Uma Amizade Resistente

Uma Amizade Resistente



Capítulo 2-Uma Amizade Resistente

A amizade é uma coisa muito bonita, mas muita gente não a valoriza o suficiente. A distância sempre dissolveu amizades, o mau-humor e, principalmente, a falta de comunicação.
A amizade de Escorpio, Andrew e Louise foi um caso que resistiu ao tempo. As férias não foram tão distantes, sempre arrumavam um jeito de haver um encontro, inusitado ou não. Os anos letivos foram sempre vividos próximos e eles faziam questão de estrem sempre juntos.
A magia, os corpos e as personalidades desenvolviam-se, cada um tomando um rumo distinto, porém que sempre se cruzavam em vários pontos do caminho. Louise decidira seguir os passos dos pais como auror, treinando sempre que fosse capaz. Andrew descobrira que teria milhares de opções, entre elas ser professor de algo que realmente o interessasse, seguindo os passos do pai, ou ser auror, seguindo os passos dos avôs internados. Escorpio era um garoto sem-igual, e com certeza seguiria uma carreira a qual necessitasse criatividade: seja criar poções, seja criar feitiços e encantamentos.
Os três jovens tinham uma grande preocupação com os estudos, e com a aproximação dos N.O.M’s, seu tempo para diversão foi se escasseando. É no expresso para Hogwarts, para ingressarem no quinto ano, que a história recomeça.

“Andrew!” berrou Louise, levantando do banco que sentava na cabine. Abraçou o amigo com força e saudade.
“Lou! Que saudades!” um instante se passou “Ah, Lou, minhas costas...”
Ela o soltou imediatamente.
“Desculpa.” Disse “Mas e então? Como foi as férias? Encontrou Escorpio?”
“No caminho. Ele parou para dizer oi a Archie e Lílian.”
“Oi?”
Escorpio estava parado, sorrindo, na porta.
“Escorpio!” Louise o abraçou, quase o derrubando. Ele a girou e se soltaram. “Como você está? Que saudades, garoto!”
“Bem, bem. Fui obrigado a viajar com a família da minha mãe.”
Louise levantou uma sobrancelha.
“Não ia se encontrar com a família do seu pai?”
“E ser obrigado a ver meu pai gritar com a família Malfoy? Não, muito obrigado. Da última vez, vó Ciça disse que os olhos da minha mãe lembravam ratos e eu tive sorte de não puxá-los.”
Andrew deu uma gargalhada audível:
“Mal sabe ela!”
Escorpio sorriu. Louise o empurrou para o assento ao lado do outro e sentou-se na frente dos dois.
“O que contam de novo?”
Andrew tirou um broche do bolso.
“Virei monitor.”
Ambos os três sorriram e contaram histórias correntes sobre as férias pelo resto da viagem.

“Louise Ann Fontenelle, se minha aula não está divertida o suficiente para você, posso mandá-la para uma excursão especial, direto para a detenção. Menos 40 pontos para a Grifinória.”
A professora de Transfiguração, a sucessora de Mcgonagoll, que entrara logo após desta assumir a diretoria, se chamava Athena Lewis. Era magra e esguia,com cabelos longos, extremamente lisos e acinzentados. As marcas de idade de seu rosto eram quase imperceptíveis. Traços leves que demarcavam ao redor dos lábios e no canto dos olhos. Era alta e irradiava sabedoria. Suas leves rugas tornavam-se fortes com sua expressão de impaciência para a aluna, que segurava firmemente um pedaço de pergaminho.
“O que é isso?” perguntou. Louise arregalou os olhos e deixou o papel cair no colo.
“Isso o quê?”
Athena levantou uma sobrancelha. Não entraria no jogo capenga de Louise, e ambas sabiam disso.
“Accio bilhete inoportuno.” Ordenou sra.Lewis, com a varinha. Ela pegou o papel em mãos, passou brevemente o olhar por Louise, que baixou o rosto. Lewis levantou a voz “O que temos aqui. Isso é um desenho de um...?” ela levantou os olhos do pedaço de papel no qual o desenho de um leão e uma cobra tosca enroscavam-se em algo parecido com uma briga “ ‘Hoje à noite, atrás da estátua da bruxa de um olho só. E aí podemos’ ” Athena quase berrou “Louise Fontenelle, detenção de três semanas!” os alunos soltaram risinhos maliciosos. “E...” Fez um movimento de varinha apontando o pedaço de papel. Um gemido rápido ocorreu em algum lugar da sala. Uma varinha bateu no chão.
“Ah! Queima!” reclamou o garoto que deixara cair a varinha no chão.
“James Potter, três semanas para você também! Autor deste bilhete... Hrrrr!” ela virou-se violentamente e voltou para a lousa fazendo surgir mais algumas linhas de anotações e erguendo a varinha. “Sigam os meus movimentos.”
Os alunos soltavam risinhos, e Escorpio, que estava ao lado da amiga, deixou escapar uma risada inoportuna.
“Parece que não vão mais se encontrar atrás da estátua da bruxa de um olho só para...” ele deixou a frase no ar e recomeçou a rir, com o apoio de Andrew. Louise deu um pontapé em Escorpio e Andrew e virou-se para encontrar o olhar de James.
Quando achou, ele deu nos ombros. Não havia muito mais para fazer.

“James Potter! De onde tirou isso? E que lance é aquele da cobra e o leão??” Escorpio não parava de gargalhar desde a briga com a profa. Lewis.
“Cala a boca! É um lance nosso que vocês não tem nada a ver! James é um amor e não faria nada sem pensar.” reclamou ela
“Bem, aparentemente, a proposta decente que ele fez a você foi muito...” Andrew não conseguiu terminar a frase.
“Cala-a-boca!” a cada palavra,Louise dava uma cotovelada no amigo.
“... bem pensada!” Andrew e Escorpio recomeçaram a gargalhar, com um gosto renovado.
Louise caminhou com os dois em direção a aula de Poções, esperando que se acalmassem.
“Acaba que nossas detenções vão ser seguidas, e vou ficar com um tempinho livre. Querem roubar cerveja amanteigada da cozinha e falar bobagem?” perguntou Louise.
Escorpio deu nos ombros e desculpou-se, olhos ligeiramente esverdeados.
“Não vai dar.Vou encontrar Anchal Patil-Wood.”
“Hmmmm... é ela que você vem saindo?” interpelou Louise
“É, nem negue. Vi vocês de amasso.” Andrew apresentou a prova irrefutável. Esorpio não negou.
Escorpio o mudou o rumo da conversa.
“Parece que só Longbottom não arranjou um rabo de saia ou um parceiro hormonal...”
“Ei!”reclamou Louise, sabendo que o segundo era para ela.
“... não vai arranjar ninguém?”
Andrew apenas sorriu. Um sorriso capaz de arranjar muitas garotas, mas que ele não se interessava em usá-lo para isso.

A noite havia chegado, e cada um deles a aproveitava de uma maneira diferente.
Anchal e Escorpio conversavam, aquela deitada no colo dele. Louise e James encontraram-se, mas não no lugar combinado, e sim no dormitório masculino da Grifinória. Porém, faziam a mesma proposta. Andrew lia descompromissado no dormitório, ignorando o colega que usava a cama.
Eles estavam maduros o suficiente. Mas a Magia ainda aguardaria alguns dias.

“E então? James é...” Louise deu-lhe um pontapé antes que terminasse Andrew apenas sorria.
O café da manhã avançava pacato. Louise ria, Escorpio ria, Andrew também ria. Os três estavam, agora, mais unidos do que nunca.
Haviam acordado antes que todos, meia hora antes do horário normal, um costume que cultivaram, e dele nasceu um uma tradição. Gostavam desta privacidade, do poder rir alto, da comida ainda fresca (apesar da comida mágica não estragar em questão de meia hora), e até do poder caminhar pelas mesas, fazer brincadeiras bobas, lançar feitiços e azarações uns nos outros.
Escorpio estava extremamente guloso naquela manhã, enfiando diversas torradas e guloseimas na boca. Tão certo que tudo que vai volta, tudo que engole daquele jeito, engasga.
“Ahhhhhhh! Ahhhhhhhh! Mi...! Ahhhhhhh!” começou a gemer Escorpio
Andrew levantou-se abruptamente.
“Ele engasgou!”
“Eu sei o que fazer, espere um momento.” Louise pegou a varinha e apontou para Escorpio “Anapneo!”
O pescoço de Escorpio brilhou ligeiramente, e ele voltou a respirar normalmente.
Andrew ficou admirado.
“Onde aprendeu isso?”
“Num livro qualquer de Medibruxaria.”
“ Isso que dá ser guloso, Escorpio! Teve sorte de Louise estar aqui. Se não ia receber um apertão de primeiros socorros.”
Escorpio revirou os olhos.
“A minha animação é quase palpável.”
Desta vez, quem revirou os olhos foi Louise, logo após sentar.
“Você é uma coisa, Escopio Gemini Malfoy.”
Ele agradeceu.
“Obrigado!”
Disporiam apenas de mais quinze minutos sozinhos. Iam aproveitá-los conversando, comendo e brincando, mas um baque distante interrompeu os três.
Andrew levantou.
“O que foi isso? Tem alguém aí?”
Escorpio sempre considerou o amigo, mas ria da sua ilimitada consideração com os outros.
“Foi um copo caindo, retardado.”
Louise adquiriu um caráter sério.
“Não foi não. O baque foi bastante alto pra ter sido só um copo. E se alguém caiu e está inconsciente?”
“Vocês são inacreditáveis! Como podem ter tanta certeza?” reclamou o louro
Andrew não se deu ao trabalho de responder e foi em direção ao barulho. Louise o seguiu, e Escorpio também, apesar das reclamações.
Eles saíram do refeitório e foram em direção as escadas. Escorpio resmungando, Andrew em frente e Louise logo atrás.
Pararam diante de uma escada semi deserta a qual começavam a chegar alunos recém acordados. Porém não havia ninguém estatelado na escada.
“Viram! Eu disse. Foi um copo, uma fruta, alguma coisa caindo no chão.” Falou Escorpio, triunfante.
Louise deu nos ombros e seguiu ao redor da escada, para assegurar-se que Escorpio estava certo.
Não sei se feliz ou infelizmente, ele não estava.
“ Escorp, acho que você não pode ter tanta certeza...” os dois amigos não entenderam a surpresa da outra e a seguiram para debaixo da escada.
Os três amigos estavam parados diante da parede sem ter certeza do que pensar. NO chão, havia uma estranha taça com o brasão de Hogwarts, provavelmente o motivo do baque, ainda que não explicasse de onde viera ou por que o som fora tão alto.
Claro, aquilo não chamava a atenção deles. O que chamava era que, em letras perfeitas, seus nomes estavam escritos magicamente na parede, dispostos em um triângulo: Louise Ann Fontenelle, Escorpio Gemini Malfoy, e , como o topo do triângulo, Andrew Longbottom.
“Eu não fiz isso. Algum de você escreveram isso?” indagou Louise
Os dois acenaram negativamente.
“Foi um pateta qualquer, deixa isso aí.” Falou Escorpio
Foi aí que Andrew notou o cálice caído no chão.
“Hey, foi isso que causou o baque.” Disse, examinado o cálice nas mãos “É bonito, não acham?” indagou
Louise deu nos ombros. Escorpio pareceu impaciente.
“Ótimo, fique com ele. Vamos voltar, eu estou com fome.”
E ele seguiu para a direção do Refeitório com Louise. Andrew olhou indeciso para o cálice, mas por fim os seguiu com ele nas mãos.

“Avis!” ordenou, conjurando uma revoada de pequenos pássaros no Salão Comunal da Grifinória . Os pássaros foram em direção de Andrew para incomodá-lo. “Andrew, você ta examinando essa taça o dia todo. O Escorpio preferiu ficar com a tal da Anchal do que conosco por causa deste trasgo deste copo!” reclamou Louise
Andrew afastou os pássaros e levantou a cabeça do livro que comparava as figuras com o cálice, distraído.
“O que? Ah, mas eu descobri coisas bem estranhas, você vai se interessar. Ouve isso: ‘Forjada por duendes, a taça de Hogwarts tem, além das peculiaridades metalúrgicas, uma lenda que gira em torno dela. Como muitos historiadores consideram a escola de Hogwarts um organismo vivo, a teoria é que o cálice representa um coração, que muda de lugar constantemente, sendo transportado pelas paredes da escola. Diz-se que a alma dos fundadores de Hogwarts está encerrada nessa taça. Nunca a viu-se realmente, a taça era usada pelos fundadores nas grandes ceias, que a revezavam. A prova de sua existência não é concreta e diz-se que eles a criaram pensando nela como um coração simbólico para Hogwarts.”
Louise revirou os olhos.
“Me dá isso.” Arrancando o livro da mão do amigo. Ela viu um retrato razoavelmente parecida com a taça que Andrew segurava, porém feito a mão “Andrew, esse livro já aponta os furos! ‘Nunca a viu-se realmente’, ‘a teoria(...)’, ‘ a prova de sua existência não é concreta’, e o retrato desta taça foi feito a mão! Larga essa porcaria! Deve pertencer a um dos professores, e um elfo doméstico qualquer o perdeu! Andrew, você está me ouvindo?”
O garoto observava o emblema da escola na taça com os olhos semicerrados, e quando Louise terminou suas reclamações, ele levantou os olhos e perguntou:
“ O que?”
Foi o suficiente para tirar a amiga do sério e deixá-lo lá, observando o livro e o cálice.

“Pois é, Escorp. Não vi nada de especial no tal cálice, mas ele insiste que foi criado para ser o coração simbólico de Hog.” Louise amava sua escola, e a chamava carinhosamente de ‘Hog’ desde que descobrira que um dia iria estudar.
“Deixa ele. Você sabe que ele fica meio bobo com essas coisas.” Respondeu Escorpio, distraído
“Que coisas, Escorpio? O normal seria ele rejeitar isso. Ele odeia História da Magia!” rebateu ela
“Vamos procurá-lo, então. Acordar ele para a vida.”
Louise deu nos ombros e levantou, seguindo o amigo para o dormitório.

Ele apertava ataca fortemente, olhando para os lados. Debaixo da escada não era um lugar freqüentado, mas não era exatamente um esconderijo. Ele descobrira, finalmente descobrira.
“Lumus Máxima” ordenou
A ponta de sua varinha tocava a parede, mais precisamente o topo do triângulo de nomes que encontrara no dia anterior, o nome Andrew Longbottom, iluminou-se. E luz seguiu as depressões que marcavam o seu nome, como se fosse um rio capaz de correr na parede sem cair. Quando o nome Andrew Longbottom brilhou, completo, a parede turvou-se como se fosse matéria líquida espessa. Lentamente, colocou a mão com a varinha lá dentro.
“Homenum Revelio!” Nada aconteceu. Do outro lado era seguro.
Colocando agora a outra mão lá dentro, repousou a taça no chão do outro lado. Quando suas mãos voltaram, a parede não turvou-se mais, voltando a ser matéria sólida. Seu nome não brilhava mais. Virou-se e foi embora, agora com uma face menos obsessiva e caminhou para o dormitório. Ainda teria que esperar um dia.
Quem olhasse fundo nos olhos de Andrew, veria um quê de insanidade lá dentro.
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Ei, gente, q tal dar um comentada? Tah, eu sei q isso é carência e etc, mas eu to interessada. Qq vcs axaram? Euaxo q dei uma forçada...

bjs

BIa~~Ballu

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