Aranhas e Serpentes



Cap. 24 – Aranhas e Serpentes



Christine não sabia o que fazer, não podia deixá-lo sozinho! Empunhou também sua varinha e postou-se ao lado de Severus, não sabia exatamente o que poderia fazer para ajudar, mas tentaria com todas as forças.

_ Vá embora daqui! – ele voltou a falar, agora mais zangado.

_ Não vou. – ela disse teimosa. – Vou lutar com você.

Severus não teve tempo de responder mais nada, as enormes aranhas já próximas demais. Christine se preparou para lançar um estuporante, quando o professor lançou um feitiço que fez uma enorme labareda disparar em direção à primeira das acromântulas e pareceu desintegrá-la como se fosse feita de papel.

A garota olhou para ele boquiaberta, para o rosto sério e concentrado do homem que não precisava sequer de usar palavras para lançar um feitiço de tamanho poder.

Mas os outros filhotes de Aragogue não pareceram se intimidar com o ocorrido, pelo contrário, pareciam ainda mais zangados, batendo – como pareceria impossível – ainda mais rápido as pinças.

_ Estupefaça! – Christine gritou com todas as forças, mas o feitiço vermelho que saiu de sua varinha pareceu nem ser sentido pela aranha na qual ricocheteou... Mas foi.

A criatura virou-se em direção à garota e suas enormes patas lhe permitiam andar tão rápido que ela mal teve tempo de pensar antes que a acromântula lhe empurrasse com a cabeça, atirando-a de costas num grande carvalho cerca de três metros atrás. Ela bateu com um baque oco no alto da árvore, caindo sobre o braço direito que rangeu ao se quebrar juntamente com o enorme urro de dor da morena. Sentiu a respiração lhe faltar, enquanto tentava inutilmente fugir da aranha que ainda caminhava em sua direção, rastejava empurrando o corpo para trás com as pernas, incapaz de se levantar. Lágrimas saíam silenciosas de seus olhos e ela não tinha forças sequer para gritar novamente, concentrando-se totalmente em não olhar para o braço quebrado... Se desmaiasse não haveria chance alguma de escapar! Mas talvez fosse menos doloroso morrer...

_ Saímos para caçar, mas não pensamos que a floresta estaria tão farta hoje! – ela conseguiu ouvir da aranha que agora parecia se divertir com seu pavor.

Christine ouvia ao longe outra aranha queimar, o clarão provocado pelas labaredas que saíam da varinha do professor deram-lhe alívio, quando sua oponente virou-se assustada para ver a irmã tornar-se cinzas rapidamente. Mas isso pareceu dá-la ainda mais pressa em terminar logo com seu objetivo e Christine continuava a se arrastar em vão, sabendo que a aranha a alcançaria tão rápido quanto quisesse.

E assim foi. Ainda que Christine lançasse outro feitiço estuporante, em segundos a enorme aranha tinha-a segura em suas patas dianteiras e caminhava com ela floresta adentro, fugindo de outra grande labareda disparada por Snape em outra de suas irmãs.

As lágrimas continuavam a molhar seu rosto já sem expressão. A dor excruciante em seu braço e o enjôo que tornava claro que sua pressão beirava o limite da perda de consciência faziam Christine concentrar-se única e exclusivamente em não desmaiar, em permanecer apta a se defender pelo maior período de tempo possível! Até que Severus conseguisse alcançá-la ou Firenze viesse salvá-la ou até que chegassem a algum local que a acromântula considerasse seguro o suficiente para uma refeição. Droga! Por que não conseguia se defender sozinha? Por que precisava da ajuda de alguém? Bom, talvez por estar aprendendo magia há apenas 2 semanas, ou por seu braço esquerdo não ser tão bom com feitiços quanto o direito, agora imóvel... A verdade era que a garota nunca gostara de sentir-se frágil ou dependente da proteção alheia e não esperaria por ela agora! Sempre soubera se defender sem magia, agora não seria diferente!

Christine segurou com toda a força sua varinha com a mão esquerda e enfiou-a em um dos oito olhos da aranha que guinchou de dor, soltando-a enquanto usava as patas dianteiras para cobrir o olho que sangrava no topo da cabeça peluda enquanto a garota colocava-se de pé apenas com a ajuda do braço esquerdo, o instinto de sobrevivência dando-lhe forças para correr sem saber direito para onde e para olhar rapidamente o antebraço direito, virado num ângulo estranho que seria impossível naturalmente. Continuou a correr já sentindo os pés adormecerem pela queda de pressão, quando ouviu algo se aproximar atrás de si. Virou-se com a varinha empunhada na mão esquerda e viu de longe Severus correndo em sua direção. Respirou profundamente enquanto suas vistas escureciam...




A forte dor no braço direito acordou Christine de maneira sobressaltada, mas não abriu os olhos. Um medo terrível de ainda estar na floresta fez com que ela pensasse na possibilidade de fingir-se de morta, talvez assim não chamaria a atenção das aranhas novamente... Como se isso não fosse tornar a refeição ainda mais fácil para elas!

Abriu cautelosamente os olhos e viu que se encontrava deitada na ala hospitalar de Hogwarts, totalmente segura. Suspirou aliviada enquanto via madame Pomfrey se aproximar exaltada.

_ O que houve? – ela perguntou olhando para a garota que estava pálida e suando frio na cama do ambulatório.

_ Acromântulas. – a voz seca e fria limitou-se a dizer.

Christine virou-se depressa para o lado esquerdo e ele estava parado ali. Não tinha notado antes o professor parado ao seu lado, parecendo entediado com a situação.

_ Ah, Merlim! – exclamou a curandeira enquanto segurava a testa da morena, tentando sentir a temperatura. – Onde foi a picada?

_ Não... – Christine tentou dizer.

_ Não houve picada. – Snape se adiantou olhando a curandeira quase com tanto desprezo quanto olhava Christine. – Ela apenas desmaiou... de medo.

_ NÃO FOI MEDO! – a garota nem sabia como conseguira colocar-se de pé tão rápido, mas sentiu a sala girar e voltou a se encostar na maca atrás de si. – Eu tenho pressão baixa e desmaio quando vejo sangue ou essas coisas... (N/B: uashuash foi frescura mesmo) (N/A: não é legal debochar das fraquezas alheias, Carol... =( )

Severus apenas revirou os olhos debochadamente e girou nos calcanhares, caminhando para fora da enfermaria.

_ Deite-se querida. – madame Pomfrey empurrava-a de volta à cama e seu tom de voz não era tão calmo. – Não sei o que pensam que fazem, andando pela floresta como se fosse um parque de diversões! – ela ia dizendo, mais para si mesma, enquanto andava até um pequeno armário e trazia um frasco pequeno com uma poção amarelada.

_ Agora me diga, mocinha... – ela dizia enquanto fazia Christine beber o conteúdo do frasco, um gosto salgado que parecia congelar sua garganta enquanto bebia-o. – Foi apenas a fratura no braço ou dói em algum outro lugar?

_ Só o braço... – a morena respondeu cabisbaixa.

_ Ótimo! Esta poção vai voltar sua pressão ao normal, está bem? – Christine apenas assentiu com um aceno de cabeça enquanto via a senhora murmurar algumas palavras agitando levemente a varinha e seu braço de repente voltara ao normal. Jamais conseguiria se acostumar com aquilo!

Madame Pomfrey deu uma risadinha discreta quando viu o completo espanto da garota que olhava boquiaberta o braço já curado.

_ Já pode ir. Mas antes de qualquer coisa, desça à cozinha e almoce. – ela disse ainda sorrindo docemente. – Caso volte a se sentir mal, venha imediatamente, tudo bem?

_ Tudo. – Christine disse, já se pondo de pé. – Muito obrigada, Madame Pomfrey!

Enquanto andava pelos corredores, Christine percebeu que sentia mais fome do que pensava! Apertou o passo em direção às masmorras e quase corria ao se aproximar da pintura de fruteira que dava acesso à cozinha do castelo quando parou abruptamente, quase se chocando com a pintura que se movia para dar passagem a um homem que saía.

_ Ui! – exclamou assustada. – Você é mesmo expert nisso! – terminou com um suspiro.

Severus não respondeu. Continuou andando e passou pela garota como se fosse invisível.

_ Vai me ignorar? – Christine se virara zangada. – Como se fosse novidade! Nossa, que triste! Nem vou dormir a noite!

A garota bufou e voltou a se virar para entrar na cozinha. Lá foi bem servida de suco de abóbora e mini-sanduíches de diversos sabores pelos elfos domésticos que pareciam pensar que ela tinha um estômago gigante... Mas nada disso importava. Estava furiosa! Além de segui-la, de colocá-la em perigo, Snape agora se achava no direito de voltar a ignorá-la!

_ Por quê? – ela dissera por fim, colocando a cabeça nas mãos.

_ Pois não, senhorita? – um pequeno elfo voltara a se aproximar parecendo extremamente feliz por ter sido chamado.

_ Nada... – Christine respondeu desanimada. – Me desculpe, estava só pensando alto.

O elfo deu uma pequena risadinha.

_ O homem que saiu também falava sozinho...

_ Hã? – Christine se virou, interessada. – O que ele dizia?

_ Buddy não conseguiu entender, senhorita. Ele falava muito rápido e baixo... Mas parecia zangado... – mas de repente o elfo pareceu preocupado. – Buddy não devia estar falando isso! Buddy fofoqueira!

A pequena criaturinha já pegava uma frigideira, mas Christine já estava ficando acostumada e tomou-a num salto, antes que atingisse a cabeça do elfo.

_ Você não disse nada, Buddy! – Christine tentou acalmá-la segurando seu pequeno ombro com a outra mão. – Não tem por que se castigar, está bem?

O elfo parou por um instante revendo a situação e pareceu se acalmar.

_ Está bem. – disse com a voz comumente esganiçada enquanto sorria, parecendo grato.

Christine sorriu de volta, já se levantando para ir embora.

_ Muito obrigada pelo lanche! Até logo!

Houve uma chuva de reverências de todos os elfos presentes e a garota saiu de volta ao corredor das masmorras. Naquele momento Christine já sabia exatamente aonde iria... Só não entendia para quê.

Nem se dera ao trabalho de bater à porta da sala de Poções, entrou e encontrou o professor parado próximo a uma das prateleiras de ingredientes carregando um pedaço de pergaminho no qual parecia catalogar os frascos disponíveis e aqueles que precisavam ser substituídos.

_ O que faz aqui? – novamente nem se dera ao trabalho de olhá-la. Mas não era espanto para Christine que ele não precisasse olhar para saber que era ela. Resolveu ser direta.

_ Por que me seguiu?

O professor continuou seu trabalho como se não houvesse escutado.

_ Por que me seguiu até a floresta? – voltou a perguntar, já levantando a voz.

_ Não a estava seguindo. – ele respondeu deixando sua voz explicitar todo o seu desprezo. – Não me diga que é a única que pode andar pela floresta!

_ Mas você não estava tão cheio de trabalho? – Christine rebateu irônica. – Se estava tão ocupado para me dar aulas, por que tinha tempo para passear pela floresta?

_ Bom... – ele começou e se virou para fitar a garota, olhando-a por entre as cortinas de seu oleoso cabelo negro. – Porque talvez eu simplesmente não quisesse te dar aulas.

_ Mentira! – a garota perdeu o controle. – Você me seguiu desde que entrei na floresta, Firenze me disse! Queria me proteger? Ou me machucar?

_ Como consegue ser tão estúpida? – Severus também não estava muito calmo. – Foi burra o suficiente para entrar sozinha na floresta proibida e depois para sair da trilha! Teria sido comida por aquelas aranhas se não fosse por mim!

_ Se você não estivesse me seguindo, Firenze teria me levado de volta em segurança! Eu nem teria encontrado aquelas aranhas!

_ Ah! – ele começou novamente, agora tão exasperado quanto ela. – Então talvez agora eu deva pedir desculpas por ter salvado sua vida!

_ Nossa, quanta humildade! – Christine começara a gritar. – Talvez eu deva lembrá-lo de que você estava muito longe quando eu furei o olho daquela aranha e me soltei sozinha!

_ Então talvez eu também deva lembrá-la de que eram cinco aranhas e eu matei quatro delas! Não acho que teria a mesma sorte com as outras!

_ Não foi sorte!

_ Você é uma trouxa medíocre! – ele disse e o desprezo voltou a tomar conta de sua voz. Seu frio sibilar. – Nunca se tornará uma bruxa poderosa, sabe por quê? Porque você é tão tosca quanto os outros da sua laia.

Christine fechou os punhos enquanto se esforçava para não chorar. A vontade que tinha era de avançar no pescoço dele! Socá-lo como a trouxa tosca que era!

_ Não consigo mesmo entender o que aconteceu pra você ser sorteada Sonserina...

_ Nem eu. – a garota também falava baixo agora. – É uma casa repugnante, assim como seus integrantes... Antes eu nunca tivesse vestido aquele chapéu idiota!

Christine deu-lhe as costas bem a tempo de esconder as lágrimas que marejavam seus olhos. Deixou a sala com passos decididos, controlando-se ao máximo para não correr, nem sequer bateu a porta ao sair, fechou-a cuidadosamente ao passar sem, no entanto, virar-se. Não queria fitar aqueles olhos negros e impiedosos novamente... Nunca mais.

Mas ainda que isso surpreendesse a si mesma, seus pés levaram-na exatamente para a porta de pedra da entrada da sala comunal sonserina. Ela entrou e jogou-se em uma das cadeiras próximas à lareira, agora apagada. O ambiente frio e misterioso a atraía, era como se a deixasse mais forte... E assim foi. Christine não chorou como provavelmente teria feito naquele quarto alegre e florido em que costumava dormir em Hogwarts. Era como se estar ali fosse a prova de que Severus estava errado. Porque se ela fora admitida pela casa mais exigente da escola, ficava claro de que ela não era uma trouxa tosca qualquer... Era tão digna de estar ali quanto ele!

E, como se seus pensamentos se materializassem, Christine ouviu a porta de pedra abrir-se e nem precisou olhar para saber quem era. Levantou-se, pegou um punhado de pó-de-flú sobre o beiral da lareira e jogou sobre as cinzas que rapidamente se transformaram no já conhecido fogo esverdeado e morno.

_ Chega de animais peçonhentos por hoje! – a garota disse antes de entrar na lareira apenas com a roupa do corpo e sua varinha... pediria a Dumbledore que lhe mandasse o restante depois. – Largo Grimmauld, número 12. (N/B: q saudadeeeee!!!)

Quando chegou à cozinha da mansão Black, tão escura quanto a sala comunal sonserina, Christine viu a única pessoa com quem não gostaria de encontrar naquele momento...

_ O que faz aqui? – Sirius estava sentado em uma das cadeiras da longa mesa de jantar e se inclinava nos pés traseiros dela, os pés sobre a mesa, enquanto bebia uma garrafa de cerveja amanteigada. (N/B: tudistico!) (N/A: Olha o respeito! òó)

_ Boa tarde pra você também! – ela respondeu sorrindo irônica.

_ Não lhe desejei nada. – ele cortou friamente. – Nem acredito que terei uma boa tarde com mais uma serpente aqui.

Ele soubera. Agora que era sonserina provavelmente sua relação com o moreno estava completamente arruinada. Abriu a boca para responder, mas percebeu que não tinha o que falar, a não ser...

_ Tudo bem, a casa é sua!

Christine pensou em voltar para a lareira, mas lembrou-se de que tinha acabado de deixar Hogwarts e que não tinha outro lugar para ir, então passou por Sirius e subiu as escadas em direção ao hall de entrada. Abriu a porta, mas uma mão branca pressionou-a e ela voltou a se fechar.

_ Não vou deixá-la sair. – a voz rouca postava-se perigosamente perto, atrás dela. – Sei o que está querendo e não vai conseguir.

Christine virou-se frente a frente, olhando o com raiva. Já passara da cota de discussões inúteis naquele dia!

_ E o que é que eu estou querendo, posso saber? – perguntou. A falta de paciência e a raiva mascarando as borboletas que começavam a bater asas em seu estômago pela proximidade. (N/B: tem como não rir sozinha na frente do PC??)

_ Você vai embora se fingindo de ofendida e eu fico como o vilão da história. – ele começou enfurecido. – Aí vão todos correndo atrás da pobrezinha e você volta como mártir e ganha mais confiança! Esse teatrinho todo é bem típico de vocês!

_ Nossa! – Christine buscou por sua expressão mais cínica. – Você é tão inteligente! Como conseguiu desvendar tão rápido o meu maléfico plano?

_ Suma da minha frente! – olhos turbulentos. Christine ainda sorria.

_ Leu a minha mente de novo! – disse antes de tapar a boca com a mão direita voltando a fingir surpresa.

A garota passou por ele, rápida o bastante e encolhendo o braço para que ele não pudesse puxá-la de volta para mais acusações mirabolantes. Ainda se fosse para um beijo... Pior ainda! Balançou forte a cabeça enquanto subia as escadas para o quarto onde costumava dormir.

Jogou-se na cama e arrependera-se de estar ali. Perdera sua última noite em Hogwarts e Snape definitivamente não valia tamanho sacrifício! Seriam algumas poucas horas a mais, mas eram suas ultimas horas! Jamais teria outra chance...

_ Maldita Umbridge! – bateu com os punhos no colchão e depois sentou-se enterrando o rosto nas mãos.

A pior parte de se realizar um sonho é que tudo termina um dia. E talvez nunca realizar um sonho fosse melhor do que experimentar a plenitude e depois ter que viver sem ela.

_ Quem é Umbridge? – Christine ouviu da conhecida voz na parede.

_ Uma bruxa!!!

A crise de riso foi inevitável. E até Fineus estava rindo quando a garota conseguiu se recuperar.

_ Quis dizer que ela é nojenta! Horrível! Odeio ela... – conseguira finalmente se expressar. – E é a nova professora de Defesa Contra as Artes das Trevas de Hogwarts.

_ Ah, a indicação do Ministério... – Fineus pareceu finalmente entender, lembrando-se dos conhecimentos extraordinários da garota. – Falou com o Diretor Dumbledore sobre isso?

_ Ele não quer ouvir... – Christine virara-se para encará-lo, sentando-se com as pernas cruzadas. – E agora, graças a ela, não vou mais poder voltar a Hogwarts...

_ Bom, - Fineus empinou-se com toda a classe que possuía naturalmente e pigarreou antes de voltar a falar. – se eu ainda fosse o diretor de Hogwarts, com certeza iria querer saber! Por que repetir erros se podemos fazer tudo ser melhor?

_ Sábias palavras! – Christine sorriu e deitou-se na cama ainda olhando o senhor no quadro com um carinho cada vez maior. – Mas eu entendo o lado dele também... As vezes, quando queremos melhorar as coisas, acabamos tornando-as muito piores!

_ Se refere novamente ao meu tetra-neto? – ele perguntou erguendo uma das sobrancelhas.

_ Acha que é sempre sobre ele? – Christine começara a se zangar. Mas respirou fundo. – Sabe Fineus, eu achava que sabia lidar com os homens. Digo, nunca tive longos relacionamentos... Na verdade nunca tive nada muito próximo de um relacionamento.

A garota deu uma risadinha antes de continuar.

_ Em todo o caso, sempre fui cheia de amigos. Muitos mesmo! Diria até que, na maior parte das vezes, me dou melhor com homens do que com mulheres. Eles são muito mais fáceis de lidar e eu sempre tive muita facilidade de ter amizade com eles...

_ Mas... – Fineus falou a palavrinha irritante!

_ Maaas! – Christine sentiu a necessidade de enfatizar. – Não sei o que se passa com os homens daqui! Bom, talvez porque sejam homens e não garotos... – a garota parou para refletir e percebeu que não saberia definir precisamente se referia-se a Sirius ou Snape. – Tipo, minhas amigas sempre quebravam a cabeça tentando entender os namoradinhos e tal... E elas sempre vinham me pedir conselhos porque, bom, não sei se pela proximidade que tinha com meu pai quando era criança, mas eu sempre achei tão fácil entender os homens! Aliás, devo dizer, muito mais fácil que entender as mulheres! Ai! Por que agora é tão complicado? Tão instável? (N/B: Bruxas têm TPM?)

_ Não se preocupe. – Christine abriu os olhos que nem havia percebido ter fechado para ouvir o que estava por vir. – Você é uma sonserina!

Christine continuou com os olhos abertos esperando pelo resto do conselho, mas Fineus apenas deu uma risadinha e desapareceu quadro adentro sem dizer mais nada. Para ele, pertencer à Sonserina era supremo. E nada poderia afetar alguém portador de tamanha dádiva! Talvez em função das tão poucas horas dormidas nas noites anteriores ou do esgotamento emocional pós EQM, naquele momento, pareceu um ótimo consolo para Christine também. Tirando-a do furacão de dúvidas em que estava e entregando-lhe uma leve brisa de calma enquanto adormecia lentamente. (N/B: ahhh eu sei oq é EQM!! Custei mas lembrei)



N/B: Humm que saudade que eu tava!!!!!!!!!!!
Mas nem estou com a alma criativa hoje... serás de uma mera leitora curiosa SERÁ que o Snape sobreviverá sem a Chris enchendo a paciência dele todos os dias??
SERÁ que o Sirius... aii será que agora na mesma casa tudo vai acontecer??



N/A: Galeraaa! Quase não deu, mas deu! \o/ Quero dizer, ainda ta dando, não sei até eu postar... Mas enfim, a crise mundial, neh...XD Vou responder aos comentários amanhã, só queria postar hoje pra manter minha palavra! *-* Essa semana ta osso... passei mal a semana inteira e ainda perdi uma viagem no feriado pq não melhorei... =( Mas espero que tenham gostado do cap e como no próximo mês não teremos feriado... Tentarei postar o mais rápido possível!
Beijo enoooorme e ótimo feriado pra vocês! ;D

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