Uma trouxa no largo Grimmauld



Cap. 2 – Uma trouxa no largo Grimmauld



Christine encontrou-se em uma sala escura e sombria, as paredes eram de pedra, ao fundo havia um grande fogão e muitas panelas penduradas no teto. Não, não estava em uma sala, aquilo era uma cozinha; e, definitivamente, não era a cozinha de sua casa! No meio daquele aposento havia uma longa mesa com muitas cadeiras e... CARAMBA! Cerca de 20 pessoas estavam de pé olhando para ela com uma cara de espanto que certamente não estariam muito melhores que sua própria, mas... como era possível? Estavam todos apontando para ela algo que parecia muito com varinhas mágicas... só podia ser alguma das surpresas loucas de sua mãe! Pelo menos foi o que ela pensou antes que um homem medonho com uma juba grisalha e um olho enooorme lhe falasse com um tom nada amigável:

_ Maldita cobra peçonhenta, vai se arrepender do dia em que decidiu rastejar do lado das trevas! – um brilho vermelho começou a se formar na ponta da... varinha (?) do homem. Chris rapidamente estendeu as duas mãos na frente do rosto, como se aquilo pudesse defendê-la!

_ Pare Alastor! – A garota percebeu que nada havia acontecido, mas não tivera coragem de mexer um dedo sequer ou de abrir os olhos para ver quem havia se pronunciado em sua defesa. – Senhorita poderia, por favor, se levantar para que possamos conversar?

Um alvoroço de vozes começou, alguns cochichos, alguns berros... mas Christine decidiu que não seria prudente desobedecer ao homem que a pouco salvara sua vida, então abriu os olhos e se levantou. Estivera até então na mesma posição em que deixara (?) seu quarto.

_ Muito bem! – Agora ela finalmente vira quem falara em seu auxilio. Era um senhor de barba e cabelos brancos muito longos que usava oclinhos dourados de meia lua, uma batina e um chapéu cônico azul celeste e agora vinha em sua direção. Considerando que aquilo era um delírio, aquele só poderia ser...

_ Dumbledore? – A garota não pode, apesar de muito nervosa, conter o sorriso de incredulidade... se ela não estava mesmo desmaiada, sua mãe havia passado dos limites na surpresa desse ano!

_ Vejo que me conhece! Então só nos resta que você se apresente. Mas primeiro venha, sente-se aqui.

_ T-tá... – foi o máximo que a garota conseguiu dizer antes de se sentar em uma cadeira na cabeceira da mesa, onde supunha que o senhor estivera sentado antes de ela chegar. Novamente ele se pronunciou, parado de pé ao lado de sua cadeira.

_ Muito bem, agora que a senhorita já está melhor acomodada, poderia nos dizer seu nome? – Ele estava realmente interpretando Dumbledore maravilhosamente bem! Mas ao olhar para os outros presentes, percebeu que a maioria não seria nada amigável se ele não estivesse lá.

_ M-meu nome é C-christine. – respondeu a garota olhando fundo naqueles olhos azuis que eram a única fonte de tranqüilidade que possuía naquele momento.

O homem da cabeleira grisalha e do olhão azul se pôs novamente de pé e gritou batendo na mesa e derrubando três copos ao que Chris teve tempo de contar:

_ Vai dizer logo o que faz aqui ou teremos que arrancar a força? A segunda opção é bem mais tentadora pra mim! – O que mais assustou Christine, além dos copos quebrados, foi que muitos dos presentes pareciam concordar com toda aquela hostilidade. Mas ela não fizera nada! Não tinha a intenção de aparecer ali, nem sabia como aquilo poderia ter acontecido!

De repente a porta no canto direito da cozinha se abriu e uma senhora de cabelos muito vermelhos entrou com a pressa e o cuidado de quem chega muito atrasado em um compromisso importante.

_ Ah, me desculpem, é que o menino chegou e tive que acomoda-lo, e depois começaram as perguntas e... – Ela olhou para a cara de todos e pareceu perceber que toda aquela tensão não fora causada por seu atraso, então olhou para o senhor de pé na cabeceira da mesa e logo depois seus olhos pousaram em Christine – Merlin! Quem é essa menina?

O alvoroço recomeçou, respostas confusas e exasperadas vinham da boca de todos à mesa, cada vez mais alto. E foi só então que ela percebeu que alguém não gritava, que alguém sequer se mexia. Um homem na última cadeira da direita estava sentado com os braços cruzados, olhando pra baixo e parecia nem se dar conta de toda aquela confusão. Era muito magro e branco, detalhe que era acentuado pelos cabelos lisos muito pretos que lhe caíam nos olhos fundos e usava uma camisa que, anteriormente provavelmente tivera sido preta, mas estava muito desbotada. Se o senhor de barba e cabelos brancos com inconfundíveis oclinhos de meia-lua era Dumbledore, aquele só poderia ser...

_ Sirius... – Foi apenas um sibilar quase inaudível, mas o homem ao fim da mesa pareceu ter escutado, pois no mesmo instante se virou para encará-la, e aquilo foi ainda mais forte que o que Christine havia sentido antes de se encontrar naquele estranho lugar... A garota costumava ter dejavus frequentemente, mas aquilo era completamente estranho pra ela! Aqueles olhos acinzentados fizeram-na gelar da cabeça aos pés, ela mal podia respirar naquele momento, chegou a pensar que seu próprio coração havia parado de bater tamanha a dor! Era como se já tivesse visto aqueles olhos tantas vezes! Ou como se tivesse esperado toda a vida para vê-los... A expressão do homem também não foi das melhores. Ou ele ouvira seu nome de uma estranha e achara tudo muito suspeito, ou ele... ele poderia estar sentindo o mesmo que ela? Não... Não era possível...

_ Christine?

_ Hã? – Só agora ela percebera que todo o alvoroço havia terminado e todos fitavam-na como que esperando uma resposta. – Me desculpe, é que eu...eu...o que foi mesmo que me perguntou?

Um sorriso se formou por baixo dos oclinhos dourados. Um sorriso bondoso e compreensivo, antes que ele voltasse a falar.

_ Sei que deve estar tão confusa quanto nós, mas poderia, por favor, nos dizer como foi que a senhorita apareceu sentada aqui nessa cozinha? Sei que a comida de Moly é estupenda, mas não acredito que tenha tanto poder! – ele voltou a sorrir para ela, logo depois que a senhora ruiva sorriu constrangida e abaixou a cabeça.

_ Bom, na verdade eu não sei como vim parar aqui! – Christine agora olhava fundo nos olhos azuis daquele senhor, queria fingir que apenas os dois conversavam sozinhos, sem uma platéia quase assassina. – eu estava no meu quarto lendo e senti a cabeça pulsar, as vistas escureceram, uma dor no peito... E quando abri os olhos estava aqui. Como se fosse mágica!

Gargalhadas sinceras e irônicas foram ouvidas. Christine não sabia o que dizer! Não sabia mais o que fazer para que eles acreditassem que ela também não entendera nada... Ah, se aquilo fosse mesmo obra de sua mãe, ela ia ver só!

_ É serio! – agora ela também se levantara – Não tive culpa! Estou dando uma festa, acham mesmo que queria estar aqui nesse lugar horrível?

_ Tudo bem, Christine. Não se preocupe, vai dar tudo certo! – aquele senhor era mesmo um amor! Se a situação não fosse tão complicada ela até pensaria em apresentá-lo à sua tia Geralda! – Mas acredito que você vá ter que passar mais algum tempo nesse “lugar horrível”, já que não sabemos de onde você vem nem como chegou aqui...

_ Mas... Minha mãe deve estar louca de preocupação! – os olhos da garota marejaram. Ela havia segurado por muito tempo, mas agora estava realmente com medo! E se aquilo fosse mesmo verdade? Como faria para voltar pra casa? – Por favor, eu preciso sair daqui! Posso usar um telefone? Eu ligo pra minha mãe ela vem aqui me buscar! Que merda, larguei meu celular em cima da cômoda...

Ela estava realmente começando a ficar desesperada! Já se passara tempo demais, se fosse um desmaio ela já teria acordado! Na verdade ela era expert em desmaios, porque sempre que via sangue, uh!... A pressão ia lá no pé e ela acordava cerca de um minuto depois totalmente desnorteada! Na verdade ela até gostava daquilo, era como reiniciar um computador, ficava apagada por alguns segundos, mas acordava novinha em folha, como se tivesse dormido um dia inteiro, claro que isso depois que a bambeza passava e a pressão voltava ao normal... Em todo caso, com certeza já havia se passado mais de um minuto, e sua mãe já teria gritado que era tudo uma brincadeira caso tivesse sido idéia dela, então...

_ Acalme-se menina, venha, acho que ficar num ambiente tão cheio de gente não vai te ajudar... – realmente, não iria ajudar em nada considerando que a maioria dessa gente preferia vê-la ser queimada numa fogueira como tantas bruxas do século XIII (comparação nada feliz a ser feita na frente deles, vai saber se ainda guardavam rancor...)! – Vocês esperam aqui até a minha volta.

Ninguém pareceu gostar muito da atitude de Dumbledore, mas quem questionaria? Então ele e Christine entraram em uma portinha à esquerda da garota. Aquele, se ela se lembrava bem, era o quarto do Monstro, o elfo doméstico dos Black. Era mesmo pequeno, cheio de tralhas e muito empoeirado, mas com certeza ela não estava com cabeça pra reparar no quarto do Monstro agora... Se é que ele era mesmo monstro, e aquele era mesmo Dumbledore, e aquela era mesmo a mansão dos Black, e ela era mesmo Christine... Tá, ela era mesmo Christine. Quanto ao resto...

_ Sente-se Srta. Christine. – a garota respondeu de imediato, sentando-se na beira da cama que seria do Monstro – Agora podemos conversar com mais calma e você pode se sentir a vontade para me contar o que aconteceu esta noite.

_ Bom, eu estava na minha casa, era minha festa de aniversário...

_ Oh, é seu aniversário! Parabéns! – Ele tinha um sorriso tão sutil nos lábios! Era mesmo como ela havia imaginado... Era como se perto de Dumbledore, todo mundo sentisse que tudo iria sempre ficar bem.

_ Obrigada! – ela agora se sentia muito mais a vontade - Então, eu estava na festa, daí começou a tocar uma musica que eu gosto muito, mas que sempre me lembra o... Ai meu Deus, como é que eu vou explicar isso? – é mesmo! Como iria explicar a Dumbledore que já os conhecia de um livro? Que mesmo estando ali naquele momento, já sabia de tudo que iria acontecer até o junho do ano seguinte?

_ Então acredito que a história do seu misterioso aparecimento aqui não começa nesta noite... Comece de onde achar mais adequado, leve o tempo que levar, não tenho pressa. Acho até que isso talvez ajude para que você mesma consiga aceitar melhor o que quer que esteja acontecendo.

_ Está bem. Há uns anos atrás uma amiga minha queria que eu lesse um livro de qualquer maneira, mas eu não queria, achava que um livro sobre um menino bruxo numa escola de bruxaria com certeza seria idiota e infantil, mas eu estava completamente enganada, porque esse livro era simplesmente tudo que eu sempre quis viver...

Começando daí Chris contou àquele senhor sobre toda a sua fascinação por Harry, Hogwarts e tudo mais (ausentando estrategicamente sua paixão por Sirius. Afinal, saber que ela se apaixonara completamente pelo personagem de um livro não daria a ela muito crédito e confiança do diretor)... O mais estranho era que o senhor não se mostrava espantado ou surpreso com tudo que a garota contava. Sua naturalidade em lidar com toda aquela história esquisita estava começando a assustar Christine.

Então ela finalmente chegou ao fatídico dia, começando pela chegada de sua excêntrica tia Geralda.

_ Interessante... – o olhar do senhor deixou transparecer que ela havia chegado ao ponto importante, como se eles serem personagens de um livro fosse completamente usual – Fale-me mais sobre essa sua tia...

_ Bom, o nome dela é Geralda Hecatean, deve ter uns 50 anos, e é uma das melhores pessoas que já conheci!

_ Cinqüenta anos? – agora sim, ele parecia incomodado – Em que ano estamos mesmo menina?

_ Como assim? – Christine não pode deixar de rir. Ele havia se esquecido do ano em que estavam??? – 2007, oras!

_ Puxa, então tem muito mais em jogo... – agora ele refletia olhando para as mãos sobre o colo e os dedos cruzados, como se não houvesse mais ninguém ali.

_ O senhor descobriu alguma coisa?

_ Hã? Ah, sim. Bom, na verdade não. Mas é muito mais interessante que você tenha aparecido aqui esta noite considerando que estamos em 1995...

_ O quê???? Tá brincando comigo, né? – aquela história estava começando a ultrapassar todos os limites! – Por favor, diga que está brincando!

_ Sinto dizer que não. E, se não me engano, sua tia Geralda já foi minha aluna há alguns anos... Era muito talentosa para criar feitiços, um verdadeiro prodígio!

_ Ai...meu...Deus! Então, além de mudar de lugar você ta me dizendo que eu viajei no tempo? – será que tinha como ficar mais confuso e assustador?

_ É o que parece... E, considerando que sua tia lhe deu este amuleto esta noite, e a sua dor justamente onde ele a tocava na hora em que você se transportou pra cá, provavelmente ele foi o responsável pelos acontecimentos.

_ O presente da tia Gê? Claro que não! Ela teria me avisado se fosse perigoso, teria me dado as instruções... ela tentou! Nossa, é mesmo! Minha mãe nos interrompeu justamente quando ela me disse que tínhamos que ter uma conversa séria antes que ela me ensinasse como usar o presente! Pensei que fosse alguma piadinha, que ela queria me mostrar com que tipo de roupa usar, mas... Ah não! – a menina pôs as mãos na cabeça - Não acredito que está me fazendo acreditar que o mundo de Harry Potter existe e que minha tia é uma bruxa! Ah, francamente!

_ Consegue pensar em uma explicação melhor para tudo que aconteceu esta noite? – Nossa, o olhar dele também podia ser bem retórico! Christine se sentiu tontear, aquilo não podia estar acontecendo! Não podia ser real! O armário estava abafado, ela sentiu seus pés dormentes, o estômago embrulhar... E se ela bem se conhecia, sua pressão não estava nada bem e ela não iria ficar consciente por muito tempo...



***



Christine abriu os olhos devagar. Não se lembrava do que havia acontecido direito, talvez tivesse mesmo sido um delírio... Estava deitada numa cama, olhou para o teto, não era o teto do quarto de Monstro, mas tampouco era de seu próprio quarto, onde estaria? Ouviu vozes e olhou para o lado: Dumbledore estava à porta de um quarto tão sombrio quanto a cozinha onde ela estivera antes, conversando com...

_ Ah, você acordou! Que bom que está bem, você me deu um susto e tanto, mocinha! – É, suas esperanças de que tudo fosse um sonho estavam definitivamente esgotadas! Dumbledore vinha novamente em sua direção – Bom, acredito que seja melhor que você descanse, foi uma noite confusa pra todos nós. Amanhã conversaremos com mais calma, tudo bem?

_ Mas e a minha mãe? Minha família, meus amigos, devem estar todos loucos de preocupação, eu não posso me dar ao luxo de esperar até amanhã! – ainda bem que estava deitada, seu estômago recomeçara a embrulhar bem desta vez!

_ Acalme-se, se minha hipótese não está errada e foi realmente o medalhão de sua tia que te trouxe até aqui, ela saberá como acalmar sua mãe. Aliás, acredito que, sabendo o que houve é possível que ela te procure. Pelo que pude perceber, esse medalhão é capaz de transportar os bruxos para lugares diferentes e tempos distintos, é provável que seja uma inovação da magia no seu tempo! – neste ponto, Dumbledore olhava para o amuleto como se fosse a maior jóia que já vira.

_ Se o senhor quiser ficar com ele... – ela tirou o presente do pescoço e entregou-o ao senhor - talvez descubra como posso voltar pra casa.

_ Prometo que tentarei desvendá-lo. Amanhã voltaremos a nos falar. Agora tente dormir um pouco. Está com fome? – a garota meneou a cabeça em sinal negativo – Em todo caso, se precisar de alguma coisa, basta chamar Moly, aquela senhora ruiva que...

_ Eu sei. – ela sorriu cúmplice a Dumbledore, levantando as sobrancelhas.

_ Oh, é mesmo! Eu e as formalidades... Pode também falar com Sirius – o diretor fez um sinal apontando o homem na porta parado de costas para ela – mas acredito que ele não será tão amável quanto Moly... – e voltou a sorrir deixando o quarto – Boa noite, Christine.

Mas dessa vez Christine não sorriu de volta. Estava olhando fixamente aquele homem parado na porta que acabara de se virar para permitir a saída de Dumbledore. Ele tinha uma aparência quase assustadora! Estava muito magro, com olheiras, barba por fazer, parecia cansado, triste... Seus olhos se encontraram novamente por um segundo, era agora! O momento que sempre sonhara! Agora ele iria até ela, diria que também a amava, que esperara por ela toda sua vida, iriam se beijar... Mas ele simplesmente voltou a se virar e bateu a porta com força depois de sair.

_ Bom, definitivamente não foi exatamente isso que eu havia imaginado, mas... Boa noite pra você também amor! – ela sorria pela primeira vez desde que começara a ouvir aquela musica em sua festa – Meu Deus, eu tô no Largo Grimmauld!!! – ela colocou um travesseiro no rosto para abafar um grito enquanto batia os pés no colchão.

Era real. Tudo sempre fora real! E não mais importava como fizera para chegar ali, onde estava, ou em que ano estava, porque seu maior sonho agora era realidade! Ela nem sabia direito o que estava sentindo, estava com medo, confusa, assustada, preocupada... Mas a adrenalina era tanta, estava tão feliz! Tudo bem que ela sempre tivera uma certa dificuldade em separar o real do fictício, mas aquilo não era um devaneio, NÃO ERA! Ela acabara de falar com Dumbledore, acabara de olhar nos olhos de seu grande amor! Não poderia dormir naquela noite... Não poderia correr o risco de acordar e ver que tudo fora mesmo um sonho...



N/A: Oiii! Bom o segundo cap. tá aí, espero que vocês tenham gostado...
Gostaria de agradecer imensamente ao Dr. Black, Maria Eduarda e K.C pelos comentários e a todos os outros que leram (com uma pontinha de frustração por não terem comentado...). E agradecer especialmente à minha capa maker, Anna-Chan (já-já a capa tá aí!) por ter aceito tão prontamente meu pedido; à minha beta, Carol, a primeira louca a gostar da minha fic; e à minha leitora VIP, Damiana, por entender o que eu sinto e me fazer sentir menos louca!rs
É isso. Beijos a todos! E não custa nada pedir com muito amor e carinho que vocês dediquem um mísero minutinho da vida de vocês deixando um comentário para essa pobre autora carente de atenção!

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.