não o vi com o tal cálice hoje nem ontem.

Louise arregalou um pouco os olhos ao ler a última linha que Escorpio escrevera: se não havia a taça envolvida, o que tornara Andrew tão... anormal? Ela passou os dedos pelo cabelo negro, um tanto preocupada.
“Srta.Fontenelle, poderia responder para mim?”
Louise levantou os olhos do pergaminho rabiscado e encarou o professor. Binns nunca a agradara, e sua matéria muito menos, mas tinha a impressão de que ele simpatizava com ela.
“Ah, claro... os centauros fugiram para a Floresta Proibida, enxotados pelos bruxos...” fora um chute calculado, e aparentemente a gole acertara o aro, pois Binns sorriu.
“Exato. Foi neste momento...”
Louise desligou-se de novo. Era sexta-feira, e faltava apenas mais três aulas para encontra-se com um fim de semana de braços abertos para fazer absolutamente nada. Neste tempo, poderia pensar no que fazer em relação a Andrew, claro que o dividindo com James Potter...
Mas tinha a impressão que era apenas mais uma para o garoto. O sentimento era imensamente recíproco para ela, mas mesmo assim cogitou largá-lo logo após aquela aula para não haver dúvidas. Afinal, James Potter era um galinha de marca maior, preocupado apenas em descolar garotas dispostas a amassos.
“Te contei da Anchal, né?”
A voz de Escorpio fora tão inesperada que Louise deixou escapar sua pena. Ele a içou e entregou para ela, depois continuou.
“Ela me deu um pé na bunda para ficar com o Weasley. Conhece o Hugo Weasley?”
Louise acenou positivamente com a cabeça e não pode deixar de notar um traço de raiva na voz do amigo. Tentou extenuar a conversa:
“Ah, mas você não gostava mesmo dela, não é? Tipo, você nunca falava dela e mais de uma vez escapou dela para passar um tempo falando bobagem no Salão Comunal.”
Escorpio foi reticente. Ele deu nos ombros e recomeçou a fingir que anotava, fazendo uma caricatura estranha da face de Athena Lewis. Escorpio não gostava de se exibir e nem admitia, mas era um excelente desenhista, e Louise o admirava por isso.

“Escorp, viu Andrew?”
Escorpio acenou negativamente com a cabeça. Louise frustrou-se.
“Hoje é sexta-feira! E o nosso ritual de assaltar a cozinha e comer falando bobagem nas sextas à noite?”
Escorpio deu nos ombros, levantando para ajudar a amiga a procurar Andrew. Revistaram o dormitório, o Sala Comunal, o Refeitório e a Cozinha, porém Andrew não dera as caras e isso os preocupava cada vez mais.
“Pera, acho que tem um lugar que podemos procurar, mas eu preferia não encontrá-lo ali...” começou Escorpio
Louise imediatamente entendeu o outro e o seguiu para até debaixo da escada a frente do Refeitório, seguindo pelos corredores vazios e escuros, correndo o risco de piorar a situação da Grifinória e de pegar uma detenção por causa de uma teoria capenga e arriscada sobre a localização de Andrew.
Quando entravam de baixo da escada, Escorpio instintivamente murmurou “Nox!”, para que a luz na ponta de sua varinha se apagasse.
Eles apenas assistiram o tenebroso momento que veio a seguir...
Andrew aparentemente não reparara nos dois, ou, se reparara, não deu atenção. Ela apenas ergueu a varinha, encostando-a na parede, e murmurou:
“Lumus Maxima!”
Como no dia anterior, a luz seguiu as depressões do nome completo de Andrew, e, pela segunda vez, parede t urvou-se como se fosse um lago vertical. Andrew adentrou a parede, sumindo da vista dos dois amigos, e aparecendo do outro lado.
“Ahhhhh! Ahhhhhhh!. Ahhnnnnnnnnn!” dizia baixo Louise “Você viu, Escorp? Você viu aquela parede engolindo o Andrew??”
Escorpio, ainda um pouco boquiaberto, apenas acenou com a cabeça, fitando a parede como se esperasse que esta desmoronasse.
“Você acha que a parede... engoliu ele?” gaguejou a garota
“Não. Ele fez aquilo por conta própria.” Falou Escorpio “ E acho que também podemos fazer. Ele aproximou-se, ainda meio vacilante, da parede, ergueu a varinha e tocou o seu nome. “Lumus Maxima.”
Como um rio, a luz espalhou-se pelo seu nome. A parede turvou-se e ele, indeciso, entrou lentamente para dentro daquela massa.
“Escorp!” chamou Louise
Ninguém respondeu. Ela aproximou-se da parede, tocou seu nome, indecisa. Mas, por fim, ergueu a varinha e tocou-o.
“Lumus Maxima.”
Quando a coisa preparou-se para a sua entrada, ela olhou para trás, vacilando, mas seguiu para dentro da massa negra que fora a parede.

“Louise?”
Estava escuro como se alguém tivesse pintado o lugar com tinta negra. Uma mão a pegou pela cintura.
“Escorp? Por que não acendeu uma luz?”
Escorpio murmurou em seu ouvido.
“Não sei se Andrew nos viu. Quero aproveitar isso. Contamos até dez e acendemos as varinhas.”
“Ok.”
Dez segundos passaram-se, até que os dois, em conjuntos, ordenaram: “Lumus”.
Um longo corredor, feito de pedras, com um teto com uma distância entre dois e quatro metros do chão, curvo. Abóbadas sombrias, porém bem adornadas, tudo isso parecia ser feito de um mármore negro, tenebroso.
“Lou, nós deveríamos estar vendo a silhueta de Andrew? Eu sei que a luz é fraca, mas acho que deveríamos vê-lo.” questionou Escorpio
“É uma boa pergunta. Siga em frente. Podemos só tentar seguir o rastro dele.”
Ele acenou com a cabeça e eles seguiram.
E seguiram.
Desde criança, Escorpio cultivara uma espécie de mania que poderia ser considerada um vício: contar passos, sempre que está nervoso. E ele estava em seu ápice naquele momento. Ele contava, passo a passo, numerando-os com um cálculo rápido, simples e até um pouco assustador. Mas o corredor era razoavelmente grande, e nos dez minutos de caminhada, ele perdeu a sua precisa conta. Mas não se importou mais, ao ver o estranho abismo que havia no término do corredor. A luz que emanava da ponta da varinha de cada um não era o suficiente nem para examinarem a ponta do adornado buraco. Ao longe, ouviram o barulho de alguém aterrissando de um salto e passos distantes que se extinguiram rapidamente.
“É Andrew.” Murmurou Escorpio “Ele deve ter usado algum feitiço para pular sem se machucar.”
Louise olhou para o vórtice escuro, e discordou com a cabeça.
“Não acho. Isso é complexo e nem sei se realmente existe.” Respondeu ela “Deve ter alguma coisa...” ela olhou em volta “Ali!”
Ele olhou para a direção em que ela apontava, e sorriu.
“Accio corrente!” ordenou a bruxa
E a grande corrente presa ao teto que descia ao negrume do buraco aproximou-se até que Louise pode pegá-la.
“Então, quem desce primeiro?” perguntou Escorpio
Louise olhou indecisa para o amigo, que parecia razoavelmente disposto, para a corrente e para a falta de luz que se seguia em baixo.
“Eu.”
Fechou os olhos, colocou a varinha entre os dentes, tentou juntar o cabelo negro para trás e iniciou uma lenta descida até o chão.
As correntes rangiam e davam a impressão de que se desfariam a qualquer momento. Ela, com as pernas entrelaçadas, arrastava-se lentamente para baixo. Usando a parede, já que o amigo mantinha corrente próxima desta, ela descia pulando com cuidado, aproveitando para pegar velocidade antes de voltar para o arrastar.
Escorpio observou Louise ganhar distância lentamente, calculando para saber onde ela teria que chegar para ele poder iniciar a sua descida.
Por um instante, solitário, a imagem de Anchal piscou em sua mente Observando a amiga descer, sentiu um sentimento esquisito em relação à Louise. A capa cobria todo o seu corpo, ele podia distinguir apenas os cabelos negros dela. Mas a sensação esquisita persistiu por um instante. Eu classificaria como atração. Escorpio Malfoy classificou como medo pela amiga.
“Escorp?” como um murmúrio engasgado, Louise mal conseguiu chamá-lo por estar segurando a varinha entre os dentes. Ela continuava em seu caminho, e ele só a via por causa da varinha, que tinha a ponta enfeitiçada para brilhar.
“Já estou descendo” respondeu ele “Prepare-se para se afastar da parede. Vai ser meio-brusco.”
E, fechando os olhos, ele se agarrou à corrente e pulou da boca do pseudo-penhasco.
Como um pêndulo, eles balançaram-se desagradavelmente. Louise agarrou-se com força a corrente, mas Escorpio quase escorregou, pendendo apenas por uma mão em todas as oscilações. Suando frio, ele chocou-se com a parede e escorregou mais alguns elos para baixo, seus pés roçando algo.
“Escorpio! Tudo bem?? Cuidado!” berrou Louise
Com a corrente mais estabilizada, o garoto encolheu as pernas de tal modo que não encostava em Louise.
“Foi sem querer, escorreguei. Desça um pouco mais que eu desencolho as pernas e recomeço a descer.” Desculpou-se o louro.
“Bosta. Toma mais cuidado.” Respondeu. E recomeçou uma descida mais lenta sem a ajuda da parede.
Louise reclamava mentalmente por causa do cabelo e da capa, duas coisas que a atrapalhavam na descida. Prosseguia trêmula e sem certeza, mas com mais medo de encontrar um Andrew deturpado, e mais ainda de encontrá-lo neste estão de forma irreversível. Quem dera terem ouvido Escorpio e não terem ido ver a maldita taça! Quando seus pé tocaram o chão, ela demorou alguns instantes tateando-o incerta com um medo de soltar a corrente e cair de novo.
Quando abriu os olhos e soltou os braços, sentiu uma dor de dormência nos membros que se retesaram em demasia. Soltou a varinha dos dentes com os lábios trêmulos, e segurou-a firme, usando a luz escassa para examinar o lugar. Era igual ao corredor de cima, com a diferença de que o teto era mais próximo do chão e que ela conseguia, com alguma dificuldade, ver o final do corredor, que terminava em uma esquina virando a esquerda.
Depois deste rápido exame, ela ouviu os pés de Escorpio tocarem o chão, e ele retirando a varinha do bolso.
“Você teve sorte. Pode aproveitar a luz da minha varinha e não ficou com câimbra na boca.”
Escorpio sorriu.
“Devo agradecer a bela dama o fato de eu ter descido corrente abaixo em um buraco?”
Louise riu e acenou com a cabeça.
“Vamos.” Limitou-se a dizer a menina.

Eles caminharam por um minuto.Tocaram a parede ladrilhada da tal esquina, verificando a sua solidez, e olharam para o lado esquerdo.
O novo corredor tinha, no máximo, entre cinco e seis metros. Do lado direito, uma entrada sem porta ou adorno, mas que aparentava ter sido construída pela arquiteto louco que fizera tudo aquilo, tinha mais ou menos dois metro. Do tal lugar, saia um estranha luz, esverdeada, que com certeza não vinha de uma fonte natural, de uma fogueira ou do feitiço Lumus.
Eles caminharam lentamente, com as varinha apagadas, até o último pilar antes da entrada e comprensaram-se atrás dele: o recinto seguinte parecia ser pequeno, de cinco metros por cinco metros, e ouviram vozes. Estranhas vozes.
“Onde estão? Disse que chegariam!” parecia que duas pessoas falavam em um dueto ensaiado. Uma voz forte, que aparentava ser de uma mulher de grandes pulmões, e outra voz que perdia-se, aparentemente masculina, monocórdia e propositalmente baixa.
“Eles virão. Quem não garante que já não desceram a corrente?” a voz polida que o falou com certeza era de um macho. No fundo, ainda escutava-se a voz monocórdia masculina sincronizada com ele.
“Pela bruxa Morgana, façam o garoto se mexer. Dê uma olhada lá no corredor.” A voz era feminina, porém diferente da primeira. E o tom de segundo plano continuava lá, sempre o mesmo.
“Vá ver, garoto.” Mandou outra voz masculina, ainda com a segunda voz atrás. A voz soava amigável, e o pedido também, mas havia um quê de ameaçador atrás daquilo.
“Ok.” Era a segunda voz masculina e monocórdia.
Era a voz de Andrew.
Passos.
Louise entrou em pânico.
“Ele não pode pegar os dois. Eu” ela olhou para Escorpio, desesperada “você confia em mim, Escorp?”
Mais próximos.
“Sim, mas por que...?” indagou ele
“Feche os olhos e descubra.”
Ele ficou confuso e a fitou.
“O que...?”
“Desculpe.” Disse ela. Poucos passos de distância. Apontou a varinha para Escorpio “Fera Verto”
Imediatamente, ele transfigurou-se para um cálice de água.
O que ela tinha feito?
Abaixou-se para pegá-lo, quando uma mão pegou-a pelo ombro e a virou.
Foi a coisa mais assustadora que já havia visto.

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Meu Deus, eu escrevi isso? soa forçado, uma aventura boba...

Mas eu ñ vou muda =P Vamos ver no que dar.

Ahhhhh,tô me sentindo boba. Comentem e façam uma autora feliz =D e dar notas tbm xD Eu sei que isso aí nem, vai dar grande i bope, mas a esperança [e a sogra] é a última q morre.

Oq será que Louise viu? Q idéia tonta foi essa de tranfisgurar o amigo em um cálice d'água p/ ñ ser descoberto? E d qm são as 4 vozes que Andrew obedecia?
Ñ perca o cap 4, em breve na Floreios e borroes!

[Nda tonta xD]

Se quiser conversar, estou aqui.

BJs

Bia~~Ballu

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